terça-feira, 13 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
O Urso mau foi embora. Só por hoje.
Dez viajantes e dois ursos
Dez homens viajavam juntos através de uma densa floresta, quando, de repente, sem que nenhum deles esperasse, dois enormes ursos surgiram do meio da floresta a frente deles.
Um dos viajantes, egoísta pensando em si mesmo, não pensou duas vezes, correu e se atirou no rio ali perto.
Aos outros, incapazes de enfrentar aquelas enormes feras sozinhos, restou deitar-se no chão e permanecer imóvel, fingindo-se de morto.
Eles já percebiam que os Ursos e outros animais não tocavam em corpos de mortos.
Isso pareceu ser verdadeiro, pois o urso se aproximou deles, cheirou suas cabeças de cima para baixo, e então, aparentemente satisfeito e convencido que eles estavam de fato mortos, foi embora tranquilamente.
O homem que estava no rio então saiu. Curioso com a cena que viu lá de dentro da água, ele perguntou:
“Me pareceu que os Ursos estavam sussurrando alguma coisa em seus ouvidos. Ele lhe disse algo?"
“Ele disse sim!" respondeu os outros, "Disse que não é nada sábio e sensato de nossa parte andar na companhia de um amigo, que no primeiro momento de aflição me deixa na mão!"
Moral da História:
“A crise é o melhor momento para nos revelar quem são os verdadeiros amigos.”... Novas...
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Porque hoje é feriado. E conversa jogada fora me remeteu aos 14 anos de idade. Quando como "declamadora oficial" da Escola na Serra Gaucha, fui eleita. Disse uma poesia no Dia das Maes para toda a sociedade local. Colegio Particular, onde eu fui uma das 60 alunas em regime de internato que ingressou no Imaculada em 1973. Ou fazia parte das que la ja estavam. enfim, declamava em todas as situações, quisesse ou nao. Esta escola me ensinou tudo. E acredito que nem elas achavam, as Irmas, que foram para o ceu e claro, o quao fariam para sempre parte de minha vida. Enfim, pra quem leu este post nada a ver *quem esta interessado nos meus 14 anos???*, umpresente. eu declamei" esta pooesia aos 13 anos. Olha o nivel do presente....
A Arte de Servir
Toda a natureza é um serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.
Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu;
Onde haja um erro para corrigir, corrige-o tu;
Onde haja um trabalho e todos se esquivam, aceita-o tu.
Sê o que remove a pedra do caminho, o ódio entre os corações e as dificuldades do problema.
Há a alegria de ser puro e a de ser justo;
Mas há sobretudo, a maravilhosa, a imensa alegria de servir.
Que triste seria o mundo se tudo se encontrasse feito.
Se não existisse uma roseira para plantar, uma obra para iniciar!
Não te chamem unicamente os trabalhos fáceis.
É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam.
Mas não caias no erro de que somente há méritos nos grandes trabalhos;
Há pequenos serviços que são bons serviços; adornar uma mesa, fazer uma bandeja, arrumar os livros, pentear uma criança.
Aquele é o que critica; este é o que destrói; sê tu o que serve.
O servir não é faina de seres inferiores. Deus que dá os frutos e a luz, serve. Seu nome é: "Aquele que Serve".
Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta cada dia:
A QUEM SERVISTE HOJE?
À árvore?
A teu irmão?
À tua mãe?
Gabriela Mistral poetisa chilena,
Prêmio Nobel de Literatura.
domingo, 4 de setembro de 2011
"Obra classica, fundamental para todos que desejam conhecer profundamente o Brasil e sua Imprensa". Li este livro ha cerca de 24 anos. Ou seja, estava na metade de minha vida, embora eu nao soubesse.Li por acaso. A pessoa com quem eu dividia minha vida naquele momento ganhou de aniversario. Em junho de 89. Ele foi de certa forma o norteador, para o tipo de jornalismo que escolhi fazer. E com certeza, nao posso negar que aos 29 anos com certeza teve uma influencia fortissima em minha forma de agir e me posicionar. Eu sou anarquista. Graças a Deus. E ao livro. Tanto que troquei o nome do blog para o nome do livro. Isso uma semana antes de encontrar este site de onde encontrei o texto transcrito. Devo comentar que no episodio do "Dr. Requiao", confesso que ao acordar as 3h da manha, e com a globonews ligada, qual nao é minha surpresa ao ver a cena que na mesma hora me remeteu para o livro. Pensei em estar tendo um "mini flashback". ao entrar em contato com a redação da band, cujo reporter foi nacionalmente desmoralizado citei o livro como algo tao retrogrado, que datava da ditadura, e ninguem, absolutamente ninguem que falei leu o livro. Pena. Talvez por isso, tenham todos agido como cinderelas assustadas. O castigo do Povo que naoconhece sua historia, é o legado de repeti la. Esta maxima e mais do que verdadeira. Os fatos estao ai. E desta vez, graças a Deus, nao podem sumir com a historia.
Durante toda a história da imprensa no Brasil foram muitos os momentos em que os vários chefes do executivo deste país tiveram uma relação agressiva e rude com os profissionais da imprensa. Em Cale a Boca, Jornalista!, Fernando Jorge faz uma análise a respeito das selvagerias cometidas contra os nossos jornalistas e a nossa imprensa, desde o tempo de D. Pedro I. Esta nova edição, revisada e aumentada, surge em comemoração ao bicentenário da imprensa e enfatiza o longo período de vinte anos da ditadura, a partir de abril de 1964.Fernando Jorge, conhecido por livros extremamente pesquisados e rigorosamente documentados, é capacitado por experiência própria a escrever sobre o assunto, pois também foi uma vitima dos atos arbitrários da revolução de 1964, apenas por ter denunciado a existência do preconceito racial no Brasil. Além disso, teve sua peça, O Grande Líder, censurada por ser considerada subversiva. Por último, foi ameaçado de comparecer as dependências do DOPS em virtude de ter produzido um “livro perigoso”, o livro de caráter documental falava sobre o governo Geisel.Cale a Boca, Jornalista além de ser uma denúncia, um registro da nossa memória histórica, é útil para a leitura dos que desejam ficar bem informados, para a consulta e pesquisa de estudantes, professores, escritores, jornalistas e historiadores.
A história da Imprensa amordaçada
Por Erick Vizoki
A editora Novo Século lançou recentemente a quinta edição, revista e ampliada, do livro “Cale a boca, jornalista! – O ódio e a fúria dos mandões contra a imprensa brasileira”, do jornalista e escritor fluminense Fernando Jorge.
A obra, fiel à marca registrada do autor, é a primeira que aborda em detalhes meticulosos e fartamente documentados as perseguições e arbitrariedades sofridas por jornalistas e a imprensa brasileira desde a época do Império, com destaque especial para os anos de chumbo iniciados com o golpe de 1964.
Em sua copiosa produção literária, com ênfase em biografias que acabam se tornando definitivas, Fernando Jorge não se prende apenas à fidelidade obstinada na apresentação dos fatos: ele analisa cada episódio e, grande jornalista que é, opina sem desviar-se da isenção jornalística, qualidade fundamental para a respeitabilidade de qualquer obra do gênero.
Entre os diversos casos abordados no livro, alguns surpreendem por desmistificar várias figuras do cenário político brasileiro e até mesmo artistas, em flagrante desrespeito à liberdade de imprensa e de opinião. Há situações gritantes, como o caso do ex-governador do Estado da Guanabara, o fervoroso “democrata” Carlos Lacerda, que mandou apreender o jornal Correio da Manhã e outros jornais. Vale ressaltar que Lacerda também era jornalista e escrevia para a Tribuna da Imprensa. Outro lendário defensor da democracia e “paladino das Diretas Já!”, o então deputado federal e ex-governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, em 1963 desferiu violentos socos no jornalista David Nasser quando o primeiro o avistou no Aeroporto do Galeão, e tudo por causa de um artigo. O “democrata” gaúcho, inimigo de “qualquer tipo de autoritarismo” agrediu com vontade um jornalista desprevenido e doente, pois Nasser sofria do Mal de Parkinson.
E há muito mais: José Bonifácio, o “patriarca da Independência”, agia como um chefe de cangaceiros; o proclamador da República, Marechal Deodoro da Fonseca, apoiou, ao fazer vista grossa, o empastelamento do jornal A Tribuna; os constantes destemperos e agressões do general Newton Cruz contra jornalistas; a escandalosa eleição do então ministro Alfredo Buzaid para a Academia Paulista de Letras após este lançar uma cartilha de caráter fascista... E mais, muito mais: as violentas torturas infligidas contra diversos jornalistas como Rodolfo Konder, Maurício Azedo, Miriam de Almeida Leitão Netto, Renato Oliveira da Motta, Antônio Carlos Fon, o espancamento selvagem, brutal, do jornalista Gregório Bezerra, suspeito de manter relações com comunistas, pelo coronel Darcy Villoq Viana, em praça pública, e a morte de Wladimir Herzog nos porões do DOI-CODI.
Não apenas os “mandões” do subtítulo de “Cale a boca, jornalista!” atentaram contra a liberdade de imprensa e integridade física de jornalistas, mas também alguns grandes artistas, pessoas sensíveis e defensoras do pensamento livre, como Procópio Ferreira. Em 1933, num artigo de Gondin da Fonseca publicado no Correio da Manhã, o jornalista salientava o amor do dramaturgo à sua pátria, Portugal. Procópio Ferreira sentiu-se extremamente ofendido com a “pecha” de português e decidiu “limpar sua honra” à bala. Felizmente o ator foi dissuadido por um redator do jornal, mas impôs a condição de publicar uma réplica.
Enfim, Fernando Jorge nos ensina que as perseguições e arbitrariedades contra a Imprensa são um problema crônico em nosso país há muito tempo. Ele próprio foi perseguido durante o regime militar por afirmar que existia preconceito racial no Brasil. Para nossa tristeza e vergonha nacional, episódios recentes mostram que as perseguições parecem não ter terminado.
Há o caso do jornalista Jorge Kajuru, condenado à prisão em maio de 2005 em processo movido pelas Organizações Jaime Câmara, afiliada da Rede Globo em Goiânia. Kajuru contestou os baixos valores de compra dos direitos de transmissão do campeonato goiano de 2000, pagos pela empresa.
Em 2004 o presidente Lula chegou a cogitar a expulsão do país do repórter Larry Rother, correspondente do New York Times no Brasil, por causa de uma matéria onde o jornalista comentava sobre os hábitos etílicos de nosso presidente, escrita no início daquele ano.
“Cale a boca, jornalista!” é uma obra fundamental e valiosa para estudantes de jornalismo, jornalistas, apreciadores de nossa história e curiosos sobre a Imprensa brasileira.
Cale a boca, jornalista! – O ódio e a fúria dos mandões contra a imprensa brasileira
Fernando Jorge
Páginas: 448
Editora Novo Século
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