domingo, 6 de janeiro de 2013

Cadê Dilma, a administratora competente?



Administradora competente, gerente imbatível. Essa era a combinação projetada no tubo de ensaio dos marqueteiros para a presidente Dilma Rousseff. Mas algo saiu do esquadro e, ainda que goze de índices de popularidade recordes, a mítica figura de gestora de primeira de nada valerá para destravar a economia.
Investimento e PIB baixos, gastos públicos muito acima do razoável e inflação em elevação, especialmente para os mais pobres, vão exigir muito mais do que berros, autoritarismo e murros sobre a mesa, esses sim, ativos que a presidente tem de sobra.
A figura de gerente eficiente foi forjada ainda em 2008, quando o ex Lula, em campanha eleitoral antecipada, lhe conferiu o título de mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Ao aceitar o agrado, Dilma disse que se tratava de um “título simbólico” para evidenciar sua capacidade de coordenação. O PAC, como se sabe, tanto o primeiro quanto o segundo, continua empacado, mesmo com Dilma na cadeira máxima do Planalto.
Melhor, então, era esquecer essa história de mãe do PAC. Daí não sairiam mais frutos.
No primeiro ano como presidente, com a avalanche de denúncias de corrupção sobre gente do governo que herdara do padrinho Lula, Dilma agregou a figura da faxineira, aquela que não tolera malfeitos.
Até demitiu meia dúzia de auxiliares diretos. Mas sem muita firmeza e convicção, já que protegeu o amigo Fernando Pimentel.
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio continua intocável mesmo depois de receber R$ 2 milhões por palestras fantasmas e de ser denunciado pela Procuradoria Geral da República por crimes de fraude em licitação e desvio de recursos quando era prefeito de Belo Horizonte.
Para encobrir o benquisto, Dilma interveio até na Comissão de Ética Pública, substituindo aqueles que queriam investigar o ministro.
Tal como a de gestora nota 10, apesar do PAC, a fama de faxineira pegou. Mas se a segunda é mais popular – faxina é algo que todo mundo entende - é a primeira que tem feito falta.
O ocaso na infraestrutura, as frequentes intervenções do Governo em empresas públicas, como na Caixa, BB, Petrobrás e Eletrobrás, que o digam.
A traquinagem contábil para cumprir a meta fiscal e a edição de Medida Provisória inconstitucional com créditos de mais de R$ 42 bilhões são elementos a mais para desmontar a lenda da competência de gestão.
Mantido o grau de eficácia do governo, Dilma terá de apelar para Saturno, regente de 2013, que, dizem os astrólogos, ensina tudo sobre “estrutura, responsabilidade e concentração”.
Ou para a serpente, símbolo de sorte, pelo menos para os chineses.



by Mary Zaidan

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, 

Cientista anuncia a descoberta do que seria a capa da invisibilidade perfeita



Já faz alguns anos que os cientistas trabalham em dispositivos que tornem objetos invisíveis, mas eles ainda estão longe da perfeição.


Nós até relatamos em uma matéria sobre uma capa da invisibilidade, mas o grande problema é a falta de dados concretos, já que no caso anterior, trata-se de sigilo militar.

Como todas as tentativas fracassaram em impedir um pouco de reflexão, o efeito não era tão convincente. Isso se deve, em parte, à dificuldade dos pesquisadores em encontrar um meio de esconder os objetos em comprimentos de ondas mais longos do que aqueles que podem ser vistos por humanos, ou então ocultar objetos tão pequenos que não possam ser vistos.

Mas uma demonstração da Universidade de Duke utilizou-se de um novo dispositivo para mostrar que a invisibilidade total pode estar próxima da realidade. Conforme David Smith, pesquisador da universidade, disse à BBC, “Até onde sabemos, esta é a primeira capa que realmente chega a realizar a transformação exata necessária para que você tenha a invisibilidade perfeita”.

David e seu colega de universidade Nathan Landy utilizaram o que eles chamam de “meta-materiais”, ou seja, objetos completamente sintéticos que possuem propriedades que não seriam normalmente encontradas na natureza. Conforme o modelo padrão para capas de invisibilidade, os meta-materiais podem fazer com que ondas eletromagnéticas (como a luz) passem em volta deles, gerando o efeito da invisibilidade. De fato, esse conceito fez com que surgisse um novo campo de investigação da ciência chamado ótica da transformação.

Fabricar meta-materiais com as qualidades exatas necessárias para um efeito de invisibilidade convincente não é tão fácil. Um dos problemas é a reflexão sofrida por ondas nas bordas dos objetos – como ocorre nas reflexões vistas no vidro, que, mesmo transparente, ainda pode ser visto devido à sua natureza reflexiva.

Para contornar o problema, Nathan redesenhou o meta-material. Originalmente, ele continha tiras paralelas e interseccionais de fibra de vidro gravadas com cobre. Já a capa feita por Nathan mantinha um design linha por linha, que recebeu tiras de cobre adicionais para criar um material mais complicado. As tiras têm cerca de 60 cm² e possuem um formato de diamante, com um centro vazio. O que fez o design de Nathan diferente do original é justamente o formato de diamante.


A capa de Nathan se divide naturalmente em quarto quadrantes, cada qual com vazios ou pontos cegos em suas intersecções e cantos com os outros. Para evitar o problema da reflexão, Nathan deslocou cada tira para que ela encontrasse sua imagem refletida em cada interface.

E quando a equipe conduziu seus testes, o novo design funcionou. Eles conseguiram iluminar um cilindro de 7,5 cm de diâmetro e 1 cm de altura de maneira que a luz passasse em volta dele, o que o fez invisível para micro-ondas.

“Nós construímos a capa de invisibilidade, e ela funcionou”, disse Nathan em um comunicado à imprensa. “Ela dividiu a luz em duas ondas que viajaram em volta de um objeto no centro e se juntaram novamente em uma única onda com perdas mínimas devido à reflexão”.

Mas isso não quer dizer que estamos perto de andar por aí com carros invisíveis como o de James Bond. A invisibilidade de Nathan só funciona se o objeto for visto de um ângulo específico. Seria difícil conseguir o efeito com luz visível, pois os princípios do design que fizeram a capa funcionar em micro-ondas seriam difíceis de aplicar em comprimentos de onda óticos, sem falar que ele só funciona em duas dimensões.

Mesmo assim, a experiência foi uma importante prova de conceito, pois a dupla conseguiu reduzir o efeito dispersante de um objeto de dez comprimentos de onda de tamanho. Isso ao mesmo tempo em que validaram algumas suposições feitas pela teoria de transformação ótica.

Nathan agora espera ver no futuro a mesma tecnologia ser utilizada para suavizar torções e curvas em fios de fibra ótica, fazendo com que eles pareçam mais retos. A tecnologia também pode ser útil para melhorar a tecnologia dos radares e melhorar a atuação das micro-ondas.

O estudo foi publicado na Nature Materials.

by VICTOR DE ANDRADE LOPES

Atropelamento de um Petista


Um cidadão entra numa Delegacia em Brasília e diz ao delegado:
- Vim entregar-me, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.
- Fique calmo… O que o senhor fez!?
- Atropelei um petista na estrada.
- Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar
se esses petistas atravessam as ruas e as
estradas a todo o momento?
- Mas ele estava no acostamento!
- Sinal que iria atravessar!
Se não fosse o senhor, seria outro qualquer.
- Mas não tive coragem de avisar a família dele!
- Meu amigo, se o senhor tivesse avisado haveria manifestação de repúdio,
passeatas com apoio da CUT, MST,pancadaria,morreria muito mais gente;
então o senhor fez muito bem,portou-se como um pacifista.
- Mas doutor,enterrei o pobre homem ali mesmo,na beira da estrada!
- O senhor realmente me parece uma pessoa de bem.
Enterrar um petista é postura de benfeitor.
Outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus.
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava: -Estou vivo, estou vivo!
- Tudo mentira, esses petistas mentem muito…


MÁRIO SOARES

Então. by Deise


Elas são as meninas superpoderosas do Palácio da Polícia Presença de mulheres à frente das DPs está cada vez mais frequente



Nadine Anflor (de terno) e Flávia Fachinni, no Palácio da Polícia, em Porto AlegreFoto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
Francisco Amorim

À frente de uma das mais movimentadas DPs de Porto Alegre, Nadine Anflor, 36 anos, e Flávia Faccini, 34, têm a missão de proteger outras mulheres.

Com apoio de mais uma colega, as delegadas recebem diariamente 40 novas denúncias de maus-tratos. A maioria dos casos atendidos é de violência doméstica. Uma rotina de depoimentos, interrogatórios e prisões de agressores.

— Atuamos não apenas como policiais. Elas chegam aqui fragilizadas, pois são vítimas de crimes sexuais ou de agressões praticadas por pessoas em quem confiavam. Elas precisam ser ouvidas. Querem conselhos. É um trabalho muito importante, mas pesado — explica a Nadine.

Além do trabalho na Capital, Nadine também supervisiona o atendimento em outras DPs especializadas no atendimento à mulher, ministra palestras em ONGs por todo o Estado e participa de grupos que discutem as políticas públicas de combate à violência doméstica. Apesar da agenda cheia, a delegada reserva parte de sua semana para cuidados pessoais.

— Não abro mão da unha pintada, geralmente de vermelho. Uma vez por semana preciso ir ao salão da amiga Zu para cuidar dos pés e das mãos. E a massagem com a Mayume é fundamental. Renova minhas energias — conta a policial, que é natural de Getúlio Vargas.

Mas ser bonita atrapalha o trabalho policial? Para Nadine, a resposta é não.

— Ajuda com certeza, embora o fundamental seja o tratamento respeitoso às partes, seja a vítima ou o preso.

Flávia é uma das primeiras policiais a chegar à DP pela manhã. Ela não sai de casa sem rímel, protetor solar ou uma base e um batom. Um mix de flores, de Tommy Girl, marca sua entrada na delegacia em dias de calor. No inverno, a preferência é pelo OUI da Lancôme.

— Não saio nem para uma operação sem maquiagem, saio sem café para poder dormir mais, mas sem maquiagem, não — revela.

A porto-alegrense formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) também é uma das últimas a deixar o posto. Sem tempo para o salão, Flávia adotou a estratégia do "faça você mesma":

— Eu faço as minhas unhas da mão, por exemplo. Salão, eu vou uma vez por mês, por obrigação.



Flávia Fachinni praticando exercícios
Foto: Adriana Franciosi/Agência RBS

A grunge que virou delegada

A camisa xadrez e a calça jeans surrada foram substituídas pelo tailleur da Zara, mas a trilha sonora preferida de Flávia continua a incluir bandas de rock. As músicas que acompanhavam a estudante nos anos 90 agora estão gravadas no seu iPad.

Os solos de guitarra de Kirk Hammet, do Metallica, agora embalam mais do que conversas com amigos na zona sul da Capital, onde a delegada cresceu, mas viagens a trabalho pelo Interior e campanas policiais em busca de criminosos. Fã de Ramones, Flávia lamenta não ter conseguido ir no show da banda em Porto Alegre, em 1994.

Se o estilo musical de Flávia parece incomum para uma delegada, sua rotina de atividades físicas se assemelha a de outras policiais. Apesar de não ser um entusiasta de esporte, ela é frequentadora assídua de academias. E, atualmente, são as fitas do TRX que mantêm sua forma.

— Quando a gente para de ir na academia perde um pouco do pique — afirma.

Em casa, a policial que tem queda por doces, tem se dedicado a um novo passatempo: fazer bolos.

— O muffin é meu preferido. Eu tenho feito uma receita que inventei, com requeijão e goiaba.

Quando acerta a receita — quase sempre, ela jura —, o que sai do forno é levado no dia seguinte para a DP. Para a sorte dos colegas.

Prioridade é cuidar do Cadu

Há dois anos e meio Nadine se tornou mãe do Carlos Eduardo, o Cadu.

Os jantares com amigos rarearam, e o contrato na academia não foi mais renovado. As duas medidas garantiram à delegada um tempo extra para curtir seu filho. E, o melhor, sem que precisasse abdicar do trabalho à frente da Delegacia de Atendimento à Mulher.

— Meus pais são professores de Educação Física e pegam no meu pé por eu estar parada, mas aproveito todo o tempo para ficar com o Cadu. Fazer o quê, né?! — conta Nadine.

Para dar conta dos compromissos, Nadine madruga todos os dias. Só assim consegue conversar, sem atropelos, com o marido, o analista judiciário Elmo José Anflor Júnior, 37 anos.

— Tomo chimarrão com ele bem cedo, lendo as notícias do dia. Não abro mão também de almoçar, no mínimo uma vez por semana, com ele.

Nadine diz ter encontrado em Elmo seu grande cúmplice. Além de apoiá-la desde o início de sua carreira policial, ele divide com ela os cuidados com Cadu:

— Saio para trabalhar, e o Cadu ainda está dormindo. Fica com o marido a obrigação de levá-lo para a escolinha.


"Parecia guria demais"

Ser uma jovem delegada no Interior exige uma boa dose de paciência e bom humor. Duas semanas após assumir a DP de Nova Prata, na Serra, em 2010, a recém-chegada Simone Chaves, 28 anos, teve de explicar a PMs por que havia entrado armada em um ônibus na rodoviária da cidade.

Fronteiriça de pele morena, a delegada parecia "guria demais" para ser a nova autoridade policial do município de 22,3 mil habitantes. Mesmo apresentando sua carteira funcional, os brigadianos custaram a acreditar que a passageira suspeita era uma policial civil.

— Estava sem carro naquela semana, então peguei um ônibus para voltar para Porto Alegre. Quando subi no veículo, alguém viu minha pistola na cintura, sob o casaco. Aí começou a confusão — conta.

Como o ônibus não partia, Simone começou a desconfiar de que algo estava errado. Passados alguns minutos, uma guarnição da Brigada Militar chegou ao local, e os PMs anunciaram uma revista nos passageiros.

— Neste momento, achei melhor me identificar. Foi engraçado, pois eles permaneciam desconfiados mesmo com minha carteira funcional na mão. Chegaram a ligar para a DP para confirmar se eu era mesmo a nova delegada — lembra sorrindo.

Depois de passar pela cidade serrana, onde investigava pequenos crimes, Simone encarou a rotina de plantonista em uma das cidades mais violentas do Estado. O trabalho em Alvorada moldou a policial, que hoje se debruça sobre crimes cometidos contra outras mulheres em Gravataí.

— O plantão acaba sendo uma espécie de treinamento intensivo, onde se ganha experiência rapidamente — comenta ela.

Fora da delegacia, além das visitas regulares ao estande de tiros, Simone dedica seis noites por semana a treinos pesados na academia, quase sempre acompanhada do noivo, Eibert Moreira, 28 anos, que conheceu no curso de formação da Polícia Civil. Nos finais de semana, o gosto pelo esporte faz do Gasômetro o destino oficial do casal de delegados:

— Como ele anda de skate, eu comprei um roller para acompanhar. Estou adorando, mas meu pai ficou surpreso.

— Ele me disse que já sou grandinha demais.

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