terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Paulinho da Força já recolheu 300 mil assinaturas para novo partido

                                                                       PAULINHO DA FORÇA



Já foram recolhidas aproximadamente 300 mil assinaturas para a criação do Solidariedade, partido idealizado pelo pedetista Paulinho da Força e promessa de enfraquecimento da base aliada da presidenta Dilma Rousseff. Segundo informações da coluna Radar On-line, os deputados federais Silvio Costa (PTB-PE), Ademir Camilo (PSD-MG) – presidente da União Geral dos Trabalhadores – e Fernando Francischini (PEN-PR) estão entre os 37 parlamentares que se comprometeram com Paulinho da Força a migrar para a nova sigla, caso o projeto se concretize.
by Claudio Humeberto

" ‘Fechado’, ex-escritório de Rose ganha reforma Fechado pela presidenta Dilma logo após o escândalo de corrupção e tráfico de influência revelado pela Operação Porto Seguro, que demitiu a ex-chefe Rosemary Noronha, a “Rose”, o escritório de representação em São Paulo será mantido nos trinques, com interiores, fachada e piscina tratada. A licitação para a manutenção da casa na capital paulista será no próximo dia 21, e poderá custar até R$ 45,4 mil anuais". by Claudio Humberto


Racionamento de energia pode vir logo


23/12/2012


Estiagem prolongada faz os reservatórios do Sudeste cair ao nível mais baixo desde 2001, quando o Brasil sofreu com os apagões, como mostra reportagem de VEJA desta semana

Ana Luiz Daltro
RECIFE NO BREU - Desde setembro, seis grandes blecautes ocorreram no país, atingindo principalmente o Nordeste
RECIFE NO BREU - Desde setembro, seis grandes blecautes ocorreram no país, atingindo principalmente o Nordeste(Alexandre Gondim/JC Imagem/Estadão Conteúdo)
A falta de chuvas deixou o reservatório de água da usina hidrelétrica de Furnas, uma das principais fontes de eletricidade da Região Sudeste, em seu nível mais baixo desde 2001. A represa, que banha 34 municípios no sul de Minas Gerais, está com apenas 12% de sua capacidade. O nível da água se encontra a 753,4 metros acima do nível do mar, 14,6 metros abaixo de seu máximo e apenas 3,4 metros acima do mínimo necessário para que a usina opere normalmente. Todas as nove réguas verticais usadas para medir a capacidade da represa estão expostas, fora d’água. A situação já é tão dramática quanto a de outubro de 2000. Se agora, com o início do verão, as chuvas não se intensificarem na bacia do Rio Grande, ficará comprometida a geração de energia de um total de doze usinas.
A estiagem não afetou apenas Furnas. No seu conjunto, os reservatórios das regiões Centro-Oeste e Sudeste estão com 30% de sua capacidade, o nível mais baixo em mais de uma década. A estação mais úmida do ano, nessa região, começa em dezembro e termina em abril, mas as chuvas costumam chegar já nos meses de setembro e outubro. Foi o que ocorreu em 2011, mas não se repetiu neste ano. Modelos estatísticos utilizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a entidade responsável pelo controle da operação de geração e transmissão de energia, estimam que, se as chuvas vierem na intensidade prevista para os próximos meses, os reservatórios do Centro-Oeste e do Sudeste voltarão a se encher e chegarão ao período de seca com 68% de sua capacidade. Mas como ter certeza? O país, mais uma vez, dependerá do imponderável da meteorologia. Em 2000, por exemplo, não choveu o suficiente. Veio o racionamento.
by Veja

Brasil caminha para o racionamento de energia


19/12/2012 -



Apagões

Petrobras recorre às federações das indústrias de São Paulo e do Rio para elaborar plano de controle do consumo de gás e energia elétrica

Malu Gaspar
Apagão em São Paulo
Apagão em São Paulo (Mauricio Lima/AFP)
“Estamos na antessala do racionamento. Por isso o pedido de providências ao governo. A última coisa que queremos é que a atividade industrial seja prejudicada, afetando o crescimento da economia”, diz Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial da Firjan
A falta de chuvas e a má gestão do setor energéticonacional fizeram o país chegar a uma situação limite: o Brasil está às portas de um racionamento ou mesmo de desabastecimento de energia elétrica e de gás. O alerta foi dado na última segunda-feira pela Petrobras às federações das indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e São Paulo (Fiesp). Interlocutores da presidente da estatal, Graça Foster, procuraram as duas entidades para pedir ajuda na elaboração de um plano de racionamento tanto para a energia elétrica quanto para o gás.  Em reação, a Firjan está pedindo ao Ministério das Minas e Energia que esclareça quais providências está tomando para evitar o pior.
As hidrelétricas brasileiras estão gerando menos energia do que são capazes, porque há pouca água disponível. Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste estão no nível mais baixo dos últimos dez anos -- apenas 29,8% do total. Essa é a região que produz 70% da energia do país. A previsão para os próximos meses é de uma quantidade de chuvas menor do que nos anos anteriores. Para evitar apagões, todas as termelétricas do país foram ligadas e estão operando a plena capacidade. Atualmente, 20% da energia gerada no Brasil vem das térmicas. Essas usinas podem ser movidas a gás, carvão ou óleo. Dos três, o gás é o insumo mais barato e mais limpo. Além do produto que vem do gasoduto Brasil-Bolívia, o país ainda importa gás liquefeito, mas a Petrobras está encontrando dificuldades em importar gás para os meses de janeiro e fevereiro, o que obrigaria a estatal a tirar gás dos consumidores industriais para continuar abastecendo as térmicas.
O gás é a fonte de energia empregada em 11,3% do parque industrial brasileiro. Os setores que mais dependem do gás para funcionar são o químico e petroquímico, o de cerâmica e vidros e o de metalurgia.Qualquer aumento de demanda, portanto, pode levar a um racionamento ou desabastecimento. Para a Firjan, a situação é “muito crítica”.
“Estamos na antessala do racionamento. Por isso o pedido de providencias ao governo. A última coisa que queremos é que a atividade industrial seja prejudicada, afetando o crescimento da economia”, diz Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial da Firjan. Para o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), o mau planejamento da demanda energética agravou as consequências da conjunção climática desfavorável. “Se não tivéssemos esperado tanto para ligar as usinas térmicas a gás, possivelmente não teríamos hoje reservatórios tão baixos. O governo ficou esperando um milagre da chuva que não aconteceu”, explica Pires. Para ele, o governo deixou para acionar as térmicas mais tarde porque o custo da energia gerada nessas usinas é maior que o da fornecida por hidrelétricas. Seria, portanto, politicamente inconveniente aumentar o preço da energia em um momento em que o governo protagoniza um embate com as distribuidoras de energia elétrica por uma queda no preço das tarifas.
Petrobras - A Petrobras informou, em nota, que está cumprindo "rigorosamente seus compromissos de suprimento de gás natural aos mercados por ela atendidos e não há qualquer risco de desabastecimento aos seus clientes". A empresa oficialmente nega ter feito contato as federações para tratar de planos de racionamento. "Adicionalmente, a Petrobras ressalta que vem atendendo integralmente ao despacho termelétrico solicitado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)", diz a nota.
 
Dilma - A presidente Dilma Rousseff usou o tema do racionamento em várias oportunidades para atingir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela, que foi ministra de Minas e Energia na primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, atacou o tucanato durante a campanha presidencial de 2010 argumentando ter sido a responsável por reestruturar o setor elétrico do país e impedir a volta do apagão. Em setembro deste ano, o assunto voltou à baila. No anúncio da redução das tarifas de energia elétrica, Dilma voltou a lembrar dos apagões de 2001. naquele ano, foi necessário o racionamento para evitar a falta de luz. "O novo momento exige que o País faça redução de custos e a redução das tarifas decorre do modelo hidrelétrico que implementamos em 2003. Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou, hoje respeitamos os contratos. Contratos venceram, não se pode tergiversar quanto a isso", afirmou a presidente, referindo-se ao ano em que ela assumiu a pasta da Energia.
Na mesma ocasião, Dilma fez a seguinte declaração: “Tínhamos um país com sérios problemas de abastecimento e distribuição de energia, que amargaram oito meses de racionamento, que resultaram em grandes prejuízos para as empresas e impuseram restrições à qualidade de vida da população. Tivemos que reconstruir esse setor”, declarou.
Dois dias depois, o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil não passaria por novos apagões. O que houve no período anterior ao governo Lula foi um racionamento de energia que durou oito meses e que não voltará a acontecer no Brasil. Hoje temos um sistema interligado de Norte a Sul, de Leste a Oeste no País", afirmou.
Fiesp - Procurada pela reportagem do site de VEJA, a Fiesp negou que tenha sido comunicada formalmente sobre o alerta da Petrobras. “Para o presidente Paulo Skaf ou para mim, ninguém ligou para falar de escassez de energia elétrica. Formalmente a Fiesp não recebeu nenhum comunicado da Petrobras”, afirmou Carlos Cavalcanti, diretor de infraestrutura da Fiesp responsável pela área de energia. O diretor comentou ainda que falar em racionamento é “alarmismo”.
Na tarde desta quarta-feira, a diretoria do Sistema Firjan emitiu um comunicado às empresas associadas sobre o “agravamento das condições de oferta de energia elétrica e gás no país”. Diz a nota: “A água retida nos reservatórios das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde se concentra a maior parte dos reservatórios do país, representa atualmente apenas 29% da capacidade total de armazenamento. Para evitar que a redução dos reservatórios atinja níveis críticos de risco praticamente todas as termelétricas disponíveis já estão em operação, não havendo mais, portanto, margem para aumento significativo da geração térmica. Além disso, a logística de abastecimento dessas usinas, em especial as operadas a óleo combustível e a diesel, também não é trivial e tem enfrentado dificuldades. Soma-se a isso a previsão de chuvas para o futuro próximo estar abaixo da média histórica, o que poderá levar à continuidade de redução da capacidade dos reservatórios. Diante desse quadro, a possibilidade de ocorrência de eventos de desabastecimento temporário de energia para o fim do ano e início de 2013 aumentou substancialmente, alcançando níveis preocupantes. Concomitantemente, a elevada demanda de gás natural para suprimento das térmicas poderá levar as distribuidoras estaduais a exercer junto aos seus clientes industriais as cláusulas de flexibilidade e de interruptibilidade dos contratos. Qualquer um dos eventos terá impactos negativos inequívocos sobre a atividade industrial.”

A Firjan informa que solicitou ao Ministério de Minas e Energia e à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do estado do Rio de Janeiro esclarecimentos sobre medidas que possam garantir o “fornecimento adequado desses insumos energéticos, essenciais para a atividade industrial e para todo o país”.
by Veja

Governo tenta acobertar risco de racionamento


Declarações oficiais não são suficientes para esconder o cenário crítico nos reservatórios - o que também deve elevar o custo da tarifa

Benedito Sverberi, Gabriel Castro e Naiara Infante Bertão
usina hidrelétrica de Ilha Solteira
Reservatórios de usinas hidrelétricas estão em níveis menores do que em 2001 (CESP/Divulgação/EXAME)
Enquanto o sistema elétrico nacional caminha para uma situação de incerteza que pode levar a um racionamento, o governo se apresenta dividido sobre o cenário real. De um lado, declarações oficiais tentam mostrar que o risco não existe - como garantiram o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o secretário-executivo da pasta, Márcio Zimmermann, nestas segunda e terça-feiras. De outro, as avaliações técnicas apontam para um cenário de insegurança, que agora depende mais das chuvas do que da ação do governo. O tema desencadeou preocupação no Executivo, especialmente no Planalto - fazendo, inclusive, com que a presidente Dilma Rousseff antecipasse o fim de suas férias e voltasse a Brasília para uma reunião de emergência na quarta-feira.
A presidente, que também foi ministra de Minas e Energia no governo Lula, costuma demonstrar irritação quando questionada sobre o risco de apagão. Na sua avaliação, 'apagão' é um racionamento generalizado, como o adotado em 2001 pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Ela não admite que o termo seja aplicado a sua gestão - da mesma forma que não pronuncia a palavra privatização para nomear os inúmeros pacotes que divulgou ao longo do ano, concedendo à iniciativa privada a operação de diversos projetos de infraestrutura. Adriano Pires, sócio e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), acredita que o jogo de palavras não passa de uma forma de maquiar o problema. "Estamos pendurados em variáveis imponderáveis, graças à falta de planejamento do governo", diz o consultor. Segundo Pires, a situação de dependência das chuvas, pleno funcionamento das usinas térmicas, abastecimento constante das usinas e controle do consumo é insustentável. “Estamos na antessala do racionamento”, resume.

Níveis críticos - No Sudeste, que responde por 70% da capacidade de armazenamento do país, os reservatórios estão em 29% da capacidade - isso equivale a 72% da média histórica para janeiro. No Nordeste, os reservatórios estão com 33% da capacidade preenchida, o que significa apenas 31% da média histórica, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O nível dos reservatórios das hidrelétricas está abaixo do patamar de segurança estabelecido pelo governo para evitar o racionamento, todas as térmicas estão acionadas - e, mesmo assim, os níveis dos reservatórios continuam caindo. Com isso, os olhos se voltam agora para duas soluções: as chuvas ou a diminuição do consumo.
Do lado das chuvas, as estimativas tampouco são otimistas, conforme mostram dados do próprio ONS no índice ENA (Energia Natural Afluente), que mede a expectativa de chuvas a caírem nas cabeceiras dos reservatórios, com base na média histórica. No relatório desta semana, o ENA esperado para o Sudeste em janeiro está em 72% da média (ou seja, abaixo da média histórica, que seria 100%); para o Nordeste, está em 31%; para o Norte, 57%; e para o Sul (127%). “A previsão no Sul é a melhor, mas ele só contribui com 7% da capacidade de armazenamento do sistema hidrelétrico nacional. Chegamos a isso mesmo tendo um crescimento da economia muito pequeno comparado às previsões oficiais”, comentou Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil. 
Férias frustradas - A situação alarmante fez a presidente Dilma, que está no litoral da Bahia, planejar sua volta a Brasília para esta terça-feira, quando o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reunirá para tratar do assunto. Nos últimos meses, os encontros do CMSE já apontavam para o nível alarmante dos reservatórios das hidrelétricas. Como o cenário não se alterou, a expectativa é de que o encontro desta quarta resulte em medidas mais concretas.
O governo agora depende do imponderável, na avaliação de Adriano Pires: "A situação é preocupante, com certeza. O nível dos reservatórios hoje está muito baixo e, se não chover suficientemente em janeiro e em fevereiro, e no lugar certo (as cabeceiras dos rios), pode piorar ainda mais", diz ele.
Governo evita comparações - Nesta terça-feira, Márcio Zimmermann disse que há um "equilíbrio natural" nos reservatórios e descartou comparações com a situação de 2001, quando o governo Fernando Henrique Cardoso recorreu ao racionamento de energia. Para Zimmermann, os problemas da época eram "conjunturais", o que não ocorreria hoje.
Um dia antes, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, o ministro Edison Lobão também afirmou que o racionamento não é necessário - mas reconheceu que o custo de acionamento das termelétricas será repassado ao consumidor: "Há um acréscimo de algo em torno de 400 milhões de reais durante os meses em que as térmicas a diesel e a óleo estão sendo despachadas. Essa pequena diferença será repassada ao consumidor. Não chega a ser 1%", afirmou ele.
Preço - Ainda que o governo afirme incansavelmente que os problemas no setor elétrico não afetarão o preço da energia, o discurso não é compartilhado pelo setor privado. "Enquanto a energia das hidrelétricas custa cerca de 100 reais por MWh (MegaWatt-hora), o custo da energia gerada por usinas térmicas que queimam óleo diesel pode chegar a 800 reais por MWh", afirma Nelson Leite, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Segundo ele, o aumento do preço será inevitável.
A discussão sobre o impacto da falta de chuvas sobre o custo da energia se dá em meio a um cenário de atrito entre o governo e as companhias do setor elétrico. A comunicação entre as elétricas e o governo enfrenta dificuldades desde que o pacote do setor elétrico foi anunciado, prevendo reduções importantes no preço da energia para as concessionárias que renovarem seus contratos com o governo, cujo vencimento está previsto para 2015. “As elétricas estão pressionando o governo por meio desse alerta de apagão. E a presidente quer resolver principalmente essa crise de comunicação com as elétricas - mais até do que qualquer risco de racionamento”, afirma uma fonte do setor elétrico próxima do governo. 
Politização – A advogada e economista Elena Landau, especialista no setor elétrico, disse ainda ao site de VEJA que a negação do governo sobre o risco de racionamento se fundamenta em medo político. Para ela, a “confiança” apenas nas térmicas e na meteorologia está indo além do necessário. “Estamos vivendo um dos piores cenários, com alta do consumo, ligamento das térmicas que geram muitos poluentes, falta de chuvas e falta de uma política ampla e direta de diminuição do consumo. Isso tudo para evitar o uso da palavra racionamento, que o próprio governo petista politizou para usar nas campanhas de 2002”, disse. Elena comandou as privatizações do governo de Fernando Henrique Cardoso durante o período em que foi diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 1994 e 1996.
A economista acredita que o racionamento é uma questão puramente técnica - e que, se for necessário para preservar nosso sistema energético, o governo precisa fazer. “O governo anunciou a diminuição da conta de energia, a custo da sobrevivência do sistema Eletrobras, não pediu que não aumentássemos o consumo e ainda nos passa a impressão que não estamos com problemas”, afirma. 

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