segunda-feira, 30 de abril de 2012

Os exóticos que me perdoem. Mas na cozinha, feijão com arroz é fundamental... Estas eu passo. by Deise


Comidas exóticas para estômagos fortes

Você é o que você come. Na cultura ocidental, o que você come reflete na sua saúde, em como o corpo absorve carboidratos, proteínas, açúcares e gorduras. Na cultura oriental, a frase tem outro significado. Ao ingerir um alimento, você assume suas propriedades energéticas. Isso explica parte do motivo pelo qual os asiáticos são os campeões em comida exótica (pelo menos aos olhos arregalados dos ocidentais). Do cardápio de chineses, vietnamitas, cambojanos, tailandeses e japoneses fazem parte ingredientes como escorpiões, baratas, besouros, aranhas, morcegos, peixes venenosos, ursos, cobras, pênis de animais e larvas.

Para quem tem estômago forte e espírito aventureiro, comer um espetinho de escorpiões ou o coração ainda pulsante de uma cobra é apenas uma experiência diferente numa viagem de turismo. Mas para os locais, a maioria desses pratos – além ser uma fonte rica em proteína – é como um remédio: eles podem aumentar a vitalidade, a virilidade, a resistência e a libido ou curar dores no corpo, acabar com pedras nos rins, resolver problemas circulatórios, aliviar a tosse e a asma ou diminuir a apatia. No Vietnã, por exemplo, a cobra é um alimento muito apreciado por suas propriedades medicinais, e há restaurantes especializados no preparo do animal. A carne do réptil, dizem, é boa para a vida sexual de homens e mulheres e pode até curar a malária.

O que escolhemos comer depende de onde nascemos e de como somos criados. Mas quase sempre o que nos repele não é o gosto da comida, mas o pensamento de ter de comê-la. E é esse pensamento que nos faz repelir a ideia de comer carne de cachorro, como acontece na China, onde há criadouros de uma raça do animal para abate culinário. Ou que nos faz nausear diante de uma salada de besouros ou de um prato de larvas fritas. Ou ainda que nos faz colocar os bofes pra fora diante de um “crocante” ovo de pata com um embrião de 17 dias. Algumas comidas são tabu, outras, proibidas, outras, ainda, são consideradas “incomíveis”. Ma por que algumas culturas comem peixe cru, mas não comem queijo? O fato é que temos de nos alimentar para sobreviver, e o que é enojante para uns, pode ser uma iguaria para outros ou sua única fonte de sobrevivência.Ou você se recusaria a comer uma suculenta caranguejeira assada se a sua vida dependesse disso?

Nas próximas páginas você vai conhecer 12 alimentos estranhos ao redor do mundo. Mas lembre-se de que alguns deles só são estranhos dentro da cultura ocidental.

1. Tailândia: Ratos

Ratos são uma iguaria servida em ocasiões especiais na Tailândia

Reprodução /Tony – Serial Cooking
Ratos são uma iguaria servida em ocasiões especiais na Tailândia



Sabe aquele roedor asqueroso do qual costumamos fugir ou então matamos sem dó? Pois o rato é um dos alimentos que vão à mesa dos tailandeses de várias maneiras. No norte do país, os locais costumam assar o bicho inteiro em uma espécie de churrasqueira improvisada e dividi-lo com os familiares e os convidados como uma iguaria muito especial – embora tenham à mão também porcos, bois e outros animais comestíveis mais comuns, eles preferem os ratos para ocasiões especiais. Os ratos assados são servidos com molho extremamente apimentado e com uma tigela de arroz grudento. Quem já provou diz que o sabor da carne do rato é parecido com a do coelho.
Segundo a Larousse Gastronomique, os ratos ainda são consumidos em algumas partes da França, mas como qualquer item da culinária francesa, são preparados de maneira requintada. No Vietnã, a procura é pelas ratazanas prenhas. Em vez da rata, os vietnamitas preferem seu fetos que, dizem, têm a carne muito mais saborosa, aumentam a virilidade e podem ser comidos crus. Então tá.

2. China: Sopa de ninho de pássaro

Ninho de passarinho antes de ir para a panela (alto), e a sopa já pronta para consumo

Kowloonese – CC 3.0 (alto) / Stu Spivack – CC
Ninho de passarinho antes de ir para a panela (alto), e a sopa já pronta para consumo



Você estaria disposto a pagar US$ 10 mil por 1 kg de ninho de passarinho? Mas veja, não é um ninho qualquer, mas um ninho feito da saliva de um tipo de andorinha. Esse ninho é o ingrediente principal de um dos pratos exóticos mais caros do mundo: a sopa de ninho de passarinho. É caro porque as andorinhas asiáticas constroem seus ninhos com saliva por um período de 35 dias, durante a época de procriação. Os ninhos, só podem ser colhidos três vezes ao ano e com muito esforço por parte dos coletores, que se arriscam numa perigosa escalada aos paredões rochosos onde os ninhos são construídos. Essa colheita arriscada só contribui para elevar o preço do produto.
Os ninhos da andorinha asiática são ricos em nutrientes e têm elevados níveis de cálcio, ferro, potássio e magnésio. Acredita-se que a iguaria também tenha valor medicinal, ajudando a digestão, aumentando a libido, melhorando a voz, aliviando as crises de asma, melhorando a concentração e fortalecendo o sistema imunológico. Os ninhos de passarinho são consumidos em sopa. Depois de colhidos, eles são lavados para a retirada de penas e vendidos a restaurantes, onde são servidos cozidos em caldo de galinha. Durante o processo de cozimento, os ninhos soltam uma substância que confere textura gelatinosa à sopa.
Em Hong Kong, o preço de um pratinho da sopa de ninho de passarinho custa de US$ 30 a US$ 100.

3. África e Ásia: Cérebro de macaco

Cérebro de macaco servido na cabeça do bicho no filme 'Indiana Jones e o Templo da Perdição'


Reprodução
Cérebro de macaco servido na cabeça do bicho no filme ‘Indiana Jones e o Templo da Perdição’



   
A cena ficou imortalizada no filme “Indiana Jones e Templo da Perdição”: em um jantar repleto de comidas impensáveis, cabeças de macaco são servidas aos convidados com o cérebro exposto para o consumo. Mas em países como a China, a Malásia, o Vietnã, a Indonésia e Tailândia, o miolo do macaco é retirado da cabeça, limpo, cozido e servido com molho temperado em um prato comum. O miolo do animal é rico em gordura, proteína e fósforo, mas muitos o consomem por acreditar que podem ficar mais inteligentes.
Em outros países da Ásia e na África, há quem prefira comer o cérebro diretamente no crânio do animal ainda vivo. Aos olhos das sociedades protetoras de animais, a prática é uma atrocidade. O animal é mantido vivo, preso em uma gaiola de ferro com a cabeça para fora, como numa bandeja, e depois de ter os pelos raspados e a cabeça lava, a tampa do crânio é retirada. Munidos de uma colher especial, os comensais se servem do cérebro ainda pulsante do animal agonizante.

4. China: Pênis de touro, cachorro, cavalo, veado…


Ensopado de pênis de touro

Valentino Herrera / TripFood.com
Ensopado de pênis de touro


  
Para os chineses, o pênis de touro é um afrodisíaco com as mesmas propriedades do Viagra. Segundo a tradicional medicina chinesa, se cozido com as ervas certas, ele tem a capacidade de deixar quem o come com um desejo sexual incontrolável. Mas mesmo para os chineses, e embora seja encontrado nos mercados, o pênis de touro é um tabu culinário. Não é todo mundo que se aventura a provar a carne firme, cheia de tendões, do órgão sexual do touro. Assim como é preciso experiência para prepará-lo corretamente. Para que a carne não fique com gosto de urina e dura, o cozinheiro precisa abrir o pênis e lavar muito bem o canal da urina que corre ao longo do órgão, depois, deve cozinhá-lo por, no mínimo, quatro horas e servi-lo como numa sopa.
Em Pequim há um restaurante especializado em órgãos genitais de animais. O Guolizhuang tem vários tipos de pênis (cavalo, boi tibetano, cachorro russo, veado, bode da Mongólia, de touro, de foca, de burro) quatro de testículos no cardápio (de galo, de bode, de boi e de cavalo). Lá os pratos recebem nomes pomposos, como “Cabeça coroada com bracelete de jade”, feito com pênis de cavalos da região de Xin-jiang, e “Dragão na chama do desejo”, feito com pênis de boi tibetano cozido inteiro, frito e flambado.

5. Japão: Fugu

O fugu é o único alimento que não pode ser servido ao imperador japonês

© microgen (alto) / © sintaro / iStockphoto
O fugu é o único alimento que não pode ser servido ao imperador japonês


  
No livro “O Clube dos Anjos”, de Luís Fernando Veríssimo, um grupo de dez amigos promove encontros gastronômicos mensais em que o maior prazer proporcionado pela comida é a possibilidade da morte. A cada novo jantar, o prazer era ampliado pelo envenenamento eminente. E é descrevendo esse prazer que o fugu é apresentado ao protagonista da história por um integrante de uma sociedade secreta japonesa comedora do peixe venenoso conhecido por aqui como baiacu. Sim, o fugu é venenoso. E, sim, muita gente paga uma fortuna para comer a iguaria que pode matar em minutos caso não seja preparada adequadamente. O motivo? É Lucídio, o misterioso personagem do livro, que explica: “O prazer de comer o fugu é triplicado pelo risco de morte. A perspectiva de morrer a qualquer momento, em segundos, produz uma reação química que realça o sabor do fugu”.
O governo japonês calcula que cerca de 20 mortes por ano são causadas pelo envenenamento por fugu. Por isso, o peixe só pode ser preparado por mestres especializados treinados no Japão em um curso de três anos. Neste curso, o especialista aprende a retirar o veneno concentrado nas gônadas, no fígado e na pele do peixe sem que a carne seja contaminada. O fugu contém o veneno tetrodotoxina (TTX), que é dez vezes mais letal que o cianeto e que age como bloqueador do canal de sódio. O veneno mata a vítima por asfixia provocada pela paralisação paulatina dos músculos do corpo (pés, mãos, cérebro, pulmões e coração). Não existe antídoto para o veneno.
Uma refeição completa de fugu custa muito caro. Em alguns restaurantes americanos onde a iguaria é servida, o prato chega a custar mais de US$ 350. No Japão, chega a 20 mil ienes (cerca de R$ 350 reais). Por ser tão cara, a carne do fugu é cortada em fatias finíssimas para aproveitar o máximo – as fatias são tão finas, que é possível enxergar o fundo do prato através da carne. O fugu pode ser comido cru, como sashimi (fugu sashi), arrumado no prato em forma de crisântemo, frito e servido no saquê quente (hire-zake) ou cozido no vapor com legumes (fugu shiri). Quem provou e viveu para contar diz que o sabor da carne de fugu nem é tão bom assim, além de a carne ser um tanto rija.

6. Venezuela, Camboja e Austrália: Tarântulas


Tarântulas, ou caranguejeiras, são comidas assadas, fritas ou na brasa

Acrocynos – GNU Lincense (alto) / R1 Concepts Inc
Tarântulas, ou caranguejeiras, são comidas assadas, fritas ou na brasa


Aranhas são bichos que mexem com nossos medos mais profundos. Mas venezuelanos, cambojanos e australianos não temem o aracnídeo. Ao contrário, adoram comê-los fritos, na brasa ou assados. Na verdade, não é qualquer espécie de aranha que pode ser devorada pelo homem. A ideal – e preferida – é a tarântula, ou caranguejeira: o bichão peludo que geralmente é usado em cenas assustadoras de filmes tem a maior parte da carne concentrada no abdome.
Antes de consumir a tarântula, no entanto, é preciso despelá-la. Isso é feito colocando-a diretamente na chama, para que os pelos altamente irritantes sejam queimados, evitando que se alojem no pulmão de quem a come. Na Venezuela, a tarântula é consumida assada na brasa, como churrasco, pela população indígena: eles caçam a tarântula gigante na toca, embrulham-na em folha de bananeira e depois a assam na brasa. No Camboja, onde era fonte principal de alimento da população faminta na época do Khmer Vermelho, a aranha é temperada com sal e alho, frita e servida em espetos ou em bandejas. Na Austrália, embora ela seja consumida principalmente pelos aborígenes, a caranguejeira também faz parte de algumas receitas elaboradas por chefs renomados (flambada no brandy).

7. Filipinas: Balut

O balut é apreciado pelo equilíbrio de sabor e textura
                                                                                                                    Marshall Astor/ CC 2.0
                                                                                   O balut é apreciado pelo equilíbrio de sabor e textura

Quase todo mundo gosta de ovo cozido. Mas e se o ovo viesse premiado com um feto quase totalmente desenvolvido? Pois essa é uma iguaria que os filipinos vendem nas ruas e adoram comer pelo equilíbrio de texturas e sabores. O balut é um ovo de pata com um embrião desenvolvido de 17 dias – até o ponto de ter penas e bico. Ele é cozido e depois comido na casca, mergulhado em molho de soja e vinagre ou temperado com sal, suco de limão, pimenta-do-reino e coentro. Ao descascar o ovo é possível ver o feto do pato com sua pele translúcida, os olhos e tudo. Quem já provou diz que os ossos da ave conferem à iguaria uma consistência crocante. Não raro, as penas malformadas ficam presas entre os dentes, como um fiapo de manga. Reza a lenda que o balut tem propriedades afrodisíacas. Nas Filipinas, o balut é servido como entrada em restaurantes: cozido, frito em omeletes ou como recheio de tortas.

8. Itália: Casu marzu


Casu marzu pronto para consumo
Shardan / CC 2.0
Casu marzu pronto para consumo


Entre um “queijo” feito com cabeças de porco, boi e cordeiro cozidos – especialidade sueca – e um queijo de leite de ovelha em estado de decomposição, ganha a iguaria sarda no quesito comida bizarra. Chamado de casu marzu, que significa literalmente queijo podre, o queijo italiano produzido na região da Sardenha é um pecorino maturado por larvas vivas de moscas. Não, você não leu errado. Os produtores do casu marzu introduzem, deliberadamente, ovos da mosca Piophila casei (ou a própria mosca deposita seus ovos nas grandes peças do queijo deixadas em ambiente aberto), cujas larvas promovem uma fermentação avançada do alimento.
A textura do queijo fica macia, quase cremosa, graças ao ácido liberado do sistema digestivo dos vermes que quebra os lipídios do queijo. Quando atinge o ponto certo para ser “degustado”, o casu marzu tem milhares de vermes. Na hora de consumir, o queijo é colocado dentro de um saco de papel vedado, para que as larvas vivas pulem para fora do queijo em busca de oxigênio, produzindo um som como o estouro de pipocas. Quando o barulho diminui e para por completo, é sinal de que as larvas estão mortas e o queijo já pode ser comido.
A retirada das larvas não é uma regra. Há quem prefira ingerir o queijo com os bichos ainda se contorcendo nas fatias de pão sardo umedecido em que ele é servido – como é mostrado no vídeo abaixo. Detalhe: para que as larvas não saltem do queijo para o rosto ou os olhos, quem come o queijo com elas costuma colocar a mão sobre o lanche para evitar ser atingido pelo verme.
9. Brasil: Caldo de turu

Caldo de turu, espécie de minhoca que vive em troncos podres do mangue marajoara

                                                                                  Abrazsel/Brasil Sabor
Caldo de turu


Prato predileto dos ribeirinhos da Ilha de Marajó, no Pará, o turu é um molusco que vive dentro de troncos de árvores apodrecidas nas águas salobras do mangue marajoara. Parecido com uma lombriga branca e leitosa, o turu tem textura gelatinosa e pegajosa e é consumido pelo catadores cru, com algumas gotas de limão e um pouco de sal. Chega a medir até um metro e meio e tem a espessura de um polegar de circunferência. Quando chega à cozinha dos restaurantes e pousadas da região, já limpos, é consumido como sopa, como caldo (a receita é ensinada sem medidas exatas e com variações que incluem leite de coco e vinagrete de alho, cebola, limão, tomate e azeite), à milanesa ou cru, temperado como o ceviche peruano.
Com gosto muito parecido com o da ostra e do mexilhão, o turu é rico em cálcio (cada 100g contém 153 mg de cálcio), ferro (55 mg/100g), potássio (117 mg/100g) e magnésio (71mg/100g) e tem baixo teor de gordura (0,7g/100g). Os dados são da tabela nutricional de alimentos aborígenes da Austrália, onde o turu também é encontrado e consumido.

10. Brasil: Farofa de içá (tanajura)

E a bundinha da formiga içá vira uma farofa crocante

CC (alto) / Reprodução Pastel de Feira
E a bundinha da formiga içá vira uma farofa crocante


Não é só do outro lado do mundo que os insetos fazem parte do cardápio humano. No Brasil, a içá (tanajura), fêmea rainha da saúva, é amplamente consumida em áreas rurais do sudeste do país, principalmente no Vale do Paraíba (SP). Comida dos primeiros habitantes do país, os índios brasileiros, a içá acabou caindo no gosto do sertanejo e dos tropeiros. A época ideal da “colheita” da içá são os meses de setembro e outubro, quando as formigas saem aos bandos em busca de comida após o inverno.
Rica em proteínas, a içá tem baixo teor de gordura e alto teor de fósforo e ferro. Ela é consumida torrada ou em farofas com farinha de mandioca grossa, depois de retirados o abdome e as pernas, só sobrando a bunda gordinha da tanajura. Quem já provou diz que a formiga tem gosto de amendoim. Mas há quem diga que ela tem um leve sabor de crustáceos. O que confere à iguaria seu sabor peculiar, no entanto, é a textura crocante da bundinha da rainha que está recheada de ovas.

11. África do Sul: Lagartas fritas

Na África, da lagarta da mopane é consumida frita e acompanhada de um molho
JackyR – CC (alto) / camnian – Flickr
Na África, da lagarta da mopane é consumida frita e acompanhada de um molho


Parece tarefa de reality show de sobrevivência na selva, mas comer um prato de lagartas é algo bastante comum em países do sudeste africano, como Botsuana, Zimbábue, Moçambique, Zâmbia, Namíbia, Angola e Malawi. As lagartas azul-esverdeadas (Imbrasia belina) se alimentam das folhas da mopane, árvore que só ocorre na África. São bem bonitinhas na árvore, mas perdem o apelo depois de colhidas (os galhos são chacoalhados e elas caem no chão), terem o interior espremido para fora, e serem cozidas e secas no sol para reidratação quando necessário. Fonte fácil e gratuita de alimento, a lagarta da mopane contém 60% de proteína e grande quantidade de fósforo, ferro e cálcio. Mas ela tem época certa de colheita: um pouco antes de fazer o casulo, caso contrário, não são tão nutritivas e saborosas. Quem já provou a iguaria diz que o sabor é como o de um papel cartão temperado. Talvez seja por isso que ela geralmente seja servida com um molho. O restaurante Iyavaya, em Joanesburgo, costuma servir a lagarta da mopane frita e acompanhada por molho de tomate apimentado. Ao que parece, a receita faz sucesso, já que o restaurante encomenda 40 kg do verme a cada duas semanas.

12. China: Espetos de insetos

Escorpiões, baratas, besouros e cavalos-marinhos dividem as bandejas de espetinhos à venda em barracas de Pequim
 Divulgação / China Guide
Escorpiões, baratas e cavalos-marinhos dividem as bandejas de espetinhos à venda em barracas de Pequim

Antes da existência dos fast food e das fazendas, os insetos alimentaram caçadores pré-históricos do mundo todo. A entomofagia, ou o hábito de comer insetos, é ainda é praticada por milhões de pessoas em sociedades tradicionais, como a asiática e a africana. São fontes de alimento ricas em gordura e proteína e podem ser encontradas em abundância na natureza. Em países como a China, o Vietnã e o Camboja, os insetos são vendidos em barracas na rua, em restaurantes especializados e em mercados.
Quem visita Pequim encontra a iguaria em bandejas dispostas nos balcões. Lá espetinhos de escorpiões, baratas e besouros dividem o espaço com grilos, cavalos marinhos e estrelas-do-mar. Além de serem apreciados pelo sabor e pela textura, esses alimentos são consumidos por suas propriedades medicinais e energéticas. Segundo os chineses, o escorpião tem a capacidade de esquentar o sangue quando o clima está frio, aumentar a virilidade de quem o come e curar certas doenças. O cavalo-marinho, de aumentar a libido e a capacidade sexual. E as baratas, de aumentar a força muscular. Vai encarar?


13. Sannakji – polvo vivo
Nakji, o pequeno polvo nativo dos mares da Coreia, é servido vivo, inteiro ou cortado em pedacinhos, temperado com gergelim e óleo de gergelim. As ventosas do nakji continuam ativas e podem – atenção – fazer engasgar aquele que se atreve a comê-lo. Por isso, se algum coreano te oferecer um prato de polvo vivo, mastigue bem, para evitar que ele grude na sua língua ou na sua garganta.

14. Placenta de veado
Na China, mais especificamente em Xangai, você pode pedir a apetitosa (???) sopa de placenta de veado, preparada com cogumelos, flores, galinha preta e, é claro, placenta de veado. Quem já experimentou diz que a sopa é até boa, mas a placenta é meio difícil de mastigar.

15. Língua de pato
(imagem: Chichi Wang/Serious Eats)
E você achava que pato não tinha lingua! Não só tem, como ela serve de alimento para os mais corajosos. Fritinha ou ensopada, ela pode ser consumida na China, em Taiwan e também em restaurantes orientais ao redor do mundo
16. Porquinho da índia
Sim, você pode comer o bichinho de estimação da sua irmã – e alegar que é uma tradição inca. Na Bolívia, Peru e Equador, especialmente na região andina, porquinho da índia assado (localmente chamado de “cuy”) é parte importante da dieta. Ainda que seja até gostoso (já provei), é muito chato ver o porco inteiro assado no seu prato, além de ser um bichinho muito cheio de ossos e com pouca carne.
17. Cérebro de porco
Apesar de ser nojeeeeeeeeeeenta bem esquisita, a iguaria pode ser encontrada até em versões enlatadas com creme de leite em alguns países. No rótulo da comidinha está escrito que a porção possui 1.170% da quantidade diária de colesterol recomendada para uma dieta de 2.000 Kcal. O ataque de coração mandou um abraço.

E por fim....

Entendo que alimentação é algo cultural. Algumas comidas que considero  asquerosas podem ser completamente normais em outras culturas.
Mas isso não me  impede de fazer cara feia para algumas iguarias. E como estes abaixo, bem difíceis de engolir.
Baratas, aranhas, escorpiões, grilos,
 formigas, bichos da seda e outros artrópodes
No sudeste asiático, todos esses artrópodes são vendidos nas ruas em barracas de espetinhos, como esta da foto, na Tailândia. Alguns desses bichinhos cheios de patas também aparecem no cardápio de outros países, como na Colômbia (eles comem tanajuras fritas – já provei, tem gosto de cravo e é crocante). Esse costume pode chegar por aqui mais rápido do que você pensa, já que o Brasil estuda incluir insetos na dieta básica do povo para combater o aquecimento global.

Fonte: Comutudofunciona e Superabril

Em 97 ou 98 ouvi falar sobre o assunto atráves de uma conhecida que tem sequelas de uma paralisia infantil. Achei o assunto complexo e dei uma olhada por cima do assunto, na época procurando comunidades do orkut. O assunto era meio Tabu. Em busca de algo diferente para falar hoje, lembrei dos "devotees". E fui atras do assunto. I love technology. by Deise

 Devotee: Descoberta e Informação

Em julho de 1999, durante uma conversa na sala de bate-papo de um site destinado a pessoas com deficiência, fui informada sobre a existência de homens que se sentiam sexualmente atraídos por mulheres desse grupo de pessoas. Fiquei sabendo, então, que esses homens freqüentavam as salas de bate-papo e os murais de recados dos sites destinados a essas pessoas para fazer contato.
Com a descoberta de que existiam sites, contendo fotos e vídeos de mulheres com deficiência, como se fossem uma espécie de Playboy virtual, especificamente destinada a esses homens, senti como se estivesse descobrindo as peças faltantes de um quebra-cabeças que, há algum tempo, eu tentava montar, pois ao longo de minha vida, enquanto pessoa deficiente e militante do movimento em defesa dos direitos das pessoas com deficiência, já havia me deparado com alguns homens que apareciam ter uma preferência sexual acentuada por nós.
Porém, até então, julgava esses casos como manifestações isoladas, sem interesse. Com a descoberta desse universo paralelo, regido por leis desconhecidas, esses “casos isolados” se revestiram de importância pois, obviamente, eram parte de um evento muito mais sofisticado do que eu imaginava.
Descobri, a partir de minhas pesquisas, que além de não se tratar de “casos isolados”, havia toda uma terminologia que definia o fenômeno e suas características. Existem os devotees que são pessoas (homens ou mulheres, hetero ou homossexuais) que se sentem sexualmente atraídas por pessoas com deficiência. Há também os pretenders que são pessoas que, além de serem devotees, sentem-se sexualmente estimuladas quando fingem ser deficientes, utilizando, em público ou privadamente, equipamentos como cadeira de rodas, muletas, bengalas, aparelhos ortopédicos. Além disso, existem os wannabes, que são devotees que desejam tornar-se, de fato, deficientes.
Embora tenha ganho visibilidade a partir do advento da Internet, segundo artigo do Dr. Richard L. Bruno, do Instituto de Pós-pólio do Hospital de Englewood, de Nova Jersey, EUA, a literatura médica relata casos de devotees desde 1800 e casos de wannabes são documentados a partir de 1882, “sem que, no entanto, suas causas tenham sido devidamente esclarecidas”.
Tomando por fontes diversos devotees, com os quais mantenho contato virtual, fiquei sabendo que em outros países como, por exemplo, Estados Unidos e Inglaterra, há alguns anos, esse assunto tem sido objeto de estudo e discussão, não apenas entre os profissionais da área médica, mas também entre as pessoas com deficiência e suas organizações representativas.
Até onde pude descobrir, não existem estudos sobre o devoteísmo no Brasil. Este assunto nunca foi objeto de discussão por parte das instituições prestadoras de serviço, nem pelas organizações de pessoas com deficiência, permanecendo, até agora, desconhecido, embora sejam óbvias suas implicações para esse segmento da sociedade.
Para modificar esta realidade, concluí que era necessário iniciar uma investigação para saber mais sobre o assunto. Este trabalho contém, pois, algumas reflexões pessoais, troca de idéias com outras pessoas com deficiência e com devotees, além do resultado parcial de um questionário respondido (via internet) por devotees ).
A partir da troca de experiências com outras pessoas com deficiência, percebi que, geralmente, a descoberta do devoteísmo é seguida por cinco fases distintas. Primeiro, a incredulidade: “Não é possível.
Isto não existe.” Depois, vem o medo do desconhecido: “O que é isso? O que significa? Deve ser perigoso”. Em seguida, a perplexidade: “Então é isto o que me resta? Todas as pessoas que já se interessaram ou vão se interessar sexualmente por mim foram ou são devotees?” Posteriormente, é a vez da raiva: “Como eles se atrevem a sentir tesão por uma condição que, em algum momento da vida das pessoas deficientes, representou, representa ou representará perda, dano, dor, sofrimento, discriminação, exclusão?” Por fim, advém a fase da aceitação/fascinação: “Isto existe. É inusitado e muito interessante!
Preciso saber mais a respeito”. É claro que nem todas as pessoas, deficientes ou não, passam por todas essas fases e, quando passam, não é necessário que seja nessa ordem.
A partir do contato virtual com os devotees, percebi que a descoberta de seus sentimentos e desejos em relação às pessoas com deficiência, geralmente, se dá na infância e adolescência, e que a convivência com essa descoberta, quase sempre, é acompanhada pela angústia causada pelo isolamento decorrente do enorme segredo que elas carregam. Os devotees com quem tenho mantido correspondência, são unânimes em relatar a sensação de que – até que a Internet viesse resgatá-los desse lugar isolado – consideravam-se os únicos no mundo a terem esses sentimentos. Além disso, a proteção oferecida pelo anonimato próprio à Internet, propiciou a essas pessoas a oportunidade de trocar experiências e informações com outros devotees e travar contato com pessoas com deficiência, experiências totalmente inéditas para muitas delas.

Pouco a pouco, à medida em que fui tomando contato com os relatos povoados por sentimentos de culpa, vergonha e medo, pude perceber pessoas tridimensionais, nas quais, anteriormente, tinha identificado apenas tarados dignos de internação. Evidentemente, nem todos são iguais. Os próprios devotees se referem àqueles que, em sua ânsia de realizar suas fantasias sexuais, não medem as conseqüências de seus atos e suas palavras e podem causar danos emocionais em pessoas com deficiência que, por desconhecimento, pensam estar obtendo uma coisa quando, na verdade, estão recebendo outra, não necessariamente pior.
Algumas pessoas com deficiência que (em virtude das limitações físicas e sociais impostas pela própria deficiência) não tiveram muitas oportunidades de ter experiências sexuais e/ou afetivas, ao tomarem conhecimento da existência dos devotees, imaginam que estes podem ser a resposta às suas preces. Outras, por outro lado, crêem que envolver-se com devotees significa necessariamente expor-se ao abuso.
O objetivo deste trabalho – mais do que difundir a informação – é suscitar a discussão, que pode colaborar para o estabelecimento de contatos positivos entre as partes. Creio que é possível amenizar a angústia do isolamento e o medo do desconhecido através da nomeação deste lugar ainda oculto pelas sombras da ignorância.

Resultados Parciais da Pesquisa sobre DEVOTEES E PESSOAS com DEFICIÊNCIA.

De acordo com as respostas obtidas através do questionário disponível no site “Pesquisa sobre Devotees e Pessoas Deficientes” (http://sites.uol.com.br/devotee), concluímos que 84% dos pesquisados são homens, heterossexuais, com uma faixa etária média de 30 anos de idade. A porcentagem de mulheres é de 16%.
Dentre os devotees (homens e mulheres) pesquisados, 78,57% nunca sentem desejo de fingir e/ou de se tornar deficientes. Uma porcentagem de 14,29% afirmam ter freqüentemente desejos que caracterizam pretenders/wannabes, enquanto 7,14% deles dizem apresentar estas características apenas eventualmente.
Segundo 85,71% dos pesquisados, existem basicamente dois tipos de devotees: os que buscam um relacionamento e se interessam pelas pessoas deficientes e aqueles que buscam apenas uma satisfação sexual imediata. Há uma grande preferência por pessoas com algum tipo de amputação (78,57%), seguida por portadores de pólio e outros tipos de deficiência (21,43%). Quanto mais severa e incapacitante for a deficiência, mais atraente ela se torna para 14,29% dos pesquisados. A maior parte deles (71,43%) tem predileção pela presença de algum tipo de equipamento assistivo (aparelhos, bengalas, muletas, cadeira de rodas etc.).
Sexualmente falando, a satisfação de 7,14% dos pesquisados é exclusiva com pessoas com deficiência, enquanto 28,47% deles afirmam relacionar-se satisfatoriamente também com não deficientes. A maioria (64,29%) não soube responder, já que nunca teve a oportunidade de manter uma relação sexual com uma pessoa com deficiência.
Verificamos que 92,86% não conseguem explicar para si mesmos os motivos pelos quais possuem essa fascinação. Solicitados a definir sua preferência, 57,14% usaram as palavras “estranho”, “desvio sexual”, “fetiche”, e “tara”, enquanto 28,57% acreditam que trata-se de “uma atração normal”. Dos pesquisados, 42,86% acreditam ou já acreditaram que a sua fascinação poderia ser uma “doença ou um desvio de personalidade”. Metade deles não acredita nisso e 7,14% não responderam à pergunta.
Geralmente, a descoberta da atração por deficientes ocorre na infância e adolescência (em 85% dos pesquisados), ocasionando sentimentos de “vergonha”, “desconforto”, deslocamento (“por ser diferente”) ou “satisfação”. O sentimento de desconforto causado por essa preferência (relatado por 71,43%) faz 21,43% dos pesquisados desejarem uma forma de se livrar dela, enquanto 64,29% dizem não desejar uma “cura”.
Por “vergonha e medo de serem tratados com preconceito”, a maioria (57,14%) nunca contou a ninguém sobre essa preferência. Os que contaram (42,86%) o fizeram para pessoas de seu relacionamento muito íntimo, como esposa(o), namorada(o) e mãe. Esses relataram que a reação sobre essa confidência despertou sentimentos que foram da incredulidade à compreensão, passando pelo choque e a recriminação.
A possibilidade de conversar sobre sua preferência com outras pessoas, especialmente com as portadoras de deficiência, é considerada benéfica para 71,43% dos pesquisados. Quase todos (85,71%) acreditam que trazer à tona e discutir as questões que envolvem devotees e pessoas deficientes pode trazer benefícios a ambos os segmentos, promovendo a quebra de preconceitos e o entendimento mútuo. Metade deles conhece e/ou troca informações com outros devotees. A maioria (64,29%) afirmou não adotar nenhuma estratégia específica para fazer contato com pessoas deficientes, enquanto 21,43% utilizam a internet e 14,29% dizem se comportar normalmente.
As salas de bate-papo e os murais de recados dos sites destinados a deficientes são acessados com freqüência por 71,43% dos pesquisados para estabelecer contato com portadores de deficiência. A utilização eventual da internet é relatada por 7,14%, enquanto 21,43% afirmam não usar esse recurso.
Depois de estabelecer um contato, que pode incluir ou não um relacionamento sexual, 42,86% dos devotees se sentem “culpados” e “envergonhados”, enquanto 57,14% se sentem “felizes” e “satisfeitos”.

Ao buscar um contato com pessoas deficientes, 64,29% afirmam desejar estabelecer um relacionamento que inclua, além de sexo, convívio social, amizade e namoro. Apenas 14,29% dizem buscar somente uma satisfação sexual. Quase todos os pesquisados (85,71%) afirmaram que estariam dispostos a assumir um casamento e/ou um compromisso duradouro com uma pessoa com deficiência. Os casados (21,43%) afirmam que eventualmente buscam contato. A maioria (57,14%) acredita que os devotees deveriam adotar uma conduta ética que permeasse a aproximação e o relacionamento com deficientes, mas 42,86% discordam disso.
A decisão de informar sua condição de devotee às pessoas deficientes com quem estabelecem contato é tomada freqüentemente por 42,86% dos entrevistados. A reação da pessoa informada foi descrita por metade dos pesquisados como sendo “assustada”, “curiosa” ou “normal”. Dentre os 57,14% que disseram não informar, encontram-se os que nunca tiveram nenhum contato com pessoas com deficiência e os que não informam por “medo da reação” da pessoa. Muitos (64,29%) acreditam que as pessoas com deficiências se sentem “ultrajadas”, “um objeto”, quando descobrem a fascinação por parte dos devotees, enquanto 21,43% acreditam que os deficientes consideram isso “normal” e 7,14% não sabem dizer como as pessoas com deficiência se sentem.
Grande parte deles (57,14%) considera as pessoas com deficiência “pessoas normais”, “com algumas limitações”, enquanto 35,71% acreditam que os portadores de deficiência são pessoas que “precisam de carinho”, “atenção”, “amizade” e “cuidados”. Metade dos pesquisados tem se mantido informada sobre as questões de interesse das pessoas com deficiência, tais como direitos e acessibilidade, mas apenas 42,86% participam ou gostariam de participar do movimento organizado das pessoas com deficiência em defesa de seus direitos.
Praticamente todos (92,86%) afirmaram que ficariam “felizes” se um membro da própria família se sentisse também atraído por pessoas com deficiência. E embora ficassem “tristes”, 64,29% disseram que fariam tudo para ajudar e apoiar um membro de sua família que tivesse uma deficiência, sendo que 21,43% agiriam “normalmente” se isso acontecesse e 7,14% se sentiriam “culpados”.
Quase todos (85,71%) classificaram como sendo “ilegal”, “condenável” e “um absurdo” o fato de que muitas das pessoas com deficiência não tenham autorizado o uso de sua imagem ou sequer tenham conhecimento da veiculação de suas fotos ou vídeos nos sites dirigidos a devotees. Apesar disso, todos os que responderam o questionário visitam esses sites, sendo que 71,43% sentem-se sempre excitados; 14,29% não se sentem excitados e 14,29% sentem-se eventualmente excitados. Quase todos colecionam (78,57%) fotos e vídeos de deficientes que foram obtidos via internet (42,86%) ou por outras formas (28,57%).
Conclusão

Conhecer os sentimentos, tanto dos devotees quanto das pessoas com deficiência, a partir de uma discussão desarmada sobre o assunto, é a melhor (e talvez a única) estratégia de que dispomos para compreender o devoteísmo e o que ele representa, ou pode representar, tanto para os devotees quanto para as pessoas objeto de seu desejo.

Fonte: Bengala Legal





Ainda falando de Devotees
Quando se fala de sexo e deficiência física a coisa parece do outro mundo para algumas pessoas...Dentro de tantas preferências, fantasias, desejos e fetiches desejar uma pessoa que tem limitação física parece algo estarrecedor...
Há pessoas que desejam pessoas do mesmo sexo.
Há pessoas que desejam gordinhos...Fato!
Há pessoas que desejam alguêm que fisicamente esta fora dos padrões de perfeição física ditados pela mídia.
Há sentimentos envolvidos,ou não, como em qualquer relação.
O amor leva ao desejo embora nem sempre o desejo leve ao amor.Outro fato!
Se limitarmos nossos envolvimentos pessoais a pessoas esteticamente perfeitas, muitos de nós, pobres mortais,estaríamos sozinhos até hoje...
Conheço homens que não estão dentro dos padrões de beleza masculina, mas que são tão bonitos em sua forma de ser e agir... Homens tão inteligentes a ponto de despertarem o desejo em qualquer mulher...
Sexo não é só corpo. Sexo é todo o envolvimento entre eles. O corpo é que exterioriza o prazer que se sente.
Quando você vive se importando com padrões vive numa ditadura...
Mas nossa mente é tão fantástica que faz com o que antes nem sonhávamos, de repente, passe a ter um brilho especial.
Ninguem é obrigado a não seguir padrões. Mas,também, ninguem é obrigado a aceitar tudo.

Acho que o mais importante nisso é passar ao leitor que a beleza física assim como a perfeição não é e jamais poderá ser imposta. Ela é ampla e discutível.

Ouso dizer que homens de verdade não desejam só o corpo nem parte dele, eles desejam todo o conjunto,e nesse conjunto esta a simpatia, a inteligência e a auto-estima da mulher. A não ser que ele converse com a perna e consiga sentir prazer somente com ela. Ai, eu volto e digo: Perdão. Errei.
O mundo é feito de diferenças que juntas se completam. Somos parte de um quebra-cabeça.
Eu costumo dizer que o único preconceito que tenho esta relacionado a deficiência de caráter
No blog do Jota Ene tive o prazer de discutir com ele essa questão dos Devotees. Jota, é um homem extremamente inteligente e entende exatamente aquilo que digo. Leia mais sobre o assunto nos comentários da matéria.

by blog da Liberdade


Resumindo: 
Devotees são pessoas (homens ou mulheres, hetero ou homossexuais)
que se sentem sexualmente atraídas por pessoas com deficiência. Há
também os pretenders que são pessoas que, além de serem devotees,
sentem-se sexualmente estimuladas quando fingem ser deficientes,
utilizando, em público ou privadamente, equipamentos como cadeira de
rodas, muletas, bengalas, aparelhos ortopédicos. Além disso, existem os
wannabes, que são devotees que desejam tornar-se, de fato, deficientes.
A descoberta de seus sentimentos e desejos em relação às pessoas com
deficiência, geralmente, se dá na infância e adolescência, e que a
convivência com essa descoberta, quase sempre, é acompanhada pela
angústia causada pelo isolamento decorrente do enorme segredo que elas
carregam.
Existem basicamente dois tipos de devotees: os que buscam um relacionamento e se interessam
pelas pessoas deficientes e aqueles que buscam apenas uma satisfação sexual imediata.
Há uma grande preferência por pessoas com algum tipo de amputação, seguida por portadores de pólio e outros tipos
de deficiência. Quanto mais severa e incapacitante for a deficiência, mais atraente ela se torna. A maior parte deles tem predileção pela presença de algum tipo de equipamento assistivo (aparelhos,
bengalas, muletas, cadeira de rodas etc.).
Grande parte dos devotees considera as pessoas com deficiência "pessoas normais", "com algumas limitações", enquanto a os que
acreditam que os portadores de deficiência são pessoas que "precisam de carinho", "atenção", "amizade" e "cuidados".

by Amor sem Preconceito


Ao contrário do que a maioria pensa, não é um movimento isolado, e eles tem uma presença forte na web, existem devotees que criam comunidades no Orkut onde mantêm contato com pessoas, e trocam experiências.
Através dessas comunidades, eles aproveitam para se aproximarem de mulheres na rede e assim conseguirem fotos, vídeos que são vendidos em um mercado negro.


Fotos cedidas por Eccentra Hobble

Ainda há os pretenders, devotees que se passam por deficientes, porque se sentem estimulados nesta situação e para isso, usam equipamentos como cadeira de rodas, muletas, bengalas, aparelhos ortopédicos.
 
O que o Second Life tem a ver com tudo isso? Não há lugar melhor na web que um simulador de vida real para um devotee pretender criar um personagem e dar asas a sua fantasia. 
No second Life ele pode usar equipamentos como cadeira de rodas, muletas sem jamais alguém desconfiar que é um devotee. Isso não quer dizer que todo usuário que usar uma cadeira de rodas seja um prentender, alguns usam por simples curiosidade.
Os Devotees não fazem questão de se esconderem, no Second Life, há lands para diversão, como a Vênus Girl, um land com 4 alas, sendo Neko Vênus, Gothic Vênus, Cyber Vênus e Princess Vênus.

Gothic Vênus , ala na Vênus Girl
Uma moça informou que a land anda vazia, mas há outros lugares freqüentados por devotees. Também há grupos de admiradores de amputadas no Second Life, como o Real Amputees and their Admirers, de Stacie Static, muitos membros desses grupos são devotees.
A internet está cheia de novidades e fantasias, que podem assustar em um primeiro momento, mas manter a mente voltada para o aprender é importante, e conhecer as outras faces,até obscuras, é algo que pode ensinar a todos como se portar na rede. O Second Life é mundo cheio dessas novidades, basta abrir o coração, vencer seus preconceitos e sair pelo mundo.

É noticia Hoje.

O Globo
Manchete: Portos terão investimentos de R$ 31 bi com privatizações
As regras para concessão de portos brasileiros à iniciativa privada já estão prontas e devem ser anunciadas em breve pelo governo. Com as licitações, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) prevê que os terminais do país receberão R$ 31 bilhões em investimentos privados para aumentar a eficiência e a lucratividade. Desse total, o Rio receberá R$ 7,5 bilhões nos próximos cinco anos. Entre os primeiros a serem licitados estão os portos de Manaus, Espírito Santo e Sul da Bahia. O programa para o setor prevê também R$ 6 bilhões em investimentos federais até 2014, sendo quase R$ 1 bilhão para o porto do Rio, principalmente para a expansão de dois terminais de contêineres e um de veículos. Mais de 95% das exportações brasileiras em volume usam navios como meio de transporte. (Págs. 1 e 18)
Demóstenes foi ao STJ por Cachoeira
Senador procurou ministros para influenciar decisão envolvendo aliado do contraventor

Para evitar a condenação de um vereador de Anápolis (GO) aliado de Cachoeira, o senador Demóstenes Torres procurou ministros do STJ. Em conversa com o contraventor, disse que “aquele ministro que nós pedimos votou com a gente”, em referência a Mauro Campbell Marques, único entre quatro que foi a favor da anulação do caso. Marques confirma que o recebeu, mas nega combinação de voto: "Se isso está nas gravações, ele está vendendo algo que não pode ter." (Págs. 1 e 3)

PM fará segurança dentro de escolas
A partir de maio, policiais militares armados vão atuar dentro de colégios da rede estadual. O convênio entre as secretarias de Educação e Segurança será assinado na quarta-feira. Inicialmente, o policiamento será feito em 90 escolas, por 450 PMs de folga. A lista dos colégios atendidos pelo programa foi feita a partir de queixas de pais e diretores, que vão do uso indevido das instalações a brigas, roubos e até consumo de drogas. (Págs. 1 e 9)
Jovens da favela rumo à pós-graduação
No Complexo da Maré, uma das primeiras favelas a ter pré-vestibular comunitário e gratuito, começou a funcionar no mês passado o projeto Novos Saberes, que pretende facilitar o acesso de moradores de comunidades carentes a programas de mestrado e doutorado. (Págs. 1 e 4)
Europa terá € 200 bi para voltar a crescer
A Comissão Europeia planeja anunciar em maio um projeto para estimular o crescimento dos países mais afetados pela crise. A ideia é investir € 200 bilhões em infraestrutura, energia limpa e alta tecnologia, com participação do setor privado, para não elevar a dívida dos governos. (Págs. 1 e 19)
Jornalista francês vira refém das Farc
Repórter do “Le Figaro” e do canal France 24, o jornalista Roméo Langlois foi ferido no braço e levado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) durante um confronto no departamento de Caquetá, no qual três militares e um policial morreram. (Págs. 1 e 25)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Vídeo revela atuação de policiais para Cachoeira
Delegado acusado de ser informante foi filmado ao entrar no carro do contraventor

Vídeos inéditos feitos pela PF e revelados ontem pelo “TV Folha” mostram a ligação de Carlinhos Cachoeira com policiais federais acusados de atuar para sua organização criminosa.

Acusado de ser informante de Cachoeira na PF, o delegado federal Fernando Byron foi filmado por colegas em maio de 2011 entrando no carro do empresário. (Págs. 1, Poder A4 e A8)

Maria Cristina Frias
Para FHC, corrupção é maior agora do que no período de seu governo

Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a corrupção aumentou em relação a seu governo. Ele diz que Dilma Rousseff talvez não avalie o risco político que corre em sua “faxina”.

“O Congresso é mais forte do que se pensa. Se não tem certa capacidade de entender o papel do Congresso no sistema brasileiro, você pode se dar mal ”, disse FHC em Abu Dhabi. (Págs. 1 e Mercado B2)

Entrevista da 2ª Luis Moreno-Ocampo
Brasil deveria dar prioridade ao combate à impunidade

Promotor-chefe do TPI (Tribunal Penal Internacional), o argentino Luis Moreno-Ocampo, 59, diz que o Brasil deveria priorizar o combate à impunidade.

“Acabou a ideia de dar aos líderes [que cometeram crimes políticos] um exílio dourado na costa sul francesa. O conceito de impunidade está acabando.” (Págs. 1 e A15)

Tráfico persiste nacracolândia 4 meses após a ocupação da PM
Às vésperas de a ocupação da PM na cracolândia completar quatro meses, a venda e o consumo de drogas permanecem intensos na região. A Folha encontrou traficantes, cercados de usuários, atuando em diversos momentos do dia.

No início do ano, a PM dissera que em 30 dias o tráfico de crack estaria desarticulado na área. Ontem, o chefe da PM na região disse não haver prazo. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

China caça ativistas envolvidos na fuga de dissidente cego
Em resposta à fuga espetacular do advogado cego Chen Guangcheng da prisão domiciliar, o governo chinês prendeu pelo menos três envolvidos no seu resgate e reforçou a censura na internet. De acordo com ativistas, Chen está em Pequim sob proteção diplomática da Embaixada dos EUA. (Págs. 1 e Mundo A12)
Austeridade fiscal piora desemprego na Europa, diz OIT
A austeridade fiscal e as reformas trabalhistas em países em crise da Europa são responsáveis pela falta de criação de empregos, diz relatório da Organização Internacional do Trabalho.

A previsão é que o número de desempregados no mundo chegue, neste ano, a 202 milhões. (Págs. 1 e A11)

Editoriais
Leia “Seca de projetos”, acerca de estiagem no semiárido brasileiro, e “Cálculo eleitoreiro”, sobre tentativa do PSD de obter fatia do Fundo Partidário. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo opera para controlar foco da CPI
Base aliada quer restringir investigações a Marconi Perillo e desviar as atenções da empreiteira Delta

Partidos aliados do governo, em especial o PT, já definiram a estratégia para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira. Os principais pontos são concentrar as investigações no governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), evitar eventuais vazamentos de documentos sigilosos e poupar a Delta Construções, limitando a apuração aos funcionários da empreiteira com participação no esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Os petistas, incentivados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, querem também tirar o foco da Delta por sua condição de principal construtora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). (Págs. 1 e Nacional A4)

Cuidados com a Delta

Dilma Rousseff determinou que os contratos da Delta sejam divulgados na Internet, informa Sonia Racy. (Págs. 1 e A4)

Importados estão parados nos portos e aeroportos
Produtos comprados em sites internacionais estão demorando até quatro meses para serem entregues no País. A Operação Maré Vermelha, da Receita Federal, cujo objetivo oficial é reduzir o contrabando, aumentou a fiscalização para itens que vem do exterior e consumidores. Mercadorias adquiridas por comércio eletrônico e cargas de importadores estão paradas em portos e aeroportos. As compras pela internet são as que mais afetam o consumidor final. (Págs. 1, Economia B1 e B5)
Cadastro de transplantes é falho, diz TCU
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou falhas na segurança do Sistema Nacional de Transplantes que abrem espaço para fraudes. O trabalho critica, por exemplo, a falta de integração do sistema de registro em São Paulo com a base de dados nacional. (Págs. 1 e Vida A16)
Currículo com cor local
Para conter a evasão em comunidades extrativistas, ensino formal é aliado a conhecimentos tradicionais. (Págs. 1 e Vida A18)
3 milhões não declararam o IR: prazo termina hoje (Págs. 1 e Economia B9)
Marco Antonio Villa
Meu Brasil, brasileiro

Passados 20 anos, Fernando Collor é indicado para compor a CPMI do Cachoeira. Quem mudou: Collor ou o Brasil? Nenhum dos dois. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Notas & Informações
A guerra fiscal vai continuar

A guerra dos portos pode continuar por mais oito meses, e até com maior intensidade. (Págs. 1 e A3)
Link
À espera do 4G. A internet móvel ainda tem problemas no Brasil. Mas a quarta geração já vem aí. (Pág. 1)------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense
Manchete: DF registra dois ataques a bancos por semana
Aumenta o número de ataques a agências bancárias do Distrito Federal, alguns com uso de explosivos. Só nos três primeiros meses do ano houve 20 casos, o que representa uma alta de 17,6%, em comparação ao mesmo período de 2011, conforme dados da Secretaria de Segurança (SSP-DF). Em abril, ocorreram outros 10. Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, a situação exige diferentes reforços. “Há falta de vigilantes e também é necessária a ampliação dos itens de segurança", acredita. (Págs. 1 e 21)
Receita ainda aguarda a declaração de 3 milhões
No último dia para fazer o Imposto de Renda, retardatários não devem dar chance ao azar. Envio de dados nos minutos finais da noite está sujeito congestionamento no site da Receita Federal. Aqueles que preferirem entregar em disquete devem estar atentos ao expediente da Caixa e do Banco do Brasil. (Págs. 1, 7 e Visão do Correio 10)
A CPI não tem tempo a perder, dizem congressistas
A semana ficou curta devido ao 1° de Maio, mas senadores e deputados prometem trabalho intenso para apresentar, em breve, um cronograma de atividades e definir os primeiros depoimentos da comissão mista. Enquanto isso, lista de políticos visados por grupo de Cachoeira não para de crescer. (Págs. 1, 2 e 3)
Pecuária no DF cresce com tecnologia
Os rebanhos locais estão entre os mais produtivos do país, garantindo carne com alta qualidade. O uso de modernas técnicas também faz a região se destacar no mercado de leite. (Págs. 1 e 17)
Na mão das Farc
Jornalista francês teria sido capturado durante confronto entre Exército colombiano e guerrilheiros no sábado. Episódio sepulta tentativa de trégua anunciada há dois meses. (Págs. 1 e 13)
África sangra
Escalada de conflitos étnicos e religiosos faz do continente um barril de pólvora. (Págs. 1 e 12)
Acidente mata quatro brasileiros na Argentina (Págs. 1 e 13)


Crise roubou o emprego de 50 milhões, admite OIT (Págs. 1 e 8)
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Valor Econômico
Manchete: Governo exige a troca de operadores de aeroportos
O governo vai exigir a troca dos operadores que integram os consórcios que venceram a licitação para administrar os aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas. Alegará que a mudança será feita com base no “interesse público”, uma vez que os operadores dos grupos vitoriosos no leilão, realizado em fevereiro, não têm experiência de gestão de aeroportos de grande porte.
Técnicos admitem que foi um erro não estabelecer maiores exigências quanto à capacidade dos operadores. Lamentam, ainda, a baixa exigência de capital das empreiteiras. Por isso, o governo pretende impor agora condições que, no fim, obriguem os consórcios a abrir espaço para a entrada de grandes "‘projetistas” (construtoras). A ideia, ao baixar as exigências feitas no leilão, foi promover maior concorrência na licitação, o que de fato ocorreu — o ágio médio foi de 347%. (Págs. 1 e B12)

Soja mantém o fôlego de valorização
A soja foi a única das principais commodities agrícolas exportadas pelo Brasil que se valorizou em abril. Sua cotação média foi 6,28% maior que a de março e 24,97% superior à de dezembro. A atual curva “altista” do grão começou a ganhar forma na primeira quinzena de dezembro, quando ficou claro que a estiagem provocada pelo La Nina prejudicaria a colheita no Brasil, na Argentina e no Paraguai. A quebra não só reduziu a oferta mundial como ampliou a demanda por soja americana, o que atraiu ainda mais investimentos dos grandes fundos especulativos e maximizou a valorização na bolsa de Chicago. A demanda, como acontece desde meados da década passada, continuou a ser puxada pela China, que comprou volumes recordes nesses primeiros meses de 2012. (Págs. 1 e B12)
'Sucatões' da Presidência serão trocados
O governo começa a preparar a compra de dois aviões para a Presidência da República. Há cerca de um mês, o comando da Aeronáutica pediu informações a esse respeito às empresas Airbus, Boeing e Israel Aerospace Industries. Os novos aviões irão substituir os Boeing 707, usados nas missões de transporte intercontinental da Presidência. A FAB possui quatro Boeing 707, mas o estudo prevê a compra de dois, apurou o Valor.
A ideia da substituição ganhou força no alto escalão do governo nos últimos dois meses, diante da necessidade da presidente ter uma aeronave com capacidade de fazer voos internacionais sem escalas. As viagens de Dilma Rousseff no A319 costumam ser acompanhadas do jato Embraer 190, cujo alcance máximo é de cerca de 8.300 km. O A319 custou US$ 56,7 milhões. Uma aeronave A330-200, que faz voos de maior distância sem escala, custa por volta de US$ 208,6 milhões. (Págs. 1 e B1)

Salários de admissão aumentam
A capacidade das empresas de encontrar trabalhadores no mercado formal dispostos a receber salários menores do que os pagos aos demitidos se estreitou bastante. A diferença entre a remuneração dos admitidos e dos desligados cai desde 2002, com exceção apenas de 2009. Desde então, com o mercado de trabalho apertado e a política de valorização do salário mínimo, que tende a elevar o piso de diversas categorias, essa diferença se reduziu a 7,3% em 2010 e 6,5% em 2011, segundo levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No primeiro trimestre de 2012, ela foi, em média, de apenas 4,5%. (Págs. 1 e A4)
STJ julga liminar da Vale
Após apresentar à Justiça uma garantia de R$ 1,7 bilhão para impedir o bloqueio de parte dos R$ 5,48 bilhões em dividendos que serão distribuidos hoje aos seus acionistas, a Vale brigará na quinta-feira para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não derrube uma liminar que suspendeu a cobrança fiscal de R$ 24 bilhões da companhia. Os ministros da 1ª turma da Corte voltarão a analisar o recurso da Fazenda Nacional contra a medida que interrompeu a execução fiscal do débito. A Vale e a União discutem na Justiça o pagamento de Imposto de Renda e CSLL sobre o lucro de controladas da companhia no exterior. No Tribunal Regional Federal na 2ª Região, a empresa perdeu o mérito da disputa. (Págs. 1 e E1)
Novo sistema de licitações estreia com bons resultados
Apontado pelo governo como um sucesso que pode ser estendido às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o regime diferenciado de contratações públicas só foi usado até agora pela Infraero, por 17 vezes, para destravar obras e serviços nos aeroportos que há tempos aguardavam uma solução.

Seis concorrências foram concluídas com sucesso, oito estão em andamento, duas terminaram fracassadas e uma precisou ser revogada. Houve deságio médio de 15% nas licitações homologadas. A duração média do processo de contratação caiu de 248 dias, sob a Lei de Licitações (8.666/93), para 78 dias, usando o chamado RDC. (Págs. 1 e A3)

Bolsa sente os efeitos da valorização do dólar
A valorização do dólar no segundo bimestre do ano está se refletindo nas ações da Bovespa. Em tese, o real mais barato torna a bolsa mais atrativa e beneficia os papéis de exportadoras com custos em moeda local. Na contramão, empresas com dívidas e gastos na moeda americana tendem a sofrer com a mudança no câmbio. O dólar comercial bateu na mínima do ano em 28 de fevereiro, e, desde então, já subiu 11,07% (até o dia 27).

Especialistas ouvidos pelo Valor citam pelo menos 17 ações que, pela própria natureza dos negócios, estão mais propensas a sentir os efeitos - positivos e negativos - do câmbio. O melhor exemplo é a Embraer, exportadora de aeronaves. (Págs. 1 e D1)

Vantagens das debêntures da infraestrutura
Recém-criadas para tornar viável a captação de longo prazo para empresas, as debêntures de projetos de investimento e infraestrutura começaram a ser oferecidas por bancos como uma forma mais eficaz, do ponto de vista tributário, de trazer recursos ao país. Sua principal vantagem é a alíquota zero de Imposto de Renda e IOF para investidores estrangeiros. Em apenas um banco, as operações de investimento de multinacionais sob a forma de debêntures de longo prazo em andamento somam R$ 10 bilhões.

Pelo menos dois caminhos já foram criados para isso. No primeiro, uma multinacional com planos de investimentos no país pode adquirir debêntures emitidas pela filial brasileira. No outro, uma empresa nacional faz emissão de bônus no exterior por meio de subsidiária, que traz os recursos para o país investindo nas debêntures da companhia. Em ambos, a operação escapa do IR de 15% que incide em empréstimos ou em emissão direta de bônus no exterior. (Págs. 1 C1)
Entraves à geração
Estudo do Instituto Acende Brasil revela que, de 155 hidrelétricas que deveriam entrar em operação até o terceiro trimestre de 2011, 55 o fizeram após o previsto e 27 ainda não foram concluídas. (Págs. 1 e A2)
OHL rejeita obrigação de oferta
A Comissão de Valores Mobiliários e a BM&F Bovespa já avaliam a operação anunciada na semana passada entre as espanholas Abertis e OHL quanto à necessidade de uma oferta pública de aquisição aos minoritários da OHL Brasil. (Págs. 1 e B1)
Mais tecnologia na educação
Os gastos das universidades brasileiras com tecnologia da informação devem triplicar nos próximos cinco anos e chegar a R$ 3 bilhões em 2017, segundo estimativa da consultoria especializada Hoper. (Págs. 1 e B3)
Rodovias
Operadoras logísticas tentam colocar contêineres nos trilhos, aliviando o modal rodoviário. “As ferrovias brasileiras não estão preparadas para operar contêineres, uma carga muito diferente das commodities que circulam na maioria dos trens”, diz Alan Fuchs, da Brado. (Págs. 1 e Caderno especial)
Seca ameaça cacau baiano
Em meio à pior estiagem em três décadas, a produção de cacau na Bahia — responsável por mais de 70% da produção nacional — está ameaçada. A colheita principal, que começa em outubro, está em floração. (Págs. 1 e B12)
Apostas nos emergentes
Os fundos de pensão dos países desenvolvidos deverão aumentar sua alocação em mercados emergentes, atualmente de 3%, para até 10% em três anos, segundo previsão do J.P. Morgan. (Págs. 1 e C12)
Pequenas e Médias Empresas
Vendas externas realizadas por via postal no Brasil, por meio da Declaração Simplificada de Exportação, que beneficia principalmente as micro e pequenas empresas, superaram US$ 280 milhões no ano passado, alta de 8,2% em relação a 2010. (Págs. 1 e Caderno especial)
Ideias
Renato Janine Ribeiro

Dar posse na chefia do Executivo a candidato que o povo rejeitou fere o maior valor da Constituição, a democracia. (Págs. 1 e A6)

Roberto Luis Troster

Políticas para indústria e setor financeiro estão fadadas a ter resultado pífio e levam a crescimento aquém do potencial. (Págs. 1 e A10)

Comissão Europeia acena com plano para reativar crescimento (Págs. 1 e A9)
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Estado de Minas
Manchete: Adiós, Buenos Aires
Os preços das compras na famosa Calle Florida e das refeições em restaurantes finos, que eram o principal atrativo para os turistas do Brasil, tiveram forte alta e já se equiparam aos cobrados aqui. A expansão, de 2006 a 2011, chegou a 53,6% contra 30,22% apurados pelo Banco Central brasileiro. A previsão é que este ano a inflação argentina seja de 9,2% e olhe que o próprio FMI acusa a Casa Rosada de maquiar os números. Também o custo dos serviços deu um salto. O táxi, por exemplo, até recentemente outra pechincha, subiu 20% em novembro. Tudo isso acabou salgando o outrora saboroso bife de chorizo, acompanhado de bom vinho, na capital do tango. (Págs. 1 e 14)
PF amplia leque dos investigados
Diálogos telefônicos suspeitos fizeram a Polícia Federal investigar mais parlamentares por suposto envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira entre eles o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) e o senador Magno Malta (PR-ES). Apesar da semana curta, por causa do feriado de amanhã, a CPI deve apresentar o cronograma de trabalho e marcar os primeiros depoimentos. (Págs. 1 e 3)
Guerrilheiros sequestram jornalista
Romeo Langlois foi ferido no braço quando acompanhava tropa do governo atacada pelos guerrilheiros, que o levaram. Quatro militares foram mortos e oito ficaram feridos no confronto. (Págs. 1 e 18)
Prevenção dá desconto em planos de saúde (Págs. 1, 16 e 17)
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Jornal do Commercio
Manchete: Sport segura vaga final (Págs. 1 e Esportes 1 a 5)
Cachoeira
Presidente da Câmara prevê que CPI sobre bicheiro será "explosiva". (Págs. 1 e 3)
Petróleo
Plataforma na Baía da Guanabara inclina e tripulação é retirada às pressas. (Págs. 1 e 4)
Lei dá prazo para resolver problema do lixo
Série mostra que municípios têm que se articular para dar destinação final aos resíduos. (Págs. 1 e 10)
Combate à seca
Governo federal, Estado e Amupe criam comitê para gerir ações. (Págs. 1 e Capa Dois)
Último dia para declarar o IR (Págs. 1 e 7)
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Zero Hora
Manchete: A dança final
Inter vence Gre-Nal, conquista a Taça Farroupilha e vai decidir Gauchão contra o Caxias.

Perifécias de Luxa, da escalação ao gandula;

Fabrício acabou decidindo;

(Págs. 1 e Caderno de Esportes)

Empresário gaúcho foi alvo de Cachoeira
Inquérito da PF mostra que bicheiro pressionou o Ministério Público de Goiás a perseguir Sérgio Gabardo. (Págs. 1, 4 e 5)
Partidos de viés fascista avançam na Europa
Com eleições domingo, França e Grécia têm eleitorado fortemente influenciado por siglas ultraconservadoras. (Págs. 1 e 26)
Pacote de Tarso terá urgência na Assembleia
Meta é votar rapidamente propostas, como estatal de pedágios, novas taxas do Detran e previdência dos servidores. (Págs. 1 e 8)------------------------------------------------------------------------------------

Brasil Econômico
Manchete: CPI do Cachoeira vai provocar mudanças na Lei das Licitações
A investigação das relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários vai ter pelo menos um efeito prático: a farra dos aditivos vai terminar. Senadores já preparam alterações para por um limite na correção dos valores contratados. (Págs. 1 e P10)
Governadores pressionam por redução dos juros da dívida dos estados
No Fórum de Comandatuba, governador Eduardo Campos, de Pernambuco, diz que não é justo que estados pobres paguem o dobro de juros que o governo federal paga ao mercado. (Págs. 1 e P8)
Perto de US$ 2 mil, ouro se aproxima de outro recorde
Analistas acreditam em disparada do metal amarelo especialmente por demanda chinesa. (Págs. 1 e P26)
“Faria tudo de novo na ação da cracolândia”
Secretária Eloísa Arruda defende operação policial que retirou viciados do centro paulistano. (Págs. 1 e P4)
Gafisa reduz peso da Tenda nas receitas
Em apenas dois anos, a participação do problemático braço de imóveis populares caiu de 38% para 10% no faturamento da construtora. (Págs. 1 e P20)

Em Alta

Deputado Marcel Van Hattem é indiciado pela PF

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