domingo, 29 de março de 2020

Capitão do Exército e esposa são presos pela Brigada Militar em Alegrete

Capitão do Exército Brasileiro, de 37 anos, e a esposa, de 39 anos, foram presos pela Brigada Militar na noite de ontem(27). A mulher que é professora, foi autuada por posse ilegal de arma de fogo e o militar por disparos de arma de fogo em via pública.
Durante o patrulhamento ostensivo, a guarnição recebeu informações, via rádio, da Guarda Externa do Presídio que um Prisma branco passou em frente ao PEAL e realizou disparos de arma de fogo. O carro trafegava sentido bairro/centro na Avenida Eurípedes Brasil Milano. Os policiais iniciaram buscas e, pouco tempo depois, foram comunicados, através do 190, que um veículo com as mesmas características estava cerca de cinco quadras à frente do Presídio e o carona, novamente, teria realizado disparos de arma de fogo.
Na sequência, uma outra denúncia, ao 190, informou que o mesmo veículo estava na rua Demétrio Ribeiro. Assim que o carona desceu do carro com a arma em punho, teria feito mais disparos em via pública e adentrou um dos prédios.
As guarnições foram ao endereço e, no primeiro momento, realizaram contato com a esposa do Capitão. Ela disse que o militar estaria dormindo e não conseguiu acordá-lo, também, não iria permitir a entrada dos policiais no apartamento, apenas do Exército.
Então, foi feito contato com a Unidade Militar e depois de duas horas de espera, os policiais receberam o retorno que o Exército não iria comparecer no local. Diante da resposta, os PMs fizeram novo contato com o casal e adentraram o apartamento. Depois de várias buscas nas dependências e sem localizar a arma, os policiais desconfiaram da mulher. Ela estava sentada e negava-se a levantar. Ao ser solicitado que ela ficasse em pé, foi constatado que a mesma estava sentada em cima da pistola .40.
O casal recebeu voz de prisão, foi conduzido ao HGUA e posteriormente à Delegacia de Polícia. Em contato com Delegado Valeriano Neto, foi determinado prisão em flagrante para ambos. A mulher foi autuada por posse ilegal de arma de fogo afiançável em 3 mil reais e, para o militar, flagrante por disparos de arma de fogo em via pública, afiançável em 10 mil reais.
A fiança da professora foi paga e ela foi ouvida e liberada. Já o Capitão foi conduzido à Unidade Militar. Além da pistola .40 também foram apreendidos 90 cartuchos do mesmo calibre.

Justiça estadual libera 1,8 mil presos como medida preventiva ao novo coronavírus

Decisão cumpre recomendação do CNJ e beneficia encarcerados enquadrados em grupo de risco e que já cumpriam regimes aberto e semiaberto

Última atualização: 28.03.2020 às 16:31
Segundo nota da Corregedoria-Geral da Justiça do Rio Grande do Sul, entre os dias 18 e 27 de março, 1.878 presos no sistema carcerário gaúcho foram beneficiados com concessões de liberdade provisória, revogação de prisão preventiva, prisão domiciliar e medida cautelar diversa da prisão. As decisões cumpriram a Recomendação nº 62 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orienta tribunais e magistrados a adotarem "medidas preventivas à propagação da infecção pelo novo coronavírus - Covid-19 no âmbito dos sistemas de justiça penal e socioeducativo".

A triagem dos presos com direito ao benefício, segundo informa a Corregedoria, foi feita a partir de levantamento de dados e de informações prestadas por juízes criminais e de execuções criminais. Os presos liberados correspondem a 4,47% do um total de 42 mil pessoas aproximadamente que estavam encarceradas antes do dia 18. Além disso, estão enquadrados em grupo de risco, como idosos e portadores de comorbidades graves.
A maioria dos presos postos em prisão domiciliar, acrescenta o órgão, já cumpria pena em regimes aberto e semiaberto, com direito a trabalho externo e saídas temporárias. A liberação de cada um foi precedida de manifestação do Ministério Público.

Após Bolsonaro incentivar o fim do isolamento, avenidas do Recife registram aumento de fluxo

Publicado em: 27/03/2020 23:28 Atualizado em: 27/03/2020 23:39
 (Foto: Hesíodo Goes/Esp. DP)
Foto: Hesíodo Goes/Esp. DP
As ruas do Recife passaram a registrar um movimento maior nos últimos dias, especialmente ontem. O fenômeno também foi percebido em outras capitais do Nordeste, como Natal, sobretudo em estados que anunciaram reabertura do comércio, como Santa Catarina e Mato Grosso. Na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro orientou a população a voltar à normalidade e seguiu reforçando sua mensagem. Ele defende que o isolamento deve ser deixado apenas para pessoas com mais de 60 anos e para os que constituem o grupo de risco, e pontua ainda, que os meios de comunicação espalharam "pavor".
A opinião do presidente contraria as recomendações divulgadas pelo Ministério da Saúde desde os primeiros registros da pandemia no país, de que, independentemente da idade, a população deveria evitar sair de casa para diminuir os riscos de contrair o novo coronavírus. Na Itália, que já contabilizou mais de nove mil mortes, o prefeito de Milão – cidade que concentra aproximadamente metade dos casos fatais - admitiu que foi um erro não ordenar a quarentena mais cedo.

Em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, a tarde desta sexta (27) foi marcada por um aumento nítido no número de pessoas praticando exercícios físicos, a maioria delas realizando caminhadas, corridas e andando de bicicleta, como uma tarde de domingo normal. Algumas pessoas, apesar da proximidade entre elas, usavam máscaras na tentativa de se proteger durante as atividades. Com cones, cordas e obstáculos, um grupo fazia aulas de funcional no fim da tarde em frente ao Cais José Estelita, no Pina, ignorando as recomendações de isolamento social indicada pela Prefeitura do Recife e pelo Governo de Pernambuco.

O órgão municipal, mantém, ainda, entre as medidas do Plano Municipal de Contingenciamento da Covid-19, a suspensão de atividades em espaços públicos de prática de exercícios físicos. Na Avenida Agamenon Magalhães, área central da cidade, foi visível o aumento do fluxo de carros, principalmente na via que segue sentido Olinda, registrando o retorno para casa de quem trabalha na cidade vizinha.

Em uma das principais lanchonetes da avenida, situada ao lado do Clube Português, havia intensa fila no drive-thru e muitos carros estacionados. A estação de BRT no canteiro central da Praça do Derby estava cheia no início da noite desta sexta, com pessoas aglomerados na espera da sua linha no transporte coletivo. No geral, a região registrou um movimento semelhante a um sábado à noite comum, mesmo com restaurantes, bares e comércio fechado por determinação do Governo de Pernambuco.

Para monitorar a efetividade do isolamento domiciliar, a Prefeitura do Recife usando uma ferramenta para saber se orientação de ficar em casa está sendo seguida e onde é necessário aplicar novas ações para que mais pessoas estejam protegidas em suas casas. Mesmo com a recomendação do Presidente da República, o governo estadual também mantém suspenso o funcionamento das escolas, universidades, comércio e restaurantes por tempo indeterminado, além de recomendar o que a população siga no resguardado em suas casas.

Ao lado dos oito governadores do Nordeste, Câmara assinou uma carta aberta de "profunda indignação" com a postura do governo federal quanto às ações para conter a pandemia da Covid-19. De acordo com os líderes, com essa postura, a União contraria a orientação de entidades, que indicam o isolamento social como melhor forma de conter a doença e promove campanhas contra a quarentena. “Este tipo de iniciativa representa um verdadeiro atentado à vida”, diz os governadores em carta lançada após reunião por videoconferência desta sexta.

Coronavírus: saiba como vai funcionar o empréstimo para empresas pagarem salários

  • AGÊNCIA O GLOBO
 ATUALIZADO EM 
 (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Em mais uma medida para diminuir o impacto da pandemia do novo coronavírus na economia, o Banco Central (BC) anunciou uma linha emergencial de empréstimos para pequenas e médias empresas custearem a folha de pagamento diante da interrupção de uma série de atividades em todo o país.
O total desta linha de crédito será de R$ 40 bilhões, dos quais 85% (ou R$ 34 bilhões) serão subsidiados pelo Tesouro Nacional. De acordo com avaliação do BC, a estrutura do empréstimo desestimulará demissões nesse período.
Confira, abaixo, um guia sobre como vai funcionar a medida e quais empresas podem solicitar esse crédito.
Que empresas têm direito?
Podem requisitar o financiamento aquelas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 10 milhões.
Há limite de salários?
Sim, de dois salários mínimos por trabalhador.
Como ficam salários mais altos?
Quem ganha acima de dois salários mínimos terá um rendimento menor, limitado a dois mínimos. A empresa, porém, pode optar por complementar o valor.
A empresa poderá usar o recurso para outro fim?
Não. O dinheiro irá diretamente para a conta do trabalhador.
Pode haver demissões?
Não. A empresa que pegar a linha fica obrigada a manter os empregos durante os dois meses do programa.
Qual o juro que será cobrado?
Os juros serão de 3,75% ao ano.
Bancos privados vão oferecer o crédito?
Sim. Santander, Itaú e Bradesco já anunciaram que terão recursos.
Qual o prazo de pagamento e a carência?
O prazo para pagamento do empréstimo será de 30 meses, e a carência, de 6 meses.
Qual a origem do dinheiro?
O governo entra com 85% dos recursos (R$ 34 bilhões), e os bancos, com 15% (R$ 6 bilhões).
Quantas empresas serão beneficiadas?
O potencial é de 1,4 milhão, com 12,2 milhões de trabalhadores.
A empresa pode pegar a linha e também reduzir o salário dos funcionários?
O governo não deixou isso claro.
Quando o crédito estará disponível?
O governo também não informou. Não se sabe se esse dinheiro poderá ser usado para pagar a folha que precisa ser depositada até 5 de abril.

Estudo da Nasa mostra que planeta está 'mais verde' que há 20 anos

  • BBC NEWS BRASIL
  • BBC NEWS BRASIL
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Aumento de área coberta por vegetação foi puxado pela Índia e China (Foto: Nasa via BBC)
Ao mesmo tempo em que o mundo testemunha avanços preocupantes do desmatamento na Amazônia em outras grandes florestas, como na Indonésia, Congo e Rússia, no quadro geral, o planeta se tornou mais verde na comparação com 20 anos atrás.
Essa conclusão surpreendente foi apresentada pela Nasa (a agência espacial americana) na semana passada.
Esse aumento nas áreas foliares globais se deve basicamente aos dois países mais populosos do mundo: China e Índia. Mas se deve, também, à expansão de áreas agrícolas "verdes".
Por quase 20 anos, dois satélites da Nasa coletaram dados e imagens da Terra para observar o comportamento das áreas "verdes".
Ao analisar esses dados, os pesquisadores notaram que, durante essas duas décadas, essa área foliar aumentou o equivalente a toda cobertura da Amazônia.
A grande contribuição da China para isto se deve em grande parte ao fato de o país ter implementado programas para conservar e expandir suas florestas - uma estratégia para reduzir os efeitos da erosão do solo, a poluição do ar e as mudanças climáticas.
Nas últimas décadas, a China implementou programas para aumentar sua cobertura vegetal (Foto: Getty Images via BBC)
O aumento do verde também é devido, em menor proporção, à expansão de áreas de cultivo agrícola naquele país.
No caso da Índia, é o inverso. A expansão do verde se deve mais à ampliação agrícola do que ao aumento das florestas em si.
"Isso não significa que as florestas estão sendo substituídas por terras cultivadas", disse à BBC News Mundo Chi Chen, pesquisador do Departamento de Terra e Meio Ambiente da Universidade de Boston, que liderou o estudo.
"Em vários casos, trata-se do uso do mesmo terreno, que se torna mais produtivo", explica.
Em ambos os países, a produção de grãos, legumes e frutas aumentou entre 35% e 40% desde 2000.
Na Índia, o aumento da vegetação é tributário principalmente da ampliação da agricultura; esta, no entanto, não contribui para a captura do carbono, como é o caso das florestas (Foto: Getty Images via BBC)
Os poréns
Para os autores do estudo, em geral, as descobertas são boas notícias.
"Nos anos 70 e 80, na Índia e na China, a situação da perda de vegetação não era boa", disse em comunicado à imprensa Rama Nemani, pesquisador da Nasa que participou do estudo.
"Nos anos 90 as pessoas perceberam isso, e hoje as coisas melhoraram".
Mas os cientistas também fazem alertas e ressalvas.
Por exemplo, na Índia, o aumento na produção de alimentos depende da irrigação das águas subterrâneas. Se essa água acabar, a tendência pode mudar.
Além disso, estudiosos destacam que o aumento da vegetação em todo o mundo não compensa os danos causados ​​pela perda da cobertura natural em regiões tropicais, como o Brasil e a Indonésia.
"As consequências para a sustentabilidade e a biodiversidade desses ecossistemas permanecem", diz o relatório.
Além disso, como Nemani explica à BBC News Mundo, "a terra dedicada à agricultura não ajuda a armazenar carbono, como é o caso das florestas".

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