domingo, 24 de março de 2013

Indignados, eleitores desabafam e cobram CPI da Saúde nas redes sociais



Indignados com o veto de 23 dos 29 vereadores à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde para investigar denúncias de desvio de verbas em hospitais de Campo Grande, eleitores recorreram às redes sociais para desabafar e cobrar medidas da Câmara Municipal.
Em rápida análise, a reportagem encontrou pelo menos seis postagens elaboradas, com centenas de compartilhamentos e comentários. Os campo-grandenses destacam a gravidade das denúncias de verba pública e questionam o parentesco de políticos com os envolvidos nas supostas irregularidades.
“Quer dizer que ao invés de criarem projetos, discutirem assuntos relevantes para a nossa cidade e fazer jus ao polpudo salário de R$ 15 mil e mais todas as benesses, os nobres edis preferem colocar em discussão e votação moção de repúdio ao prefeito Alcides Bernal (PP).Será que o caso de desvio de verba não seria mais relevante?”, questiona uma das postagens.
Além de compartilhar, os internautas recheiam de comentários as publicações. “Porque os vereadores têm medo da CPI, será que é o rabo preso?”, perguntou um deles. “Polícia Civil neles.... Vão a fundo o povo não aguenta mais tanta safadeza, é aumento de salário, é roubo na saúde, é roubou no raio que os parta... Socorro!!!!!”, postou outro eleitor.
Da mesma família de Adalberto Siufi, um dos diretores afastado do Hospital do Câncer, o vereador Paulo Siufi (PMDB), é um dos principais alvos das críticas. Ele até ganhou publicação exclusiva, com direito a foto e muitos ataques.
“Morro de vergonha desses vereadores, estão tentando tirar o foco da mídia em cima dos parentes do vereador Siufi e do ex-prefeito de Campo Grande. Vergonhoso senhor Mario César (PMDB), a única atitude digna que o senhor podia ter agora é renunciar”, comentou um internauta.
Políticos no meio
Envolvido no meio das postagens, o deputado federal Fábio Trad (PMDB) também recorreu às mídias sociais para defender sua família, que tem parentesco com o vereador Siufi.
“Ao contrário do líder do prefeito Alcides Peralta, vereador Alex do PT, que é contra a CPI da Saúde, não só sou a favor da referida CPI, mas também (simultaneamente) de mais quatro, que devem merecer profunda investigação do legislativo municipal”, escreveu o parlamentar.
Ele quer a CPI da “Lavagem de Dinheiro”, da “Gasolina”, da “Verba por Debaixo do Pano” e do “Mensalão”. “Aproveito, então, a oportunidade para exortar o líder e a base aliada do prefeito Bernal a assinarem todas as CPIs”, completou.
Além do deputado, também aderiram ao debate via mídia social pelos menos outros dois políticos: o prefeito Alcides Bernal e o presidente regional do PT, Marcus Garcia.

Mobilização

Além de criticar o veto à CPI, os internautas usam as mídias sociais para convocar a população a lotar, na próxima terça-feira (26), à Câmara Municipal para pressionar pela instalação da investigação.
“CPI da Saúde já! Vamos comparecer dia 26, terça-feira, às 9h30, na Câmara Municipal, traga seu cartaz, faixa. Chega! Vamos mostrar nossa força”, convoca uma das publicações, compartilhada, até as 15 horas deste domingo (24), por 569 internautas.
Na postagem, os comentários apelam pela presença maciça da população. “Campo Grande vai em peso na Câmara dos Vereadores para manifestar e sacudir o plenário. Tem que ter esta CPI, custe o que custar amigos do Face. Tem sujeira aí, estão querendo abafar. Vamos avante Campo Grande, vamos marchar rumo à Câmara Municipal”, escreveu outro internauta.
Dos 29 vereadores, apenas Luiza Ribeiro (PPS), Zeca do PT, Cazuza (PP), Waldecy Chocolate (PP), Paulo Pedra (PDT) e Eduardo Romero (PTdoB) assinaram em favor da criação da CPI. Para vingar, a comissão precisa de no mínimo 10 assinaturas.  

Empreiteira do escândalo que derrubou cúpula do Dnit-MS ganha licitação de R$ 8,38 milhões


05/11/2012


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Pio Redondo

A Rodocon Construções Rodoviárias Ltda já montou seu canteiro de obras na BR-267-MS, próximo à Nova Alvorada do Sul (120 km de Campo Grande), por ter ganhado o edital 538-2011-19, em 23 de agosto passado, com o valor de R$ 8,38 milhões.
A empreiteira foi classificada depois que outras duas, com preços mais baixos, foram eliminadas da licitação pela comissão julgadora do Dnit-MS.
A Rodocon vai fazer a conservação da BR-267, em trecho de 124,5 km, restaurado em 2010 e 2011 por duas outras empreiteiras também envolvidas em escândalos nacionais – a Delta, do esquema de Carlinhos Cachoeira, e a Sucesso, envolvida na Operação Lunus, da Polícia Federal, em 2006, relativa ao financiamento de campanha de Roseana Sarney.
As obras de conversação da Rodocon se situam entre Nova Alvorada e o entroncamento com a MS-134, que leva à Casa Verde.
Exatamente neste trecho, ao final de 2010, o TCU encontrou as maiores irregularidades na restauração da BR-267, como “projeto executivo deficiente ou desatualizado, fiscalização ou supervisão deficiente ou omissa, execução de serviços com qualidade deficiente e duplicidade na contratação/licitação de serviços”.
A Rodocon foi citada por se beneficiar de ‘duplicidade de licitação’, ou seja, fazer a obra de conservação ao mesmo tempo em que a Delta e a Sucesso faziam a restauração do pavimento da rodovia.
O processo relativo ao caso (014.983/2010-9) ainda está em tramitação no TCU, aguardando instruções do ministro relator José Mucio Monteiro Filho.
E enquanto o TCU não conclui a sua lenta investigação, o novo edital vencido pela Rodocon traz exigências que reafirmam os problemas surgidos na restauração da BR-267, como o Midiamaxdemonstrou em seguidas reportagens.
O edital fala em reparos como “solo melhorado com cimento para base de remendo profundo, selagem de trinca, correção de defeitos com mistura betuminosa e correção de defeitos por fresagem descontínua”, entre outros.
Neste domingo, ao percorrer os 124,5 km, a reportagem do Midiamax encontrou longos trechos remendados, asfalto fresado e trincas por corrigir.
Família de engenheiros e Rodocon responderam processo
Quem assina o projeto do edital vencido pelo Rodocon é Gustavo Rios Milhorin. O engenheiro chegou a ser citado no acordão 2959 do TCU porque, como um dos fiscais da restauração da BR-267, autorizou a ‘execução dos serviços sem a utilização da usina de solos prevista no projeto contratado’, que beneficiou a Sucesso, resultando em ‘execução de serviços com qualidade deficiente’.
Trechos da obra da Sucesso foram refeitos duas vezes, e agora, a Rodocon foi contratada pelo Dnit-MS para fazer a conservação.
Gustavo Milhorin é filho de Carlos Roberto Milhorin, exonerado em janeiro pelo ministro dos Transportes, Sérgio Passos, em caso que envolveu a Rodocon, em 2006, por “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública, improbidade administrativa, lesão aos cofres públicos, dilapidação do patrimônio nacional e corrupção”.
Operação do PF em Dourados descobriu esquema
Em março de 2006, Carlos Roberto Milhorin foi investigado e processado por abrigar a Rodocon dentro da sede do Dnit de Dourados, que ele dirigia.
Notícias da época relatam que uma operação do Polícia Federal apreendeu computadores e documentos do Dnit e da Rodocon. A empreiteira Técnica Viária, de Curitiba, foi citada pelo PF como integrante do esquema.
A PF apurou que Milhorim era dono que uma usina de asfalto que fornecia massa asfáltica para as empresas contratadas pelo próprio Dnit comandado por ele dirigia.
Estes fatos resultaram em processo tocado pelo juiz federal Odilon de Oliveira, que determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal do engenheiro.
As investigações levantaram contratos, serviços executados e medições de obras coordenadas por Milhorim. Na época, Gustavo Rios realizava cálculos de obras que foram assinados pelo pai.
Segundo informações do inquérito policial, em apenas uma das obras a planilha com o cálculo de medição aponta valor de R$ 331 mil, mas a autorização de pagamento era de quase o dobro, R$ 607 mil.
As investigações apontaram que Carlos Roberto Milhorim possuía imóveis em Dourados, Campo Grande e Uberaba (MG), e que seu patrimônio seria incompatível com sua renda salarial.

Esse caso é que culminou com a exoneração da cúpula do Dnit-MS em janeiro deste 

É possivel exumarmos ocorpo do Dr. Tancredo? by Deise


Crescem suspeitas sobre morte de Chávez; Venezuela abre inquérito

Nos dias que sucedem a morte de Hugo Chávez está sendo travada uma batalha retórica por todo o mundo em decorrência de declarações do governo venezuelano e de governos de países alinhados ao projeto “bolivariano” no sentido de que o ex-presidente pode ter sido alvo de “envenenamento” por parte de seus inimigos políticos ou, mais especificamente, dos Estados Unidos.
Do lado do governo da Venezuela e dos países aliados, a difusão da suspeita parece obedecer a um ritual bem calculado, como se existissem elementos mais do que simplesmente especulativos. Já pelo lado dos inimigos do governo Venezuelano, sobretudo por parte dos Estados Unidos, a estratégia tem sido a de tentar caracterizar como “loucura” dos adeptos do que chamam de “teoria conspiratória”.
Se for loucura, porém, está afetando gente que sabe muito bem o risco de se fazer uma acusação dessa monta sem maiores evidências. O presidente da Bolívia, Evo Morales, reiterou na última segunda-feira suas suspeitas em torno da morte de Chávez, que, segundo ele, teria sido assassinado por causa de sua oposição ao “império” e ao capitalismo.
Morales assegurou que Chávez ainda era muito jovem e, por isso, questionou: “Como pôde ter perdido tão rapidamente a vida? O império sabe como se infiltrar”, completou Morales, que lembrou que o próprio Fidel Castro já escapou de muitas tentativas de assassinato.
Apesar da tentativa do governo americano, de setores da mídia nacional e internacional e de militantes pró Estados Unidos em redes sociais da internet de ridicularizar a teoria e qualquer um que a leve a sério, os mais importantes meios de comunicação do Brasil e do mundo repercutiram, na última terça-feira, a abertura de inquérito na Venezuela para investigar a natureza do câncer que ceifou em um curto espaço de tempo a vida do líder venezuelano.
O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que Chávez “Tinha a intuição desde o princípio” de que o câncer lhe fora inoculado e lembrou que os EUA “Tinham laboratórios científicos ensaiando como provocar cânceres” na década de 1940 e que “Após 70 anos, quanto não deve ter avançado esse tipo de laboratórios da maldade e da morte?”.
A teoria de que Chávez foi “envenenado”, apesar de uma campanha de desmoralização que vem sofrendo e na qual se vê uso de frases pré-elaboradas,  nas ruas de Caracas, como no Paseo de Los Próceres, onde fica a Academia Militar, local onde o corpo está sendo velado, há cartazes com dizeres como “Quem matou meu comandante?” e “Justiça”.
A ativista política estadunidense-venezuelana Eva Golinger, que vive em Nova Iorque e tem um programa de televisão num canal para a comunidade russa nos EUA, uniu-se aos adeptos da “teoria da conspiração”. Abaixo, vídeo em que, em bom espanhol, ela explica que evidências existiriam.

Já o escritor e historiador americano Willian Blum, autor de obras como Killing Hope: U.S. Military and CIA Interventions Since World War II e deRogue State: A Guide to the World’s Only Superpower , dentre outros, deu a seguinte declaração: “Pessoalmente, acredito que Hugo Chávez foi assassinado pelos Estados Unidos”.
Por telefone, fonte do governo venezuelano que não quer se identificar afirma que já existiriam “evidencias” de “inconformidades” no padrão da moléstia que matou Chávez, inclusive com laudos médicos feitos não apenas por cubanos ou venezuelanos e que afirmariam que o tumor em questão seria de um tipo “nunca visto”, com um poder de alastramento e uma resistência a tratamentos maior do que tudo que se viu até hoje.
“Teoria conspiratória” ou não, ela está hoje nos principais jornais e agências de notícias do Brasil e do mundo e os governos de Cuba e Venezuela não deram sinal algum de arrefecimento em veiculá-la. Pelo contrário, a retórica desses governos vem aumentando e ganhando adeptos entre aliados, ao ponto de ter sido aberta uma investigação formal.
Enquanto isso, em vários grandes jornais do Brasil parece ter baixado certa cautela, o que se explica pelo empenho com que o governo venezuelano e aliados têm difundido a tese. Este Blog, desde a primeira hora, com base em contatos que vem fazendo sugere aos que se apressam em negar o que antes de ser descartado precisa ser investigado, que também se acautelem.
 by blog da cidadania

Petista afirma que Comissão da Verdade investigará imprensa



Nas últimas semanas, a imprensa tem veiculado que a Comissão da Verdade, que apura o colaboracionismo de agente públicos e privados com a ditadura militar que vigeu no Brasil entre 1964 e 1985 a fim de produzir um relatório histórico, está investigando a participação de empresários e até de entidades dirigentes do futebol com aquele regime.
Todavia, até o momento a Comissão da Verdade não divulgou se irá apurar a atuação de certos agentes privados que tiveram participação preponderante para a efetivação do golpe de 1964 e para sua sustentação nos anos seguintes, até que a repressão aumentasse ao ponto de que aqueles que pediram e sustentaram a ditadura entendessem que em ditaduras só quem ganha é o ditador.
Para entender como é possível que uma Comissão que pretende apurar a verdade esteja, aparentemente, deixando de fora justamente o setor da sociedade que trabalhou com maior êxito e mais ostensivamente para a implantação do regime autoritário no Brasil dos anos 1960, o Blog da Cidadania recorreu ao presidente da Comissão Estadual da Verdade do Estado de São Paulo e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa paulista, o deputado Adriano Diogo (PT-SP).
Leia abaixo, portanto, a entrevista que o deputado estadual em questão deu ao Blog da Cidadania nesta terça-feira, 19 de março de 2013.
—–
BLOG DA CIDADANIA – Deputado Adriano Diogo, bom dia. O senhor preside a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo e a Comissão Estadual da Verdade que funciona naquela Casa, correto?
ADRIANO DIOGO – Sim, mas tenho que explicar que a Comissão Estadual da Verdade não é uma Comissão de Estado, é uma Comissão criada no âmbito da Assembleia Legislativa. Então, a partir da Assembleia Legislativa nós criamos a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo.
Não é um projeto de lei, é um projeto de resolução. É que a Comissão adquiriu tal dimensão que as pessoas acham que é do Estado de São Paulo, mas ela não teve apoio nenhum do governo do Estado. Nós trabalhamos, só os deputados, no âmbito da Assembleia Legislativa.
BLOG DA CIDADANIA – Deputado, a imprensa tem veiculado que a Comissão Nacional da Verdade está investigando a atuação de vários setores da sociedade durante a ditadura de uma forma colaborativa.
Haveria empresariado envolvido. Fala-se claramente na Folha, hoje, sobre a FIESP e há pouco [em off] o senhor me falou da relação de entidades e pessoas do futebol com a mesma ditadura, sobretudo do futebol paulista.
Mas há um setor, deputado, que teve uma intensa correlação com a ditadura e sobre o qual, até agora, não se falou nada.
Então, muito sucintamente, gostaria que o senhor dissesse como é que fica a atuação da imprensa, da grande imprensa no âmbito do golpe, naquele momento do golpe, e na posterior sustentação daquele golpe que grande parte da imprensa, da grande imprensa teve durante a ditadura e com a ditadura.
A gente sabe que vários meios de comunicação – imprensa escrita, imprensa eletrônica – tiveram relações com a ditadura e, até agora, não se falou nada disso na Comissão da Verdade. Isso não vai ser apurado?
ADRIANO DIOGO – O golpe foi dado com apoio total da imprensa. Total. O único jornal de grande circulação que ficou contra o golpe foi o jornal Última Hora. É claro que os Bloch [revista Manchete] foram muito cautelosos… Mas, na grande imprensa, o golpe foi alardeado e bancado, principalmente nos primeiros anos [da ditadura], por muitos setores da imprensa.
O Estadão e o Jornal da Tarde,  de apoiadores da ditadura, do golpe, de apoiadores do Ademar de Barros e daMarcha da Família com Deus pela Liberdade – que era um absurdo, era o golpe –,  acabaram atingidos pela censura.
O Estadão e O Globo foram jornais importantíssimos para a decretação do golpe e a sua sustentação, o que não significa que os jornalistas dessas empresas fossem golpistas. Foram os patrões deles.
Aquele jornal Shopping News ou City News, tinha um jornalista que escrevia artigos contra o Wladimir Herzog, contra o Sindicato dos Jornalistas e contra a TV Cultura. Pedia a cabeça do Wlado e de seus companheiros todo fim de semana em São Paulo. Pedia a prisão do Wlado.
Então, a atuação da imprensa [durante a ditadura] foi uma coisa cruel.
BLOG DA CIDADANIA – Então, deputado, mas o senhor me relata a atuação da imprensa nesse período que é, mais ou menos, uma coisa que todos conhecem. Mas na Comissão da Verdade, ao menos pelo que tem noticiado a imprensa, não se fala nada sobre apurar essa atuação da imprensa.
ADRIANO DIOGO – Bom, a atuação da Comissão Nacional da Verdade agora mudou de coordenador. Agora, assumiu a Comissão Nacional o diplomata Paulo Sergio Pinheiro.  Antes, era o ex-procurador-geral da República doutor Claudio Fonteles.
Possivelmente, agora eles vão mudar a técnica de abordagem. E eu acho que, uma hora, esse capítulo terá que ser abordado – sempre lembrando que uma coisa foi a imprensa, outra coisa foram certas empresas jornalísticas que emprestaram veículos [para a ditadura transportar presos políticos], [que estimularam] a repressão e tiveram um papel direto [na ditadura]. Um papel direto!
É evidente que essas questões vão ter que ser abordadas. Senão, a verdade nã será completa. Vai ser uma comissão de meia verdade. E não existe meia verdade.
Agora, tudo é um processo. Neste ano, no dia 31 de março, o golpe vai fazer 49 anos e nada – ou muito pouco – se sabe do golpe de 64. É um assunto proibido. É muito difícil dizer a verdade no país da mentira.
BLOG DA CIDADANIA – Então, deputado: é muito difícil dizer a verdade no país da mentira. Essa é a grande questão porque, neste momento, a gente vê a grande imprensa dizer que o seu partido, o PT, estaria querendo instalar a censura no Brasil através de posições do partido favoráveis à regulamentação dos meios de comunicação eletrônicos via um novo marco regulatório.
Nesse momento, não seria muito bom que uma Comissão que diz – ao menos diz – que procura a verdade mostrasse ao país qual foi o comportamento dessas empresas de comunicação que hoje estão falando em censura e acusando o seu partido de ser um partido de censores?
Minha pergunta, portanto, é se o senhor não tem nenhuma notícia de uma intenção sequer cogitada no âmbito da Comissão da Verdade sobre uma investigação da atuação da imprensa – ou de uma parte da imprensa – durante a ditadura.
ADRIANO DIOGO – Eu não disse isso. Eu disse que, até o presente momento, não foi abordado o papel da imprensa e das empresas jornalísticas. Eu não estou dizendo, com isso, que não vai ser abordado. Eu não falei isso.
BLOG DA CIDADANIA – Mas, até o momento, não foi?
ADRIANO DIOGO – Até o momento, pelo menos, [acho que] não foi. Mas a Comissão Nacional não divulga o conteúdo do material, dos depoimentos. Isso só vai ser feito através de relatório a ser publicado [ao fim dos trabalhos da Comissão da Verdade]. Até lá, nós [da Comissão Estadual] não temos acesso.
Mas eu garanto ao senhor o seguinte: na Comissão de São Paulo, tudo que estiver ao alcance, tudo que estiver documentado será apurado e divulgado.
Comento que até hoje não se sabe se o dia 1º de abril foi um dia depois do golpe ou o dia do golpe porque até isso os militares mudaram para não caracterizar o golpe como o golpe da mentira, porque o dia 1º de abril é o Dia da Mentira.
Tudo isso vai ser esclarecido porque vão ser abertos ao público todos os arquivos do Estado de São Paulo, o que será uma contribuição nossa – da nossa Comissão, de São Paulo. Faremos com que todos os arquivos do DOPS [Departamento de Ordem Política e Social, órgão repressor da ditadura], de todos os órgãos da repressão do Estado de São Paulo, sejam  abertos ao público no [próximo] dia 1º no Arquivo do Estado.
Assim, é evidente que o papel da imprensa, que passa por certas empresas jornalísticas, vai ser apurado.
O que eu estou tentando explicar é que a Comissão da Verdade não é uma Comissão Técnica, ela é uma Comissão do povo brasileiro. (…) Ela não pertence a um grupo de especialistas.
O que estou tentando dizer, portanto, é que a Comissão da verdade é como o movimento brasileiro de Anistia. Um grande movimento popular, em todo o Brasil, nas universidades, nos sindicatos, nos órgãos associativos dos arquitetos, dos engenheiros, dos advogados – como a OAB de São Paulo – para contar essa verdade.
Esse relatório não vai ser um documento que vai ficar numa prateleira. Terá que ser divulgada a participação de todos. Da Fiesp, das empresas jornalísticas, das empresas automobilísticas… Todo aquele que contribuiu com o golpe, como aconteceu na Alemanha nazista, terá que aparecer. O nosso holocausto não pode ser contado pela metade.
BLOG DA CIDADANIA – Pelo que entendo, então, deputado, o senhor não acredita que será possível excluir a imprensa dessa investigação. É isso?
ADRIANO DIOGO – Ninguém poderá ser excluído.
by blog da Cidadania

Parceria entre Lula e empreiteiras não é novidade e confirma que o Brasil é refém de negociatas


Sem solução – Não é novidade alguma o fato de empreiteiras brasileiras, que mantêm negócios com o governo federal, custearem as viagens do messiânico Luiz Inácio da Silva pelo mundo afora. De igual modo, é mentirosa a alegação de que essas empresas abram seus cofres sem qualquer interesse.
Responsável pelo período mais corrupto da história política nacional e pela crise na economia, Lula continua recebendo altas somas para proferir palestras em que conta aquilo que não fez por conhecida incompetência.
No momento em que o Brasil enfrenta um apagão no setor de infraestrutura, o que compromete ainda mais a possibilidade de reversão da crise econômica, empreiteiras se unem ao mais mentiroso dos políticos para vender ao mundo a imagem de um país que é mera ficção. O conluio entre as empreiteiras e Lula mostra de maneira inequívoca que o ex-metalúrgico é quem manda no governo de Dilma Rousseff e faz jus ao rótulo de “presidente-adjunto”.
A realidade econômica do País é, por si só, motivo mais que suficiente para que as palestras do ex-presidente não sejam contratadas por qualquer vintém, uma vez que o Brasil cambaleia à um passo do precipício.
Lula é um mitômano incorrigível que se especializou em ufanismo como forma de garantir o avanço do projeto totalitarista de poder que tem a assinatura do Partido dos Trabalhadores. Ainda fugindo da imprensa para não ter que explicar os escândalos de corrupção em que se envolveu, direta ou indiretamente, Lula continua sem responder ao convite do editor do ucho.info para um debate, com duração acima de uma hora, sem o apoio de auxiliares e muito menos o direito a anotações.
Quisesse provar que recebeu inúmeros títulos e honrarias por merecimento, Lula já teria concordado com o debate. Covarde adepto das negativas como atalho para a desculpa, Lula é um parlapatão que levará o Brasil ao fundo do poço.
by Ucho

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