quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dilma é protagonista do episódio mais vergonhoso da política externa brasileira em quase 10 anos de governo petista: incitamento a um golpe militar! Ou: Venezuela de Chávez no Mercosul traz o narcotráfico para o bloco


Eládio Aponte: era juiz da Corte de Jutiça da Venezuela e confessa: protegia o narcotráfico a mando de Chávez e de militares venezuelanos


Eládio Aponte era presidente do Tribunal Superior de Justiça da Venezuela e confessa: protegia o narcotráfico a mando de Chávez e de militares venezuelanos
Na política externa, Dilma Rousseff chegou a emitir alguns sinais benignos na relação com o Irã. Chegou-se a imaginar que o país pudesse ter se reconciliado com a racionalidade e com os fundamentos universais da democracia. Que nada! Oito anos do megalonaniquismo de Celso Amorim no Itamaraty não levaram o país a um papel tão vergonhoso quanto o desempenhado na crise paraguaia.
Sim, senhores! Dona Dilma Rousseff, aquela que deu posse à Comissão da Verdade, aquela que não perde a chance de exaltar seus “camaradas” de luta — todos eles, como ela própria, empenhados então em instalar no Brasil uma ditadura comunista, aquela que tentou punir militares da reserva porque expressaram um descontentamento (e o fizeram dentro da lei), esta mesma Dilma Rousseff pôs as suas digitais no que foi nada mais, nada menos do que o incitamento a um golpe militar no Paraguai. A safra de esquerdistas latino-americanos no poder não descarta, então, apelar às forças uniformizadas, não é? Desde que os tanques estejam a favor da “boa causa”: a deles!
As revelações feitas agora pela cúpula do governo uruguaio não deixam a menor dúvida: Dilma não foi apenas uma das articuladoras da suspensão do Paraguai do Mercosul. Ela também foi a principal artífice do golpe — este na esfera diplomática — que aprovou o ingresso da Venezuela no grupo. A presidente brasileira atuou para acolher um governo que, dias antes, havia se reunido com a cúpula militar paraguaia para incitar uma quartelada.
Se os generais do Paraguai tivessem feito o que lhes recomendou Chávez, a Constituição do país teria sido rasgada. Fernando Lugo teria sido mantido no poder pelos tanques, e a nossa presidenta certamente estaria chamando a solução, agora, de “democrática”. VEJA Online havia revelado em primeira mão a tentativa de quartelada chavista. Os filmes que vieram a público não deixam a menor dúvida.
O Apedeuta e seu Megalonanico tentaram desestabilizar Honduras também. Naquele caso, no entanto, tentou-se criar um levante popular em favor de Manuel Zelaya. Ocorre que o povo hondurenho não queria o malucão de volta, como o paraguaio não quer o retorno do bispo “pegador”. Desta feita, a coisa chega a ser mais asquerosa porque se tentou uma solução que já foi, digamos assim, um clássico na América Latina: a quartelada!
NarcotráficoA cúpula do governo de Hugo Chávez está infiltrada pelo narcotráfico, e muitos de seus generais são parceiros da Farc. Não se esqueçam de que armamento pesado das forças venezuelanas já foram encontrados com os narcoguerrilheiros. No dia 5 de maio, José Casado informava no Globo:
Desde a última quarta-feira, o nome do venezuelano Eladio Ramón Aponte Aponte reluz na lista “vermelha” da Interpol, a pedido do governo de seu país.
(…)
A vida de Aponte, de 63 anos, mudou seis semanas atrás. Era um homem da lei. Virou foragido da Justiça. Era um dos pilares do governo Hugo Chávez. Tornou-se o “inimigo número um” caçado pelos chavistas. Era presidente do Tribunal Superior de Justiça - a Suprema Corte venezuelana. Agora é um delator da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos.
Ele confessou cumplicidade com uma rede sul-americana de narcotráfico. E admitiu ter manipulado processos judiciais para favorecer traficantes cujos negócios — contou — eram partilhados com alguns dos mais graduados funcionários civis e militares do governo Chávez.
Citou especificamente: o ministro da Defesa, general de brigada Henry de Jesús Rangel Silva; o presidente da Assembleia Nacional, deputado Diosdado Cabello; o vice-ministro de Segurança Interna e diretor do Escritório Nacional Antidrogas, Néstor Luis Reverol; o comandante da IVa Divisão Blindada do Exército, Clíver Alcalá; e o ex-diretor da seção de Inteligência Militar, Hugo Carvajal.
O juiz Aponte Aponte conheceu a desgraça em março, quando seu nome foi descoberto na folha de pagamentos de um narcotraficante civil, Walid Makled. Convocado para uma audiência na Assembleia Nacional, desconfiou. Na tarde de 2 de abril, ajeitou papéis em uma caixa, deixou o tribunal e entrou em um táxi. Rodou 500 quilômetros até um aeroporto do interior, alugou um avião e aterrissou na Costa Rica. Ali, pediu para entrar no sistema de proteção que a agência antidrogas dos EUA oferece aos delatores considerados importantes.
Três semanas atrás, o juiz-delator reapareceu em uma entrevista ao canal Soi TV, da Costa Rica, contando em detalhes como é feita a manipulação de processos judiciais para livrar da prisão traficantes vinculados a personalidades do governo.
Deu como exemplo um caso no qual está envolvido um ex-adido militar venezuelano no Brasil, o tenente-coronel Pedro José Maggino Belicchi. Segundo o juiz-delator, Maggino Belicchi integra a rede militar que há anos utiliza quartéis da IVª Divisão Blindada do Exército da Venezuela como bases logísticas para transporte de pasta-base e de cocaína exportadas por facções da Farc, a narcoguerrilha colombiana. O tenente-coronel foi preso em flagrante no dia 16 de novembro de 2005, com outros militares, transportando 2,2 toneladas de cocaína em um caminhão do Exército (placa EJ-746).
Na presidência da Suprema Corte, Aponte Aponte diz ter recebido e atendido aos apelos da Presidência da República, do Ministério da Defesa e do organismo venezuelano de repressão a drogas para liberar Magino Belicchi e os demais militares envolvidos. Faz parte da rotina judicial venezuelana, ele contou na entrevista à televisão da Costa Rica.
O general Henry de Jesus Rangel Silva, citado pelo juiz-delator, comandou a Quarta Divisão Blindada, uma das unidades mais importantes do Exército venezuelano. Desde 2008, ele figura na lista oficial de narcotraficantes vinculados às Farc colombianas e cujos bens e contas bancárias estão interditados pelo governo dos Estados Unidos. Em janeiro, o presidente Hugo Chávez decidiu condecorá-lo em público e promovê-lo ao cargo de ministro da Defesa. “Rangel Silva é atacado”, justificou Chávez em discurso.
(…)
EncerroÉ essa gente que Dilma Rousseff e Cristina Kirchner estão levando para o Mercosul.

Por Reinaldo Azevedo

Nota do Fórum Permanente de Solidariedade as Ocupações de Belo Horizonte




Na manhã de 11 de maio de 2012, a Polícia Militar de Minas Gerais, de forma truculenta, executou uma ação de despejo na Ocupação Eliana Silva no Barreiro em Belo Horizonte. Iniciada em 21 de abril de 2012 e organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vila e Favelas, a Ocupação Eliana Silva se formou como um novo foco da luta pela moradia em Minas Gerais. No entanto, nesta sexta-feira, dia 11 de maio, moradores e apoiadores da ocupação testemunharam a face mais cruel e impiedosa da prefeitura de Belo Horizonte. A mão violenta do braço forte do Estado burguês pesou mais uma vez sobre o pobre, negro e trabalhador. Esse Estado jogou ao frio das ruas, ao relento da marginalidade, pais, mães e filhos que buscavam o que lhe eram legítimo, o direito a moradia.

Qual seria a maior contradição dessa ação policial tendo em posse um mandato judicial solicitado pela Prefeitura? Um Estado que usa seu aparato orgânico para descumprir os direitos e leis básicas humanas? Ou uma investida do poder público contra a base social a serviço de interesses individuais particulares ou mesmo politiqueiros? Ressaltamos aqui que a ação de reintegração de posse expedida pela juíza Luiza Divina, da 6° Vara da Fazenda Municipal, foi emitida mesmo sem a comprovação da posse do terreno pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, mostrando uma total arbitrariedade de ações e decisões.

Os que estavam presentes durante a desocupação – integrantes do Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações de BH, formado por moradores de comunidades vizinhas, movimentos populares e sociais, coletivos autônomos e independentes, sindicatos e centrais sindicais, entidades e organizações de esquerda – presenciaram uma operação da policial similar à operação do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro.

Uma tropa de Choque da polícia militar fortemente armada, a cavalaria e até um tanque de guerra urbano (também conhecido como Caveirão), invadiram e despejaram friamente famílias provocando sentimento de injustiça e indignação. Todavia não havia tráfico, não havia armas para “resistir”. Havia fome, esperança, frio, alguns móveis provenientes de doações, assim como roupas, trabalhadores, lonas, crianças dormindo, mães preocupadas e um forte desejo de resgatar a dignidade através da moradia. Todas as comunidades em volta da ocupação Eliana Silva, assim como escolas, comércios, postos de saúde, moradores foram contra esse ato criminoso do Estado representado pela tropa de choque da PM.

Vários relatos indignam, mas não mais impressionam, como na desocupação do Eliana da Silva, onde um policial rendeu uma mulher no chão, com os joelhos sobre o seu corpo porque, demonstrava esse, uma incrível incapacidade de dialogar. Essa mulher, professora, não tinha treinamento militar, não tinha arma, e tão pouco uma tropa armada para começar uma guerra civil, mas tinha sim a razão do pobre, trabalhador que parece ser o maior perigo para o Estado. Mães com crianças no colo, pais de famílias, tentavam retornar a suas casas no terreno da ocupação e foram cruelmente impedidas pela cavalaria da tropa de choque da polícia. Foram recebidos com golpes das armas dos policiais ali presentes. Várias pessoas traziam no corpo marcas do enfrentamento direto com a polícia.

Ações assim, não são novidades no quadro nacional, ou mesmo em Belo Horizonte. Todos recordam que, recentemente a polícia de forma truculenta invadiu a comunidade Pinheirinho – São José dos Campos – SP cometendo barbaridades, expulsando moradores, batendo em pais de família, quebrando casas, matando trabalhadores, maltratando pessoas a mando do governo, respaldados pelo poder judicial. Lembramos também dos policiais que entraram na ocupação Zilah Sposito Helena Greco, agredindo todos os moradores, inclusive crianças que levaram nos olhos spray de pimenta e mães que tiveram suas casas jogadas no chão. Os enfrentamentos são constantes em comunidades e quilombos, como Dandara, Irmã Dorothy, Camilo Torres, Arturos, Luízes e Mangueiras entre vários outros.

O Fórum Permanente de Solidariedade as Ocupações de BH, sempre que acionado vai ser obsessivo, contra esse modelo de Estado, onde quem governa é uma elite minoritária e burguesa. Esse grupo de luta e resistência junto às ocupações, formado por militantes, ativistas, trabalhadores e estudantes, vem através desta nota, não somente declarar repúdio, não somente reivindicar os direitos desses, mas afirmar o princípio que estará sempre na briga, buscando a unidade nessa luta contra um Estado imperialista e opressor. Pois nossa luta é diária e reside em cada pobre, negro, mulher, trabalhador, sem teto e oprimido.

Belo Horizonte, 15 de maio de 2012.

Participam do Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações de Belo Horizontes:

Associação dos Geógrafos Brasileiros/AGB-BH, Associação Metropolitana de Estudantes Secundaristas/AMES-BH, Brigadas Populares/BPs, CSP-Conlutas, Coletivo Voz Ativa, Comissão Pastoral da Terra/ CPT, D.A Letras UFMG – “Gestão ao Pé da Letra”, Fórum Social Mundial-MG/FSMMG, Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania/IHG, Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas/MLB, Movimento dos Trabalhadores sem Teto/ MTST, Movimento Marxista 5 de Maio/MM5, OCUPABH, Ocupação Dandara, Ocupação Camilo Torres, Ocupação Eliana Silva, Ocupação Irmã Dorothy, Ocupação Zilah Spósito – Helena Greco, Partido Comunista Brasileiro/PCB, Partido Socialismo e Liberdade/PSOL, Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado/PSTU, União da Juventude Revolucionária/UJR, Coletivo SobreHistória.org, SINDREDE, SINDELETRO, CSP-Conlutas, Quilombo Raça e Classe, Movimento Mulheres em Lutas.


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