sábado, 9 de agosto de 2014

Se reprisar num debate na TV o palavrório sem pé nem cabeça sobre a CPI dos Farsantes, a mulher que fala dilmês vai abreviar o naufrágio do barco sem rumo


Encerrada a sabatina promovida nesta quarta-feira pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a programação foi em frente com a sequência de cinco perguntas a Dilma Rousseff formuladas por jornalistas escolhidos por sorteio. A presidente pareceu pouco à vontade com a primeira, que tratou de questões econômicas. Pareceu mais tranquila com as três seguintes, que versaram sobre assuntos agrícolas. A quinta e última quis saber o que tinha a dizer a entrevistada sobre o envolvimento de servidores do Palácio do Planalto na trama forjada para reduzir a CPI da Petrobras a uma ação entre comparsas infiltrados no Congresso e no governo.
Antes que a pergunta chegasse ao fim, a fisionomia de Dilma avisou que o copo até aqui de cólera começara a transbordar. O palavrórioreproduzido pelo site de VEJA permite contemplar a erupção retórica que sacudiu a cabeça que preside o país há mais de três anos e meio. Em poucos segundos, o neurônio solitário enriqueceu a paisagem do Brasil Maravilha com outro monumento à maluquice construído apenas com vogais e consoantes. Confira:

“Vou te falar uma coisa. Acho extraordinário. Primeiro porque o Palácio do Planalto não é expert em petróleo e gás. O expert em petróleo e gás é a Petrobras. Eu queria saber se você pode me informar quem elabora perguntas sobre petróleo e gás para a oposição também. Muito obrigada. Não é o Palácio do Planalto nem nenhuma sede de nenhum partido. Quem sabe das perguntas sobre petróleo e gás só tem um lugar. Pergunta só tem um lugar no Brasil. Eu diria vários lugares no Brasil: a Petrobras e todas as empresas de petróleo e gás.  Você sabe que há uma simetria de informação entre nós, mortais, e o setor de petróleo. É um setor altamente oligopolizado, extremamente complexo tecnicamente. Acho estarrecedor que seja necessário alguém de fora da Petrobras formular perguntas para ela”.
Reveja sem pressa a catarata de frases sem pé nem cabeça. É inútil chamar o intérprete: o dilmês primitivo não tem tradução em língua de gente. É inútil chamar o psiquiatra: cérebro baldio não tem conserto. Tampouco adianta chamar o marqueteiro: nem o maior dos tribunos poderá decorar o que será dito necessariamente de improviso. É impossível, portanto, impedir que Dilma Rousseff protagonize derrapagens semelhantes à ocorrida há poucas horas.
Imagine a presidente, no meio do debate na TV, reincidindo num falatório tão alucinado quanto o produzido neste 6 de agosto. Em vez de comentar por 1 minuto o que acabou de ouvir, como estabelecem as regras dos duelos do gênero, o adversário da candidata ao segundo mandato deve confessar que não entendeu nada, doar os 60 segundos à  adversária e pedir-lhe que use esse tempo para tentar explicar o que quis dizer. Isso bastará para consumar o naufrágio do barco pilotado por uma navegante sem rumo.
by Augusto Nunes
Veja

Homem morre na Inglaterra após cigarro eletrônico explodir

PA

Um britânico morreu durante um incêndio provocado pela explosão de um cigarro eletrônico. O fogo teria atingido o tubo de oxigênio que a vítima usava, informou nesta sexta-feira o Corpo de Bombeiros de Merseyside, na Inglaterra.

O homem, de 62 anos, cujo nome não foi revelado, foi encontrado morto na sala de estar de casa em Wallasey, no noroeste do país.

Segundo os bombeiros, o pequeno incêndio se extinguiu sozinho antes de a equipe chegar à casa da vítima. A causa exata da morte ainda não foi divulgada. Um inquérito foi aberto pelas autoridades locais.

Alerta

Segundo um porta-voz do Corpo de Bombeiros, "uma investigação inicial sobre as causas do incêndio identificaram que um cigarro eletrônico que estava carregando no quarto explodiu. O objeto pegou fogo e incendiou um tubo de oxigênio que talvez estivesse sendo usado pela vítima".

Myles Plat, comandante do Corpo de Bombeiros local, acrescentou que "a sindicância para apurar as causas do incêndio continua, mas nesse momento acreditamos que o carregador que estava sendo usado talvez não fosse o original de fábrica".

"Recomendamos às pessoas que sempre usem o equipamento original de fábrica e em linha com as instruções do fabricante. Também lembramos que tais objetos não devem ser deixados carregando de um dia para o outro ou abandonados ligados em uma corrente elétrica por um longo período. Além disso, não misture partes de diferentes cigarros eletrônicos", afirmou Plat.

Desde janeiro, nove incêndios envolvendo cigarros eletrônicos foram registrados em Merseyside.

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Em evento evangélico, Dilma cita salmo "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor"

Ao começar a fala para um público de 5 mil pessoas, a presidente garantiu que o Estado brasileiro é laico

08/08/2014 | 15h42
Em evento evangélico, Dilma cita salmo "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor" Ichiro Guerra/Divulgação
Esta é a segunda vez em uma semana que a presidente se encontra com o público evangélicoFoto: Ichiro Guerra / Divulgação
A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), participou de uma cerimônia religiosa na manhã desta sexta-feira, e, apesar de abrir a sua fala garantindo que o "Estado brasileiro é um Estado laico", fez citações de orações e falou em nome de Deus em alguns momentos do discurso.
– Todos os dirigentes desse país dependem do voto do povo e da graça de Deus, eu também – disse para um público de 5 mil pessoas, durante Congresso Nacional de Mulheres das Assembleias de Deus Ministério de Madureira, no Brás, região central da capital paulista.
A presidente citou por duas vezes um salmo de David: "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor". Durante sua fala, Dilma foi aplaudida 18 vezes e, ao final do culto, recebeu uma bênção da plateia e muitos aplausos.
Presidente destaca importância da Assembleia de Deus
Dilma reconheceu a importância do trabalho feito pelas assembleias de Deus e destacou que nenhum governo consegue fazer sozinho tudo que precisa ser feito.
– Fizemos nossa parte, graças a Deus. Mas nesses primeiros quatro anos, vimos que um trabalho em parceria é muito mais forte. Nenhum governo, sozinho, sem essas entidades, essas instituições, com é o caso da Ciben, sem vocês nós não fazemos sozinhos o trabalho – afirmou, sob aplausos.
– Reconheço a autoridade e a qualidade do trabalho prestado ao longo dos 103 anos da igreja evangélica Assembleia de Deus, em todos os Estados, em todos os rincões, nas partes mais isoladas, nas periferias das grandes cidades, no interior – completou.
Segundo a presidente, o trabalho da igreja tem ajudado a reconstruir histórias de vida e a devolver esperança "aos carentes, aos mais necessitados e aos excluídos".
Após a fala de Dilma, o líder da igreja, bispo Manoel Ferreira, usou um bordão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agradecer a presença de Dilma:
– Nunca ouvi antes, na história deste País, o presidente reconhecer o trabalho das Assembleias de Deus. Nem o Lula, que é meu amigo – afirmou.
O bispo disse ter ficado muito satisfeito com as palavras de Dilma. O bispo-presidente Samuel Ferreira também elogiou Dilma e disse que "se sentiu gente" com as palavras da presidente.
– Dilma, nós lhe respeitamos, mas mais do que isso: nós lhe amamos – afirmou Samuel, pedindo que as palmas para a presidente fossem ainda mais fortes.
Esta é a segunda vez em uma semana que a presidente se encontra com o público evangélico, que soma hoje mais de 40 milhões de pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na quinta-feira passada, Dilma participou da inauguração do Templo de Salomão, complexo religioso construído no mesmo bairro pela Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), com capacidade para receber até 10 mil fiéis.
by Zero Hora

"Anitta já nasceu como produto", diz psiquiatra que estuda o consumismo


09/08/2014 


Ana Beatriz Barbosa Silva - psiquiatra estudou o consumismo a fundo (Foto: Divulgação)

Você é consumista? Se sim, relaxe; é como a maioria da população. É o que afirma a psiquiatra e escritora Ana Beatriz Barbosa Silva, que se tornou fenômeno editorial com a série 'Mentes', com mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos no Brasil. Na próxima semana, ela lança Mentes Consumistas - Do Consumismo à Compulsão por Compras (Ed. Principium). "Eu mesma fui consumista até os 35 anos sem saber. Mas de 38 para cá (ela tem 49) minha vida começou a ficar boa. Hoje teria condição de gastar muito mais, mas tenho prazer em dizer não independente do preço", afirma Ana que acredita que algumas grifes não vão gostar muito do que ela escreveu. "É porque abordo uma nova maneira de consumir".
Compramos porque queremos ou porque somos induzidos?
Tentei entender como funciona o cérebro para que possamos comprar porque queremos, pelas nossas próprias memórias e não por manipulação. Enquanto houver o consumismo desenfreado, nunca vai haver igualdade social. Abordo o consumo saudável, consciente. Hoje em dia ninguém pode parar de trabalhar às 17h, bater um papinho no Ibirapuera e ouvir o Bolero de Ravel. Parte dessa energia foi transformada em ansiedade; o prazer foi todo para as compras.
Qual a diferença entre consumo e compulsão?
Consumir é preciso para viver, mas viver para consumir pode ser uma das maneiras mais eficazes de transformar a vida numa morte existencial. Se você não tem dívidas, não é consumista, mas sua vida está paralisada por causa disso, você é um viciado, exatamente como um drogado. Existe gente que tira etiqueta das roupas, deixa as coisas na mala do carro e camufla objetos no armário, ou seja, o prazer está no ato de comprar, não de usar.
Tem exemplos de produtos criados pelo marketing?
As concessionárias de carros adotam aquele cheiro do carro novo, as lojas puxam pelo olfato, porque é uma das coisas mais primitivas e descontroladas que a gente tem. As marcas estão se sofisticando e vendendo aromatizante por estação. É tudo pensado, mas é tudo um grande jogo de ilusão. Você sonha e nós vendemos o sonho para você. Essa cantora Anitta já nasceu como produto. Daqui a um ano ela não estará vendendo mais nada e vai entrar numa depressão profunda. Tenho certeza de que ela não tem nem noção de que é um produto. Agora uma cantora que conseguiu enfrentar a coisa do produto com dignidade foi Marisa Monte. Ela mostrou o que é fazer um produto raro, desejado, e que não tem toda hora. De dois em dois anos, no máximo, ela volta com seu reinado e a gente ama. Para sobreviver tem que se reinventar, que recriar, vintage é para Madonna, diva não fica velha, fica vintage.
O que causa a compulsão?
Dois aspectos: um perfil impulsivo, em que a pessoa busca o prazer quase de forma repetitiva e faz coisas para se sentir bem de forma imediata; e o obsessivo, em que ela faz a compra, tem o prazer e quer repetir. Outra coisa é que o povo de marketing sabe tudo de neurociência e tenta sempre suprir as necessidades sociais dentro de um sistema econômico. Somos impelidos a comprar, caso contrário, nos sentimos como se estivéssemos fora do contexto de beleza, poder e prazer.
A compulsão tem cura?
É uma doença silenciosa e, quando o problema explode, vários parentes já quitaram as suas dívidas. Os doentes têm uma disfunção e temos que reajustar em sessões. Bioquimicamente, eles estão com deficiência de alguma substância. Para repô-las, existem dois tipos de medicamento para diminuir os pensamentos obsessivos e a impulsividade. Costumo dizer que o primeiro cartão de crédito você nunca esquece, mas eu faço o paciente entregar todos e levo um tesourão simbólico para cortá-los. Os maridos adoram. No fim, aquela mesma pessoa chega ao consultório de calça jeans e camiseta, linda de doer. Fica leve. Existe elegância na simplicidade.
Qual o futuro da nova geração de consumistas?
Tenho muita esperança na nova geração que já cresceu com smart phones e têm um cabedal de informação. Nunca o capitalismo teve tanto dinheiro no mundo. A última crise não foi por falta de capital, mas de ética. Está tudo ficando acessível e vamos satisfazer essa ansiedade que causa o consumismo como? Conversei com economistas americanos que me falaram sobre 'capital espiritual', que é chegar numa hora em que materialmente vamos estar tão nutridos que buscaremos algo que o dinheiro não compra. Vamos ter uma evolução para o altruísmo. Hoje nos Estados Unidos tem gente investindo em grandes resorts para pessoas discutirem o sentido da vida, o que faz bem para a alma. O próprio Bill Gates está erradicando hepatite na África. Chegará a um ponto que as pessoas têm que dar um sentido à vida e se reinventar, porque as pessoas estão ficando enfadonhas.
Vamos passar por uma revolução em 10 anos que quero estar sentada para ver. As grandes grifes vão sacar e vender um produto eterno. Eles vão entender que o próximo desejo será mais do que material, um produto que não é descartável, tipo o pretinho básico da Chanel, que será eterno. A gente vai consumir por um conceito, comprar por um objetivo, para ter uma identidade que a grife está criando comigo e me ajudando e me reinventar.

Em 16 anos, poluição do ar matará até 256 mil no Estado de SP Projeção feita para SP alerta que 59 mil mortes ocorrerão somente na capital


São Paulo - A poluição atmosférica vai matar até 256 mil pessoas nos próximos 16 anos no Estado. Nesse período, a concentração de material particulado no ar ainda provocará a internação de 1 milhão de pessoas, e um gasto público estimado em mais de R$ 1,5 bilhão, de acordo com projeção inédita do Instituto Saúde e Sustentabilidade, realizada por pesquisadores da USP. A estimativa prevê que ao menos 25% das mortes, ou 59 mil, ocorram na capital paulista.
Os resultados indicam que, no atual cenário, a poluição pode matar até seis vezes mais do que a aids ou três vezes mais do que acidentes de trânsito e câncer de mama. A população de risco, ou seja, as pessoas que já sofrem com doenças circulatórias, respiratórias e do coração, serão as mais afetadas, assim como crianças com menos de 5 anos que têm infecção nas vias aéreas ou pneumonia.
Entre as causas mais prováveis de mortes provocadas pela poluição, o câncer poderá ser o responsável por quase 30 mil casos até 2030 em todos os municípios de São Paulo. Asma, bronquite e outras doenças respiratórias extremamente agravadas pela poluição podem representar outros 93 mil óbitos, já contando a estimativa de crianças atingidas no período.
Doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da USP e uma das autoras da pesquisa, Evangelina Vormittag afirma que a magnitude dos resultados obtidos pela projeção, que tem como base dados de 2011, comprova a necessidade de o poder público implementar medidas mais rigorosas para o controle da poluição do ar. Nessa lista estão formas alternativas de energia, incentivo ao transporte não poluente, como bicicleta e ônibus elétrico, redução do número de carros em circulação e obrigatoriedade de veículos a diesel utilizarem filtros em seus escapamentos.
O programa de instalação de faixas exclusivas de ônibus e de ciclovias na capital, desenvolvido pelo prefeito Fernando Haddad (PT), é indicado como bom exemplo, ainda que os resultados para a saúde pública não estejam mensurados.
Padrões. A chave para reduzir os efeitos provocados pelo material particulado – nome dado ao conjunto de poluentes soltos no ar, como poeira e fumaça – ainda passa, na análise da professora Evangelina Vormittag, por uma revisão nos padrões adotados pelo governo brasileiro para medir a poluição do ar. "O nosso padrão é baixo em relação ao adotado pelos demais países. É por isso que, constantemente, os índices de qualidade do ar divulgados pelos órgãos ambientais são considerados bons”, diz.
Para efeito de comparação, o padrão diário aceito pelo Brasil é de 150 microgramas por metro cúbico. Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece índice máximo de 50 microgramas por metro cúbico. "É o triplo, uma diferença muito grande, que precisa ser reduzida”, afirma Evangelina. Para a pesquisadora, apesar de ousada, a meta de seguir a recomendação da OMS deve ser almejada. "Temos de estabelecer uma forma de chegar a esse patamar. Para isso, é necessário estabelecer prazos, divididos em etapas. ”A mudança está em discussão no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Se adotada, não apenas a capital poderia ser beneficiada, mas diversas outras cidades em situação crítica no Estado. Ao contrário do que se imagina, São Paulo não lidera o ranking paulista de poluição atmosférica, segundo levantamento do instituto. O topo da lista é ocupado por Cubatão, seguida por Osasco, Araçatuba, Guarulhos e Paulínia. A capital aparece na 11.ª posição.

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