Não poucos os casos de blogues notificados por empresas ou por cidadãos têm nos vindo ao conhecimento. Sempre aqueles que promovem a denúncia correta devem poder continuar com sua peleja.
É lícito na sociedade democrática a livre manifestação, mas convém notar que ao lado do inalienável direito à palavra, está o dever da comprovação, sob as penas da lei.
A internet é um instrumento aberto que deve ser usado com sabedoria e coerência. As denúncias devem ser feitas, sempre se pautando nos indícios e não na mera especulação. A chamada "grande" imprensa não pode ser a única a difundir a informação relevante ao povo brasileiro pois é sabido que sua fonte e seus interesses, são viciados.
A imensa rede de blogues informativos deve estar atenta a divulgar as ameaças sofridas por seus integrantes, para o fim de transformar a sociedade brasileira em uma comunidade que efetivamente se paute pela justiça e pelas leis.
Se as grandes empresas, sejam as nacionais, sejam as estrangeiras, continuarem com a truculência com a qual vêm trabalhando no impeto de silenciar o leitor (e eleitor), deverão elas terem a exata noção de que se por um lado, cada um de nós é fraco e desamparado, a coletividade detém uma força descomunal.
Conclamem a todos os blogues que se mobilizem divulgando e denunciando cada vez mais, mas que não percam de vista que tais denúncias precisam estar apegadas à lei pátria, para que mesmo nas mais desesperadas atitudes de silenciamento, sejam apreciadas e julgadas pelo poder judiciário na melhor forma do Direito. Pois este é o único que deve perseverar.
Assim, a mera especulação deve ser evitada. Mas a denúncia deve sim, ser levada adiante por aqueles que detém a informação. Urge que a lei e os Tribunais estejam do lado correto!
Não nos iludamos, somente o império da lei pode mandar de volta para suas casas, aqueles que pretendem vilipendiar a riqueza, a cultura e o direito de informação do cidadão brasileiro. E é sob este império que devemos lutar.
Em paralelo, os blogues que vêm sendo ameaçados devem continuar a se socorrer em seus colegas, dando ciência e divulgando a todos, a tentativa tosca da censura. Não há notificação extrajudicial que sobreviva a um conjunto de provas bem arregimentado. Servem apenas, tais notificações, como instrumento de pressão a tentar retrair o denunciante.
(Anais Políticos)