segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ator Guilherme Leme sofre de câncer na garganta

Em cartaz no musical 'Rock in Rio', ele tem feito sessões de radioterapia uma vez por mês e passa bem, segundo a família

O ator Guilherme Leme
O ator Guilherme Leme (Divulgação/TV Globo/Renato Rocha Miranda)
O ator Guilherme Leme tem feito sessões de radioterapia uma vez por mês para tratar de um câncer na garganta. A informação foi confirmada pela família. A assessoria de imprensa do ator não informou há quanto tempo ele recebeu o diagnóstico, mas confirmou que ele esteve internado na última semana no hospital A.C. Camargo, em São Paulo, para se submeter ao tratamento. Ele teve alta nesta segunda-feira.
Seu estado de saúde é bom e Leme tem mantido a rotina de ensaios e apresentações do musical Rock in Rio, em cartaz em São Paulo desde 7 de junho. O ator tem se afastado do espetáculo apenas na semana em que recebe o tratamento, quando é substituído por Claudio Lins, filho da atriz Lucinha Lins, protagonista do musical. 
Carreira - A carreira do ator Guilherme Leme alcançou o auge em 1991, quando integrou o elenco da novela Vamp como o vampiro Gerald Lamas, o empresário da cantora Natasha (Claudia Ohana).  Antes disso, ele já havia se tornado popular no papel de Rico, um dos possíveis pais de Heleninha na novela Bebê a Bordo (1988). 
Nos últimos anos, Leme tem feito algumas participações em novelas sendo a última emInsensato Coração (2011), como Áquiles Trajano, chefe de André (Lázaro Ramos) na agência de design. 
Longe da TV, Leme se dedica ao teatro e à carreira de artista plástico. 

Celebridades que venceram o câncer

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Ana Maria Braga

A apresentadora de 64 anos tem histórico de reincidência. Seu primeiro contato com a doença foi um câncer de pele, em 1991. Cerca de sete anos depois, ela retirou um tumor benigno no útero. Em julho de 2001, anunciou ao vivo, no programa Mais Você, que estava com câncer no reto. Durante o tratamento, ela apresentou careca o programa matinal da Globo por causa dos efeitos da quimioterapia. Desde 2002, está livre da doença.

Justiça entrega ordem de desocupação da Câmara de Vereadores aos manifestantes

Bloco de Lutas diz que grupo só sairá se o diálogo com os vereadores for retomado



Justiça entrega ordem de desocupação da Câmara de Vereadores aos manifestantes Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Oficiais de Justiça entregaram, por volta das 15h desta segunda-feira, a determinação de desocupação da Câmara de Vereadores. O documento foi repassado aos manifestantes na entrada do local, que está tomado desde a semana passada por integrantes do Bloco de Lutas.
Mesmo com o documento entregue pelo oficial de Justiça Gabriel Irace, o grupo diz que só sairá do plenário se o diálogo com os vereadores for retomado. O presidente da Câmara, Thiago Duarte (PDT), informa que não existe mais negociação. A Justiça aguardará a coletiva de imprensa dos vereadores para definir como será feita a reintegração de posse.
Confira a íntegra do projeto de lei do Passe-livre divulgado pelo Bloco de Lutas"PROJETO DE LEI- PASSE LIVRE
Institui o passe livre no sistema de transporte coletivo por ônibus no Município de Porto Alegre para estudantes e desempregados, cria o Fundo Municipal de Mobilidade Urbana e dá outras providências.
Art. 1º Fica instituído o passe livre no sistema de transporte coletivo por ônibus no Município de Porto Alegre.
Parágrafo único. O passe livre importará no direito da utilização dos serviços de transporte coletivo por ônibus gratuitamente, por todos os estudantes e desempregados cadastrados no Sistema Nacional de Emprego – SINE, em todas as linhas e horários.
Art. 2º A garantia do passe livre, nos termos do art. 1º desta Lei, será condição para exploração do sistema de transporte coletivo por ônibus no Município de Porto Alegre.
§ 1º Os custos do passe livre serão suportados pelas empresas concessionárias do transporte público por ônibus, sem oneração do valor da tarifa;
§ 2º. O passe livre será suportado pela margem de lucro das empresas concessionárias.
Art. 3º. A adequação da margem de lucro à previsão legal dar-se-á a partir da correção das distorções do cálculo tarifário, possibilitando a redução da tarifa.
Art. 4º. Em nenhuma hipótese será admitida qualquer isenção fiscal ou subvenção, por parte do poder público municipal, às empresas concessionárias do transporte coletivo por ônibus, para financiamento do passe livre.
Art. 5º. Fica criado o Fundo Municipal de Mobilidade Urbana, destinado a investimentos em mobilidade urbana e na infra-estrutura do transporte coletivo público.
§ 1º. A diminuição do uso de veículos automotores privados, a valorização do transporte público coletivo, na preservação do meio ambiente, são fatores que norteiam a criação do Fundo de que trata este dispositivo.
§ 2º . Os investimentos de que trata este dispositivo referem-se aos diferentes modais, tais como malha cicloviária, transporte hidroviário, metroviário e rodoviário, dentre outros.
Art. 6º. O Fundo de que trata o art. 5º desta Lei será composto por recursos provenientes de impostos, taxas e tarifas que incidem sobre a propriedade privada de centros comerciais (shopping centers e assemelhados), de áreas ociosas, de áreas e prédios de estacionamentos, de bancos privados e de grandes empreendimentos imobiliários.
Art. 7º. Esta lei em vigor na data da sua publicação."

sábado, 13 de julho de 2013

Segundo Wladimir Pomar "Nas presentes manifestações no Brasil, a esquerda nos governos federal, estaduais e municipais demorou a demonstrar sua diferenciação em relação aos governos conservadores. E embora muitos petistas e socialistas tenham se incorporado às manifestações, os partidos de esquerda que estão no governo não só foram apanhados de surpresa, apesar dos repetidos alertas a respeito, como foram incapazes de declarar imediatamente seu apoio às mobilizações sociais e se incorporarem publicamente a elas."















As vantagens da luta popular

As manifestações massivas do povo brasileiro continuam reverberando das formas as mais contraditórias. Há setores de esquerda, por exemplo, que não entendem que, em várias sociedades em desenvolvimento e atrasadas, em que conseguiram vencer eleições, as dificuldades para realizar reformas democráticas, tanto no sentido político, quanto econômico e social, tendem a ser resolvidas principalmente através de mobilizações sociais. No caso brasileiro, não levam em conta as dificuldades que os governos Lula e Dilma enfrentaram, e enfrentam, para aumentar a participação do povo nos organismos de poder e, ao mesmo tempo, reformar a infraestrutura, direcionar investimentos para a indústria e para a agricultura e realizar uma distribuição de renda menos desigual através de mecanismos estatais de transferência.

Subestimam o fato de que, em algumas dessas sociedades, os anos de chumbo ditatoriais e neoliberais deixaram como herança exércitos populacionais de reserva como forças de trabalho sem condições escolares e profissionais para ingressarem no novo mercado de trabalho. Em outras palavras, doaram aos governos que os substituíram massas de milhões de pessoas vivendo numa situação que alguns chamam de subproletariado, outros de ralé, e ainda outros delumpenproletariado, precariado ou simplesmente excluídos. Assim, mesmo nos países em que o Estado voltou a atuar no sentido de fazer com que a industrialização reassuma importância diretora, não tem bastado melhorar alguns indicadores econômicos e sociais para que a luta de classes se amaine e a estabilidade política se estabeleça.

A situação criada pela falência do neoliberalismo, pela exportação de capitais e pela circulação destruidora dos capitais financeiros nem sempre consegue ser contrabalançada por políticas de transferência de renda, de crescimento econômico, de aumento da classe trabalhadora empregada na indústria, no comércio e nos serviços e de aumento dos padrões de vida da classe média.

Primeiro, porque tais políticas enfrentam uma resistência feroz dos setores monopolistas e financeiros da burguesia. Segundo, porque a dimensão dos problemas a serem resolvidos é de tal ordem que nem sempre os governos, mesmo dirigidos por correntes de esquerda, conseguem definir estratégias e táticas que conformem uma forte base social e política popular de apoio.

Nessas condições, a luta de classes tende a se aguçar, seja num diapasão surdo, seja em movimentos abertos. Em vários casos, tanto setores sociais trabalhadores quanto setores médios da população, mesmo politicamente atrasados, têm se lançado à batalha porque chegaram ao limite de sua paciência. Na Tunísia, ao tomarem conhecimento de que um vendedor ambulante se imolou ao ser proibido de continuar comerciando para sobreviver. No Egito e no Iêmen, por não possuírem sequer o direito de procurar emprego e de expressar livremente suas reivindicações. Na Grécia e em Portugal, ao descobrirem que haviam caído num conto de vigário alemão, que destruiu sua capacidade produtiva, os tornou dependentes das importações e os obriga a pagar uma dívida impagável com o sacrifício dos empregos, das aposentadorias e dos serviços públicos.

Na Turquia, ao tomarem conhecimento de que o governo autorizou a destruição de uma praça tradicional e arborizada para construir um mega empreendimento. Na Bolívia e no Equador, ao se confrontarem com a necessidade de explorarem recursos naturais para obter recursos para o desenvolvimento. Na Argentina, ao não concordarem com o controle do câmbio e outras medidas de controle econômico. E, no Brasil, ao se cansarem do aumento abusivo indexado dos transportes públicos e ao não concordarem com as prioridades de investimentos públicos em estádios esportivos.

Os gatilhos são diversos e, na maior parte das vezes, mascaram problemas e reivindicações mais profundos. Mas são a condição preliminar e básica para qualquer mobilização massiva e para qualquer rebelião ou revolução popular. Porém, não a única. A outra condição é que as classes dominantes e seu Estado não tenham mais condições de reprimir o movimento social pela força, ou de fazer concessões para dividi-lo e esvaziá-lo, e/ou ainda de reciclar-se para manter sua hegemonia ou seu domínio.

Essas classes e seu Estado podem não ter condições de eliminar a mobilização social pela força, como ocorreu na Tunísia e no Egito, e parece estar acontecendo na Turquia. Podem não ter condições de dividir e esvaziar tal mobilização com concessões, como em geral está acontecendo na Grécia e em Portugal. Mas podem ter condições de reciclar-se para manter sua hegemonia ou domínio, como conseguiram fazer diante de várias das mobilizações iniciadas em 2011.

No Brasil e naqueles países em que a esquerda é parte do governo, ou seja, faz parte do próprio Estado que pretende democratizar, a situação é muito peculiar. Se seus partidos tiverem capilaridade social suficiente para captar as mudanças nos sentimentos e ressentimentos das grandes massas, e para prever com certo grau de certeza as explosões sociais, eles podem se incorporar com mais vigor às mobilizações massivas. Com isso, tanto por dentro quanto por fora, podem pressionar as classes dominantes e o Estado a não reprimirem o movimento social.

Depois, podem obrigá-los a fazerem concessões substanciais, sem que consigam dividir o movimento social. Com isso, podem reduzir a hegemonia da burguesia sobre o Estado, ao mesmo tempo em que podem rebalizar as estratégias e as táticas do governo que dirigem, a partir das demandas das grandes massas mobilizadas.

Nas presentes manifestações no Brasil, a esquerda nos governos federal, estaduais e municipais demorou a demonstrar sua diferenciação em relação aos governos conservadores. E embora muitos petistas e socialistas tenham se incorporado às manifestações, os partidos de esquerda que estão no governo não só foram apanhados de surpresa, apesar dos repetidos alertas a respeito, como foram incapazes de declarar imediatamente seu apoio às mobilizações sociais e se incorporarem publicamente a elas.

Apesar disso, as vantagens das grandes lutas populares, mesmo quando só conseguem expressar contra o que se levantam, é que elas mudam a conjuntura, colocam as correntes políticas diante de desafios até então impensáveis e impõem reajustamentos estratégicos e táticos a todas elas. Foi no bojo de lutas como as atuais que o PT se impôs como alternativa política no declínio da ditadura. E agora, entre todos os partidos existentes, é ele que está na berlinda. Mesmo porque a disputa pela hegemonia sobre esses novos movimentos sociais tende a se acirrar, com a mudança de postura do partido da grande mídia e dos partidos e governos neoliberais.

Tudo indica que essa disputa vai se polarizar em torno das políticas de desenvolvimento econômico e social e de democratização da sociedade. Ou os partidos de esquerda, dentro e fora do governo federal, se unem numa frente comum para calibrar suas políticas, superar as resistências liberais dentro do próprio governo e atrair o centro político para atender à insatisfação social, ou serão atropelados pela oposição neoliberal. As vantagens da mobilização social, entre outras coisas, consistem em que colocaram tais problemas na ordem do dia.


Wladimir Pomar (Belém14 de julho de 1936) é analista político e escritor.
Militante político desde 1949, ajudou a fundar o PC do B em 1962. Preso no regime militar, atuou clandestinamente durante a década de 70até a extinção do AI-5 em 1978 por Ernesto Geisel. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (1980) e integrou a executiva nacional do PT (1984-1990). Foi coordenador-geral da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva de 1989.
Colabora regularmente com o jornal Correio da Cidadania e a revista Teoria e Debate.
É autor de diversos livors e estudos sobre a China, entre os quais O Enigma chinês: capitalismo e socialismo (Alpha Ômega); China, o dragão do século XIX (Ática); Revolução Chinesa (Ed. Unesp) e China - Desfazendo mitos (Publisher Brasil).
Outra vertente de suas obras aborda a história do Brasil e da esquerda brasileira. É o caso de Araguaia, o partido e a guerrilha (Brasil Debates) Pedro Pomar: uma vida em vermelho (Xamã), Quase lá, Lula e o susto das elites (Brasil Urgente), Um mundo a ganhar(Viramundo) e Brasil em 1990 e era Vargas (Ática).
É pai do dirigente nacional do PT Valter Pomar.
Atualmente atua no setor de importação de produtos chineses para o MERCOSUL.

Batendo Na Porta Do Céu






                           Zé Ramalho

Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Mãe!
Tire o distintivo de mim
Que eu não posso mais usá-lo
Está escuro demais prá ver
Me sinto até batendo
Na Porta do Céu...
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu...
Mãe!
Guarde esses revólveres
Prá mim
Com eles nunca mais
Vou atirar
A grande nuvem escura
Já me envolveu
Me sinto até batendo
Na Porta do Céu...
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu...
Oh! Oh!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu
Bate! Bate! Bate!
Na Porta do Céu...(2x)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

El País afirma que Brasil quer contratar sete mil médicos espanhóis e Médicos espanhóis alertam sobre meta eleitoral no Brasil

Do UOL, em São Paulo

    O site do jornal espanhol El País publicou nesta quarta-feira (10) uma reportagem sobre o programa "Mais Médicos para o Brasil", apresentado pelo Ministério da Saúde no mesmo dia em Santiago de Compostela, na Galícia.



A proposta foi apresentada pelo secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales. Ele afirmou que o governo brasileiro pretende contratar 7.000 médicos espanhóis pelo período de três anos, que poderão ser ampliados para outros três.

ENTENDA A PROPOSTA

  • Arte/UOL
    Governo quer atrair médicos para as periferias e interior do país e adiciona dois anos aos cursos de medicina
A matéria cita que, segundo outro site de notícias, o Europa Press, Sales se reuniu com a conselheira de saúde, Rocío Mosquera, na Faculdade de Medicina da Universidade de Santiago de Compostela (USC), uma das mais antigas da Europa, e com profissionais da saúde local na sede do Colégio de Médicos de A Coruña.

O secretário teria afirmado que o Brasil tem "necessidade de médicos de atendimento básico" e citado 1.557 cidades de alta vulnerabilidade social, além de 25 distritos de saúde indígena. Por isso, o "interesse" em contratar cerca de 7.000 profissionais da Espanha e de outros países também.  
"Ponto de partida"
El País comenta que o secretário teria indicado que este seria apenas o "ponto de partida", deixando, assim, a porta aberta para outras especialidades no futuro.

O El País também informou que desde as 23 horas do dia 9 de julho, quando foi aberto o prazo de inscrições no programa, que será apresentado também em Madrid e Barcelona, teriam chegado 50 inscrições de médicos estrangeiros interessados. Além disso, o consulado do Brasil na Galícia também estaria recebendo ligações de interessados nas vagas, teriam afirmado as autoridades brasileiras à publicação.

O site informa que o programa consiste em uma bolsa mensal de 10.000 reais, aproximadamente 3.435 euros, para especialistas em atendimento básico e que as inscrições vão até 25 de julho, além de disponibilizar um link para o Portal da Saúde, do Ministério da Saúde, para os interessados.
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03.jul.2013 - Médicos realizam protestos na Avenida Paulista, em São Paulo, por melhores condições de trabalho, infraestrutura, salários e contra a entrada de médicos estrangeiros n

by Uol
Médicos espanhóis alertam sobre meta eleitoral no Brasil

11 de julho de 2013 | 8h 37

JAMIL CHADE, CORRESPONENTE - Agência Estado

Os médicos espanhóis garantem que não serão a solução para os problemas da saúde no Brasil e temem que, por pressão política, o governo acelere medidas para atrair profissionais como uma meta "mais direcionada às eleições do que para resolver a questão da saúde no País". Quem faz o alerta é o Conselho Geral do Colégio de Médicos da Espanha, que nesta semana negocia os termos de um acordo com o governo brasileiro e, amanhã em Madri, apresentará ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, as condições que exigem para que a oferta de trabalho do Brasil seja considerada.

O grupo não descarta o interesse. Mas quer certas garantias. A principal é que as condições de infraestrutura dos hospitais para onde esses médicos serão levados sejam informadas com detalhes, com o número de leitos, quantidade de funcionários, recursos e acesso a remédios. "Não queremos ser enganados", disse ao Estado o médico Fernando Rivas, responsável do conselho pelas negociações com o Brasil. Pelo projeto brasileiro, os médicos estrangeiros não precisariam passar por exames. Mas teriam contratos limitados a alguns anos e teriam de escolher entre seis cidades oferecidas pelo governo, todas no interior ou em regiões pobres.

Ontem (10), o governo iniciou a promoção do projeto em uma turnê que começou em Santiago de Compostela. Coube ao secretário de Gestão do Trabalho, Mozart Sales, fazer a apresentação, se reunir com a conselheira de Saúde da Galícia, Rocio Mosquera, e visitar a Faculdade de Medicina. Segundo ele, desde terça-feira, cerca de 50 pessoas procuraram informações sobre o projeto, que espera atrair 7 mil médicos estrangeiros. Sales completa a viagem nesta semana com encontros em Barcelona e Madri, depois de já ter passado por Lisboa.

A oferta é vista com desconfiança entre os médicos espanhóis. Segundo eles, o que o governo apresenta nas palestras é apenas o dado demográfico das cidades, nível de renda e principais problemas de saúde. Mas não os recursos que garantam hospitais na região. "Os médicos espanhóis não são a solução para as questões de saúde no Brasil", declarou Rivas.

"Podemos ajudar. Mas, pelas condições que nos foram apresentadas, não acredito que mais de uma centena de médicos na Espanha aceite ir ao Brasil. Não haverá uma onda de médicos daqui indo para o Brasil, isso eu posso garantir." Rivas passou os últimos dois dias em conversas com a delegação do Ministério da Saúde que está na Espanha, que receberá visita do ministro Padilha hoje (11) e amanhã (12).

Vagas

Segundo o conselho, o governo já informou que cerca de 94 municípios terão vagas abertas e que as chamadas serão realizadas a cada 40 ou 60 dias. Os salários seriam de cerca de R$ 10 mil, considerado "bom" para os espanhóis. Mas Rivas, apesar de ver o projeto de uma forma positiva, alerta que isso não será suficiente para o programa funcionar. "O que mais nos preocupa é a falta de informação sobre as cidades para onde esses médicos serão mandados", explicou Rivas.

"Queremos saber quantas ambulâncias o hospital tem e quais equipamentos. O que não queremos é publicidade enganosa. Os médicos espanhóis têm hoje a chance de ir ao Catar, à Alemanha e ao Reino Unido e, em cada um desses casos, podem ligar e saber exatamente qual a situação. Queremos a mesma coisa do Brasil, mesmo que a informação não seja boa. Mas pelo menos que seja a verdadeira."

Google A delegação do governo brasileiro chegou a causar surpresa entre os responsáveis da Espanha quando sugeriu que procurassem as cidades no Google. Rivas admite que a situação econômica na Espanha é das mais graves e que 2 mil médicos já deixaram o País nos últimos 12 meses e 3,3 mil estão desempregados. Por isso, ele não descarta que "os mais desesperados" considerem a proposta brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

by Estadão

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