segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A explicação escandalosa de Dilma para não ter conseguido gerenciar nem uma lojinha de R$ 1,99. Ela fornece dados mentirosos sobre a economia do país. Eu provo!

31/08/2010
 



Na década de 90, Dilma montou duas lojas para vender bugigangas importadas do Panamá. Não deu certo. A gerente do PAC não conseguiu levar o negócio adiante. O “empreendimento” durou um ano e cinco meses. Fechou em julho de 1996. “A gente esperava uma loja com artigos diferenciados, mas, quando ela abriu, era tipo R$ 1,99. Eram uns cacarecos”. A afirmação é de Bruno Kappaun, dono de uma tabacaria no centro comercial Olaria, onde se instalou uma das lojas. E como Dilma explica a sua incompetência? Vocês podem não acreditar, mas aconteceu! Ela culpou… FHC!!! Não por acaso, o nome do empreendimento era “Pão & Circo”. Pão, pelo visto, não rendeu. Mas continua a render circo…
Na tarde desta terça, depois de um encontro com Robson Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a mulher que quer comandar o Brasil explicou por que não conseguiu tocar duas lojinhas de 1,99:  “Quando o dólar está 1 por 1 e passa para 2 ou 3 por 1, ele [o microempresário] quebra. É isso que acontece com o microempresário, ele fecha. A minha experiência é essa e de muitos microempresários desse pais”.
Ah, bom!
Só que Dilma está contando o contrário da verdade. E isso parece ser um traço compulsivo de seu caráter. O que quer dizer “dólar a 3 por 1″? É assim, com essa clareza, que ela pretende governar o país se eleita?
Todos vocês sabem que lojas de produtos importados prosperam com mais facilidade quando a moeda local está valorizada em relação ao dólar, certo? Gastam-se menos reais para comprar bugigangas lá fora. É o que temos hoje, diga-se. Os brasileiros nunca gastaram tanto em viagens ao exterior porque os preços, em dólar, estão baixos.
Não! Dilma fechou por incompetência mesmo! Ela abriu sua lojinha quando um dólar valia menos de R$ 1. Era o melhor momento. E fechou quando havia justamente a paridade, “1 por 1″, e não “3 por 1″, como ela afirma.  Segue a cotação do dólar em real mês a mês, enquanto a loja da ministra durou. Com competência, poderia ter ficado rica trabalhando:
1995
Fevereiro0.837
março0,884
Abril0,905
Maio0,891
Junho0,909
Julho0,926
Agosto0,942
Setembro0,953
Outubro0,958
Novembro0,962
Dezembro0,967

1996
Janeiro0,972
Fevereiro0,982
Março0,986
Abril0,989
Maio0,995
Junho1,001
Julho1,006
Vale dizer: Dilma teve a sua lojinha de porcariada importada do Panamá no melhor momento da história do Brasil para se ter algo do tipo  — aliás, para se vender importados, para ricos ou para pobres. Como se nota, não só o real não estava desvalorizado como foi o período de maior valorização de sua história. Aliás, os críticos do governo acusavam a valorização excessiva, não o contrário. E não é por acaso. Vejam as tabelas acima.
Querer acusar o governo anterior por um fracasso pessoal revela, sem dúvida, um traço de caráter. Mentir de forma tão abismal sobre um período da economia, afirmando justamente o contrário do que aconteceu, bem, aí já é uma questão que tem também uma dimensão política. E eu fico muito impressionado que uma mentira possa ser dita com esse desassombro, com essa ligeireza, na certeza de que não será contraditada.
Mas eu entendo: essa gente se acostumou a dizer qualquer coisa. A besteira vai para a rede, ninguém contesta, e fica tudo por isso mesmo. Afinal, vivemos a era do “aspismo”. Se Dilma afirmar que rinoceronte é uma ave, sua versão será publicada sem contestação. Quem quiser que forneça o “outro lado”, e o leitor escolhe se rinoceronte é ave ou réptil, se é que me entendem…
Por Reinaldo Azevedo

Suposto serial killer diz que está com vontade de matar, afirma delegado


Preso há quase uma semana, ele ainda pediu bebida alcoólica e revistas.
Segundo a polícia, vigilante de 26 anos confessou ter matado 39, em Goiás.

Do G1 GO, com informações da TV 
Anhanguera



O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, apontado como o autor de 39 mortes em Goiânia, disse aos policiais na madrugada desta segunda-feira (20) que “está com vontade de matar”, segundo revelou o delegado Eduardo Prado. O jovem segue preso, sozinho, em uma cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc).


“Ele perguntou para os agentes [que] se  matar algum indivíduo dentro do presídio [se] ele responderá criminalmente por isso. Muito estranha a atitude e as conversas desconexas que ele vem falando”, diz Prado.
Durante a madrugada, Tiago leu 40 revistas, fato que chamou a atenção da polícia. “Outra coisa curiosa é que ele lê de trás para frente de forma rápida, como se fosse dinâmica, lendo de forma alta”, pontua o delegado. Prado disse ainda que o motociclista pediu bebida alcoólica na cela, mas que não foi atendido.
Conforme o delegado, Tiago precisa de ser monitorado a todo momento. “A nossa preocupação é com a observação constante dele na cela. Ele não tem amor próprio, já tentou suicídio. Constantemente, quando eu estou na sala, ele pede para levar fio dental para ele. [Na] Hora que pergunta se é para suicidar ele dá uma risada sarcástica”, relata Prado.
O delegado alerta que, quando o suspeito for encaminhado a uma penitenciária, ele precisará de atenção redobrada. “Com certeza, quando encaminharmos ao presídio, a direção do sistema prisional irá ficar atenta a essa situação para ter um controle mais metódico da situação em relação a esse indivíduo, que é realmente de alta periculosidade”, afirmou.

Ainda não há previsão da transferência do vigilante, segundo a polícia.
Crimes
Tiago confessou em depoimento à polícia 39 mortes, que teriam sido cometidas desde 2011. Entre elas estão 15 dos 17 crimes investigados inicialmente pela força-tarefa da Polícia Civil. As outras vítimas são gays e moradores de rua.
O primeiro crime da série de assassinatos contra mulheres ocorreu em 18 de janeiro deste ano, quando Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, foi executada por um motociclista no Setor Lorena Park. A morte mais recente foi a de Ana Lídia Gomes, em um ponto de ônibus do Setor Morada Nova.
Dois dos crimes apurados pela força-tarefa não foram assumidos pelo vigilante: a morte de Danielly Garmus da Silva, 23 anos, e a tentativa de homicídio de Daiane Ferreira de Morais, 18. Entretanto, ele confessou outras duas mortes de mulheres que eram apurados de forma independente e, após a confissão, a polícia os incluiu nas investigações. São os homicídios de Arlete dos Anjos Carvalho, 16, e de Edimila Ferreira Borges, 18.
Mesmo correndo o risco de ser capturado, o vigilante disse que, ao ver o anúncio da criação da equipe especial da Polícia Civil para investigar a série de mortes de mulheres, no dia 4 de agosto, sabia que seria uma questão de tempo até ser preso.
Tiago Henrique, suposto serial killer, disse que quer pedir desculpa às famílias das vítimas e quer tratamento, em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Tiago está preso há uma semana
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Com medo de ser detido, Tiago revelou que interrompeu a sequência de mortes após o homicídio de Ana Lídia Gomes, de acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros. “Ele disse que parou porque ficou com medo de ser pego, por causa da força-tarefa. Depois voltou no último domingo [12] porque não aguentou mais, tinha que extravasar a raiva”, disse o delegado.
Segundo a Polícia Civil, o jovem também foi identificado em imagens registradas por câmeras de segurança no dia 12, próximo à lanchonete em que uma mulher foi agredida por um motociclista. O caso foi incluído na força-tarefa. Segundo testemunhas, o motociclista de capacete vermelho atirou na jovem, mas a arma falhou. Então, ele deu um chute na boca dela.
A polícia divulgou um vídeo no qual o vigilante explica onde conseguiu o revólver usado nos crimes. Questionado pelo delegado sobre o número de armas que ele possuía, o suspeito respondeu que "só uma". "Que eu furtei em uma empresa onde trabalhei", disse Tiago.
Na quinta-feira (16), a Polícia Técnico-Científica afirmou que os resultados de exames de balística da arma apreendida com Thiago coincidiram com os disparos efetuados em seis homicídios na capital.
'Raiva'
Segundo os delegados que interrogaram o vigilante, Tiago tinha o costume de assistir aos noticiários no dia seguinte aos seus crimes para ter certeza se a vítima tinha morrido e qual o nome da pessoa. No entanto, ele diz que sentia remorso ao ver as reportagens. “Feliz não. Era um sentimento de arrependimento”.
Em entrevista na tarde de sexta-feira (17), o vigilante afirmou que gostaria de pedir desculpas à mãe dele e às famílias das vítimas pelos crimes que cometeu. Ele não respondeu se acredita ser doente mental, mas falou em "arrependimento" e afirmou querer um tratamento médico para se livrar do que ele define como "sentimento de raiva".
Motocicleta apreendida com homem suspeito de assassinar 29 pessoas em Goiânia, Goiás (Foto: Luisa Gomes/ G1)Motocicleta apreendida com Tiago
(Foto: Luisa Gomes/ G1)
De acordo com o defensor do motociclista, Thiago Húascar, seu cliente comentou que sofreu abusos sexuais durante a infância. O autor seria um vizinho. Além disso, o suspeito também afirma ter sofrido bullying na escola. Essas recordações trariam o tal sentimento a ele, motivando seus crimes. Para ele, o jovem é "insano" e precisa de tratamento.
Mesmo correndo o risco de ser capturado, o vigilante disse que, ao ver o anúncio da criação, no dia 4 de agosto, da equipe especial da Polícia Civil para investigar a série de mortes de mulheres, sabia que seria uma questão de tempo até ser preso.
Apesar de no início das investigações ter afirmado ter convicção de não se tratar de um único autor das mortes de mulheres, a Polícia Civil diz agora que há cerca de um mês já tinha elementos suficientes que apontavam o vigilante como o assassino nos crimes investigados pela força-tarefa.
Prisão
De acordo com o superintendente de polícia judiciária de Goiás, delegado Deusny Aparecido, antes de ser capturado, a polícia não tinha o nome do suspeito, mas já sabia de todas as suas características físicas.
Assim, no dia 10, foi emitido um mandado de prisão temporária para um “homem branco, com idade aproximada de 25 anos, aproximadamente 1,87 metro de altura, complição física atlética, sem barba ou bigode, com pelos no peito, rosto afilado, cabelos pretos, curtos e lisos e sobrancelhas grossas, que normalmente se veste bem”. O mandado também descreve que o suspeito usava capacete e motocicleta de cor preta com placa adulterada.
O vigilante foi preso na Avenida Castelo Branco, na terça-feira (14). Em seguida, ele foi encaminhado à Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), onde prestou depoimento e, de acordo com o delegado, confessou os crimes.
No ano passado, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra o vigilante por furtar uma placa de uma motocicleta no estacionamento de um supermercado de Goiânia. Imagens de câmeras de segurança mostram ele cometendo o crime. Também no ano passado, ele foi preso em flagrante em uma motocicleta com placa roubada, mas foi solto. O caso foi registrado no 5º Distrito Policial.
Bárbara, Wanessa, Juliana, Janaina, Taynara e Isadora foram algumas das vítimas do suposto serial killer em Goiânia, Goiás (Foto: Arquivo Pessoal)Bárbara, Wanessa e Juliana são algumas das vítimas do suposto serial killer (Foto: Arquivo Pessoal)

Soldados que defendem fronteiras da Amazônia vivem na 'idade da pedra'

G1 visitou seis das 24 bases do Exército na divisa da selva com 5 países.

Vigilância militar é diária para reprimir crimes e tráfico de armas e drogas.
620x30 especial g1 (Foto: arte g1)
fronteira Amazônia (Foto: Tahiane Stochero/G1)Soldado do Exército brasileiro faz guarda em área de fronteira com a Colômbia (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Vinte minutos para abrir uma página na internet. Racionamento de energia elétrica, provida por até 16 horas diárias por um gerador. Sinal de celular, nem pensar. Telefonia fixa? Apenas um orelhão. Água da chuva para beber e água do rio para tomar banho, lavar roupa e louça. Abastecimento de comida e remédio a cada 30 ou 45 dias, dependendo da disponibilidade de um avião.
mapa pelotões (Foto: arte g1)

Amazônia (Foto: Tahiane Stochero/G1)Militares ficam isolados na mata, na cabeceira dos
rios da divisa do país (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Grande parte da Amazônia ainda vive como se estivesse na idade da pedra, pois o poder público não está presente. Quem visita estas unidades volta com um sentimento de indignação"
Guilherme Theophilo de Oliveira, general responsável pela logística em estados do Norte
Esta é a realidade dos militares que vivem em bases isoladas nas fronteiras para defender a Amazônia. São 24 pelotões especiais de fronteira (PEF), com efetivo entre 20 e 80 soldados cada um. Eles começaram a ser criados em 1921 nas divisas do Brasil com Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela e Guiana para reprimir narcotráfico, contrabando de armas, biopirataria, exploração ilegal de madeira e minérios, além de impedir invasões estrangeiras.
"Grande parte da Amazônia ainda vive como se estivesse na idade da pedra, pois o poder público não está presente. Quem visita estas unidades volta com um sentimento de indignação", diz o general Guilherme Theophilo de Oliveira, responsável pela logística nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima. "Eu não admito hoje, no século XXI, que um pelotão sobreviva da caça e da pesca, como os índios viviam", afirma.

G1 visitou seis pelotões, alguns localizados nas tríplices fronteiras, onde os militares vivem em condições piores do que as enfrentadas pelos colegas que vão para a missão de paz no Haiti. Em 2012, em uma série de reportagens sobre a situação de sucateamento do Exército, G1 mostrou que o país possui munição para se defender por apenas uma hora de guerra e que a Amazônia é preocupação número 1 dos militares.
"Na Amazônia, a logística é uma dificuldade natural, pois os meios de transporte são precários. Não há rodovias e o sistema hidroviário não é equipado para usarmos. Além disso, em grande parte do ano, os rios não são navegáveis. Mas essas dificuldades não nos atrapalham na defesa das fronteiras", garante o comandante da Amazônia, General Eduardo Villas Boas.

Em 16 de novembro, os geradores de dois pelotões pararam ao mesmo tempo, devido ao uso de combustível adulterado. O general Theophilo teve que pedir ajuda à FAB que, apesar das restrições de horas de voo, ajudou, em caráter de urgência, a repô-los. A tropa ficou mais de 24 horas sem energia e a carne congelada foi mantida sob gelo. Outros dois pelotões estão com pistas de pouso ruins e curtas demais, sem condições para grandes aeronaves. Por isso, ao invés de 60 homens,  apenas 17 são mantidos no local. Familiares que viviam com eles foram retirados.

Nos últimos 10 anos, a percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em defesa gira em torno de 1,5%, segundo números do Ministério da Defesa. Em 2013, o orçamento aprovado foi de R$ 64,9 bilhões - sendo R$ 46,332 bilhões para pessoal e encargos sociais e outros R$ 18,635 bilhões para custeio e investimento. Contudo, houve contingenciamento de recursos. Desde 2010, este bloqueio vem atingindo altos patares, chegando a até 22% do total.

Para 2014, o Projeto de Lei Orçamentária prevê a destinação de R$ 72,8 bilhões, sendo 68,6% para despesas com pessoal e R$ 16,2 bilhões para custeio e investimento. Os comandantes das Forças Armadas reclamam, porém, que a verba é insuficiente e seria necessário quase o dobro – R$ 29,8 bilhões para atender às ideias da Estratégia Nacional de Defesa, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2008 e ajustada ano a ano.
A Estratégia Nacional de Defesa, que ainda caminha devagar e pouco saiu do papel, prevê o Brasil com capacidade para controlar todo o espaço aéreo, marítimo e os 17 mil kms de divisas terrestres com 10 países até 2030, em busca de um assento no Conselho de Segurança da ONU. Um dos projetos do documento é o "Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron)", que pretende vigiar com radares e sensores os 17 mil quilômetros de divisas com 10 países ao custo de R$ 12 bilhões até 2030. A iniciativa começou a ser implantada no Centro-Oeste em 2013 e chegará em 2014 ao Acre e a Rondônia.

Dinheiro, pra quê?
Devido a restrições orçamentárias, a Aeronáutica faz só uma viagem por mês a cada unidade. Quem precisa sair de férias ou precisa de algo da cidade, como medicamento, tem que esperar o próximo avião chegar. Por estarem na fronteira, os soldados recebem um adicional de 20% no salário, que é guardado ou serve para ajudar a família. De 24 pelotões, apenas 13 possuem terminais do Banco do Brasil, mas em só 1 ele está ativo. O dinheiro fica na carteira. Até porque não há nenhum bar, farmácia ou loja por perto na selva.

Em Boa Vista, o avião que apoia 6 pelotões de Roraima teve um problema e permaneceu parado para manutenção por mais de uma semana. "Reduzi o efetivo e tirei os familiares de pelotões onde a pista está com problema, pois não temos condições de mandar comida para todos. Ao invés de pousar um avião capaz de levar 6 ou 7 toneladas, a FAB só pode operar com aeronaves menores, que levam até 600 quilos", avalia o general Theopilo.
Pelotão de fronteira Amazônia (Foto: Tahiane Stochero/G1)Garrafas de refrigerante e cachaça servem para
guardar vinagre em base (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Pelotão de fronteira Amazônia (Foto: Tahiane Stochero/G1)Em Pari-Cachoeira, na divisa com Colômbia, militares
reclamam de alojamentos (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Pelotão de fronteira Amazônia (Foto: Tahiane Stochero/G1)Cantis usados na selva são guardados em base
militar de Vila Bittencourt (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Só neste ano o Exército conseguiu fazer um levantamento da infraestrutura disponível em cada um dos 24 pelotões da Amazônia: no total, há 38 geradores, mas menos da metade (16) está disponível para uso. Eles são de 13 marcas diferentes, o que dificulta a manutenção.

Uma empresa colocou sistemas de internet em 23 deles – mas em apenas 7 está operando. Há 20 anos, 6 pequenas centrais hidrelétricas foram instaladas em 6 pelotões, mas, distantes das bases, foram inutilizados devido às dificuldades de apoio e o alto custo de manutenção. A ideia do general Theophilo é repassá-las agora para concessionárias estaduais.

Os investimentos nos pelotões são feitos pelo programa Calha Norte do governo federal, que busca habitar áreas remotas do Norte do país para garantir soberania. Em 2012, o programa recebeu R$ 72 milhões para pequenos investimentos e resolver problemas pontuais, como goteiras e remendos. Contudo, até dezembro, apenas 80% dos recursos havia sido liberado. E a estimativa é que seria necessário ao menos R$ 150 milhões anuais só para manter o que existe.
Atualmente, o Exército possui 12 helicópteros em Manaus, como o Black Hawk e o Cougar, mas eles são usados apenas em operações e não para logística (como distribuição de comida), devido ao alto custo da hora de voo, que chega a US$ 4.500 (R$ 10.620). Segundo o general Villas Boas, a partir de 2014 chegarão a Amazonas 8 novos helicópteros franceses de maior capacidade e também balsas, que serão usadas para apoiar as tropas isoladas. Em 2013, duas lanchas blindadas foram compradas da Colômbia, mas nem começaram a ser usadas nas fronteiras.

Histórico de confrontos 
Apesar das dificuldades, as histórias de confrontos com guerrilheiros, traficantes ou criminosos na Amazônia rodam de boca em boca entre os soldados. O temor de reações às tropas, que param todas as embarcações que passam pelos rios nas divisas, é real.

O maior confrono ocorreu em 1991, quando integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) atacaram o pelotão Traíra, matando três militares brasileiros, ferindo outros 29 e roubando armas e munições. Na ocasião, o então presidente Fernando Collor autorizou uma retaliação, e os militares fizeram uma operação na Colômbia para tentar recuperar o material levado.
Depois disso, outros dois incidentes ocorreram, ambos em pelotões visitados pelo G1: em 2002, o Exército matou guerrilheiros que navegavam pelo Rio Japurá, perto do pelotão de Vila Bittencourt, onde 49 soldados guardam a divisa com a Colômbia.

Com cerca de 200 moradores e localizada a cerca de 1.498 km de Manaus, o único acesso à comunidade é por avião: leva-se uma hora de voo a partir de Tabatinga, cidade amazonense que faz fronteira com a colombiana Letícia. Lá, o único orelhão não funciona e a população usa a internet da base militar com banda de 64 Kbps (kilobits por segundo). Para se ter uma ideia, é considerada banda larga web com velocidade de transmissão de dados ao menos quatro vezes superior, de 256 Kbps.

"Temos só dois caixas eletrônicos aqui, do Banco do Brasil, que foram instalados em 2009. Nenhum deles têm dinheiro para sacar. Só é possível fazer transferência em um deles, porque o tenente deu um jeito nisso", afirma a professora Maria do Socorro, de 50 anos. Os caixas ficam dentro da academia dos soldados.
Pelotão de fronteira Amazônia (Foto: Tahiane Stochero/G1)Dos 24 pelotões de fronteira, 13 têm caixa eletrônico.
Desses, um funciona, mas nele não é possível sacar
dinheiro (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Pelotão de fronteira Amazônia (Foto: Tahiane Stochero/G1)Em Cucuí, tríplice fronteira com Venezuela e Colômbia,
avião da FAB pousa em clareira de 800 metros
(Foto: Tahiane Stochero/G1)
Pelotão de fronteira Amazônia (Foto: Tahiane Stochero/G1)Araras andam soltas e brincam com militares em 
Yauretê, comunidade na Cabeça do Cachorro, fronteira
com a Colômbia (Foto: Tahiane Stochero/G1)
O tenente Éricson Maciel, comandante do pelotão do Exército, é a única autoridade no local. "A maior dificuldade aqui é logística. Estamos distantes de tudo, a 50 minutos de voo de Tabatinga ou 8 horas de rio da primeira cidade. O rio é cheio de pedras, com cachoeiras, é complicado navegar. Só recebemos comida para a tropa, mas por vezes precisamos apoiar a população. Água para a comunidade somos nós que fornecemos, porque tiramos do rio e não existe tratamento. Para beber, é da chuva (tratada com hipoclorito de sódio). A própria natureza já toma conta disso", afirma o tenente.
Outro confronto lembrado pelas tropas brasileiras na Amazônia ocorreu em 2006, segundo o tenente David Dias, que comanda o pelotão de Cucuí, à beira do Rio Negro, e na tríplice fronteira do Brasil com a Venezuela e Colômbia. Na época, o oficial que comandava a base militar no local teve a iniciativa de atacar uma embarcação com criminosos que estavam trazendo droga para o Brasil, matando alguns suspeitos.

O pelotão de Cucuí é o mais vigiado de todas as visitadas pela reportagem: canhões de luz ficam postados nas margens e seis soldados e um sargento ficam de prontidão 24 horas fortemente armados. Um deles leva uma submetralhadora.
"Aqui, nossa missão é difícil, combatemos transporte de ilícitos, como contrabando de animais silvestres, armas e drogas. Toda embarcação é obrigada a parar para ser revistada. Quem descumprir a ordem, vamos atrás ou avisamos as tropas localizadas em bases mais à frente para tentar para-los", explica o tenente Dias.
O isolamento em Cucuí é enorme e é preciso uma verdadeira maratona para chegar na base militar: de São Gabriel da Cachoeira,  cidade de 36 mil habitantes localizada na tríplice fronteira, são mais 30 minutos de voo. Avista-se, aberta em uma clareira no meio da selva, uma pista de asfalto ruim, esburacada, não sinalizada e curta - cerca de 800 metros - onde só aviões da Aeronáutica conseguem pousar. De lá, mais um quilômetro de caminhada na mata fechada para, enfim, chegar à beira do rio e embarcar em uma voadeira - um pequeno barco de madeira movido a motor a diesel.
Militares defendem tríplice fronteira com Colômbia e Venezuela (Foto: Tahiane Stochero/G1)Soldados defendem fronteira com Colômbia e
Venezuela em Cucuí, onde Exército afundou barco
com drogas em 2006 (Foto: Tahiane Stochero/G1)
São mais 30 minutos de voadeira até chegar ao monte Cucuí, que abriga o pelotão. Do outro lado do Negro, a Venezuela. À frente, a Colômbia.

Uma antiga ponte, que ligava uma estrada de chão à comunidade, foi incendiada pelos índios em 2010, após a morte de um deles acidente ao cair da ponte. Desde então, a área, que chegou a ter até 5 mil moradores, viu a população diminuindo aos poucos: hoje menos de 800 pessoas. A única rodovia que permitiria o acesso a Cucuí, a BR-307, foi planejada durante o regime militar e ficou pela metade, por incluir áreas indígenas e de conservação ambiental.
Em julho, um homem foi preso e outro morto após troca de tiros com agentes da Polícia Federal no rio Solimões. Com eles, havia drogas, armas e munição. A mesma lancha havia escapado de uma abordagem em maio, após tiroteio. Histórias semelhantes são ouvidas nos quartéis, mas ninguém confirma datas ou suspeitos mortos.
Em Vila Bittencourt, o soldado Valdecir Curico de Souza, de 26 anos, tem a missão de "dar o primeiro tiro" caso alguma embarcação suspeita não pare ao ser abordada na entrada do Brasil. Ele diz, porém, que o maior perigo não é o criminoso, mas os insetos.

"Aqui neste pelotão é tranquilo o trabalho. Em algumas outras bases, os insetos atacam o dia inteiro", diz. "O que precisa melhorar aqui? Muita coisa... o colchão que eu durmo veio há mais de 20 anos  e está um buraco só. E a farda já está amarelada, como o senhor pode ver".

domingo, 19 de outubro de 2014

A Vacina Contra o Ebola não Está Sendo Testada contra o Ebola?

O Que A Vacina contra o Ebola não Está Sendo Testada contra o Ebola
Em pouco tempo, todos nós vamos ser inundados com uma campanha de propaganda da grande mídia, exigindo que todos nós aceitemos uma vacina contra o Ebola. Neste momento, uma vacina já entrou em testes em humanos na África, informa a NBC News. [1] A vacina foi desenvolvida pelo NIH, e o ensaio clínico está sendo executado pela Universidade de Maryland.
Mas há um grande problema em tudo isso: a vacina não será testada contra o Ebola. Ela será “aprovada” pela FDA em tempo recorde, sem nunca ter sido mostrada sendo eficaz, em outras palavras.
Você pode achar isso estranho… e é. Os medicamentos são normalmente testados contra a droga afirma tratar. Por exemplo, os medicamentos de pressão arterial alta são testados em pessoas que têm pressão arterial alta para determinar se a droga “funciona” na redução da sua pressão arterial. Estes resultados são tipicamente comparados com um grupo de controle, que também tem uma pressão arterial alta, mas receberam um placebo. A diferença dos resultados entre os dois grupos é atribuída ao medicamento.
Um teste de vacina contra o Ebola corretamente construída também teria que usar dois grupos de pessoas: um grupo de controle que não recebe nenhuma vacina e, em seguida, fica exposto ao Ebola, e um grupo tratado que recebe a vacina e depois fica exposto ao Ebola. A diferença entre os resultados dos dois grupos seria atribuída à vacina. Obviamente, nenhum ensaio clínico de vacina vai expor intencionalmente alguém ao Ebola. Assim, a questão se a vacina funciona até mesmo contra o Ebola não será respondida, mesmo quando a vacina for “aprovada” para uso na população.

Os ensaios clínicos não vão testar a eficácia da vacina contra o Ebola

Em vez de testar se a vacina funciona contra o Ébola, os ensaios clínicos estão apenas tentando determinar se a vacina provoca efeitos colaterais e produz uma resposta imune. Como o Dr. Myron Levine, diretor do Centro de Desenvolvimento de Vacinas (DCV) da Universidade de Maryland, explica:
Esta pesquisa vai nos dar informações cruciais se a vacina é segura, bem tolerada e capaz de estimular respostas imunológicas adequadas na maior população-alvo prioritária, os profissionais de saúde na África Ocidental. 
Observe cuidadosamente que ele não diz se o ensaio clínico vai dizer-lhes se a vacina realmente interrompe a transmissão do vírus Ebola. O que eles estão procurando neste ensaio clínico é saber se a vacina provoca efeitos colaterais e se produz uma “resposta imune” de anticorpos.
Estes anticorpos, ao que parece, não são anticorpos do Ebola. Eles são anticorpos para uma pequena cadeia de proteínas (que se assemelham a uma parte do Ebola) ligados a um adenovírus (um vírus da gripe comum). A esperança entre os desenvolvedores de vacinas é que os anticorpos que aparecerem em resposta a esta estrutura de proteínas construída artificialmente também vão trabalhar contra o Ebola. Mas não haverá nenhuma prova disso. Será simplesmente uma “melhor estimativa” e que pode não funcionar em todos.
Uma vez que a vacina experimental e não testada for implantada, duas coisas vão acontecer
Independentemente do fato de que a vacina contra o Ebola não será testada contra o Ebola, há duas coisas que irão acontecer imediatamente após a implantação da vacina:
1) Todo o progresso na contenção do surto do Ebola será imediatamente e exclusivamente creditado à vacina contra o Ebola.
2) Todas as falhas na contenção do surto de Ebola serão imediatamente e exclusivamente atribuídas às pessoas que se recusarem a se vacinar contra o Ebola.
Tal é o dogma da religião da vacina: Mesmo sem qualquer prova científica que seja, a cada evento que acontecer será interpretado como uma confirmação da infalibilidade absoluta da vacina. Aqueles que ousam questionar a eficácia ou segurança da vacina serão marcados como “assassinos”, enquanto aqueles que cegamente aceitam a adoração da vacina e que tudo dará certo, serão rotulados como “salvadores”.
Mesmo que a vacina contra o Ebola fosse uma solução salina pura, com nenhum fragmento viral qualquer – ou seja, “placebo” – os dois pontos acima ainda seriam verdadeiros. O simples fato de ser uma vacina faz com que as mentes uma vez científicas, sejam sobrecarregadas com o fervor religioso e abandonem todo o ceticismo racional. Nenhum questionamento da vacina contra o Ebola será tolerado em qualquer lugar, e qualquer um que ouse levantar questões sobre a segurança, eficácia ou ingredientes da formulação, será cruelmente responsabilizado pelo agravamento do surto, quase como se tivessem correndo por aí com uma seringa cheia de Ebola, injetando deliberadamente as pessoas em shopping centers e aeroportos.
Por que na ditadura científica de hoje executada por empresas farmacêuticas, o único pecado pior do que ser um portador de Ebola que infecta outros é ser um cético da vacina que faz perguntas científicas sobre os ingredientes da vacina, do controle de qualidade de sua produção e da eficácia da vacina. Na religião do cientificismo, há tolerância zero para aqueles que não têm fé cega nas vacinas. Ou você adora a vacina e os seus proponentes, ou você vai ser condenado como um perigo à segurança pública.
No clima médico politizado de hoje, você percebe que, se a vacina realmente “funciona” é irrelevante. É por isso que a prata coloidal nunca será testada contra o Ebola pelas autoridades de saúde. Eles não querem saber se ela funciona. Todo esse sistema ocidental da medicina não está interessado no que funciona. Ele só está interessado no que oferece lucros.
E parece que o Ebola está prestes a criar uma colheita de lucros para todos eles, mesmo que o seu produto ‘vacina’ na verdade não funcione. Mas quem tem tempo para ciência de verdade quando há uma pandemia avançando, certo? ;)
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