segunda-feira, 18 de março de 2013

O que exatamente Presidente Dilma Roussef V. Exa.quer dizer com "as pessoas TEM que sair das zonas de risco (IR PARA SUA CASA PRESIDENTE??? alguns dos 3.500 imoveis que os funcionarios públicos e politicos usufruem, cujo metro quadrado chega a 13 mil o m2 em Brasilia?) PORQUE NÃO HÁ prevenção que resolva" . Me fogem as palavras para classificar esta afirmação. 2011 Presidente. Há 3 anos que assistimos impotentes o descaso de seu desgoverno. Que sua alma jamais desncanse Presidente. E o que os lamentos dos que V.Exa. SENTENCIOU a morte, não lhe assombre a velhice, até o ultimo dia. que v.Exa. implore pela vida, como fazemos. E que a terra, não lhe seja nada leve.by Deise


13 de janeiro de 2011


A sequência de fortes chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro causou o que está se tornando uma das maiores tragédias brasileiras: três cidades praticamente em total destruição e outras três fortemente afetadas por deslizamentos de terra, desabamento de encostas, soterramento de bairros e alagamentos. Milhares de pessoas perderam as casas, centenas perderam a vida e várias outras continuam desaparecidas.


Centenas de homens das forças de resgate do governo trabalham, muitas vezes com a ajuda de moradores, incansavelmente na busca de corpos e sobreviventes nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. A tragédia é tamanha que hospitais e necrotérios não dão conta de fazer todos os atendimentos e estão lotados.


Por outro lado, os governos federal, estadual e municipal trabalham juntos para pensar em como reconstruir a localidade, ajudar a população atingida e, principalmente, remover esses moradores das áreas de risco – um dos principais motivos dessa grande perda.





Leandro Schuenk procura pertences da família, no mesmo local onde enterrou os corpos dos pais. Nova Friburgo, 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Bombeiros continuam o resgate de pessoas soterradas no bairro Conquista, em Nova Friburgo. 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Cabral diz que destinará R$ 30 milhões para Saúde na Região Serrana. Teresópolis, 16/01/2011. Foto: Fernando Gabeira/AE





Total de mortos na região serrana do Rio chega a 640. Cemitério Municipal Carlinda Berlin, em Teresópolis, 15/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Em Teresópolis foram 271 o número de vítimas pelo deslizamento de terra. 15/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Nova Friburgo, 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Segundo especialistas, a prevenção de enchentes deve ser como a de erupções vulcânicas e as de terremotos. Nova Friburgo, 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Nova Friburgo, 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Em 2,5 meses, choveu em Nova Friburgo o esperado para um ano . 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Sobreviventes de Teresópolis chegam à base de Operações Aéreas. 16/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Nova Friburgo, 15/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Carros foram arrastados mais uma vez com a chuva de sábado em Nova Friburgo. 15/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Chuva que caiu no sábado, 15, em Nova Friburgo, deixou moradores novamente preocupados com mais deslizamentos de terra na cidade. Foto: José Patrício/AE





Helicóptero da Policia Civil do Rio de Janeiro resgata sobreviventes da tragédia que assolou a cidade de Teresópolis. 16/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





No bairro Campo do Coelho, em Nova Friburgo, sobreviventes tentam salvar alguns de seus pertences sob terra. 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Nova Friburgo, 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





A falta de coordenação prejudica resgate de vítimas e também a distribuição de donativos, que ficam à céu aberto. Teresópolis, 16/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





A chuva não deu trégua durante o fim de semana, em Nova Friburgo. Casas continuam sendo invadidas pela água. 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Angústia: moradores de Nova Friburgo aguardam a chegada de bombeiros para retirar corpos de casal soterrado. 16/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Nova Friburgo, 15/01/2011. Foto: José Patrício/AE





Cachorro fica ao lado da sepultura de sua dona, Cristina Maria Cesário Santana, em Teresópolis. 15/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Teresópolis, 15/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Yasmin Ferreira Soares, de 3 anos, é sepultada no Cemitério Municipal Carlinda Berlin, em Teresópolis. Yasmin foi uma das 271 vítimas da tragédia que marcou a cidade. 15/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Mãe se despede de sua pequena filha em Teresópolis. 15/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Total de vítimas da tragédia serrana do RJ é de 640 pessoas. Nova Friburgo, 15/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Tristeza: uma carreta de pescados é utilizada para transportar cadáveres em Teresópolis. 15/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Militares do Exército colocam 50 corpos de vítimas desconhecidas em caminhão para enterro no Cemitério Nova Friburgo. 15/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





A estimativa para a reconstrução da cidade de Teresópolis é de R$530 milhões. 13/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Desabamentos deixam 13 mil pessoas fora de suas casas. Em Teresópolis, 960 estão desalojados e 1.280 desabrigados, de acordo com a Defesa Civil. 14/01/2011. Foto: Felipe Dana/AP





Em Petrópolis, a região mais atingida foi o Vale do Cuiabá, no distrito de Itaipava. 13/01/2011. Foto: Marcos Arcoverde/AE





Presidente Dilma e governador do Estado do RJ, Sérgio Cabral, visitam Nova Friburgo. 13/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Itaipava, 13/01/2011. Foto: Marcos Arcoverde/AE





Mulher é resgatada pelos bombeiros. Teresópolis, 14/01/2011. Foto: Felipe Dana/AP





Desastre em Teresópolis, 14/01/2011. Foto: Felipe Dana/AP





Prefeitura de Teresópolis pagou os funerais das vítimas e disponibilizou 50 caixões pela manhã. Também providenciou a abertura de cerca de 180 covas rasas no Cemitério Municipal Carlinda Berlinda. 13/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Apesar de Itaipava também ter sido atingida, a cidade funciona como central de recebimento e distribuição de donativos às vítimas. Itaipava, 13/01/2011. Foto: Marcos Arcoverde/AE





Condomínios de classe média-alta, pequenas casas e pousadas foram invadidos rapidamente pela água dos rios Santo Antônio e Cuiabá, que subiram até 4 metros acima do nível normal. 13/01/2011. Foto: Marcos Arcoverde/AE





Distrito de Vieira, em Teresópolis, foi um dos locais mais castigados pela chuva. 13/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Teresópolis, 13/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Teresópolis, 13/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





IML de Teresópolis entrou em colapso após os deslizamentos de terra. Com capacidade para até 20 corpos por mês, instituto recebe 175 em três dias. 13/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Nova Friburgo, 13/01/2011. Foto: Marcos Arcoverde/AE





Em Nova Friburgo já chegam a 234 as vítimas letais do deslizamento de terra. 13/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Itaipava, 13/01/2011. Foto: Marcos Arcoverde/AE





Tragédia no RJ deixa 530 mortos. Teresópolis, 13/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Teresópolis, 14/01/2011. Foto: Felipe Dana/AP





O teleférico de Nova Friburgo, um dos pontos turísticos da cidade, foi tomado pela terra. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Morro desaba no centro de Nova Friburgo e atinge diversas casas. Resgate teve dificuldade para chegar ao local. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Teresópolis foi o município que registrou o maior número de mortes: 130. 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Nova Friburgo enfrenta o desafio de oferecer assistência médica aos feridos em deslizamentos de terra, desabamentos de imóveis e enchentes provocados pela forte chuva que caiu na madrugada desta quarta-feira, 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Nova Friburgo ficou praticamente sem comunicação durante todo o dia de hoje, 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Três bombeiros que tentavam resgatar moradores de um prédio que havia desabado foram soterrados, em Nova Friburgo. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Excesso de corpos deixa IML de Teresópolis em colapso. Teresópolis, 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Centro de Nova Friburgo fica em meio a lama, 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Cidade de Teresópolis decretou estado de calamidade. Teresópolis, 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Bombeiro tenta ouvir a voz de possíveis sobreviventes no centro de Nova Friburgo. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





De acordo com a polícia, foram identificados 176 corpos em Teresópolis. 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE





Em Nova Friburgo, um carro de bombeiros foi atingido por uma avalanche de terra, no centro da cidade. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis foram especialmente atingidas. Teresópolis, 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE





Em Teresópolis, onde parte da periferia do município foi devastada, o número de vítimas chega a 172, segundo informações da prefeitura. 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE





A Praça do Suspiro, em Nova Friburgo, ficou completamente debaixo de lama com o deslizamento de terra. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Nova Friburgo, 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Fortes chuvas levem a cidade de Nova Friburgo ao caos. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Presidente Dilma promete ajuda no "resgate e na reconstrução" das cidades serranas. Nova Friburgo, 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





"O tempo é curto", afirma comandante dos bombeiros do Rio. Força de Segurança dará auxilio no resgate das vítimas em Nova Friburgo e região. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





As águas que desceram por Teresópolis atingiram, consequentemente, São José do Vale do Rio Preto. Teresópolis, 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE





Regiões conhecidas como Caleme, Poço dos Peixes, Posse e Granja Florestal são as mais atingidas em Teresópolis. 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





A área mais afetada foi a periferia da cidade. Teresópolis, 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Segundo a Defesa Civil, 17 bairros foram atingidos por enchentes e deslizamentos em Teresópolis. 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE





"É a maior catástrofe da história do município", declarou o prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek. 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Cabral culpa 'desgraça do populismo' por tragédia na Região Serrana do RJ. Teresópolis, 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE





Em Teresópolis, número de mortes é de 175, e 1300 estão desalojados. 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE





Teresópolis, RJ. 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Até o momento, a tragédia do Rio de Janeiro, em 2011, foi a quarta maior do país. Teresópolis, 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Nova Friburgo, 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Município de Teresópolis diminuiu burocracia para facilitar a liberação de corpos e prefeitura assumiu despesas de enterros. 12/01/2011. Foto: Wilton Júnior/AE





Teresópolis, 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE





Carros foram carregados pela força da terra durante o desmoronamento de morro en Nova Friburgo. 12/01/2011. Foto: Marcos de Paula/AE





Teresópolis, RJ. 12/01/2011. Foto: Fábio Motta/AE

by estadao

Sou um colecionador de frases cretinas. by Fernando Jorge



 Entre suas obras está o livo Cale a boca, Jornalista! (OBRA CLÁSSICA,FUNDAMENTAL PARA TODOS QUE DESEJAM CONHECER PROFUNDAMENTE. A HISTÓRIA DO BRASIL E A DE SUA IMPRENSA) . Li em 89/90 e em 2009 criei o blog com o mesmo nome, por me sentir, como num Dejavú no mesmo momento histórico e politico  relatado no  livro.by Deise


"Eu coleciono as frases imbecis das pessoas mais famosas do Brasil. Já tenho centenas dessas frases e pretendo publicar um livro, ao qual darei este titulo: Dicionário das frases cretinas dos brasileiros celebres.
Baseado em frias análises, cheguei à uma conclusão: o poder, diversas vezes, também emburrece, cretiniza.

Foi a única explicação lógica que eu encontrei para compreender as frases idiotas de pessoas famosas, cujos nomes se acham em evidência nos jormais, nas revistas, nos programas das emissoras de televisão.
Há vários anos, aliás, as besteiras dessa gente frequentam os noticiários.

Após assumir a presidência da Republica em 15 de março de 1985, o maranhense José Sarney vomitou a seguinte asneira:

“Realmente, estamos importando alimentos, mas isso é ótimo, porque significa que quem não comia está comendo." 

Oh raciocínio genial! Cérebro privilegiado, o do senhor José Sarney! Ele merece, não há duvida, ser membro da estéril Academia Brasileira de Letras. Amigo leitor, curve a cabeça diante da robusta inteligência do singular poeta do livro Maribondos de fogo, obra onde a poesia foi assassinada por esses insetos chamejantes! 

Ficaram célebres as frases cretinas do senhor Mário Amato, na época em que era presidente da FIESP. No mês de abril de 1989, por exemplo, ele fez este elogio à senhora Dorothéia Werneck, ministra do Trabalho do presidente Sarney:

-Ela é muito inteligente, apesar de ser mulher.

A frase é tão cretina, mas tão cretina, que dispensa qualquer comentário. E comentar o quê? Assim como uma rosa é apenas uma rosa, conforme dizia a Gertrude Stein, a m. é apenas uma m. Mais tarde, em 21 de junho de 1992, justificando a sonegação de impostos como "a defesa da sociedade contra a elevada carga tributária”, o senhor Mário Amato garantiu:

-Sonegar impostos é proteger a sociedade brasileira. O crime compensa. Ninguém pode atirar a primeira pedra: somos todos corruptos.

Estas frases imorais, insultuosas, cretinas, geraram o protesto indignado de 150 empresários gaúchos e do senhor Luíz Carlos Mandelli, presidente da Federação de Indústrias do Rio Grande do Sul. Vários gângsteres de Chicago e Nova York, inclusive o impiedoso Al Capone, enviaram do Inferno, onde cumprem as suas penas eternas, calorosos telegramas de aplauso ao senhor Mário Amato.
Três meses depois, em outubro de 1992, o Amato expeliu outra frase cretina:

-Quando a mocidade, que está despontando para a cidadania, sai para as ruas, isso me amedronta e apavora.". 

Sentir medo da mocidade consciente, patriótica! Olhem aí o cúmulo do reacionarismo! Mário Amato deveria tremer, borrar as calças, se fosse o contrário. Se os jovens se acomodam diante do erro, do arbítrio, da corrupção, da patifaria, da injustiça, isto sim é condenável e maléfico. Viva pois a mocidade estuante, vibrante, apaixonada, a bela e generosa mocidade que sai das escolas, das universidades, e vai às ruas para reagir, protestar, combater a opressão, defender a democracia, lutar pela liberdade, a indômita e esplêndida mocidade de quente e rubro sangue novo! Ela é que é a verdadeira esperança de meu país, o seu futuro radioso! 

Durante a campanha pelas eleições diretas, no ano de 1989, o doutor Paulo Salim Maluf deu este conselho em Belo Horizonte, na Faculdade de Ciências Médicas:

-O que fazer com um camarada que estuprou uma moça e matou? Tá bom, tá com vontade sexual, estupra, mas não mata.

Frases soberbas, notáveis! Eu soube que o presidente da Sociedade Brasileira de Estupradores convocou uma reunião extraordinária para os sócios desse grêmio poderem aplaudir de pé, entusiasticamente, o doutor Paulo Salim Maluf, defensor dessa nova e revolucionária prática sexual, chamada "Estupra, mas não mata". Convém dizer: o “Maniaco do Parque”, o Francisco de Assis Pereira, tentou acatar o conselho do doutor Maluf, porém ele não se dominava na hora "H" e acabou estuprando e matando dezenas de moças nas clareiras do Parque do Estado, uma das maiores áreas verdes da cidade de São Paulo. Francisco, menino mau, por que você não se limitou a estuprar as moças, seguindo o excelente conselho do doutor 
Maluf, por quê? Em 1995, o doutor Maluf confessou: 

-Me orgulho muito dos povos árabes, mas sou de origem libanesa. 

Ora, eu pergunto, e o Líbano não é um país árabe? É tão árabe que 75 por cento da sua população é muçulmana. Basta salientar: em 1945 o Líbano ingressou na Liga Árabe. Eis os nomes árabes de localidades do país dos cedros: Al Laban, Batrum, Bent Jbail, Dayr al Qamar, El Khiyam, Qurnat al-Hamrã, etc, etc.
Bem, e qual é a minha firme conclusão? A minha firme conclusão é simples: de fato o poder em nosso país muitas vezes burrifica, imbeciliza. Os miolos de certos fulanos que exercem o poder se desconjuntam e ficam soltos, boiando nas suas cabeças. Eles passam a ter os cérebros em compotas. Devido a esta metamorfose, começam a defecar pela boca".

by Fernando Jorge

Nascido no Rio de Janeiro, estudou Direito na Universidade de São Paulo, é diplomado em Biblioteconomia (foi diretor da Divisão Técnica de Biblioteca da Assembléia Legislativa de São Paulo), e jornalista com a carteira 088 da Associação Brasileira de Imprensa - SP. 




Idiocracia – Ignorância vs Educação.



A palavra “idiocrasia” vem de um filme de 2006, chamado “Idiocracy”. O filme, que é de humor negro, retrata dois personagens que se inscrevem para um experimento militar de hibernação, que acaba dando tremendamente errado: eles despertam 500 anos no futuro e descobrem então, que o mundo se tornou uma sociedade humana uniformemente estúpida.

Poderíamos, então, definir a palavra “idiocrasia” como a massificação da estupidez. Assim, eu pergunto: já não estaríamos caminhando para algo assim?

Nossa sociedade valoriza os fortões, bonitões e burros, enquanto despreza os inteligentes. No Brasil, o modelo para nossas crianças não são pessoas como Albert Einstein e Carl Sagan, mas pessoas como Neymar, Pato e Ganso. O nível de aplicação em educação por nossos governantes é risível. Não importa com que partido você simpatize: todos agem assim e a coisa tem estado assim desde antes do golpe de 64. Talvez desde a independência.

Apesar disso tudo, conseguimos produzir cientistas do calibre de Miguel Nicolelis, mas nossa produção intelectual, que se traduz, por exemplo, no número de pedidos de patentes, é risível. Pior: mesmo Miguel Nicolelis, com todo o conhecimento científico que já produziu, é pouquíssimo conhecido em nosso país. Brasileiros como ele ganham fama apenas no exterior, infelizmente.

Outro problema é a quantidade de livros que lemos ao ano. Eu ou você, que lê este artigo, podemos até ler uma quantidade razoável, mas e o restante das pessoas? A verdade é que, sempre que pego um livro para ler em público, não importa o tema, as pessoas ao redor começam a me olhar e a torcer o nariz. Às vezes parece até que ter o hábito de ler se tornou uma doença grave.

Este problema prejudica não só as pessoas, mas também o país como um todo. Empresas já começam a importar trabalhadores para ocupar vagas para as quais elas não conseguem encontrar candidatos capacitados. Isto prejudica o país, pois serve como um freio para seu crescimento. Os únicos favorecidos são os piores políticos que temos, os mais corruptos, que acabam conseguindo se reeleger a cada nova eleição.

Meu ponto é: até onde chegaremos com isto? Até quando as pessoas vão se conformar em ser idiotizadas por emissoras de TV que só passam porcarias; por governos que não dão a mínima para a educação; e por diversos outros meios? Não sei. Às vezes penso em fazer como muitos já fizeram: cuidar de meus estudos, sair do país e dar um “foda-se” para tudo isto aqui. Mas, não sei, acho que sou teimoso demais para isso.

O mais interessante é que, sempre que aparece um modelo de aplicação em educação que funciona bem lá fora, já se afirma que “aqui não daria certo”. Não daria certo? Mas como pode-se afirmar isto, sem sequer testar isto? O que menos importa, aqui, é o que dá certo ou não. O que importa é que não há interesse, principalmente entre políticos, de se mudar as coisas. Infelizmente.

Texto de Mário César Araújo.

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