sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cotas raciais, um erro


by FOLHA DE S.PAULO

Tratamento desigual para reparar injustiças deveria contemplar apenas critérios sociais objetivos -não a cor da pele, obsessão importadaO Supremo Tribunal Federal declarou as políticas de cotas raciais em universidades federais compatíveis com a Constituição. A decisão será saudada como um avanço, mas nem por isso terá sido menos equivocada.
Ninguém duvida que a escravidão foi uma catástrofe social cujos efeitos perniciosos ainda se propagam mais de um século após a Abolição. Descendentes de cativos -de origem africana ou nativa, pois também houve escravização de índios- sofrem, na maioria dos casos, uma desvantagem competitiva impingida desde o nascimento.
As políticas adotadas por universidades que reservam cotas ou garantem pontuação extra a candidatos originários daquela ascendência procuram reparar essa iniquidade histórica. A decisão do STF dará ensejo à disseminação de tais medidas em outras instâncias (acesso a empregos públicos, por exemplo), o que ressalta a relevância do julgamento.
São políticas corretivas que podem fazer sentido em países onde não houve miscigenação e as etnias se mantêm segregadas, preservando sua identidade aparente. Não é o caso do Brasil, cuja característica nacional foi a miscigenação maciça, seguramente a maior do planeta. Aqui é duvidosa, quando não impraticável, qualquer tentativa de estabelecer padrões de "pureza" racial.
Não se trata de negar a violência do processo demográfico ou o dissimulado racismo à brasileira que dele resultou, mas de ter em mente que a ampla gradação nas tonalidades de pele manteve esse sentimento destrutivo atrofiado, incapaz de se articular de forma ideológica ou política. Com a mentalidade das cotas raciais, importa-se dos Estados Unidos uma obsessão racial que nunca foi nossa.
No Brasil, a disparidade étnica se dissolve numa disparidade maior, que é social -uma sobreposta à outra. A serem adotadas políticas compensatórias, o que parece legítimo, deveriam pautar-se por um critério objetivo -alunos de escolas públicas, por exemplo- em vez de depender do arbítrio de tribunais raciais cuja instalação tem algo de sinistro.
A Constituição estipula que todos são iguais perante a lei. É um princípio abstrato; inúmeras exceções são admitidas se forem válidos os critérios para abri-las. A ninguém ocorreria impugnar, em nome daquele preceito constitucional, a dispensa de pagar Imposto de Renda para os que detêm poucos recursos.
O cerne da questão, portanto, consiste em definir se há justiça em tratar desigualmente as pessoas por causa do tom da pele ou se seria mais justo, no empenho de corrigir a mesma injustiça, tratá-las desigualmente em decorrência do conjunto de condições sociais que limitaram suas possibilidades de vida.


Comentário meu: Sou contra as quotas. Simplesmente porque  entendo que beneficiar pessoas por terem cores de pele diferente  , muito longe de beneficio, é estabelecer preconceito.
No caso, que pessoas negras são  incapazes e inferiores. 
Que precisam de "beneficio" cedidos  por "brancos" para poder cursar uma faculdade.
Brancos, negros, indios, pardos, cabloco se capazes e competentes vao entrar na Universiade.
Sem precisar em nenhum momento, passar na frente de "brancos", por  motivo da quota. 
Diferente de capacidade e  mérito.
Continua sendo esmola.
E eu detesto  o paternalismo, os favores e as benéfices.
Sempre sai caro. Por que nao existe almoço grátis.. 

A rapadura é doce. Mas nada mole... quem duvidar é louco. by Deise


by Prosa e Politica



                “Ele se considera um preso político”, diz a esposa de Carlinhos Cachoeira. Phodeo!


Em entrevista a Catia Seabra, no jornal Folha de SP, a esposa do contraventor Carlinhos Cachoeira disse que no presídio da Papuda, em Brasília, seu marido está melhor, já ganhou peso (perdeu 15 no presídio de Mossoró), as idéias estão se organizando e ele tem lido muito o Código Penal, a Bíblia e o inquérito. Mas que o contraventor está revoltado. Cachoeira diz que se considera um preso político. Pessoal, Phodeo! Pelo tamanho deste esquema e pela quantidade de gente envolvida, este bicheiro ainda vai sair da cadeia como injustiçado e apto até a pleitear indenização vitalícia como ex-preso político.

Leia abaixo a entrevista, mas o pedaço que mais gostei foi quanbdo a Folha perguntou se Cachoeira tem alguma atividade formal ou é só jogo. A esposa respondeu que sim, claro que sim. A repórter então perguntou: qual? “Tenho que buscar. Mas creio que o laboratório, talvez”. respondeu a esposa do bicheiro. hahahaha

Folha – A senhora visitou o Cachoeira na Papuda. Ele emagreceu, perdeu…
Andressa Mendonça – Quinze quilos. Ele já ganhou peso. A cabeça dele está muito bem. As ideias estão se organizando. Mais tranquilo, menos ansioso. O isolamento de Mossoró [RN, onde estava antes] fazia-lhe muito mal.

Ele come segundo a dieta da Papuda ou pode-se levar outro tipo de alimento?
Ele não tem tratamento VIP. Posso levar 10 frutas semanais e um quilo de cream cracker.

O que ele faz durante o dia?
Conversa, lê bastante. Lê o Código Penal, a Bíblia, e lê o inquérito. Sempre levo tudo para que tenha noção do que a defesa está apresentando.

Ele acompanha as notícias?
Lê. Lá em Mossoró, “Veja”, “IstoÉ”, “Época”…Tudo.

O que a senhora sente ao ver o marido retratado como o líder de quadrilha?
Revolta e tristeza. Julgam o Carlinhos por isso ou por aquilo. Mas a pessoa que eu conheço não é essa. O Carlinhos que eu conheço faz caridade, doa caminhão de macarrão para creche, doa caminhão de brinquedo. É humano, comprometido e responsável.

O que diz sobre essa acusação de exploração de jogo ilegal?
Acredito que ele é inocente, que vai ter oportunidade de falar e se defender. Ele se considera um preso político. Fica revoltado. Falou várias vezes que, após a ditadura, ele é um preso político. Que a [Operação] Monte Carlo tomou um rumo muito mais político do que a operação em si.

Mas qual é a lógica? Ele acha que é uma perseguição governamental?
Acha que fizeram ele de bode expiatório. Fiquei muito chateada quando um senador, acho que Pedro Simon [PMDB-RS], disse que ele é o futuro PC [Farias]. Pegaram o Carlinhos, julgaram, condenaram e agora querem matar.

Por que bode expiatório?
Ele não me fala em nomes. Mas, como tomou um rumo político, ele se sente assim. Fica com muito medo, talvez por ter sido levado a um presídio de segurança máxima. Ele é réu primário, não é um homicida, não cometeu crime hediondo.

Quando ‘casou’, a senhora foi avisada dos riscos, do jogo?
Dizer isso seria afirmar uma contravenção. Posso dizer que fui avisada que ele estava batalhando pela regulamentação dos jogos. Lá fora, Carlinhos seria considerado um grande empresário. Aqui, é contraventor. Na Copa, milhares de estrangeiros vêm ao Brasil. Onde irão se divertir? Ele está batalhando. Ninguém quer ficar na informalidade. Ele também não.

Há uma grande expectativa em relação ao depoimento dele na CPI. Afinal, será uma bomba ou não vai falar nada?
Ele reflete muito. Como toda pessoa que está presa, longe dos seus, pensa uma coisa e, depois, pensa outra. Difícil saber o que vai acontecer. Ele não tomou uma decisão.

Então, não dá para garantir que ele será moderado, nem…
Não.

Verdade que ele gravava todas as conversas?
Não sei te responder. Como estou “casada” há pouco, nunca falamos sobre isso.

No calor do processo, muitos negam laços com Cachoeira…
Isso é cômico. Não entendo. O Carlinhos tem tantos amigos de todos os níveis sociais. Não vejo problema em dizer que o conheciam.

Tinham vida social ativa, frequentavam muitas festas?
Frequentávamos. A gente gostava de sair. Um casal jovem. Estávamos numa fase tipo “namorido”, aquele negócio gostoso, vamos tomar vinho. Ele é extremamente romântico. A gente badalava, saía, dançava.

As gravações mostram Cachoeira em operações de compra de mansão em Miami, avião, helicóptero. Qual era o padrão de vida de vocês?
O Carlinhos teve uma casa em Miami, não uma mansão, com a [ex] mulher. Ele não tem helicóptero nem avião, como sugerem as investigações. Eu queria mesmo que ele tivesse um transatlântico.

Ele tem fazendas. Como você definiria o padrão de vida?
Padrão de vida confortável. Nada de ostentar. Carlinhos é um homem de hábitos muito simples.

O que explica ela ser alvo de duas CPIs?
Carlinhos é um homem muito invejado. As pessoas têm muita curiosidade na vida dele. Especula-se muito.

Ele tinha esse trânsito todo no mundo político como se fala?
Não sei te responder. O Carlinhos é um estudioso de política. Conhece política não só do Brasil como no mundo todo. Ele acorda cedo e às 7h já deve ter lido todos os jornais. É uma pessoa extremamente informada.

Tem falado com Demóstenes?
Falei com ele antes, agora ele está cuidando da defesa dele.

É verdade que o Carlinhos é dono de um laboratório?
Tem um laboratório em Anápolis, que é da [ex] esposa dele. Se ele é dono ou não é dono… O laboratório existe. Está lá. Se é do Carlos, ou se é dela, de quem é, não sei.

Tem muita propriedade no nome dela.
Imagino que batalharam como casal. E ele preferiu deixar as coisas com ela para blindar o patrimônio dos filhos. Não sei as razões dele. Importante falar que o Carlinhos operou os jogos por quase dez anos legalmente.

E a acusação de operação de máquina de caça-níquel?
Como não trabalho com ele, saio cedo e ele vai para a Anápolis, não sei falar.

Ele tem atividade formal ou é só jogo?
Claro que tem.

Qual?
Tenho que buscar. Mas creio que o laboratório, talvez.

Na íntegra da defesa de Demóstenes


Leia aqui a íntegra da defesa prévia do senador Demóstenes Torres (sem partido), apresentada no Conselho de Ética.

Jamais duvidem disso. by Deise


Manchetes de Hoje


Banco Central confunde mercado sobre trajetória da taxa de juros – Um futuro para política industrial – Decisão: Supremo aprova as cotas em universidades – Entre poderes: Restrição ao Judiciário é criticada – Congonhas: Descoberta protege morro de mineração – Municípios vão pedir compensação por renúncia fiscal de IPI – Serviços puxam consumo de energia – Mesmo com economia fraca, renda real tem forte avanço – Negociação, agora, só com o fim da greve dos professores…

O Globo
Manchete: Por 10 x 0, Supremo libera cota racial em universidade

Decisão vale para todas as instituições que reservam vagas para negros

Por unanimidade, o STF decidiu ontem que a reserva de vagas em vestibulares para negros e pardos é constitucional. Os ministros julgavam o caso específico da UnB, que adotou em 2004 cota de 20% para afrodescendentes. A decisão, no entanto, vale para todas as instituições públicas que adotam ou pretendem adotar o critério racial em seus processos seletivos como forma de diminuir a desigualdade no acesso ao ensino superior. O julgamento teve como base uma ação proposta pelo DEM em 2009, que argumentou que a política da UnB era uma afronta ao princípio da igualdade e incentivava o racismo por criar privilégios baseados em critérios raciais. Os ministros do Supremo entenderam que a cota é um instrumento legítimo para corrigir desigualdades. (Págs. 1 e 3 a 10)
“Viva a nação afrodescendente” (Luiz Fux)

“Precisamos saldar essa dívida” (Marco Aurélio Mello)

“É um processo, uma etapa” (Cármen Lúcia)

Segurança: O índio guarani Araju Sepeti é retirado à força do STF. Ele estava na plateia e interrompeu o julgamento reclamando em voz alta que só se falava ali da situação dos negros. (Págs. 1 e 3)

Míriam Leitão

Mais do que votar, os ministros explicaram o conceito básico de que a igualdade não acontece por inércia, mas por ação. (Págs. 1 e 24)

Entrevista

Para o sociólogo Simon Schwartzman, ao diferenciar pessoas pela cor da pele ou raça, as cotas geram mais discriminação. (Págs. 1 e 4)

Foto-legenda: O alerta vem do céu

Imagens aéreas feitas pelo fotógrafo e ativista francês Yann Arthus-Bertrand mudam a paisagem da Cinelândia e chamam a atenção para questões ambientais. (Págs. 1 e 18)

Casa Branca anuncia plano de bioeconomia

Com o objetivo de substituir tecnologias nocivas à saúde e ao meio ambiente por outras mais sustentáveis, o presidente dos EUA, Barack Obama, lançou o Plano Nacional de Bioeconomia. O conceito é abrangente e inclui desde o desenvolvimento de biocombustíveis até técnicas agrícolas, passando por tratamentos médicos, baseados em processos biológicos, menos danosos. (Págs. 1 e 34)

Dilma vetará Código Florestal

Após derrota na votação do Código Florestal, o ministro Gilberto Carvalho admitiu que a presidente está contrariada e que vetará partes do texto. (Págs. 1 e 11)

“Consumo pode levar ao fim do mundo”

O ministro Gilberto Carvalho disse que o mundo acabaria, caso todos passassem a consumir como os ricos. Ele defendeu “o caminho do meio”. (Págs. 1 e 29)

Delta abandona também a Transcarioca

Envolvida no escândalo Cachoeira, a Delta, que abandonara as obras do Maracanã, saiu também do projeto do corredor expresso Transcarioca. A ministra Miriam Belchior disse que a eventual quebra da empreiteira, que concentra obras do PAC, é problema da empresa, não do governo. (Págs. 1, 12, Luiz Garcia e Nelson Motta)

Haia condena 1º ditador desde Nuremberg

O liberiano Charles Taylor foi considerado culpado de crimes contra a Humanidade em julgamento em Haia. O último ex-chefe de Estado condenado pela Justiça internacional fora o alemão Karl Dönitz, em Nuremberg, em 1946. (Págs. 1 e 31)

Petrobras tira diretores e irrita partidos

A saída de três dos sete diretores da Petrobras irritou o PP, que perdeu a área de abastecimento por decisão da presidente da estatal, Graça Foster, e de Dilma. As trocas causaram alvoroço no PMDB, que quer ampliar o seu espaço. (Págs. 1 e 25)

Juros baixos sem mudar a poupança

Após o BC indicar que os juros cairão abaixo de 9%, a Caixa cortou taxas e lançou fundos de investimento populares. Com isso, o governo conquista tempo e espaço para reduzir os juros, sem mexer no ganho da poupança. (Págs. 1 e 23)

Obra prometida para Niterói há 38 anos acaba na Justiça (Págs. 1 e 15)

Entrevista

A complacência do Brasil com o massacre na Síria é chocante, diz o francês Bernard-Henri Lévy. (Págs. 1 e 32)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Em áudio, Cachoeira fala em pagamento a Perillo por vantagens

Contraventor se valia da propina para emplacar nomeações em Goiás, indica gravação

Gravações da Polícia Federal mostram o contraventor Carlinhos Cachoeira e seus aliados falando em pagamentos ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e a integrantes do primeiro escalão do governo cm troca de vantagens em negócios públicos, informam Fábio Fabrini, Alana Rizzo e Alfredo Junqueira. De acordo com as gravações, obtidas pelo Estado, a organização do contraventor se valia dos repasses para emplacar nomeações e vencer licitações. Perillo pediu ontem ao Ministério Público que seja aberto um inquérito contra ele. Seu advogado disse que o governador está sendo alvo de vazamentos direcionados de escutas telefônicas. (Págs. 1 e Nacional, A4 e A6 a A8)

Governo quer que bancos dividam ganho com cliente

O governo decidiu que os bancos terão de repassar aos clientes, como benefícios, parte do ganho obtido em fusões. O Banco Central nega que a medida, que se soma à ação das instituições oficiais para reduzir o custo do crédito, sirva para “apertar os bancos”. (Págs. 1 e Economia, B1 e B3)

Espanha rebaixada

A Standard & Poor’s rebaixou de A para BBB+ o rating de crédito de longo prazo do país. (Págs. 1 e Economia, B11)

Dilma deve vetar anistia no novo Código Florestal

A presidente Dilma Rousseff analisa vetar alguns artigos do novo Código Florestal aprovado anteontem na Câmara dos Deputados para impedir que produtores rurais deixem de recuperar parte da área desmatada em suas propriedades. A decisão será anunciada até meados de maio. (Págs. 1 e Vida, A22)

Ideli Salvatti – Relações Institucionais

“Qualquer questão que signifique anistia tem grandes chances de sofrer o veto”.

Foto-legenda: Trocando as estações

Em sete meses de operação parcial da Linha 4-Amarela, o movimento da Estação Paulista já supera sua capacidade em 100%, enquanto a Estação da Sé, que sempre simbolizou a superlotação do Metrô, está com folga de 200 mil usuários. (Págs. 1 e Cidades, C1)

“Ele é mais que um pai”, diz Sean à TV

Pivô de batalha por sua guarda, Sean Goldman (foto), de 11 anos, deu entrevista nos EUA elogiando o pai, David. “Por que expor Sean?”, reagiu Silvana Bianchi, avó do menino. (Págs. 1 e Cidades, C3)

Por unanimidade, STF valida cotas raciais em universidades

O Supremo Tribunal Federal decidiu, ontem, por unanimidade, que cotas raciais para negros e índios em universidades são constitucionais, não violam o princípio da igualdade nem institucionalizam discriminação. Por três vezes, o índio Araju Sepeti interrompeu o julgamento e foi expulso. (Págs. 1 e Vida, A24)

Liga Árabe pede que ONU pressione Síria (Págs. 1 e Internacional, A15)

Richard Haass: Aos vencedores, mais desafios

Líderes de emergentes enfrentam o fato de que as reivindicações dos cidadãos cada vez mais superam a capacidade de satisfazê-las. (Págs. 1 e Visão Global, A18)

Dora Kramer: Vontade da maioria

Goste-se ou não, a aprovação do Código Florestal expressou a vontade da maioria, sem relação com o tamanho ou a fidelidade da base aliada. (Págs. 1 e Nacional, A6)

Notas & Informações

Produção e preservação

Foi um erro político deixar o debate do Código virar confronto entre ruralistas e ambientalistas. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: STF aprova o sistema de cotas para negros

Ativista dos direitos humanos, o cineasta americano Spike Lee visitou ontem o Supremo Tribunal Federal. Ele foi recebido pelo ministro Joaquim Barbosa, único integrante negro da corte, em um dia emblemático: por unanimidade, 10 votos a zero, o STF refutou uma ação proposta pelo DEM e aprovou a política de cotas raciais que reserva para negros 20% das vagas do vestibular da UnB. A decisão deve servir de parâmetro para todas as instituições públicas de ensino superior no país. Um índio foi retirado à força do tribunal ao se manifestar, durante a sessão, para que os indígenas fossem citados nas cotas. (Págs. 1, 8 e Diversão & Arte, 6)

Spike Lee, Romário e Dirceu escapam de assalto em Brasília (Págs. 1 e 21)

A insustentável defesa de Demóstenes

Argumentos contestando escutas da PF que ligam o senador a Cachoeira não o livrarão da perda do mandato. Discurso no qual Demóstenes teria mentido em plenário é que deve embasar o pedido de cassação por quebra do decoro. (Págs. 1 e 2)

Posse de concursados

Mais prazo para convocações

Apesar da suspensão das nomeações devido a cortes no Orçamento, o governo federal prometeu estender a validade das seleções para atender todos os aprovados. (Págs. 1 e 10)

Câncer

Remédio à base de plantas ajuda a controlar doença na próstata. (Págs. 1 e 19)

Susto com o IPTU

Dnocs tem taxa de R$ 1 mil

Os moradores da Vila, a maioria de baixa renda e beneficiária de programas sociais, foram surpreendidos com os valores das taxas cobradas pelo GDF. (Págs. 1 e 28)

Negociação, agora, só com o fim da greve dos professores

O GDF anunciou a suspensão de todas as propostas feitas à categoria, em greve há 46 dias, após um grupo de docentes invadir parte do 6º andar do Palácio do Buriti. Houve confronto entre PMs e sindicalistas. A Justiça determinou a desocupação do prédio na noite de ontem. (Págs. 1 e 24)

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Valor Econômico

Manchete: Mesmo com economia fraca, renda real tem forte avanço

Apesar da redução no ritmo de crescimento da economia, a renda real dos trabalhadores continua crescendo vigorosamente e será fator decisivo para uma recuperação robusta nos próximos meses. Em março, avançou 1,6% sobre fevereiro e 5,6% em relação ao mesmo mês de 2011. A demanda aquecida ainda empurra para o alto os preços dos serviços, que sobem há bastante tempo acima da inflação e podem exercer pressão de alta no futuro sobre os índices bem comportados do último trimestre. A inflação de serviços continua por volta dos 9%.

A renda média real nas seis principais regiões metropolitanas do país alcançou R$ 1.728,40 em março, a mais alta da série histórica iniciada pelo IBGE em 2002. Para economistas, o forte crescimento da renda real em março não reflete apenas o aumento de 14% do salário mínimo, mas também um cenário ainda favorável aos reajustes, que não estão sendo inibidos pela ameaça de perda do emprego. (Págs. 1 e A3)

Ferrovia investe pouco em expansão

As empresas privadas que operam ferrovias estão investindo muito pouco em expansão da rede. No ano passado, desembolsaram R$ 4,7 bilhões, mas destinaram a maior parte dos recursos à manutenção e compra de locomotivas e vagões. Um terço dos 30 mil quilômetros da malha, segundo dados oficiais, está hoje subutilizada e degradada. O presidente da Associação Nacional de Transportadores Ferroviários, Rodrigo Vilaça, diz que esses trechos são inviáveis.

Dos quase R$ 30 bilhões que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou para projetos de infraestratura em 2011, apenas R$ 226 milhões (menos de 1%) foram para o setor. Dos três grandes projetos existentes hoje no país, apenas um é de responsabilidade da iniciativa privada – a Nova Transnordestina. Os outros são tocados pelo próprio governo por meio da Valec: a extensão da ferrovia Norte-Sul e o projeto de construção da Oeste-Leste. (Págs. 1 e B8)

Senadores tentam mudar novo Código

Os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC) apresentaram novo projeto de lei restabelecendo dispositivos retirados do Código Florestal pela Câmara dos Deputados. O projeto cria salvaguardas para proteger os rios e retoma a obrigatoriedade de recomposição de florestas em todas as faixas de curso d’água. A iniciativa, que retorna à proposta original do governo, sinaliza os vetos que a presidente Dilma Rousseff deverá fazer ao projeto. A estratégia é pedir urgência na tramitação da nova proposta, que será apreciada pela Câmara, mas terá texto definitivo do Senado.

Para o ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, o novo Código representa um retrocesso “jamais visto”. Para André Nassar, coordenador da RedeAgro, regulariza os produtores. (Págs. 1 e A8)

Migração para o ensino privado

As escolas públicas brasileiras, principalmente nos níveis fundamental e médio, estão perdendo espaço para os colégios particulares. Nos últimos dez anos, a educação pública perdeu um total de 4,834 milhões de estudantes, enquanto o ensino privado ganhou 1,090 milhão de matrículas. Entre 2002 e 2011, enquanto o número de matrículas em escolas públicas declinou 480 mil por ano, o ensino privado arrebanhou 110 mil.

Uma das principais explicações para a tendência é o aumento da renda decorrente do crescimento econômico, que estimulou famílias em ascensão social a colocar seus filhos em escolas particulares. O economista Naercio Menezes Filho, coordenador da área de políticas públicas do Insper, afirma que os números refletem “uma lógica natural”. “O fato é que se a família tem ganho de renda, prefere matricular o filho na escola privada. Ele escolhe a escola que acha melhor”, diz. (Págs. 1 e A4)

Indústria de TI apela à autodefesa

Com o crescimento explosivo dos dispositivos móveis vieram também as ameaças à segurança de dados e os roubos de aparelhos. A linha de defesa que está sendo construída pela indústria de PCs e pelas operadoras de telecomunicações passa por aplicativos protetores nos equipamentos. Entre os recursos mais difundidos estão os que permitem apagar a distância os dados salvos em smarphones e tablets, o bloqueio remoto do aparelho e a possibilidade de fazer backup das informações armazenadas. Progridem também os sistemas de rastreamento.

Mas os cuidados com a proteção avançam devagar, mesmo nas empresas. “As tecnologias móveis são simplesmente implantadas nas companhias brasileiras”, diz o delegado José Mariano de Araújo Filho, especialista em crimes eletrônicos da Polícia Civil de São Paulo. “Não há preocupação com a definição de políticas de segurança e o impacto de risco dos recursos”. (Págs. 1 e B3)

Brasil aumenta a exportação de café de qualidade

Exportador tradicional de café verde, o Brasil começa a vender cafés especiais, orgânicos e certificados. Em 2007, apenas 7,7% do total exportado era dessas categorias. Em 2011, eles representaram 26%, segundo entidade dos exportadores. A demanda está tão forte que os preços médios desses tipos de café superam os dos produtos industrializados (torrado e moído e solúvel). (Págs. 1 e B12)

Pão de Açúcar abre lojas virtuais em rede física

Uma loja virtual dentro de outra, real. O consumidor entra num supermercado e, por meio de terminais de computador, faz compras on-line de produtos inexistentes no local. A estratégia, uma tendência do mercado, foi adotada pela maior rede varejista do país, o Grupo Pão de Açúcar (GPA). O plano do grupo é explorar suas várias marcas e, para isso, inicialmente instalou terminais em 26 lojas da rede de supermercados Extra.

Atualmente, cerca de 93% das receitas do GPA são provenientes das vendas realizadas nas lojas físicas e apenas 7% vêm do comércio eletrônico, gerido pela Nova Pontocom. “O grupo é o maior varejista do país e somos a segunda maior rede de e-commerce. Temos muita coisa a fazer ainda, em termos de sinergia, de troca. É algo que não termina, porque é um trabalho constante”, diz German Quiroga, presidente da Nova Pontocom e um dos criadores da Americanas.com nos anos 90. (Págs. 1 e B5)

Municípios vão pedir compensação por renúncia fiscal de IPI (Págs. 1 e A2)

Bancos europeus dão lucro, mas esperam um ano difícil (Págs. 1 e B9)

Serviços puxam consumo de energia

Consumo nacional de eletricidade no primeiro trimestre aumentou 3,9% em relação a igual período de 2011, puxado pelo setor comercial, com alta de 6,3%. No setor industrial o crescimento foi de 2,3%. (Págs. 1 e A3)

Eldorado define estratégias

A seis meses de iniciar a operação da fábrica de celulose branqueada de eucalipto de Três Lagoas (MS), a Eldorado Celulose e Papel já tem desenhada sua estratégia comercial, com foco na China, Europa e diversificação de clientes. (Págs. 1 e B1)

“Puerto Madero” em Santos

O porto de Santos se prepara para construir um complexo de turismo e lazer no bairro do Valongo, entre os armazéns 1 a 8. Denominado Porto Valongo Santos, o “puerto madero santista” demandará investimentos superiores a R$ 550 milhões. (Págs. 1 e B6)

Especial/Infraestrutura

Objetivo ao mesmo tempo complexo e tentador, a integração física dos países sul-americanos começa a dar sinais mais concretos de realização, com a expectativa de que os interesses econômicos envolvidos na empreitada incentivem sua consecução, diz Carlos Cavalcanti, diretor da Fiesp. (Pág. 1)

Vale repensa projeto na Argentina

Incertezas de ordem institucional – com a estatização da YPF – e econômicas na Argentina levam a Vale a reavaliar o projeto de potássio Rio Colorado, na província de Mendoza, com investimentos estimados em US$ 5,9 bilhões. (Págs. 1 e B7)

Avanço da mineração

Com aumento de 28%, a produção mineral brasileira alcançou US$ 50 bilhões no ano passado, impulsionada pelo desempenho recorde do minério de ferro, com produção de 467 milhões de toneladas, um aumento de 25%. (Págs. 1 e B7)

Súmula do STF contra a guerra fiscal

Supremo Tribunal Federal (STF) abre consulta pública à proposta de súmula vinculante para coibir a concessão de incentivos tributários sem autorização unânime dos Estados, no âmbito do Confaz. (Págs. 1 e El)

Limite à compensação de prejuízos

O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidiu que, mesmo em caso de incorporação de empresas, a compensação de prejuízos está limitada a 30% do lucro. (Págs. 1 e E2)

Ideias: Claudia Safatle

Copom vê espaço para prosseguir no corte dos juros e toma iminente a decisão sobre mudanças na poupança. (Págs. 1 e A2)

Ideias: Naercio Menezes Filho

Governo não vai aumentar a produtividade da indústria à força de leis, nem transferindo mais dinheiro para o setor. (Págs. 1 e A13)

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Estado de Minas

Manchete: Cuidado com as armadilhas

Dos juros da casa própria

Na esteira do barateamento do crédito para moradia, puxado pela Caixa, e do feirão no qual a instituição vai por à venda 430 mil casas e apartamentos em todo o país, inclusive BH, de 4 a 6 de maio, especialistas alertam: evite comprar por impulso, sem avaliar bem a capacidade de pagamento; analise em detalhes o contrato; pesquise sobre a construtora; e, principalmente, conheça o imóvel e verifique se está ocupado ou se há questionamento de posse na Justiça.

Dos desvios do trânsito

Estado de Minas percorre trechos interditados para obras em corredores importantes de BH e mostra os problemas nas rotas alternativas. Sinalização precária, deficiência de estrutura para tráfego pesado e falta de iluminação foram verificadas nos desvios das avenidas Flávio dos Santos (já liberada) e Otacílio Negrão de Lima, da MG-30 e da trincheira de acesso à Avenida Vilarinho. O bom exemplo está na Rua Samaha com Augusto Franco, em Venda Nova. (Págs. 1, 12, 21 e 22)

Foto-legenda: Índio quer cota

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade (10 votos a 0) que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional. Todos os ministros que participaram do julgamento acompanharam o voto favorável do relator, Ricardo Lewandowski. Durante a sessão, o índio guarani Araju Sepeti (acima) foi retirado do plenário por seguranças, após interromper três vezes a fala dos magistrados. (Págs. 1 e 9)

Pesquisa

Estudo da UFMG inibe rejeição de medula óssea transplantada. (Págs. 1 e 28)

Código Florestal

Para produtores rurais de Minas, texto aprovado beneficia estado. (Págs. 1 e 4)

Gás: Consórcio abrirá mais 3 poços em Morada Nova

Projeção é de começar a produzir na Bacia do São Francisco no máximo até dezembro. (Págs. 1 e 18)

Congonhas: Descoberta protege morro de mineração

Ministério Público encontra em estudo contratado pela CSN comprovação de que Morro do Engenho é área ambiental desde 2004 e não pode ser minerado. Local emoldura profetas esculpidos por Aleijadinho no adro da Basílica de Bom Jesus de Matosinhos. (Págs. 1 e

Demóstenes na folhinha

Conselho de Ética do Senado marca para 8 de maio votação de parecer sobre abertura de processo. (Págs. 1 e 3)

Leão aguarda 7,4 milhões de contribuintes

A três dias do final do prazo, Receita recebe cerca de 100 mil declarações por hora. (Págs. 1 e 17)

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Jornal do Commercio

Manchete: Preço do feijão sobe 100% e doze meses (Págs. 1 e Economia 4)

Ministros dizem que Dilma vetará parte do Código Florestal (Pág. 1)

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Zero Hora

Manchete: Estado paga R$ 1.451 a magistério, mas não cumpre a lei do piso

Piratini anuncia abono provisório para professores e irrita o Cpers por eliminar diferenças entre níveis iniciais do plano de carreira. (Págs. 1, 4, 5 e Rosane de Oliveira)

Guardiões do aeroporto

Desde dezembro, falcões e gaviões treinados capturaram 156 aves que colocavam em risco os voos no Salgado Filho. (Págs. 1 e 34)

Decisão: Supremo aprova as cotas em universidades

Dez ministros do STF defenderam a validade do sistema perante a Constituição federal.(Págs. 1 e 36)

Entre poderes: Restrição ao Judiciário é criticada (Págs. 1 e 6)

Laudos apontam: Presídio Central é irrecuperável (Págs. 1 e 47)

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Brasil Econômico

Manchete: Caixa reduz taxa de administração dos fundos, novo alvo do governo

Assim como aconteceu com os juros, um banco público largou na frente e diminuiu as tarifas de administração, que comem os ganhos do aplicador. O governo tem dois objetivos: manter a poupança atraente e servir de exemplo para o setor privado. (Págs. 1 e 39)

Dilma e Eike em clima de namoro e parcerias no Rio

Houve tanta afinidade no Porto do Açu, que a presidente afirmou que ”não pode haver concorrência entre Petrobras e OGX”; e Eike propôs a criação de uma nova empresa. (Págs. 1 e

Um futuro para política industrial

Em debate promovido pelo BRASIL ECONÔMICO, especialistas como Ozires Silva, Flávio Castelo Branco, Luiz Aubert Neto pediram estratégia de longo prazo para o país. (Págs. 1 e 4)

Vai decolar?

Por que a venda de 36 caças para a FAB é tão importante para o futuro da Boeing na área de defesa militar. (Págs. 1 e 21)

Frio na barriga

O experiente e agressivo André Esteves levou seu BTG à bolsa com a ansiedade e a modéstia de um iniciante. (Págs. 1 e 40)

Nem a crise global e o esfriamento na China tiram otimismo da Vale

Empresa aposta que preço da tonelada do minério de ferro atingirá US$ 180, contra os atuais US$ 108. (Págs. 1 e 22)

Ouro Verde vai gastar R$1,8 bilhão para comprar 25 mil veículos

Aquisições serão feitas até 2014; só neste ano, empresa acrescentará duas mil unidades à sua frota. (Págs. 1 e 26)

Banco Central confunde mercado sobre trajetória da taxa de juros

“Parcimônia” é palavra usada na ata do Copom; tradução vai desde manutenção da Selic até corte de 0,5 ponto. (Págs. 1 e 38)

Clipping Radiobrás

Edição: Equipe Fenatracoop

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O significado de Amor Fati: estoicismo e o amor ao destino

"Aceite as coisas às quais o destino o prende e ame as pessoas com quem o destino o une, mas faça isso de todo o coração." - Marcu...

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