domingo, 20 de julho de 2014

Vigilante morre sem atendimento em frente a hospital particular de SP

19/07/2014 13h40 - Atualizado em 19/07/2014 13h45

Durante mais de uma hora o vigilante agonizou e pediu socorro. 

Polícia abriu inquérito para investigar a denúncia de omissão de socorro.

Renata CafardoSão Paulo, SP
A polícia abriu inquérito para investigar uma denúncia de omissão de socorro a um homem que morreu sem atendimento na frente de um hospital particular, em São Paulo, mas imagens foram gravadas por pessoas que estavam no local.
O homem deitado no chão é o vigilante Nelson França, de 48 anos.  As testemunhas disseram que Nelson estava numa lotação quando passou mal e foi deixado em frente ao hospital Santo Expedito - hospital particular da Zona Leste de São Paulo.
Durante uma hora o vigilante agonizou a poucos metros da entrada do pronto-socorro. A pedagoga Daniela Gomes estava no hospital acompanhando a mãe e viu tudo.  “O rapaz falou assim: ‘aqui só atende particular e quem tem convênio’”, conta.
Segundo ela, um enfermeiro impediu que o vigilante fosse socorrido do lado de fora. As testemunhas se ofereceram para levar o vigilante para dentro, mas os enfermeiros também não deixaram. Daniela então pediu ajuda num posto policial.  Foi a Polícia Militar que chamou os bombeiros.
Segundo ela, só quando os bombeiros chegaram é que um enfermeiro e o médico se aproximaram do vigilante.  Mas aí, já era tarde.
“Um enfermeiro ele foi até lá com o médico. Aí o médico pôs a mão do lado no pescoço dele e falou: ó, ele tá em óbito. Aí foi onde começamos a discutir”, conta Daniela.
Os bombeiros disseram que o vigilante chegou a ser reanimado, mas morreu quando estava sendo levado para um hospital público.
Para a polícia, um dos enfermeiros que estava de plantão, Leonardo Bambrila Santos, disse que chamou o médico e que foram feitos os procedimentos de praxe.
A administração do Hospital Santo Expedito não quis gravar entrevista, mas, por telefone o diretor Mauricio Gerdelli, disse que vai abrir sindicância para saber o que de fato aconteceu no caso.
Ele disse que apesar de ser particular, o hospital costuma fazer os chamados atendimentos sociais a pessoas de baixa renda e que não é procedimento dos funcionários recusar atendimento mesmo que o paciente seja deixado do lado de fora. A família do vigilante está indignada.
“Um pai de família ser tratado como um verme, um lixo na porta do hospital sem eles prestarem atendimento. Estamos muito tristes mesmo”, fala a cunhada da vítima, Roseli Ribeiro Santos Souza.
A cunhada de Nelson disse que ele não tinha nenhum problema de saúde. O enfermeiro Leonardo Brambila Santos não foi encontrado pelas nossas equipes.

Mulher dá à luz dentro de banheiro de hospital municipal em Itupeva

19/07/2014 10h14 - Atualizado em 19/07/2014 16h49

Paciente coletava urina para exame quando entrou em trabalho de parto.

Ela alega que não sabia que estava grávida. Mãe e filho passam bem.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí
Flávia Dias deu à luz um menino em Itupeva (Foto: Prefeitura de Itupeva/Divulgação)Flávia Dias deu à luz um menino em Itupeva. Ela e filho passam bem (Foto: Prefeitura de Itupeva/Divulgação)
Uma mulher deu à luz um menino no banheiro de um hospital nesta sexta-feira (18), em Itupeva (SP). De acordo com informações da instituição, Flávia Dias é moradora de Jundiaí (SP) e teria ido ao centro de saúde porque estava sentindo dores nas costas. 
Após os primeiros cuidados de enfermaria do hospital municipal Nossa Senhora Aparecida para avaliar a dor nas costas, a paciente foi ao banheiro coletar urina para um exame e então deu à luz. Em nota, a prefeitura de Itupeva informou que a mulher não relatou em momento algum sobre a possível gestação para nenhum médico da unidade.
Depois do nascimento da criança, Flávia afirmou aos médicos que não havia feito qualquer tipo de exame pré-natal por não saber que estava grávida e estava surpresa com a situação. A paciente foi atendida e ela e o bebê passam bem.
Médica afirma que é possível não saber de gravidez
Em entrevista ao G1 neste sábado (19), o médica obstetra Ana Claudia de Oliveira Batista, do Hospital Regional de Sorocaba, afirmou que é possível a gravidez passar desapercebida. Segundo ela, apesar do caráter excepcional, isso pode ocorrer especialmente nos casos de mulheres que possuem microcistose. De acordo com o médica, é comum mulheres com esse problema ficarem meses sem menstruar.
Outra situação que pode fazer com que a mulher não perceba a gravidez é o excesso de peso. "A mulher não saber que está grávida não é mais uma condição tão incomum. É possível que ocorra uma negligência da própria paciente, mas quando a ela está muito acima do peso, enquandrada em um quadro de obesidade, é muito difícil o médico fazer uma avaliação adequada, o que pode passar desapercebida qualquer suspeita de gravidez", explica Ana Claudia.
Mulher deu à luz dentro de banheiro do hospital de Itupeva (Foto: Arquivo/TV TEM)Depois do parto inesperado, a mãe e o bebê recebem tratamento no hospital (Foto: Arquivo/TV TEM)

A flor mais rara do mundo





Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem e uma família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso. O trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo, e pouco sobrava para a família.

Um dia, seu pai, um homem muito sábio, deu a ela uma flor muito cara e raríssima, da qual restava apenas um único exemplar em todo o mundo. E disse a ela:
- Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas de regá-la e podá-la de vez em quando, às vezes conversar um pouquinho com ela, e ela dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas cores.

A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, o trabalho consumia todo o seu tempo e a sua vida, não permitindo que ela sequer cuidasse da flor. De volta à sua casa, ela olhava a flor, que ainda estava lá, não mostrando sinal de fraqueza ou fragilidade. Apenas estava lá, linda e perfumada. Então ela passava direto.

Até que um dia, mal entrara em sua casa, a jovem leva um susto! Sem mais, nem menos, a flor morreu. Suas pétalas estavam murchas e escuras, suas folhas, ressecadas. A jovem chorou muito e contou a seu pai o que havia acontecido.

Seu pai então respondeu:

- Eu já imaginava que isso aconteceria e não posso te dar outra flor, porque não existe mais outra igual a essa no mundo. Ela era única, como seus filhos, seu marido e sua família.

Assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre colorida e perfumada, e se esqueceu de cuidar dela.

A relação com as pessoas que nos amam é como a flor: você deve aprender a cultivá-la, dar atenção a ela diariamente. Cuide das pessoas que você ama!

66 gestos de chimpazés são decifrados por cientistas




Um grupo de estudiosos está desvendando os significados da linguagem gestual dos chimpazés – a comunicação mais utilizada por eles. A pesquisa é mais uma confirmação científica de que, na vida selvagem, eles são os que desenvolvem o mais próximo dos gestos humanos.

Em cerca de um ano e meio de observações, na Reserva Florestal Budongo, na Uganda, foram 66 gestos decodificados e 19 mensagens diferentes catalogadas pelos autores Catherine Hobaiter e Richard Byrne, da Universidade de Saint Andrews, na Escócia.

"É conhecido há mais de 30 anos que os chimpanzés se comunicam desta forma, mas estranhamente ninguém tentou responder à pergunta óbvia: 'o que esses macacos realmente tentam dizer' ?", afirmou o professor Byrne.

Publicado no site da revista cientifica “Current Biology”, o estudo mostra que assim como a complexidade da linguagem humana, os chimpanzés também possuem um grande sistema de comunicação, com diversos gestos usados para a mesma finalidade. Os significados descobertos originaram um dicionário.

"Assim como com palavras humanas, alguns gestos têm vários sentidos. Chimpanzés podem usar mais de um gesto para o mesmo fim - especialmente nas negociações sociais, onde o resultado final pode ser uma questão de dar e receber”, explica a primatologista Catherine.
Segundo a pesquisadora, houve momentos em que registrava as interações e tinha a impressão de que alguns significados não eram possíveis ser capturados. “Às vezes, ela recordou, um chimpanzé fazia um gesto para o outro, em seguida, pareciam satisfeitos, embora nada mais parecia acontecer. Adoraria saber o que estava acontecendo”, afirmou ao site Wired

Agora os pesquisadores da Universidade de Saint Andrews vão investigar possíveis variações de significado por trás de certos gestos dos chimpanzés.

Alguns gestos decifrados:

- Um abraço no ar é um pedido de contato
- Quando um chimpanzé bate no outro significa “Pare com isso”
- Bater em um objeto significa "Afaste-se"
- Levantar o braço significa "Eu quero 'ou' me dá isso"
- Quando uma mãe mostra a sola do pé é o mesmo que dizer "Suba nas minhas costas"
- Tocar o braço do outro é um pedido: "Me coce".

Redação CicloVivo

Luto na web: redes sociais mudam relação das famílias com a morte

Editor's Choice :  | 7/20/2014
Facebook Perfis póstumos continuam sendo alimentados após a partida dos entes queridos

Em janeiro passado, Amanda Tinoco, de 36 anos, sofreu a maior dor que pode se abater sobre uma mãe: em coma por quatro dias depois de ser atropelado, seu filho, Gabriel, morreu aos 16 anos. Em choque pela perda e em meio à saudade, a analista de telecomunicações encontrou no Facebook um canal para processar seus sentimentos, a partir das mensagens de solidariedade que recebeu na rede, das visitas ao perfil virtual de Gabriel e da oportunidade de interagir com os únicos capazes de entender o que ela sente, outros pais que perderam seus filhos.

O caso de Amanda não é exceção. Onipresentes na vida de milhões, as redes sociais transformaram a forma como nos relacionamos com o mundo, extinguindo, para muitos, as fronteiras entre o real e o virtual. Um grande impacto na vida e também na morte. Num fenômeno já notado por terapeutas e pesquisadores, esses sites vêm adicionando novos elementos à forma como lidamos com a perda de pessoas amadas, seja pela presença dos perfis dos mortos ou de grupos que os reúnem.

MENSAGENS DE AMIGOS E ESTRANHOS

Esta semana, o luto digital mostrou sua força global. Somente algumas horas depois de anunciada a trágica queda do avião da Malaysia Airlines sobre o Leste da Ucrânia, matando 298 pessoas, parentes e amigos de muitos deles iniciaram uma corrente de posts de despedida que se espalharam pela internet. Um texto postado por um dos passageiros que desistiram do voo — um holandês que publicou em sua página no Twitter uma foto do avião em que embarcaria — acompanhado de uma mensagem que fazia referência ao avião da Malaysia sumido em março, no qual ele também quase embarcou, foi compartilhado por centenas de milhares de internautas mundo afora. Sempre com palavras de luto e pesar. As redes se tornam, assim, a um só tempo, canais de informação e homenagem.

— Quando o acidente (com o filho, Gabriel) aconteceu, o Facebook acabou servindo como ferramenta de informação para nosso círculo de amigos, que passou a acompanhar a nossa luta durante o coma. O que vimos pela rede foi uma grande mobilização por meio de preces, mensagens de apoio e canalização de energia — lembra Amanda.

Nas primeiras semanas após a perda de Gabriel, marcadas por “entorpecimento e reclusão total”, Amanda diz que navegar na web era uma das poucas atividades que conseguia fazer devido à falta de disposição para conversar com outras pessoas. Nessemomento, o site a ajudou a descrever o seu desespero, mas também a encontrar conforto em homenagens de amigos do filho registradas no perfil do jovem — ainda mantido on-line por ela.

Em maio, com a aproximação do Dia das Mães, Amanda criou uma página na rede dedicada a mães que, assim como ela, perderam seus filhos.

— Isso foi importante, ajudou a formar uma rede de solidariedade. Só uma mãe nessa situação entende a dor que a morte de um filho provoca. Por isso, a cumplicidade encontrada nos ajuda — afirma, em referência à página “Mães para sempre”. — No meu caso, isso só foi possível por causa das redes.

Médica e terapeuta especializada em luto há 14 anos, Adriana Thomaz afirma que, há pelo menos cinco, nota os impactos que sites como o Facebook têm nas pessoas que perderam entes queridos.

— Se, antes, as redes eram usadas para homenagear os mortos, agora elas estão se tornando espaços de busca por solidariedade. Além disso, há também uma tendência na formação de grupos envolvendo pessoas com experiências semelhantes, que se associam para buscar compreensão — explica Adriana. — Há ainda uma necessidade de não deixar a memória do ente desaparecer, a partir da manutenção do seu perfil virtual.

Adriana diz observar que, em diversos casos, como o de Amanda, as redes digitais vêm ajudando os enlutados a lidar com a ausência da pessoa querida. No entanto, isso não é regra:

— Há aspectos negativos também. No luto, a negação também é uma fase, e, ainda que saudável e natural, quando prolongada pode tornar a vida da pessoa complicada. Nesses casos, a dificuldade de lidar de maneira saudável com as dinâmicas das redes pode fazer com que o enlutado as use como forma de evitar a realidade.

Maria de Lourdes Casagrande, de 53 anos, diz ter consciência sobre a dualidade dos efeitos que o virtual pode ter sobre aqueles que perderam alguém. Depois da morte do filho Denis, de 21 anos, em setembro de 2013, ela conta que decidiu preservar o perfil do jovem no Facebook como forma de “mantê-lo vivo”.

— Nesse momento, você só pensa em preservar a memória da pessoa. E como, para os jovens, o site é muito usado, faz sentido manter a página no ar para que as pessoas que o conheceram possam se lembrar dele — afirma a gerente comercial, que, apesar da decisão, diz ainda não se sentir preparada para visitar a página. — Ainda é muito doloroso.

No entanto, a rede também tem sido fonte de alento. Após a morte do jovem, assassinado em uma festa na Universidade de Campinas (SP), onde estudava, os amigos dele criaram a página “Somos todos Denis” no Facebook, para homenageá-lo. Ainda que a visite apenas às vezes, Maria de Lourdes diz que as mensagens deixadas nela lhe fazem bem:

— Não tiram a minha dor, mas aliviam. Agora, queiramos ou não, essa presença na rede também remete à dor da perda. Então, tento não acessá-la nos momentos em que estou me sentindo frágil.

Após a morte de um usuário, as redes sociais permitem que o seu perfil possa ser retirado da web ou assumido por parentes, mediante solicitação e envio de documentos. Mas essas informações costumam ficar meio escondidas. Para aqueles que optarem por assumir os perfis dos que se foram, é importante explicitar que o gerenciamento está sendo feito por outra pessoa.

— Isso evita que, em momentos de fragilidade, pessoas enviem mensagens achando que ninguém vai lê-las, mas que podem causar constrangimentos afirma a terapeuta Adriana.

Para além da administração das páginas dos que se foram por parentes, grupos de usuários se dedicam a listar os perfis dos mortos, estabelecendo uma espécie de cemitério virtual. Criada no Facebook em 2009, o “Profiles de gente morta” reúne mais de 10 mil membros que, diariamente, incluem perfis de recém-falecidos, adicionando a causa da morte e, quando possível, notícias que a comprovam.

Ainda que reconheça que a página pode ser vista como mórbida, seu criador, Victor Santos, de 33 anos, nega que explorar a dor alheia seja sua intenção:

— O objetivo principal é que ela funcione como uma espécie de memorial aos falecidos com perfis na rede, uma homenagem e um registro virtual. Entendo os julgamentos. Não é algo comum, gera interpretações incorretas. Mas a página trata de algo natural, que faz parte da vida.

FENÔMENO É TEMA DE ESTUDOS

Moderadora do grupo, Ana Bittencourt, de 39 anos, vê a popularidade dele como resultado da curiosidade que muitas pessoas sentem sobre a morte.

Para muita gente, a morte ainda é um tabu, e o grupo acaba sendo um espaço onde elas têm liberdade para discuti-lo afirma.  Há regras. Proibimos imagens de violência. Também inibimos críticas aos falecidos porque não admitimos desrespeito. Já recebemos pedidos para remover perfis da lista. Nesses casos, atendemos prontamente. Não é nossa intenção magoar ninguém.

A relação do mundo virtual com a morte atrai inúmeros pesquisadores. Organizado pelos professores Cristiano Maciel e Vinicius Pereira, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o e-book “Digital Legacy and Interaction: Post-Mortem Issues” (Legado digital e interação: Questões pós-morte), de 2013, reúne artigos do mundo todo que abordam aspectos técnicos, legais e culturais do tema.

Para Cristiano, o assunto tende a se intensificar:

Antigamente, o cemitério ficava longe, mas agora a presença da pessoa falecida está logo ali. E muitos jovens da geração Z estão tendo o primeiro contato com o tema nesse ambiente — afirma.

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