terça-feira, 15 de maio de 2012

Me sinto no Lost. A eternidade desta forma me lembra o dia da marmota. by Deise



Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (1905-1982): Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.” 
by blog do Ancelmo Góis

LULA, DE A a Z

Ao entardecer do seu segundo mandato, Lula e o Foro de São Paulo precisam correr atrás da agenda que anda atrasada.
Conferências como a da Comunicação, havida no ano passado, e da cultura, neste ano, parecem ser o indicativo de que pipocarão muitas outras mais, aliadas a outras investidas contra a liberdade das pessoas e o estado de direito.
Uma percorrida pelo passado faz-se necessária neste momento:
a) a tentativa da criação de um "conselho federal de jornalismo";
b) a criação da Agência Brasil, com o terrorista Franklin Martins à frente, para concorrer em condições de desigualdade com os veículos de comunicação privados;
c) a criação de Ancine, para o retorno ao poço sem fundo e sem prestação de contas do cinema ideológico;
d) a tentativa de obrigar os canais a cabo a oferecerem programas e filmes nacionais em suas grades;
e) a tentativa de impor a lei da mordaça ao Ministério Público e aos servidores públicos;
f) o plebiscito contra o comércio de armas de fogo, que se seguiu a uma prévia repressão contra a posse de armas pelas pessoas de bem, enquanto a criminalidade não cessa de aumentar;
g) a permanente apologia aos criminosos, que Lula sempre fez questão de apontar como vítimas da sociedade que precisam de educação e não de cadeia (tanto é que, do plano para construir prisões federais, só uma foi construída);
h) as diversas tentativas de implantar a legalização ampla do aborto, geralmente por inserções totalmente fora dos contextos em relação aos documentos que as continham;
i) o combate frontal contra o estudo em casa (homeschooling) e a liberdade dos pais educarem seus filhos segundo seus valores, e o avanço célere na ideologização das salas de aula públicas e privadas, bem como dos exames, vestibulares e concursos públicos;
j) a imposição da agenda gayzista que sirva ao constrangimento dos valores do cristianismo e da família;
k) o estabelecimento do apartheid de sinal trocado que inaugurou os tribunais raciais com suas cotas para vestibulares, concursos públicos e que pretende se estender até o meio privado;
l) a deturpação da lei para o confisco de terras a pretexto de terem sido quilombos;
m) o andamento sem interrupções e impedimentos das invasões e desapropriações de terras mediante a manipulação de índices de produtividade, bem como também por meio da imposição de toda forma de regulamentação inibidora do produtivismo e até da extrema cara-de-pau da desobediência às ordens judiciais de reintegração de posse pelos governos aliados do PT;
n) a revanche da revogação da lei da anistia, conjugada com a premiação milionária dos seus terroristas e até mesmo meros simpatizantes;
o) o uso do patrimônio brasileiro para a manutenção do poder pessoal do presidente Lula e dos seus comparsas do Foro de São Paulo, consubstanciada pela simpática acolhida a Evo Morales, que nos tomou várias refinarias da Petrobras por meio de ostensiva agressão militar; a Rafael Correa, que deu o calote na construção de uma hidrelétrica construída por uma empresa brasileira com recursos do BNDS; ao próprio Hugo Chaves, na forma do envio de petróleo para a abafar a greve dos petroleiros; a toda sorte de contemporização com as trapaças comerciais cometidas pela Argentina; a diversos países africanos, que tiveram suas dívidas perdoadas; e por aí vai...
p) a permanente campanha contra os militares e o sedento projeto de revogar a Lei de Anistia de modo parcial;
q) a progressiva estatização de setores da economia tais como o petrolífero, o químico, o elétrico e o mineral, aliada a uma contínua e crescente intervenção sobre a iniciativa privada,
r) a alegre e frequente companhia junto aos mais execráveis tiranos do planeta e o apoio incondicional aos seus desmandos e crimes...
s) a institucionalização da corrupção como forma de consolidação do poder;
t) a falsidade da teoria do respeito à soberania das nações, que o atual governo dela usa para proteger os seus amigos protoditadores do Foro de São Paulo enquanto se vale da mais deslavada intervenção sobre países como Honduras e a Colômbia;
u) o uso da desgraça alheia como oportunidade de fazer política - as vítimas das enchentes, secas e desmoronamentos do Brasil amargam os seus mortos e os seus prejuízos, mas os holofotes do mundo levam Lula a anunciar uma ajuda de 35 milhões de reais e a expansão da presença militar naquele país por um Exército que em solo pátrio é obrigado a dispensar a tropa ao meio-dia para não ter de pagar rancho.
v) o antiamericanismo e o pretenso anticolonialismo, consagrados pela gritante mobilização do governo contra o governo suíço e seu povo, portando-se sem comedimentos ao lado de uma pilantra que lá se auto-mutilou, enquanto se cala olimpicamente diante do assassinato de brasileiros no Suriname e da perseguição de famílias de agricultores na Bolívia e no Paraguai;
x) o uso despudorado da máquina pública para fazer campanha eleitoral antecipada - na verdade, a todo e qualquer tempo - sob a conivente leniência do TSE;
y) o despacho de dois jovens e inocentes boxeadores cubanos, Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, por ocasião dos Jogos Pan-Americanos, capturados à maneira de um capitão-do-mato sob os cuidados diretos do ministro da (in)justiça Tarso Genro que os devolve célere ao seu patrão, ao arrepio da lei e da tradição de oferecer asilo de nosso país;
w) o loteamento da Amazônia, pronta a ser retalhada e entregue às "nações" indígenas criadas com esta finalidade por uma miríade de ONG's, que por sua vez as encaminharão a potências estrangeiras e que teve a sua pedra fundamental inaugurada com a expulsão dos arrozeiros do ex-próspero e atual virtual estado de Roraima;
z) o uso da rede do crime para sabotar as eleições em São Paulo, quando, por encomenda, facções de criminosos passaram a atacar a população e unidades policiais para instalar o estado de terror e desta forma influenciar o resultado nas urnas.
Como se vê, utilizei-me aqui de todo o alfabeto, e não bastou; na verdade, eu precisaria utilizar-me do ideograma chinês, que, dizem, contém milhares de símbolos.
Tudo para que se evidencie o que há de mais ostensivamente óbvio: as impressões digitais de Lula estão em toda parte!
Afirmo isto não como uma constatação minha, eis que sempre as apontei, mas para que as pessoas mais alheias aos fatos e às suas conexões se convençam, enfim, desta verdade única: Lula tem um projeto de perpetuação de poder, que é levado a sério e executado passo a passo, e isto é tão perigoso para todas as nossas vidas que nos confortamos com qualquer assopro que suceda às suas mordidas.
Agora, vamos ao nosso cenário atual: alguns setores da mídia tradicional, enfim, começam a apontar a tendência totalitarista dos recentes atos do governo, embora ainda teimem em proteger a imagem de Lula como se ele estivesse fora deste contexto.

Ainda no momento em que escrevo este texto, vejo pela tevê uma propaganda apócrifa alertando contra a volta da censura, como ela fosse gente de carne e osso.

Alguma presença das entidades representativas do setor produtivo, ou de defesa da cidadania?
Nadica de nada!
Por quê fazem isto?
Minimizarão a fúria da censura petista?
Com que foram pagas as redações e os veículos de comunicação com a sua histórica cumplicidade com este projeto de traição à pátria?
Com restrições ao financiamento privado (proibição de propagandas de cigarros e restrições às propagandas de bebidas e de alimentos); com processos contra jornalistas e suas empresas; e com a censura judicial imposta contra as suas matérias.
Na verdade, segundo o quadro atual, falta muito pouco para que estas empresas sejam fechadas ou estatizadas, à maneira do que vem acontecendo na Venezuela e nos outros países onde o Foro de São Paulo governa.
Neste momento, que já é tarde, urge que toda a sociedade assuma, enfim, de que esta história de "não sei", "não vi", "assinei sem ler" não convence mais.
Isto precisa ser dito de forma ostensiva e explícita.
As federações e associações do comércio, da indústria e da agricultura precisam neste momento ir às tevês e denunciarem Lula com o dedo apontado para o seu retrato.
Também as entidades de defesa da democracia e da cidadania podem fazer o mesmo e até mesmo qualquer cidadão, pois um simples banner colocado no vidro traseiro de um carro já alerta muita gente.
Este já não é mais o tempo ideal, mas é o tempo que temos, antes que nenhuma ação possa ser feita; antes que tudo se acabe.
Não esperem que a mansidão invoque a complacência dos sedentos de controlar as nossas vidas e as vidas de nossos filhos.
É precisamente isto o que eles esperam de nós.
Lula é o responsável pelo mensalão;
Lula luta pela legalização do aborto,
Lula quer os crucifixos fora das escolas, hospitais e repartições públicas;
Lula é aliado do MST e defende as invasões e desapropriações de terras;
Lula é amigo e cúmplice de Hugo Chaves, Evo Morales, Cristina Kirchner, Rafael Correa, de Ahmadinejad, do regime chinês, do genocídio no Sudão e de todos os ditadores do continente africano;
Lula defende o confisco de terras sob o pretexto quilombola;
Lula quer tomar a propriedade privada pelo aumento de impostos, que já passou de 40%;
Lula é amigo dos bandidos (alguém já viu ele se pronunciar uma única vez que fosse contra bandidos e marginais?);
Lula promoveu a intervenção - ainda que mal-sucedida - contra Honduras;
Lula é amigo e protetor das FARC;
Lula quer educar os seus (os teus!) filhos para serem ovelhas a lhe balir pro resto da vida;
Lula quer destruir a família ao apoiar a agenda gay;
Lula quer usar o aborto (e depois a eutanásia) como instrumentos de controle social;
Lula quer aparecer como um profeta auto-proclamado, por meio de seu filme.
Lula, Lula, Lula.
Lula é o cara!
Lula é o cara...mau!

by Klauber Cristofen Pires

Tiveram mesmo quantos anos??? Se deixarem prescrever, estão cometendo o crime de omissão, conivencia e negligencia. Acrescido de pena por serem servidores públicos. Os que julgam. Teremos que buscar ajuda externa, uma vez que estaremos acusando a instancia máxima no Pais. Se com a Presidente nao poderemos contar, com o congresso menos ainda, talvez o chapolin colorado possa nos defender. As vezes eu me pergunto se o escandalo cachoeira num todo não é so a ponta do iceberg, do proprio Mensalão. Nao é momento de deixar de cuidar do Mensalao para pular para Cachoeira. Este tem tempo. e pulando estapas nao chegamos alugar algum. Agora é hora DO mENSALAO E CODIGO FLORESTAL. O resto tem tempo. E o Cachoeira espere, bem guardado. O Demóstenes seja proibido de assumir sua cadeira. como é que nós o colocamos lá, e outro decide se ele fica???? Nós nao o queremos. enjtão não seja mau educado. E saia. Penso que o Cachoeira, é só um dos tentaculos do mensalão. Que na boca do gol, deixa de ser protagonista. Enquanto estiver como coadjvante ok. O meu medo é que releguem o Mensalão ao elenco de apoio. by Deise

À Chata de botas. Adeus. by Deise


Em tempo: Sobre o post da oficial de justiça Iara: Meu nome é Rita - Fone 9103....(numero completo está no cache dos comentarios. Minha função é ser mensageira. Do que eu decido que devo informar).
Anônimo
em 14/05/12
Sra. Deise Entendo sua revolta, afinal não é fácil depender de uma justiça morosa que já não suporta tanta demanda. No entanto, acessei o site do TJ e vi o mandado cumprido pela oficiala: ele não foi dirigido à imobiliária e sim à pessoa física e neste consta o número 219 - erro cometido na própria inicial. A leitura da inicial é obrigatória para o citando, quando o oficial o encontra. Conheço a Iara e não sei se ela sabe dessa sua publicação. Irei informá-la. Ela é pessoa bem intencionada, correta. Se fosse apontar um defeito desta seria "distraida", "avoada", assim como foi quem assinou a inicial - que colocou o número errado. Para a senhora, o estelionatário é famoso, porém não necessariamente seria para ela. E se alguém o conhecia e disse que não, a culpa também não é dela. Em sua atitude está explícito algo muito sério: o crime de calúnia. Se fosse para ela ocultar o réu, porque cumpriria tão rapidamente o mandado?? Pense no assunto.
Anônimo
em 14/05/12

Prezada 
Sra. Rita Anonimo:

Foi pensando muito no caso, que não  iniciei uma demanda judicial contra a Meirinha. Não em SC. Mas no CNJ, uma vez que o Oficialato é corrigido pelo Tribunal.
E este a absolveu-a.
  Logo seria assunto para o CNJ. 
Fiz minha parte e este assunto nao me pertece.
Minha vida é bem mais do que isso.
Mas não fugirei da peleia, caso sua . colega dê inicio. 
Sinta-se a vontade.
A palavra é de prata sra. Rita.
 O silêncio de OURO.

      Em tempo: A sra. achar que isso pode ser fruto de "avoação", ou "distração" não altera a vida de ninguem.
Caso EU  deixe de pensar que foi "distração", sua amiga teria no minimo um probleminha judicial.

Em tempo 2: Quando a sra afirma que (...)a leitura da inicial é lida pelo CTANDO.... a sra. está de sacanagem nao tá???
ISSO DEVERIA SER OBRIGAÇÃO DE QUALQUER profissional comprometido com seu trabalho. No minimo saber do que está falando para saber o que deverá ser feito.
Leve sua teoria defensavel ridicula para os oficais de Justiça.
Que eles só tem obrigação de ler a exordial se encontrar o citado. Assim, jamais os oficiais pedirão  reforço para chegar até o local como acontece.
 Enfim, graças a Sra. uma noticia boa:  menos custos ao Estado.
Viu como ninguem é mesmo 100% inútil?

by Deise

by Deise

Depois da lamentável decisão das “cotas raciais” (racismo) do STF , o artigo abaixo é muito atual...by MM



POBRES ALUNOS, BRANCOS E POBRES

Entre as lembranças de minha vida, destaco a alegria de lecionar Português e Literatura no Instituto de Educação, no Rio. Começávamos nossa lida, pontualmente, às 7h15. Sala cheia, as alunas de blusa branca engomada, saia azul, cabelos arrumados. Eram jovens de todas as camadas. Filhas de profissionais liberais, de militares, de professores, de empresários, de modestíssimos comerciários e bancários.
Elas compunham um quadro muito equilibrado.
Negras, mulatas, bem escuras ou claras, judias, filhas de libaneses e turcos, algumas com ascendência japonesa e várias nortistas com a inconfundível mistura de sangue indígena. As brancas também eram diferentes.
Umas tinham ares lusos, outras pareciam italianas. Enfim, um pequeno Brasil em cada sala.Todas estavam ali por mérito!
O concurso para entrar no Instituto de Educação era famoso pelo rigor e pelo alto nível de exigências. Na verdade, era um concurso para a carreira de magistério do primeiro grau, com nomeação garantida ao fim dos sete anos.
Nunca, jamais, em qualquer tempo, alguma delas teve esse direito, conseguido por mérito, contestado por conta da cor de sua pele!
Essa estapafúrdia discriminação nunca passou pela cabeça de nenhum político, nem mesmo quando o País viveu os difíceis tempos do governo autoritário.
Estes dias compareci aos festejos de uma de minhas turmas, numa linda missa na antiga Sé, já completamente restaurada e deslumbrante.
Eram os 50 anos da formatura delas!
Lá estavam as minhas normalistas, agora alegres senhoras, muitas vovós, algumas aposentadas, outras ainda não. Lá estavam elas, muito felizes. Lindas mulatas de olhos verdes. Brancas de cabelos pintados de louro. Negras elegantérrimas, esguias e belas. Judias com aquele ruivo típico. E as nortistas, com seu jeito de índias. Na minha opinião, as mais bem conservadas. Lá pelas tantas, a conversa recaiu sobre essa escandalosa mania de cotas raciais. Todas contra! Como experimentadas professoras, fizeram a análise certa.
Estabelecer igualdade com base na cor da pele? A raiz do problema é bem outra.
Onde é que já se viu isso? Se melhorassem de fato as condições de trabalho do ensino de primeiro e segundo graus na rede pública, ninguém estaria pleiteando esse absurdo.
Uma das minhas alunas hoje é titular na Uerj. Outra é desembargadora. Várias são ainda diretoras de escola. Duas promotoras.
As cores, muitas. As brancas não parecem arianas. Nem se pode dizer que todas as mulatas são negras. Afinal, o Brasil é assim. A nossa mestiçagem aconteceu.
O País não tem dialetos, falamos todos a mesma língua. Não há repressão religiosa.
A Constituição determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de nenhuma natureza! Portanto, é inconstitucional querer separar brasileiros pela cor da pele. Isso é racismo! E racismo é crime inafiançável e imprescritível.
Perguntei: qual é o problema, então?É simples, mas é difícil. A população pobre do País não está tendo governos capazes de diminuir a distância econômica entre ela e os mais ricos. Com isso se instala a desigualdade na hora da largada. Os mais ricos estudam em colégios particulares caros. Fazem cursinhos caros. Passam nos vestibulares para as universidades públicas e estudam de graça, isto é, à custa dos impostos pagos pelos brasileiros, ricos e pobres. Os mais pobres estudam em escolas públicas, sempre tratadas como investimentos secundários, mal instaladas, mal equipadas, mal cuidadas, com magistério mal pago e sem estímulos.Quem viveu no governo Carlos Lacerda se lembra ainda de como o magistério público do ensino básico era bem considerado, respeitado e remunerado. Hoje, com a cidade do Rio de Janeiro devastada após a administração de Leonel Brizola, com suas favelas e seus moradores entregues ao tráfico e à corrupção, e com a visão equivocada de que um sistema de ensino depende de prédios e de arquitetos, nunca a educação dos mais pobres caiu a um nível tão baixo. Achar que os únicos prejudicados por esta visão populista do processo educativo são os negros é uma farsa. Não é verdade.Todos os pobres são prejudicados: os brancos pobres, os negros pobres, os mulatos pobres, os judeus pobres, os índios pobres! Quem quiser sanar esta injustiça deve pensar na população pobre do País, não na cor da pele dos alunos.
Tratem de investir de verdade no ensino público básico. Melhorar o nível do magistério. Retornar aos cursos normais. Acabar com essa história de exigir diploma de curso de Pedagogia para ensinar no primeiro grau. Pagar de forma justa aos professores, de acordo com o grau de dificuldades reais que eles têm de enfrentar para dar as suas aulas. Nada pode ser sovieticamente uniformizado. Não dá. Para aflição nossa, o projeto que o Senado vai discutir é um barbaridade do ponto de vista constitucional, além de errar o alvo.
Se desejam que os alunos pobres, de todos os matizes, disputem em condições de igualdade com os ricos, melhorem a qualidade do ensino público. Economizem os gastos em propaganda. Cortem as mordomias federais, as estaduais e as municipais. Impeçam a corrupção. Invistam nos professores e nas escolas públicas de ensino básico.
O exemplo do esporte está aí:
já viram algum jovem atleta, corredor, negro ou não, bem alimentado, bem treinado e bem qualificado, precisar que lhe dêem distâncias menores e coloquem a fita de chegada mais perto? É claro que não. É na largada que se consagra a igualdade. Os pobres precisam de igualdade de condições na largada. Foi isso o que as minhas normalistas me disseram na festa dos seus 50 anos de magistério! Com elas, foi assim.

Sandra Cavalcanti é professora,
jornalista e atual Deputada Federal pelo RJ
 Artigo escrito em 2009 

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