segunda-feira, 15 de março de 2010

Ainda vão insisitir que a "doida" sou Eu???? E nem venham me dizer que a culpa é do "Daime". Por favor... à César o que é de César.


Por Evandro Fadel, Agencia Estado,
 Atualizado:
15/3/2010

Suspeito de matar Glauco diz
 cumprir 'chamado de Deus'



O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, de 24 anos, preso na noite de ontem quando tentava atravessar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, por Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, disse à Polícia Federal que matou o cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos, e seu filho Raoni, de 25 anos, na madrugada de sexta-feira, porque estava cumprindo um "chamado de Deus" e uma "missão".
O próprio estudante teria confessado o crime, antes mesmo de ser perguntado. A PF afirmou não ter entrado em detalhes, em razão de o crime ser investigado pela polícia paulista, mas o delegado José Alberto Iegas admitiu que Cadu tem um discurso místico, em que declara ser Jesus Cristo. Mais tarde, após depoimento, o delegado avaliou que o rapaz também demonstra alguma lucidez. "Parece que ele tem as ideias concatenadas, estava lúcido, fala bem, mas fica difícil fazer uma avaliação da questão psicológica dele. Certamente deve ser submetido a algum exame para verificar."

Aos interrogadores, ele afirmou ter atirado em Glauco e, em seguida, no filho, que teria reagido aos disparos no pai. Ele também afirmou à polícia que estava disposto a matar policiais, caso fosse necessário para a fuga. Ele chegou a atirar contra agentes federais, atingindo um deles no braço. O policial seria submetido a uma cirurgia hoje para a retirada da bala. Ele estava com uma pistola 7.65, que tinha um pente de 25 tiros vazio e outro intacto com a mesma quantidade de tiros. Indiciado em Foz por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma, resistência à prisão, uso de entorpecente e roubo de veículo, ele está em uma cela separada à disposição da Justiça Federal, que decidirá sobre transferência a São Paulo.
Cadu afirmou ter planejado a fuga escondido em uma mata em São Paulo. No domingo pela manhã, pegou um Fiesta Sedan preto, em assalto, e iniciou a viagem rumo ao Paraguai. Não contava com informações passadas às polícias rodoviárias sobre o roubo do automóvel. Quando chegou a Santa Terezinha do Itaipu, a cerca de 30 quilômetros da fronteira, policiais rodoviários tentaram pará-lo, mas houve um primeiro confronto. Uma hora depois, houve um segundo, quase no meio da Ponte da Amizade, quando acabou preso. "Os policiais pediram para que ele parasse, mas ele não parou e já começou a atirar", disse o delegado.
Logo depois da prisão, uma equipe da Rede Paranaense de Televisão (RPC), retransmissora da Rede Globo, conseguiu entrevistá-lo. Com as roupas rasgadas e os olhos saltados, ele fez sinal de concordância com a cabeça quando perguntado se tinha matado o cartunista. Como a repórter insistiu na pergunta, respondeu apenas: "Foi, foi". Com ele a polícia encontrou 2,7 gramas de maconha, mas apenas exames toxicológicos apontarão se estava sob efeito de droga.

Motorista envolvido em morte de Glauco se entrega




 
O universitário Felipe de Oliveira Iasi, de 23 anos, motorista do Gol usado para levar o suspeito Carlos Eduardo Sandfeld Nunes, de 24 anos, à casa do cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos, se apresentou à Polícia Civil na tarde de hoje. Ele estava acompanhado de seu advogado, Cássio Paoletti. Segundo o advogado, Felipe não participou de nenhum crime e teria sido sequestrado por Carlos Eduardo antes que ele matasse o cartunista e seu filho Raoni, na madrugada de sexta-feira.
Ainda de acordo com o advogado, o Carlos Eduardo estava transtornado e afirmava ser a reencarnação de Jesus Cristo. Ele insistia em dizer que precisava ir até a casa do cartunista, pois tinha a intenção de levar Glauco até o lugar onde morava com a mãe. Ele queria que o cartunista confirmasse para sua mãe que ele seria Jesus Cristo. De acordo com a versão do advogado, quando eles chegaram na casa do cartunista, Carlos Eduardo estava visivelmente abalado e obrigou Bia, mulher de Glauco, a filha e o cartunista a se sentarem no sofá. Nesse momento, o filho Raoni chegou e também foi obrigado a sentar-se com a família.
Apavorado, Felipe teria conseguido correr, entrado no carro e tentado dar a partida no veículo. Quando o carro pegou, ele arrancou e bateu a traseira do carro em uma lata de lixo. Ele disse ao advogado que nem chegou a ouvir os disparos e nega a versão de que teria ajudado Carlos Eduardo na fuga. Ainda segundo a versão do advogado, Felipe avisou a mãe dele, Ineida Oliveira, sobre o fato de ter sido sequestrado. No dia seguinte, soube da tragédia e procurou a polícia.

O delegado Archimedes Cassão Veras Junior começou a ouvir o depoimento de Felipe às 16h40. O jovem confirmou que Carlos Eduardo ligou para um parente do cartunista ontem à tarde, cujo nome o delegado preferiu manter em anonimato, e que essa pessoa, ao atender, desligou o aparelho imediatamente.

A minha alma







A minha alma está armada
E apontada para a cara
Do sossego
Pois paz sem voz
Não é paz, é medo
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero
Conservar
Para tentar ser feliz
As grades do condomínio
São para trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faz um filho comigo
Mas não me deixe sentar
Na poltrona no dia de domingo
Procurando novas drogas
De aluguel nesse vídeo
Coagido
É pela paz
Que eu não quero
Seguir admitindo
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir..
Admitindo

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