quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Caminho de Volta




Já estou voltando.
Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta.
Até o ano passado eu ainda estava indo.
Indo morar no apartamento mais
alto do prédio mais alto do bairro mais nobre.
Indo comprar o carro do
ano, a bolsa de marca, a roupa da moda.
Claro que para isso, durante o caminho de ida,
eu fazia hora extra,
fazia serão, fazia dos fins de semana
eternas segundas-feiras.
Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!
Mas, com quase 40 eu estava chegando lá.
Onde mesmo?
No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que
quando chegasse lá
ia ter uma placa com a palavra FIM. Antes dela,
avistei a placa de
RETORNO e nela mesmo dei meia volta.
Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar,
mas ela é no meio
do mato mesmo), É longe que só a gota serena.
Longe do prédio mais
alto, do bairro mais chique, do carro mais novo,
da hora extra, da
babá quase mãe.
Agora tenho menos dinheiro e mais filho.
Menos marca e mais tempo.
E num é que meus pais (que quando eu morava no
bairro nobre me
visitaram 4 vezes em quatro anos) agora vêm pra cá
todo fim de semana?
E meu filho anda de bicicleta e eu rego as plantas
e meu marido
descobriu que gosta de cozinhar (principalmente
quando os ingredientes
vêm da horta que ele mesmo plantou).
Por aqui, quando chove, a Internet não chega.
Fico torcendo que chova,
porque é quando meu filho, espontaneamente
(por falta do que fazer
mesmo) abre um livro e, pasmem, lê. E no que
alguém diz
“a internet
voltou!” já é tarde demais porque o livro já está
melhor que o
Facebook, o Twitter e o Orkut juntos.
Aqui se chama ALDEIA e tal qual uma aldeia indígena,
vira e mexe eu
faço a dança da chuva, o chá com a planta, a
rede de cama.
No São João, assamos milho na fogueira.
Nos domingos converso
com os
vizinhos. Nas segundas vou trabalhar contando
as horas
para voltar.
Aí eu lembro da placa RETORNO e acho que nela
deveria
ter um subtítulo
que diz assim:
RETORNO – ÚLTIMA CHANCE DE
VOCÊ SALVAR SUA VIDA!
Você provavelmente ainda está indo.
Não é culpa sua.
É culpa do
comercial que disse: “Compre um e leve dois”.
Nós, da banda de cá, esperamos sua visita.
Porque sim, mais dia menos
dia, você também vai querer fazer o caminho de volta.

Téta Barbosa

A idade nos ensina a fazer as melhores escolhas!!







UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE 



Uma senhora bem idosa estava no convés de um navio de cruzeiro segurando seu chapéu firmemente 

com as duas mãos para não ser levado pelo vento. Um cavalheiro se aproxima e diz: 


- Me perdoe, senhora...não pretendo incomodar, mas a senhora já notou que o vento está levantando bem alto o seu vestido? 

- Já, sim, mas é que eu preciso de ambas as mãos para segurar o chapéu. 

- Mas, senhora....a senhora deve saber que suas partes íntimas estão sendo expostas! - disse o cavalheiro. 

A senhora olhou para baixo, depois para cima, e respondeu: 

- Cavalheiro, qualquer coisa que o Sr. esteja vendo aqui em baixo tem 85 anos.   
   O chapéu eu comprei ontem!


                                                                                                                             by MM

Mandela celebra 94 anos com centenas de atos por toda a África do Sul





EFE

Mandela celebra 94 anos com centenas de atos por toda a África do Sul

Johanesburgo, 18 jul (EFE).- O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela completa 94 anos nesta quarta-feira, um evento para o qual estão previstos centenas de atos solidários por todo o país e que desde 2010 é celebrado no mundo todo como o Dia Internacional de Mandela.

O ex-líder sul-africano passará seu aniversário acompanhado de sua família na intimidade de sua residência em Qunu, localidade onde viveu durante sua infância e à qual se transferiu em maio após uma breve internação em Johanesburgo para submeter-se a uma laparoscopia devido a uma dor abdominal.

Sob vigilância médica desde 2011, Mandela 'goza de boa saúde', assegurou em maio passado o atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

Embora o carismático ex-mandatário complete 94 anos na intimidade, o mundo celebra o Dia Internacional de Mandela, uma iniciativa da ONU para estimular todos os cidadãos a dedicarem 67 minutos a causas sociais, um minuto por cada ano que o líder sul-africano dedicou a lutar pela igualdade racial e o fim do apartheid.

Na África do Sul, o Centro da Memória de Nelson Mandela contou pelo menos 80 eventos organizados por ocasião do aniversário, indo desde a recuperação de escolas e a construção de casas até uma expedição ao Kilimanjaro, o monte mais alto da África.

A jornada começou com uma canção de aniversário a Madiba - nome do clã de Mandela em língua xhosa - entoada por 20 milhões de pessoas em diversas localidades do país. Estudantes em suas escolas e empregados em seus ambientes de trabalho se somaram a esta iniciativa para desejar-lhe um dia feliz.

Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul após vencer as primeiras eleições multirraciais do país, em 1994, ano em que chegou ao fim o regime segregacionista do apartheid, imposto pela minoria branca sul-africana.

Sua mensagem de reconciliação e convivência entre as diferentes raças, que possibilitou a transição rumo a uma África do Sul democrática, lhe valeu o Nobel da Paz em 1993, prêmio que recebeu junto ao então presidente, Frederik Willem de Klerk.

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados




Ah! Se todos fossem iguais a voce....The BEst. by Deise


terça-feira, 17 de julho de 2012

Decisões judiciais contra blogueiros pautam a discussão da blogosfera nacional


Começo as férias interrompendo as férias para publicar esta reportagem do Portal Imprensa:

Em 2010, uma medida liminar da Justiça do Paraná proibiu o repórter e apresentador da Band, Fábio Pannunzio, de fazer qualquer referência a uma quadrilha de estelionatários, com  atuação internacional, que vinha denunciando em seu blog pessoal. Meses depois, com o grupo desbaratado pela mídia formal, e devidamente preso, a liminar seria revogada pelo TJ do estado e arquivada por unanimidade.
Durante o período de restrição, Pannunzio uniu-se à jornalista Adriana Vandoni, do blog “Prosa e Política”, que estava – e continua – impedida de comentar ou emitir opinião de juízo sobre as inúmeras ações de improbidade administrativa envolvendo o presidente da Assembleia do MT, José Riva. “Como nós dois estávamos censurados, passei a veicular as denúncias do Riva, e ela, as denúncias da quadrilha. Isso chama permuta de censura”, explica Pannunzio.
Segundo Adriana, as decisões judiciais que vêm legitimando sua mordaça, como a negativa de um agravo de instrumento no TJ de MT, teriam forte influência da atuação de Riva nos bastidores da Justiça local. “A Justiça de MT é absolutamente comprometida com ele. Para você ter ideia, a alegação de um dos desembargadores que me negou o agravo é que eu estava ferindo o direito de privacidade do político ao falar dos processos que ele responde.”
A situação é apenas um exemplo do quadro de crescente judicialização da censura a que a blogosfera brasileira vem sendo submetida e que levou figuras como o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a manifestar recentemente sua preocupação com o assunto, recorrendo ao pensador francês Alexis de Tocqueville, para defender que “os excessos da liberdade se corrigem com mais liberdade”.
Os fatos e os números mostram a facilidade de se remover conteúdos da internet brasileira. Segundo o Committee to Protect Journalists (CPJ), no primeiro semestre de 2011, o Brasil foi o campeão mundial de remoção de conteúdo, com 224 ordens da Justiça remetidas ao Google. Para Thiago Tavares, diretor-presidente da ONG SaferNet Brasil, a situação exige a criação de um observatório para as decisões judiciais da blogosfera. “Em alguns segmentos do Judiciário, me parece que há certa interpretação exacerbada da legislação em que se invertem um pouco o direito à informação e o ferimento da honra e imagem da pessoa. Em ano de eleição, a remoção de conteúdo cresce exponencialmente”, explica.
A experiência de Pannunzio é emblemática para a maior vulnerabilidade do blogueiro no país. “Em 31 anos de profissão na TV, fui processado uma única vez. Já no blog, foram seis processos. A figura do blogueiro é muito mais frágil do que a empresa de comunicação.”
Chapa-branca ou oposição?
Não são apenas os abusos jurídicos que têm aquecido a discussão. No final de maio, a cidade de Salvador recebeu o “3º Encontro dos Blogueiros Progressistas”, grupo de jornalistas e não jornalistas, que vêm reivindicando a liberdade de atuação na blogosfera como alternativa à atuação da grande mídia.
O evento contou com a gravação de um vídeo do ex-presidente Lula, que exaltou a atuação dos blogs como alternativa ao setor de comunicações do país, segundo ele, “concentrado em poucas empresas, poucas famílias e poucos lugares”. Entre os articuladores do evento, Franklin Martins, antigo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula e um dos principais defensores do marco regulatório da mídia no país. O grupo tem o apoio dos jornalistas Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Luiz Carlos Azenha, Altamiro Borges, entre outros.
Para Borges, que preside o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, democratizar a rede é um dos principais desafios da blogosfera. “Há, sim, a judicialização da censura, processos que desgastam e levam o profissional à bancarrota, mas há também a dificuldade da democratização da comunicação no Brasil, porque hoje há uma monopolização da mídia brasileira, comandada por sete famílias. É uma aberração democrática”, diz.
Pannunzio rechaça a tese de que os blogs são alternativas essenciais a um suposto “monopólio da grande imprensa”. E ainda critica: “A maioria dos blogueiros que defendem essa tese é da imprensa formal. Começa por aí a contradição deles. Além disso, são parte de um grande projeto de comunicação de pessoas que integravam o governo Lula. Como é que um jornalista de qualquer mídia abre mão de fiscalizar para começar a bajular o poder, a defender a impunidade de gente envolvida com a corrupção, como vem acontecendo?”.
Para Ricardo Noblat, blogueiro político de O Globo, a cisão ideológica dos blogs não é problema – “Sempre vai existir quem é mais próximo do governo e quem é oposição”. A discussão mais delicada, segundo ele, é outra. “O que eu acho complicado é o titular de um blog receber por anúncio veiculado ali. É óbvio que a participação no faturamento publicitário vai implicar conflito de interesse”, afirma. Em meio à asfixia jurídica e às arestas ainda não aparadas da blogosfera brasileira, que a liberdade seja, de fato, a única solução para seus próprios excessos.
Por Guilherme Sardas*
*Com Jéssica de Oliveira

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