segunda-feira, 29 de abril de 2013

Cartas psicografadas confortam pais de jovem morto


29/04/2013 00h05 - Atualizado em 29/04/2013 00h22

Em mensagens enviadas à família, jovem conta como é sua rotina.
Ricardo foi vítima de acidente de trânsito em março de 2010, com 20 anos.


Cartas psicografadas Teledomingo (Foto: Reprodução/RBS TV)
Cartas de Ricardo devem se transformar em livro para confortar outros pais (Foto: Reprodução/RBS TV)
Por meio de cartas psicografadas, a família de Ricardo Marques busca forças para superar a perda do filho, morto em um acidente de carro no dia 28 de março de 2010, aos 20 anos. Em mensagens enviadas aos pais, o jovem conta detalhes sobre a vida que leva, revela que sente saudades das conversas com a irmã, Juliana, e da comida da mãe. Para dividir a experiência, os pais de Ricardo planejam lançar um livro com as cartas, como mostra a reportagem do Teledomingo, da RBS TV (veja no vídeo).
Além do conforto por meio de cartas, Jairo e Sayonara Marques também sentem a presença do filho na casa da família, em Santa Rosa, no Noroeste do Rio Grande do Sul. O quarto do jovem segue intacto, e as conversas sempre incluem Ricardo. A primeira mensagem chegou cinco meses depois da morte do jovem, quando os pais procuraram um centro espírita de Uberaba, em Minas Gerais, cidade conhecida no país por ter sido, durante anos o cenário do trabalho do médium Chico Xavier. Na cidade mineira foram recebidas cinco cartas. Depois, a família começou a buscar as mensagens no interior de São Paulo.
Nas primeiras cartas,  Ricardo explicou  como aconteceu o acidente e disse que não sentiu dor alguma. "Minha chegada por aqui se verificou entre muitas luzes do Senhor, aqui cheguei no momento imediato do desencarne, pois eu fui poupado das visões infelizes do corpo marcado (...).  O carro seguia com naturalidade, a velocidade estava controlada, o diálogo seguia agradável, falávamos do futebol, do Grêmio e não faltavam as brincadeiras. Tudo aconteceu quando um animal cruzou nossa frente, no susto o volante foi puxado, daí para frente foram segundos que não dá para descrever, pois perdi a consciência, tudo foi muito rápido", explica em uma das comunicações atribuídas pela família a Ricardo.
Ricardo morreu em acidente de carro em 2012 (Foto: Reprodução/RBS TV)Ricardo morreu em acidente de carro em
2010 (Foto: Reprodução/RBS TV)
Jairo e Sayonara reconheceram nas cartas a letra e as expressões usadas pelo filho. E muitos nomes e situações que envolviam pessoas da família, o que para eles é prova de que as mensagens são realmente do filho. A mãe relata uma das passagens em que o filho faz essas citações.
"Ele disse 'eu estou aqui na companhia de um senhor grisalho que me pede pra chamá-lo de bisa João e de uma senhora de nome que eu não recordo agora, que vocês vão identificar'. O bisa João é meu avô, bisavô dele por parte de mãe, que estava acompanhando o Ricardo na ocasião que transmitiu a primeira mensagem", conta a mãe. O parente morreu 20 anos antes de o jovem nascer. "Na última mensagem que ele transmitiu em Uberaba, ele disse que estava na companhia da vó Zaida, que é a minha mãe", conta.
Nas mensagens, Ricardo conta que agora vive em uma cidade espiritual chamada Colônia Espiritual Fabiano de Cristo, que fica geograficamente sobre a cidade paulista de São José do Rio Preto. Ele descreve o ambiente e o clima da nova morada. "Com a permissão do alto, desejo relatar o ambiente onde vivo hoje. Neste local, os caminhos são ladeados por flores campestres e seu colorido e aroma nos dão a sensação de paz primaveril. As árvores gigantes tecem formosa sombra oferecendo descanso convidativo. O clima tropical se assemelha ao litoral, onde a umidade relativa do ar não perturba. O céu durante o dia é tão claro e seu azul descende da turquesa", explica. 
Na sequência, ele descreve como são as casas do local e como ocorre a alimentação. "Os alimentos frugais são estímulo e energia, e não somente saciedade. Os utensílios domésticos não se diferenciam muito dos da Terra", afirma.
A pisicografia é bastante divulgada no Brasil. Em 1971, o médium Chico Xavier deixou atônitos público e convidados do programa Pinga Fogo, da extinta TV Tupi ao receber ao vivo uma mensagem de seu guia espiritual, Emmanuel. As cartas de Chico consolaram pais por décadas. Mesmo assim, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como esse processo ocorre. Em visita a Porto Alegre, o  médium espírita Divaldo Pereira Franco falou mais sobre a comunicação.
"Os guias espirituais se encarregam de fazer o acoplamento porque nem sempre os desencarnados conhecem a técnica. Como todos nós temos uma radiação do perispírito, chamada aura, o espírito acopla-se naquela aura e automaticamente a glândula pineal do médium, o sistema nervoso central, recebe a descarga energética chamada de descarga fluídica. Sendo o médium um sonâmbulo automático, a mão logo dispara e a escrita se faz mecânica", explica.
Jairo e Sayonara Marques querem publicar livro com cartas psicografadas (Foto: Reprodução/ RBS TV)Jairo e Sayonara Marques querem publicar livro com cartas psicografadas (Foto: Reprodução/ RBS TV)
Mas o próprio Divaldo faz uma alerta. É preciso que as pessoas tomem cuidado com falsos médiuns e charlatões. "Há muitos deles por aí. Se aproveitam da fragilidade das pessoas que perderam entes queridos e as enganam. A melhor maneira de se proteger é não dar informações. Diga apenas o nome do desencarnado e a data. Se o médium for sério, a mensagem virá. As vezes na ânsia de receber notícias as pessoas contam todos os detalhes da vida daquele que partiu e depois o charlatão se aproveita disso", afirma.
Os pais de Ricardo preparam um livro com as mensagens do filho. Querem dividir a experiência com outros pais. As cartas aliviam o coração. "Isso não nos tira a vontade imensa de todos os dias acordar e ver nosso filho. Mas traz uma alegria muito grande no sentido de saber como é a vida dele", conta Sayonara.
"Isso é nosso, somos humanos, apegados à matéria. Então essa presença física, parece que a gente precisa ter isso, mas a gente com certeza vai evoluir. A gente está aí pra isso", completa o pai.
by G1/RBS

Brasil não está maduro para a descriminalização’, diz novo secretário nacional de drogas



senadGLOBO
O secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore Maximiano Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo
Vinicius Sassine - O Globo
BRASÍLIA — O defensor público de São Paulo Vitore André Zilio Maximiano assumiu a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), vinculada ao Ministério da Justiça, em meio a uma profusão de polêmicas. A chegada dele ao cargo na última segunda-feira, aliás, tem relação direta com uma dessas polêmicas: a pressão do Palácio do Planalto para que a Senad comece a liberar rapidamente os R$ 130 milhões reservados para comunidades terapêuticas religiosas, que abrigam dependentes químicos. A secretaria passou por uma debandada de técnicos, o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) está esvaziado e um polêmico projeto de lei que altera a lei que instituiu o sistema de políticas públicas sobre drogas deve ser votado na Câmara nas próximas semanas. Soma-se a isso a análise do cenário de descriminalização dos usuários, um estudo em curso no próprio Conad.
 Vitore defende que a regulamentação das comunidades terapêuticas pode ser feita pelo próprio Executivo, sem a necessidade de uma alteração da lei. Ele também discorda da internação involuntária de dependentes nos moldes previstos no projeto. O novo secretário diz que vai dar continuidade à discussão sobre a descriminalização. Mas, para ele, o Brasil não tem condições por agora de alterar a lei e descriminalizar o usuário, como ocorreu em Portugal, onde a venda continua a se configurar tráfico e crime. “Sou antipático à repressão. No campo das drogas, acho que o usuário não deve ser tratado com repressão”, diz o secretário, que se define como “careta”: “Nunca usei drogas.” A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao GLOBO:
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, está fazendo reuniões interministeriais para tratar do projeto que prevê internações involuntárias de dependentes e novos financiamentos a comunidades terapêuticas. O senhor já tratou do assunto com a ministra?
Temos feito reuniões internas, no próprio Ministério da Justiça, e também a interface com os demais ministérios. Cada pasta tem apresentado seus pontos de divergência ou convergência. O projeto tem aspectos positivos, mas também aspectos preocupantes.
O senhor já esteve com a ministra?
Sim, houve uma reunião com todos, na segunda-feira (22).
A ministra vem defendendo o financiamento de comunidades terapêuticas com dinheiro público. O projeto de lei prevê quatro fontes de financiamento diferentes para essas entidades. Ela fez algum pedido nesse sentido?
Sobre esse assunto específico, não houve nenhuma abordagem. Outros pontos foram discutidos, como o acolhimento no âmbito das comunidades terapêuticas. Eu sei que a questão do financiamento é acompanhada de perto pelo governo. Não há dúvida de que existe uma rede que abarca as comunidades terapêuticas. Elas desempenham um importante trabalho. No que cabe à Senad, ao governo federal, o estímulo haverá, para que essa rede opere bem, ofereça serviços de qualidade.
A Senad concorda com a existência de quatro diferentes fontes de financiamento?
A Senad concorda em subsidiar financeiramente as comunidades terapêuticas que aqui se apresentarem e cumprirem as regras objetivas para a prestação desse serviço. Eu, pessoalmente, não conversei nada com a ministra sobre isso. A preocupação no projeto é que a Senad não seja o único agente financiador. Um aspecto positivo do projeto é tentar definir como deve ser o acolhimento numa comunidade. Mas a posição da Senad é contrária ao projeto, o que foi externado pelo próprio ministro da Justiça. Não vemos necessidade nos pontos que o projeto pretende mudar. A regulamentação das comunidades terapêuticas poderia ocorrer por meio de atos do Poder Executivo.
Então não há necessidade de um projeto de lei para essa regulamentação?
Não. Isso pode ser tratado no âmbito interno do Executivo. Mas se o projeto vingar e for transformado em lei, vamos seguir à risca.
Um grupo de trabalho no Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) está discutindo o cenário de descriminalização do uso de drogas no Brasil. O colegiado está esvaziado, ainda não se reuniu neste ano. O que será feito em relação ao órgão?
Vamos retomar a agenda do Conad, travar todos os debates, editar as portarias e resoluções. A Senad não parou por conta dessas mudanças. O grupo de trabalho tem de concluir o relatório final. Não tenho a menor dificuldade em ouvir quem defende a repressão ao consumo de drogas e quem defende a descriminalização. A Senad tem de ouvir e apresentar possíveis políticas, mas não é ela que define as políticas. Quem define é a presidente, é o ministro. Com as recentes mudanças na legislação internacional, este é um cenário (o de descriminalização) que nós temos no mínimo que debater, com a comunidade científica, com a Polícia Federal, com os estados e a sociedade. Portugal descriminalizou o uso, mas é um país pequeno frente à extensão territorial do Brasil. Trata-se da mesma realidade lá e cá?
Há um pedido específico da presidente em relação a essa discussão sobre a descriminalização?
Hoje não há nenhum pedido do ministro, nenhuma ação em curso para que o governo apresente uma proposta de descriminalização. O que temos por obrigação e dever de ofício é estudar cenários, e seguiremos com essa análise. É preciso debater os efeitos da lei em curso, quais são os pontos positivos. Considero um ponto positivo, uma mudança radical, o fato de a Lei de Drogas deixar de prever pena privativa de liberdade em caso de porte. Depois de mais de seis anos, estamos experimentando os efeitos disso. E parece que caminhamos bem, ao deixar de tratar o usuário como um criminoso e vê-lo sob a atenção de saúde.
Haverá um prazo para que o grupo de trabalho apresente esses cenários?
Em respeito ao colegiado, os destinos do grupo de trabalho caberão ao Conad.
O senhor concorda, defende a descriminalização do uso de drogas no Brasil?
Sou antipático à repressão. No campo das drogas, acho que o usuário não deve ser tratado com repressão. Sou um entusiasta das penas alternativas, que permitem sanções sem a privação da liberdade.
A descriminalização do uso da maconha, como ocorre em Portugal, com a venda configurada como crime, é possível no Brasil?
O Brasil não está maduro para isso ainda. Esse debate tem de acontecer na sociedade brasileira e acredito que está acontecendo. O Brasil vai amadurecer bastante e vamos acompanhar o resultado em alguns anos. Não acho que essa decisão é pra já, não sei se vai acontecer. A Senad pode contribuir para esse debate sem um viés autoritário e sectário. Vamos chamar as polícias dos estados para debater. Grandes pensadores do país começam a levantar esse debate. Esse é o grande temor de todos nós. Tenho um filho de seis anos e desde já o grande medo que nos impõe é a questão das drogas. É um tema que causa intranquilidade em todos nós.
O projeto de lei a ser votado no plenário da Câmara é muito enfático em defesa das internações involuntárias. O que pensa a respeito?
A internação involuntária está acontecendo neste país e não há problemas com ela. Ela ocorre em São Paulo e conheço essa experiência. Familiares procuram a internação e o médico avalia o paciente. Este médico vai dizer se há necessidade ou não de internação, solicitada pela família. O problema está na internação compulsória, em que a Justiça decreta a a internação, sem a família solicitar, como vinha ocorrendo no Rio de Janeiro. É uma polêmica por si só. O Estado intervém na vida de uma pessoa, que não cometeu infração penal alguma, retira essa pessoa do seu convívio social, interna num hospital. Eu não gostaria de sofrer uma internação compulsória. O projeto não trata da compulsória, só da involuntária, mas precisa de mudanças. Tenho reservas com a previsão no projeto de que qualquer servidor público pode solicitar internação involuntária.
O senhor já experimentou alguma droga?
Não, nunca usei. Sou careta, do interior de São Paulo e de família católica. Aos 20 anos, já estava de terno e gravata na Faculdade de Direito.

by Jornal Extra Online - Globo

domingo, 21 de abril de 2013

É o Brasil investindo no turismo sexual


Publicado em  às  hs.

Imagine você esta notícia nos jornais internacionais: “Curso dá aula de inglês para prostituta receber turista na Copa”. Qual a mensagem passa ao público do exterior?
Atenção gringos, nossas prostitutas serão poliglotas.
O curso de qualificação de prostitutas para a Copa, oferecido pela Associação de Prostitutas de Minas Gerais, oferece aulas de inglês, francês, espanhol e italiano. De acordo com a organizadora, Cida Vieira, o curso tem o objetivo de educar os profissionais do sexo para recepcionar os turistas estrangeiros na Copa das Confederações de 2013 e na Copa do Mundo de 2014, e pretende ensinar o básico – frutas, verduras, legumes-, e o “vocabulário técnico”.
E vão aprender, pois as cartilhas para qualificação de profissionais do turismo sexual, certamente são melhores formuladas pelo governo de Mato Grosso para qualificação de profissionais do turismo pantaneiro.
PS: De acordo com Cida, ainda há vagas e os interessados podem entrar em contato com a associação pelo telefone (31) 3201-1799.
(charge publicada no UOL)
Fonte: Prosa & Politica

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