domingo, 16 de setembro de 2012

Agora são dois a dizer que o chefe do Mensalão era Lula. Primeiro, foi José Dirceu. Agora é Marcos Valério.

José Dirceu disse. tempos atrás: "tudo é do conhecimento de Lula". Agora Marcos Valério confirma: "não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos". É por isso que Lula, diretamente, não vai desqualificar Marcos Valério, como é do seu feitio com adversários políticos. Vai ficar com o biquinho calado, bem quietinho no seu canto. Vai apenas mandar que interlocutores falem por ele. E o PT, por sua vez, não vai dizer nada contra Marcos Valério. Vai preferir atacar a revista Veja, em vez de fazer óbvio: buscar uma negativa de própria voz ou próprio punho de Marcos Valério. Lula é o chefe do Mensalão, segundo os seus dois maiores operadores. Só não caiu pela covardia da oposição, que preferiu "deixá-lo sangrar". Um erro de consequências funestas para a política brasileira. Com os cofres abarrotados de dinheiro frio, extorquido de empresas e de aposentados via comissões em empréstimos consignados, o PT montou a máquina populista que aí está. Um grave erro. Um erro que matou a oposição no Brasil.

by - CoronelLeaks

Marta e a falta de decoro ministerial.

Uma ministra de Estado pode atacar, ofender e agredir adversários políticos, como Marta Suplicy tem feito quando participa de eventos da campanha eleitoral paulistana? Não seria falta de decoro ministerial? Depois de receber email em que seu suplente é chamado e "evangélico e homofóbico", de agredir José Serra, ontem Marta abriu a sua famosa cloaca para atacar Russomanno. Vejam abaixo notícia da Folha de São Paulo.

Dois dias depois de assumir um ministério por entrar na campanha de Fernando Haddad (PT), a ex-prefeita Marta Suplicy tomou a linha de frente dos ataque aos adversários e afirmou que Celso Russomanno (PRB) faz "pilantragem" para atrair votos. Em palanque com o candidato e com o ex-presidente Lula, ela disse que o rival é "lobo em pele de cordeiro": "Vocês têm que entender que é pilantragem. Na TV a imagem é linda, mas não é assim. Ele faz comércio com a angústia do povo, com a infelicidade, com a dificuldade."

Até o meio do ano, Russomanno comandava um programa de defesa do consumidor na TV Record, ligada à Igreja Universal e ao PRB. O candidato lidera as pesquisas com 31% das intenções de voto contra 16% de Haddad. Ele conta com votos da periferia, onde o PT historicamente leva vantagem. Ontem, Haddad, Marta e Lula participaram de dois comícios no Capão Redondo e na Cidade Dutra, extremo sul da capital. Foram os dois primeiros comícios da campanha de Haddad com a dupla. Lula, que também discursou, evitou ataques a Russomanno no primeiro ato, mas ensaiou uma crítica no evento seguinte. Logo depois de dizer que "na TV parece bonzinho", alertou que "há 500 anos a gente é enganado".

José Serra (PSDB) foi alvo nos dois atos. No primeiro, Lula disse que "ele anda muito agressivo". "A gente depois dos 60 não tem que ter agressividade, tem que ficar mais tranquilo porque pode morrer de enfarto". No segundo, disse que o tucano "tomou na cabeça" ao ser derrotado por Dilma em 2010. Haddad foi o último a discursar. Citou realizações do governo federal, como as universidades, e atacou Serra. "Ele teve a petulância de perguntar o que que a nossa presidenta tem a ver com São Paulo, por que ela está metendo o bico aqui. Eu respondo: o bico ela não vai meter porque ela não é tucana, mas tudo o que for de direito do povo trabalhador dessa cidade vai vir para São Paulo."

O tucano promoveu ontem um ato "pela educação municipal". No palanque, atacou a gestão de Haddad no Ministério da Educação e disse que o petista apresenta um legado "espuma e esgoto". "O candidato do PT prometeu seis mil creches e entregou menos de 300. Ou seja, são creches de saliva. As universidades federais são de saliva, espuma e esgoto. Veja o que aconteceu em Guarulhos, os alunos perderam o ano. O sistema de ensino superior federal teve a maior greve da sua história", disse.

by - Folha de São Paulo

O vídeo que mostra o momento histórico em que Lula, o "Chefe", fala do STF e reconhece que o Mensalão existiu.

Vejam como são as coisas. Quis o destino que Lula, que sempre negou o Mensalão, reconhecesse a existência do mesmo em uma entrevista dada a ninguém mais, ninguém menos do que os ditos"blogueiros progressistas". E sabem como Lula reconheceu a existência do Mensalão? Falando sobre as indicações ao STF e, especialmente, a indicação de Toffoli, que ele faria dias depois. E sobre os laços de Lewandowski com Dona Marisa e a confissão de que a indicação do seu nome foi feita pelos sindicatos. Era dezembro de 2010. Assistam, abaixo, de forma completa, a partir de 1 hora e 20 minutos. E, principalmente, quando o vídeo marca 1 hora e 27 minutos. Mas também vale a pena assistir a parte em que Lula diz que o que mais lhe magoa é acusação sem prova. Isso a partir de 1 hora e 29 minutos. Será que ele vai pedir desculpas ao país por ter negado que o Mensalão existiu, já que o STF está provando e condenando gente que ele defendeu? Bem, assistam! E quis o destino que a entrevista fosse dada justamente para aquele grupo que ele organizou para mentir, caluniar e empestar a internet: os"blogueiros progressistas".





by - CoronelLeaks

Denúncia da Veja: Serra quer que Lula se manifeste.

Depois da publicação de declarações atribuídas ao empresário Marcos Valério sobre o envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do mensalão, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, afirmou ser"oportuno" que Lula se manifeste sobre as acusações que teriam sido feitas por Valério. 

"Ele (Lula) já devia satisfações ao País porque, primeiro reconheceu que havia o mensalão, depois disse que não havia e o Supremo diz que havia. Sem dúvida nenhuma, seria oportuno se ele se manifestasse sobre isso", disse o tucano."Agora, há mais elementos, elementos novos que já se anunciavam e que devem ser investigados".

Valério desmascara Lula: o presidente chefiava o Mensalão de dentro do Planalto.

O empresário Marcos Valério, na porta da escola do filho, em Belo Horizonte, na última quarta-feira: revelações sobre o escândalo (Cristiano Mariz) Dos 37 réus do mensalão, o empresário Marcos Valério é o único que não tem um átimo de dúvida sobre o seu futuro. Na semana passada, o publicitário foi condenado por lavagem de dinheiro, crime que acarreta pena mínima de três anos de prisão. Computadas punições pelos crimes de corrupção ativa e peculato, já decididas, mais evasão de divisas e formação de quadrilha, ainda por julgar a sentença de Marcos Valério pode passar de 100 anos de reclusão. Com todas as atenuantes da lei penal brasileira, não é totalmente improvável que ele termine seus dias na cadeia.

Apontado como responsável pela engenharia financeira que possibilitou ao PT montar o maior esquema de corrupção da história, Valério enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com o partido. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade por crimes que não praticou sozinho e manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Procuradoria-Geral da República, de penas mais brandas. Valério guarda segredos tão estarrecedores sobre o mensalão que ele não consegue mais guardar só para si - mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos a quem ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel.


Feita com base em revelações de parentes, amigos e associados, a reportagem de capa de VEJA desta semana reabre de forma incontornável a questão da participação do ex-presidente Lula no mensalão. "Lula era o chefe", vem repetindo Valério com mais frequência e amargura agora que já foi condenado pelo STF. Assinada pelo editor Rodrigo Rangel, da sucursal de Brasília, a reportagem tem cinco capítulos - e o primeiro deles pode ser lido abaixo:

"O CAIXA DO PT FOI DE 350 MILHÕES DE REAIS"

A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. Valério diz que pelas arcas do esquema passaram pelo menos 350 milhões de reais. "Da SMP&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior.

O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA", afirma o empresário. Esse caixa paralelo, conta ele, era abastecido com dinheiro oriundo de operações tão heterodoxas quanto os empréstimos fictícios tomados por suas empresas para pagar políticos aliados do PT. Havia doações diretas diante da perspectiva de obter facilidades no governo. "Muitas empresas davam via empréstimos, outras não." O fiador dessas operações, garante Valério, era o próprio presidente da República.

Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa.

O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: "Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava". Valério diz que, graças a sua proximidade com a cúpula petista no auge do esquema, em 2003 e 2004, teve acesso à contabilidade real. Ele conta que a entrada e a saída de recursos foram registradas minuciosamente em um livro guardado a sete chaves por Delúbio.

Pelo seu relato, o restante do dinheiro desse fundão teve destino semelhante ao dos 55 milhões de reais obtidos por meio dos empréstimos fraudulentos tomados pela DNA e pela SMP&B. Foram usados para remunerar correligionários e aliados. Os valores calculados por Valério delineiam um caixa clandestino sem paralelo na política. Ele fala em valores dez vezes maiores que a arrecadação declarada da campanha de Lula nas eleições presidenciais de 2002. 

by  - Veja

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