domingo, 15 de julho de 2012

Valéria del Cueto: Quem faz nem se sacode, mesmo quando não pode




Em cima do laço, tento manter o traço e faço de meu compasso medida para decidir. É tempo de olhar, apreciar e analisar, para DEPOIS… votar!

Sou do bem e estou de mal com quem só quer o que é mau. Rebelde e guerreira que sempre fui, achava que essa força se esvairia com o tempo. Qual o quê. Sigo implacável. Não tenho um pingo de piedade com quem não faz direito seu papel, insiste em jogar pra torcida e comete todos os tipos de jogadas proibidas achando que está abafando. Entrou em campo? Conhece as regras? Então trate de segui-las. Não apenas por obrigação, mas para mostrar sua convicção em relação ao que é certo ou errado. Isso é sinal de respeito com seus opositores e quem assiste de arquibancada a partida.

Ética, a ética. Conhece essa palavra? Sabe o que significa e implica? Se não sabe, sai da reta, pega o rumo, pica a mula ou passa longe, por que não tenho mais paciência para aguentar mentirosos e embromadores capazes de qualquer coisa por um pouco mais do mesmo cesto podre: o poder! Peguei pesado? Eu não! Eles que já botaram suas garras de fora mesmo antes do tempo regulamentar e que, quando adentraram o gramado saíram cometendo infrações a torto e a direito, sem medo de serem verdadeiramente punidos!

Fez uma, duas, três? Sai de campo, meu irmão. Está provado que não há respeito ao próprio pleito. Tá, te dou uma moral: em vez da decisão ficar restrita ao apito do juiz, vamos usar também o recurso de replay. Ele não mente jamais!

Nessa eleição a farra é nacional, mas está fragmentada: não há informações gerais, por assim dizer. Então a festa come solta! Por isso sugiro que o TSE produza um mapa nacional das irregularidades para que o país possa ver como a banda vai tocar seus vários instrumentos: de sopro, percussão e as cordas. Vai ser uma cacofonia! Com a pesquisa teríamos um ranking partidário, do quesito “quem faz mais merda” e, portanto, já demonstra sua intenção de enganar o eleitor. Sim, por que quem faz para se eleger, imagina do que é capaz depois de eleito. Imagina não. Dá muito trabalho e precisa puxar pela cabeça. Abre os jornais que está tudo lá!

Seria apenas uma questão de sistematizar as decisões na medida em que fossem saindo e jogá-las num banco de dados único para nossa gente bronzeada poder ver quem está no topo da parada dura das irregularidades eleitorais. Primeiro foram Haddad e Lula, depois Serra. Todos ainda antes de começar a campanha. Se a multa é tão ridícula e ainda pode ser paga por terceiros, vale a pena errar, inclusive desumanamente, repetidamente.

O atual prefeito do Rio de Janeiro é um que pegou a manha e está com bico para exercitar seu direito(?) de ser punido. Em poucos dias de campanha já chutou várias vezes a gol: deu a largada participando de várias inaugurações Dilmisticas, inclusive de um projeto apenas 10% concluído. Vaia neles que eles merecem! Na sequência, um final de semana, fomos brindados com gravações telefônicas pedindo votos pro cara. A compra de banco de dados é proibida. Infernizar a vida alheia não. Ele deve ter usado sua vastíssima agenda pessoal. Adentrando o gramado da apelação pura e simples, o vascaíno Eduardo Paes pegou carona na chegada ao Botafogo do jogador holandês Seedorf. O recebeu com o presidente do clube, filiado ao PMDB, no Palácio da Cidade. Cumprimentar o alcaide é praxe para todos os que aqui chegam! Tente ir lá. Ou, se for funcionário, aguarde notícias por que anexado ao contracheque de junho veio um panfleto falando dos feitos realizados. Crime eleitoral…

Enfim, se abriram as porteiras do universo da ilegalidade e pipocam irregularidades. Elas são muitas e, infelizmente, ficam voando por aí sem punição espalhadas em baixo dos tapetes processuais dos tribunais eleitorais locais, sem que possamos ter um quadro aproximado e atualizado do conjunto da obra no período em que é criada. Mais tarde, a gente sabe, Inês é morta, eles eleitos e nós? Continuaremos fazendo papel de idiotas, pelos próximos 4 anos.

*Valéria del Cueto é jornalista, cineasta e gestora de carnaval. Esta crônica faz parte da série “Ponta do Leme” do SEM FIM

UMA REPÚBLICA PARA O POVO É preciso reinventar as estruturas políticas no Brasil, porque essas estão totalmente corrompidas, não há representação efetiva e os partidos são incapazes de levar adiante um projeto para o povo. É preciso romper com a república Federativa e criar uma República Unitária. (Pedro Guilherme, sociólogo e membro do BCCI)


sexta-feira, 6 de julho de 2012

REGISTRO DESMENTE HADDAD SOBRE PEDIDO DE VERBA PARA SÃO PAULO.









Registros oficiais desmentem a versão repetida pelo candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, de que nunca foi procurado pela administração paulistana em busca de verba para a cidade quando ocupou o Ministério da Educação, entre 2005 e 2012. Em entrevista à Folha no dia 16 de junho, Haddad afirmou: "O secretário de Educação do prefeito Kassab [Alexandre Schneider] jamais me solicitou uma única audiência durante toda a sua gestão à frente de sua secretaria e durante toda a minha gestão. Nunca houve manifestação de interesse da prefeitura em estabelecer parceria com o governo federal." A agenda pública do Ministério da Educação e um e-mail da Secretaria Municipal de Educação ao gabinete do então ministro mostram que Haddad recebeu Schneider ao menos uma vez. O encontro ocorreu em 16 de fevereiro de 2011, a pedido do então secretário. Hoje, Schneider é candidato a vice na chapa do tucano José Serra, o principal adversário do PT na eleição. Folha de são Paulo.



COMENTO:

APRENDEU MENTIR COM O ÉBRIO DEFUNTUS SEBENTUS.

by Blog do Beto

quinta-feira, 5 de julho de 2012

José Dirceu chega ao Foro de São Paulo, em Caracas


Dirceu deve aproveitar o ambiente amigável para expor sua defesa no caso do mensalão


Por Duda Teixeira, de Caracas




O petista José Dirceu chega ao Foro de São Paulo, em Caracas (Alexandre Schneider)

Às vésperas de enfrentar o julgamento do Mensalão, o petista Jose Dirceu chegou na manhã desta quinta-feira ao Foro de São Paulo, o encontro anual de partidos de esquerda de todo o mundo. Realizado no hotel Alba, em Caracas, o foro se transformou em um evento da campanha chavista para as eleições presidenciais, marcadas para outubro. O PT já deu apoio total à candidatura do caudilho. Nos corredores do foro, corre o rumor de que Dirceu vai aproveitar o ambiente amigável para falar de sua defesa no caso do mensalão, cujo julgamento no STF começa em agosto.


Leia também:

Amiga das Farc é estrela do Foro de São Paulo
Boneco de Chávez fala muito e perde a bateria com facilidadeForo de São Paulo virou parte da campanha de Chávez


Será um dia cheio na capital venezuelana. De manhã, haverá uma reunião na Assembleia Nacional. A casa é dominada por deputados chavistas que, embora tenham recebido uma quantidade menor de votos na ultima eleição parlamentar, levaram a maior parte das cadeiras por meio de uma mudança nas regras eleitorais. O orador principal será o chanceler Nicolas Maduro, que foi acusado de ter incitado os militares paraguaios a dar um golpe em Assunção para evitar a queda do ex-presidente Fernando Lugo.


Em seguida, Dirceu deve acompanhar o desfile militar do Dia da Independência. As atrações deste ano são as armas russas e chinesas compradas recentemente pelas Forcas Armadas da Venezuela. Civis que receberam treinamento militar e hoje integram as milícias bolivarianas também serão destaque. Todos compartilham a missão de defender a “revolução chavista”.

O assunto é geopolítica latino-americana


Democracia paraguaia

O processo paraguaio foi digno de grandes democracias. Mas Dilma se curva aos aspirantes a ditadores vizinhos, como o líder da Venezuela e a da Argentina

Em 1991, fui convidado pelo Ministro da Justiça do Paraguai, com constitucionalistas de outros países latino-americanos, para proferir palestras sobre a Constituição brasileira. À época, o Paraguai se encontrava em processo constituinte, em vias de promulgar a Constituição que hoje rege os destinos da nação.

Entre os temas que abordei, expliquei que toda a Constituição brasileira fora formatada para um regime parlamentar de governo, só na undécima hora tendo se transformado numa Lei Maior presidencialista.

Talvez por essa razão, o equilíbrio de Poderes foi realçado ao ponto de, apesar de nossas crises políticas -impeachment presidencial, crise do Orçamento, dos anões, superinflação, alternância do poder, mensalão etc.-, jamais alguém ter falado em ruptura institucional.

O cientista político Arend Lijphart, em seu livro "Democracies", de 1984, detectou, em todo o mundo, apenas 20 países em que não houvera ruptura institucional depois da Segunda Guerra.

Desses, 19 eram parlamentaristas. Apenas um, os EUA, era presidencialista. Ulisses Guimarães me pediu o livro emprestado, mas preferi enviar um exemplar -lembrando da advertência de Aliomar Baleeiro, que dizia ter amigos que fizeram sua biblioteca com livros emprestados.

Sou parlamentarista desde os bancos acadêmicos, e sempre vi no parlamentarismo um sistema de "responsabilidade a prazo incerto": eleito um irresponsável para a chefia do governo, ele pode ser afastado, sem traumas, tirando-lhe o Parlamento o voto de confiança.

Já o presidencialismo é um regime de "irresponsabilidade a prazo certo", pois, eleito um irresponsável, ele só pode ser afastado pelo traumático processo de impeachment.

O Paraguai adotou o regime presidencial, mas, no artigo 225 de sua Constituição, escolheu instrumento existente no sistema parlamentar para afastar presidentes que:

a) Tenham mau desempenho;

b) Cometam crimes contra o Poder Público;

c) Cometam crimes comuns.

Tendo recebido um voto na Câmara dos Deputados e quatro no Senado, Lugo foi afastado do governo, no estritos termos da Constituição, por mau desempenho.

É de se lembrar que o Parlamento tem representantes da totalidade da nação (situação e oposição). O Executivo, só da maioria (situação).

Tanto foi tranquilo o processo de afastamento no Paraguai que não existiram manifestações de expressão em defesa do ex-presidente. As Forças Armadas nem precisaram enviar contingentes à rua, e Lugo continuou com toda a liberdade para expressar as suas opiniões e até para montar um governo na sombra.

Processo digno das grandes democracias parlamentares. Mas difícil de ser compreendido pelo histriônico presidente venezuelano, que usa todos os meios possíveis para calar a oposição e a imprensa, pela aprendiz de totalitarismo que é a presidente argentina, que tudo faz para eliminar a imprensa livre em seu país, ou pelos dois semiditadores da Bolívia e do Equador.

O curioso foi o apoio da presidente Dilma a essa "rebelião de aspirantes a ditadores", pisoteando a democracia e a Lei Suprema paraguaia a fim de facilitar a entrada no Mercosul de um país cuja monoeconomia só permitirá a seu conturbado presidente permanecer no poder enquanto o preço do petróleo for elevado.

Decididamente, a ignorância democrática na América Latina tem um passado fantástico e um futuro deslumbrante.

by Ives Gandra da Silva Martins

Em Alta

Deputado Marcel Van Hattem é indiciado pela PF

O deputado federal Marcel Van Hattem fez críticas e expôs uma foto do delegado da PF, Fábio Schor. Por Cleiton Zimer A Polícia Federal indic...

Mais Lidas