sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Carta Aberta á Renan Calheiros



Publicado por Mendonça Neto, Jornal Extra – Rio de Janeiro .
                   
“Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz”. As vacas de Renan dão cria 24 h, por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas!

Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.

Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado estadual em 1978 – que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição dentro da ditadura militar – você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem
nunca a ousar como os bandidos.

Você é um homem ousado. Compreendeu, num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino, que é vencer a qualquer preço. E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço,
Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a degladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de dinheiros.

Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia derrotaria todos eles, os emplumados almofadinhas que tinham empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas, um leque imenso sobre a mesa dos usineiros, para que os mosquitos de Murici (em Murici, até os mosquitos são vorazes) não
mordessem a tez rósea de seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da política, não seria Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira fechada, das terras e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os Omena, poderosos e perigosos.

Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca.

Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser Parido o novo Renan.

Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito.
Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito, essa sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o seu talento
De vencedor.
Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan Calheiros decidiu que, se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria em tudo. Haveria de ser recebido em Palacios, em mansões de milionários, em Congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto,
todos os seus traumas banhados no rio Mundaú, seriam rebatizados em Fausto e opulência; “Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo
do Rei.”

Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens: “A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível.” Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: “Suje-se,
gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!”

Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez. Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de moço!
Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua campanha com US1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo Hotel Luxor, av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.

E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-lo nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a qualquer preço. O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha –
e é tudo seu, montanha e glória – ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme, que blefa rindo, e cujos olhos indecifráveis Intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No blefe.

Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política
brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse público? ACM, que, na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem-cerimônia com que cultiva corruptos? José
Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho, passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem?

Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje ospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola?
Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou o Supremo Tribunal Federal?
No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem. Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais para blinda-lo.

E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra – Siba – é o camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo para que a sua bandeira – absolver Renan no Conselho de Ética – consagre a sua carreira.
Não sei se este Siba é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o jeito sestroso com que ele defende o chefe… É mais realista que o Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que,
desde logo, previne: quero absolver Renan.

Que Corregedor!… Que Senado!…Vou reproduzir aqui o que você declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:

1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil,
2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil,
3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil,
4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil ..

E SÒ.

Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado!!
Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na realidade, mais de R$1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel, comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000.Só aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA DE R$ 5.000.000.

Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhoes, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de laranjas? Que herança moral você deixa para seus descendentes?.

Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena? Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior latifundiário de Murici. E você respondeu: “Não tenho uma só tarefa de terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho.” É verdade, especialmente no verde das mesas de pôquer!

O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices.
Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento desonesto e mentiroso. Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por causa de gente como você!

Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria vergonha na cara. Os alagoanos agradecem.





Nao desejo que pensem como eu. Desejo tão somente, que PENSEM!!!!! O que o trabalhador primeiro deve ENTENDER. Para em seguida saber COMO, QUANDO e PORQUE EXIGIR!

Por Ali Mohamad Jaha -

Muito tem se falado ultimamente, principalmente nas redes sociais, no caos que seria o Brasil com a extinção de três “direitos” sociais: previdência social, 13º salário e FGTS.
SE EU PUDESSE, ABRIRIA MÃO DE TODOS ELES!
Você está louco, professor? Por que essa revolta, jovem? Você bebeu, Ali?
Não, estou (aparentemente) dentro dos meus parâmetros de normalidade.=)
Voltando ao artigo, temos algumas PREMISSAS a serem observadas:
a) Quando você trabalha, na condição de empregado em uma empresa, você paga do seu bolso, em regra, 11% do seu salário bruto de contribuição previdenciária. Sendo que tal contribuição respeita o teto de R$ 5.189,82 (valor para o exercício 2016), ou seja, se você recebe R$ 10.000,00 mensais, a sua contribuição de 11% incidirá sobre o citado teto apenas. Não obstante, o seu patrão também deve pagar mensalmente uma contribuição patronal de 20% sobre o seu salário, sem respeita a nenhum teto, ou seja, no exemplo citado, a contribuição será de 20% sobre o salário de R$ 10.000,00.
b) A previdência social no Brasil (também conhecida como INSS) adota o regime de repartição simples, ou seja, a contribuição que você paga, bem como aquela que o seu patrão paga servem exclusivamente para sustentar os benefícios previdenciários de quem é aposentado ou pensionista. Em resumo, quem está na ativa financia quem está na inativa, por isso, tal regime recebe a carinhosa e pomposa alcunha de “pacto de gerações”. Em outras palavras, esses dois recolhimentos mensais não formam um fundo monetário (uma poupança, em grosso modo) em prol de você mesmo, o que é péssimo do ponto de vista financeiro (não precisa ser economista para perceber o engodo presente no sistema de repartição adotado em terras tupiniquins), mas sim financiam uma pirâmide financeira que depende da entrada de novos recolhimentos para pagar aqueles que já recebem os benefícios.
c) Quando se fala em extinção do 13º salário, entende-se que o seu valor deve ser diluído nos 12 meses que compõem o ano civil, ou seja, em cada mês você receberá 1/12 da sua gratificação natalina. Essa é a lógica por trás da “extinção” do benefício. No caso em tela: R$ 10.000,00 / 12 = R$ 833,33 a mais por mês. Ao invés de esperar os meses de junho e/ou dezembro de cada ano para receber a sua parcela única ou as suas duas parcelas de 13.º salário, por que não receber de forma diluída em 12 vezes? Você dispõe do salário de forma antecipada e pode investir/utilizar tal benefício de forma regular.
d) O FGTS, por sua vez, é uma parcela de 8% do seu salário bruto mensal que o seu patrão recolhe numa conta da Caixa Econômica Federal em seu nome. Em algum momento da sua vida (dispensa sem justa causa, aposentadoria, quitação de financiamento imobiliário, etc.) você poderá levantar (sacar) esse valor corrigido. Poxa, que legal que o governo é! Não, não se iluda, meu caro! A remuneração (correção) desses valores depositados é feita com base na Taxa de Referência (TR) + 3,0% ao ano, ou seja, nos últimos 3 anos, essa correção foi, em média, de 4,5% ao ano. Isso é muito ou pouco? Isso é MUITO POUCO! A taxa básica de juros (Selic) vai fechar 2016 acima dos 14,0% e a inflação bem acima dos 8,0%! Em resumo, o FGTS, ao invés de proteger o trabalhador, é um ardil adotado pelo governo para captar dinheiro do trabalhador, investir em aplicações rentáveis (ou empreiteiras do Minha Casa Minha Vida) e devolver o dinheiro futuramente com uma correção pífia ao trabalhador. É praticamente um roubo institucionalizado em lei.

Representando a previdência social estatal em uma imagem
Com base nessas premissas podemos tirar algumas conclusões, a saber:
– A previdência social é um péssimo negócio! Eu trabalho e pago a aposentadoria de quem já está inativo. E quando chegar a minha vez de me aposentar vou depender do trabalho de quem está na ativa. É um sistema que não se sustenta financeiramente e tende, no médio-longo prazo, a entrar em colapso, como toda pirâmide financeira. É uma conta que nunca vai fechar! Por essa dependência entre as gerações (ativos x inativos) e pela ineficiência adotada no sistema de repartição, os valores de aposentadoria não são corrigidos conforme a inflação, ou seja, cedo (após três anos) ou tarde (após dez anos), TODOS OS APOSENTADOS ESTARÃO RECEBENDO UM SALÁRIO MÍNIMO DE APOSENTADORIA. É trágico, mas é a mais pura verdade. Um sistema que não capitaliza o dinheiro investido e apenas reparte nunca vai dar certo, seja no Brasil, no Japão, na União Europeia ou nos Estados Unidos.
– Não faz sentido ter que esperar determinadas épocas do ano (junho e/ou dezembro) para receber o 13º salário! É melhor fazer um fluxo contínuo de 12 parcelas durante o ano. Melhora muito a programação financeira do trabalhador e da sua família.
– O FGTS, como podemos perceber, é um roubo institucionalizado, onde o governo capta capital e o devolve com mais umas migalhas, sendo que quase a totalidade de rendimentos fica com o próprio governo, que aplicou o SEU DINHEIRO em investimentos lucrativos.
Para entender como o FGTS é um assalto ao trabalhador
Agora que você conheceu os malefícios embutidos nos institutos citados (previdência social, 13º salário e FGTS), vamos realizar um estudo de caso onde o trabalhador e/ou empregador, ao invés de realizar os recolhimentos devidos (previdência e FGTS) e pagar o 13º em uma ou duas parcelas, utilizasse tais recursos em prol do trabalhador de maneira eficiente e SEM A PRESENÇA DO GOVERNO. Vamos nessa?

ESTUDO DE CASO I:

Danilo, engenheiro mecânico numa empresa multinacional, recebe um salário bruto de R$ 12.000,00. No nosso estudo de caso, os valores devidos de Previdência Social e FGTS seriam revertidos em renda todos os meses e, não obstante, o 13º salário seria parcelado em 12 vezes, ou seja, incorporado aos salários mensais.
Diante dos dados, teríamos:
Salário: R$ 12.000,00
Contribuição patronal: R$ 12.000,00 x 20% = R$ 2.400,00
Contribuição do empregado: R$ 5.189,82 x 11% = R$ 570,88
FGTS: R$ 12.000,00 x 8% = R$ 960,00
13º salário: R$ 12.000 / 12 = R$ 1.000,00
Observe que a soma das contribuições previdenciárias, do FGTS e do 13º salário parcelado resultaria num montante de R$ 4.930,88 a mais no salário de Danilo, ou seja, um AUMENTO REAL DE 41,1% DA SUA RENDA MENSAL.
Entretanto, ele não poderia contar com a previdência social (aposentadoria) e nem com o saque futuro do seu saldo de FGTS. O que fazer?
Simples, desse aumento de R$ 4.390,88, poderíamos subtrair R$ 1.000,00 (13º salário parcelado mensalmente) para gastos pessoais e depositar todos os meses o valor de R$ 3.930,88 (previdência social + FGTS) em uma aplicação financeira e sacar, após 30 ou 35 anos de trabalho, o valor acumulado.
E isso seria muito ou pouco?
Depende no que o Danilo iria aplicar o seu dinheiro mensalmente. Depende do perfil dele (conservador, moderado ou agressivo).
Para efeitos de cálculo, vamos pegar o pior e mais famoso investimento existente no Brasil, a poupança. Para constar, toda as vezes que alguém me fala que deixa boa parte da sua reserva financeira na poupança eu sempre fico na dúvida entre chorar ou rir da pessoa que me deu essa notícia. =(
Enfim, vamos focar no artigo.
No caso, Danilo trabalharia 30 anos (360 meses) e iria se aposentar. Sendo assim, ao final dessas três décadas, considerando a (BAIXÍSSIMA) correção de 0,70% ao mês da poupança, Danilo teria o seguinte montante acumulado:
R$ 6.401.271,09
Esse valor equivale a 378 salários de R$ 16.930,88 (R$ 12.000,00 + R$ 4.930,88).
EM RESUMO, APÓS 30 ANOS TRABALHANDO, DANILO TERIA JUNTADO MAIS DE 31 ANOS DE ALTÍSSIMO SALÁRIO PARA DESFRUTAR A APOSENTADORIA DE FORMA DIGNA E HONROSA (SEM CONTAR COM OS JUROS CAPITALIZÁVEIS QUE CONTINUARÃO TRABALHANDO EM PROL DO SEU PATRIMÔNIO FINANCEIRO). Isso investindo em uma péssima aplicação como a poupança. Imagine se ele investisse em uma aplicação (como o Tesouro Direto) com a taxa Selic, atualmente em 14,5% ao ano. Ou em ações com maior risco.
Se você não acredita que dividir uma pizza em 13 pedaços ao invés de 12 aumenta o tamanho da pizza, por que acredita que o 13° salário aumenta seu salário?

ESTUDO DE CASO II:

Para evitar alegações de que para remunerações menores a minha análise seria falha, façamos um segundo raciocínio.
Luiz, auxiliar de metalurgia, em início de carreira numa montadora de automóveis, recebe um salário bruto de R$ 880,00 (um salário mínimo atual). Entretanto, se os valores devidos de previdência social e FGTS fossem revertidos em renda todos os meses e, não obstante, o 13º salário fosse parcelado em 12 vezes mensais, teríamos:
Salário: R$ 880,00
Contribuição patronal: R$ 880,00 x 20% = R$ 176,00
Contribuição do empregado: R$ 880,00 x 8% = R$ 70,40
FGTS: R$ 880,00 x 8% = R$ 70,40
13º salário: R$ 880,00 / 12 = R$ 73,33
Observe que a soma das contribuições previdenciárias, do FGTS e do 13º salário parcelado resultou num montante de R$ 390,13 a mais no salário de Luiz, ou seja, ele teve um AUMENTO REAL DE 44,3% DA SUA RENDA MENSAL.
Entretanto, como no caso de Danilo, ele não poderia contar com a previdência social (aposentadoria) e nem com o saque futuro do seu saldo de FGTS. O que fazer?
Simples, desse aumento de R$ 390,13, Luiz utilizaria R$ 73,33 (13º salário parcelado) para gastos pessoais e depositaria mensalmente o valor de R$ 316,80 (previdência social + FGTS) em uma aplicação financeira e sacaria, após 30 ou 35 anos de trabalho, o valor acumulado.
E isso seria muito ou pouco?
Novamente, dependeria no que o Luiz fosse aplicar o seu dinheiro mensalmente e do seu perfil (conservador, moderado ou agressivo). Supondo novamente que fosse a poupança e que Luiz trabalhasse por 30 anos (360 meses) antes de se aposentar, ao final dessas três décadas, considerando a (BAIXÍSSIMA) correção de 0,70% ao mês da poupança, Luiz teria o seguinte montante acumulado:
R$ 515.895,34
Um valor equivalente a 406 salários de R$ 1.270,13 (R$ 880,00 + R$ 390,13).
EM RESUMO, APÓS 30 ANOS TRABALHANDO, LUIZ TERIA JUNTADO QUASE 34 ANOS DE SALÁRIO MAJORADO PARA DESFRUTAR A APOSENTADORIA (SEM CONTAR COM OS JUROS CAPITALIZÁVEIS QUE CONTINUARÃO TRABALHANDO EM PROL DO SEU PATRIMÔNIO FINANCEIRO). Isso, lembrando, investindo em uma péssima aplicação como a poupança. Imagine se ele investisse em uma aplicação (como o Tesouro Direto) que rendesse próximo da taxa Selic, atualmente em 14,5% ao ano. E supondo que Luiz mantivesse a renda baseada em um salário mínimo a vida inteira.
Tem certeza que esse punhado de papel te garante “direitos”?

Se você ainda pensa que a Previdência Social e o FGTS são “direitos” inegociáveis, uma verdadeira “vitória dos trabalhadores”, lembre-se do seu avô, da sua avó, do seu pai ou da sua mãe que é aposentado do INSS há alguns anos e tem que se virar com R$ 880,00 por mês e o saldo do FGTS já se foi há pelo menos uns 10 anos.
Grande abraço
Professor de direito previdenciário, legislação previdenciária e legislação da saúde do Estratégia Concursos e auditor fiscal da Receita Federal do Brasil.

A grande resposta da professora das filhas de Veríssimo ao cachorrinho de madame que virou pitbull de quadrilheiro







































Por Augusto Nunes
Veja

Neste 20 de agosto, o jornal gaúcho ZH publicou a crônica em que Luis Fernando Verissimo informa que não vê diferenças entre manifestações de rua contra o governo e matilhas de vira-latas. No mesmo dia, a leitora Rosália Saraiva, que foi professora das filhas do patriarca dos humoristas estatizados, encaminhou ao blog do jornalista Políbio Braga uma carta endereçada ao pai das ex-alunas. A resposta, merecidíssima, é de envergonhar até quem perdeu a vergonha de vez.

O rosnado de Verissimo nasceu do medo. O fim da era lulopetista pode custar-lhe a liderança que ocupa no ranking dos autores mais didáticos do Ministério da Educação. Esse possível rebaixamento na lista dos escritores federais oferece motivos de sobra — milhões de motivos — para que um cachorrinho de madame vire candidato a pitbull de quadrilha. Talvez sossegue algum tempo depois do troco, reprisado abaixo, que uma valente professora lhe aplicou no fígado. Confira. (AN)


Prezado LF Verissimo:
Na crônica com o título ‘O Vácuo’, comparaste os manifestantes contra o governo aos cachorros vira-latas que, no passado, corriam atrás dos carros, latindo indignados. Dizes que nunca ficou claro o que os cães fariam quando alcançassem um carro, por ser uma raiva sem planejamento. E que os cães de hoje se modernizaram, convenceram-se de seu próprio ridículo, renderam-se ao domínio do automóvel.

Na tua infeliz e triste comparação, os manifestantes de hoje são vira-latas obsoletos sitiando um governo que mais se parece com um Fusca indefeso, que sabem o que NÃO querem – Dilma, Lula, PT – mas não pensaram bem NO QUE querem no seu lugar. Como um velho e obsoleto cachorro vira-lata, quero te latir (não sei se entendes a linguagem de cachorros) algumas coisas:

1. Independentemente das motivações de cada um, tenho certeza de que todos os cachorros na rua correm em busca dos sonhos perdidos, que, em 13 anos, foram sendo atropelados não por um Fusca indefeso, mas por um Land Rover de corrupção, imoralidades, mentiras, alianças políticas espúrias, compras de pessoas, impunidade, incitação à luta de classes, compra de votos com o Bolsa Família , desrespeito e banalização da vida pela falta de segurança e de atendimento digno à saúde, justiça falha, etc, etc.

2. Se os cachorros se modernizaram e pararam de correr atrás do carro, não foi por se convencerem do próprio ridículo. Foi porque não conseguiram nunca alcançar os carros e isso os desmotivou. Falta de planejamento, concordo. Mas os cachorros de agora aprenderam que se correrem juntos, unidos, latindo bastante atrás do carro, cada vez mais e mais, de novo e de novo, chegará uma hora em que o motor vai fundir. Eles vão alcançar o carro. O motorista vai ter que descer do carro e outro assumirá. Pior do que está não vai ficar, embora o conserto vá demorar muito. Não vai ser fácil, mas os vira-latas vão conseguir se organizar, pelo voto. Não pela ditadura.

3. Não é verdade que o latido mais alto entre os cachorros foi o de um chamado Bolsonaro. Acho que estavas na França gozando das delícias de um croissant na beira do Sena (enquanto os vira-latas daqui corriam atrás do osso perdido) e não viste os vídeos das manifestações. Se bem que a TV Globo e o Datafolha também não enxergaram nada. O que mais cresceu na manifestação foi uma certeza, a certeza que vai fazer esse país mudar: com essa Land Rover desgovernada não dá mais. Os cachorros com seus latidos unidos jamais serão vencidos. E sabem que mais dia, menos dia, esse carro vai parar. É assim que começa, pena que eles não acreditem. Não vai ter mais dinheiro pra comprar brioches para o povo. E o número de vira-latas vai aumentar muito. Quem comandará a corrida? Não sei, só sei que prefiro ser um vira-lata à moda antiga do que um vira-lata moderninho que se rende a uma Land Rover.

4. Te enganas quando dizes que os cachorros de antes corriam atrás dos carros porque a luta era outra. Não, a luta é a mesma, o contexto é diferente. Os cachorros não querem um passaporte bolivariano. O vácuo vai ser preenchido, não te preocupes. Por quem for necessário e aceito, desde que não seja pelo exército do Stédile.

5. Em tempo: essa vira-lata que te fala foi professora das tuas filhas no antigo e admirável Instituto de Educação. Lá aprendi que é importante latir não por latir, mas para defender os sonhos possíveis. E tuas filhas devem ter aprendido muita coisa com os meus latidos. Continuo latindo, agora na rua, para derrubar o que acredito ser um mal nesta nação arrasada: a corrupção e, mais do que isso, um governo corrupto, que perdeu totalmente a vergonha. Eles criaram um “vácuo” de imoralidade e de incompetência que vai ser difícil de recuperar. Mas, vamos conseguir!

Atenciosamente, auauau.

ROSÁLIA SARAIVA

terça-feira, 30 de agosto de 2016

JANAÍNA PASCHOAL E O DEVER CUMPRIDO! Obrigada Dra. Janaína, Dr. Reale Jr e Hélio Bicudo!


Vice de Janot é exonerada após vir à tona que participou de ato 'fora, Temer'

Vídeo mostrou Ela Wiecko em protesto contra Temer em junho em Portugal.
Procuradora de carreira, Ela permanecerá na PGR mesmo com afastamento.

Mariana Oliveira e Fabiano CostaDa TV Globo e do G1, em Brasília

A subprocuradora da República Ela Wiecko (à esq, segurando a faixa, de óculos escuros) participa em Portugal de ato de protesto ao governo Temer (Foto: Reprodução / TVT)A subprocuradora da República Ela Wiecko (à esq, segurando a faixa, de óculos escuros) participa em Portugal de ato de protesto ao governo Temer (Foto: Reprodução / TVT)
A vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko – número dois na hierarquia da Procuradoria Geral da República (PGR) –, foi exonerada do cargo nesta terça-feira (30), a pedido, após a divulgação de um vídeo que mostra a subprocuradora participando de uma manifestação organizada em Portugal contra o presidente em exercício Michel Temer.
No entanto, como é procuradora de carreira, Ela Wiecko permanecerá na PGR mesmo com a exoneração do cargo de vice do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Segundo a PGR, o pedido de exoneração foi aceito por Janot. Em nota, a assessoria da Procuradoria informou que o afastamento da vice-procuradora da função será publicada no "Diário Oficial da União" (leia a íntegra do comunicado ao final desta reportagem). Ainda não divulgado quem irá substituí-la na segunda função mais importante do Ministério Público Federal.
O protesto contra o governo Temer no país europeu, no qual Ela Wiecko participou, ocorreu em junho. Na ocasião, a subprocuradora foi filmada no protesto segurando uma faixa que denunciava a realização de um "golpe" no Brasil e tinha a mensagem "fora, Temer".
A participação de Ela no ato foi publicada nesta terça no site da revista "Veja". A reportagem mostrou um vídeo exibido pela TVT, emissora ligada à Central Única de Trabalhadores (CUT), no qual a vice do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aparece ao lado de estudantes e do intelectual português Boaventura de Sousa Santos, professor catedrático da Universidade de Coimbra.
Ela Wiecko formou-se em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É procuradora da República desde 1975. Atuou na área de direitos humanos da Procuradoria de Santa Catarina e é subprocuradora-geral da República desde 1992. Já trabalhou com projetos de enfrentamento à violência contra mulher, trabalho escravo e direito dos quilombolas.
É doutora em crimes contra sistema financeiro e participou da elaboração do anteprojeto do Código Penal entre 1997 e 1998. Já presidiu a Associação Nacional dos Procuradores da República. Foi indicada em 2012 à vaga de ministro do STF. Já integrou a lista tríplice para o cargo de procurador-geral sete vezes, em 2001, 2003, 2005, 2007, 2009, 2011 e 2013.
Marido
No começo de agosto, o marido de Ela Wiecko, Manoel Volkmer de Castilho, que trabalhava no gabinete do ministro Teori Zavascki, no Supremo Tribunal Federal, como assessor técnico, foi exonerado após assinar uma petição de apoioao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Castilho assinou o abaixo-assinado que diz que Lula sofre "ataques preconceituosos e discriminatórios". No documento, juristas defenderam o direito de o petista recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Leia a íntegra da nota divulgada pela PGR:
Nota à imprensa
Ela Wiecko Volkmer de Castilho pediu dispensa das funções do cargo de vice-procuradora-geral da República nesta terça-feira, 30 de agosto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou o pedido e assinou a portaria que será publicada no Diário Oficial da União.
Na Vice-Procuradoria-Geral da República, ela foi responsável por importantes projetos na área de direitos humanos, como a criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Ministério Público Federal e a defesa da legalidade da Lista Suja do trabalho escravo. Também teve atuação de destaque no Conselho Superior do Ministério Público Federal e nos processos junto à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.

Força Nacional começa a atuar com a BM no patrulhamento das ruas no RS

Ao todo, 136 policiais chegaram ao estado desde a tarde de domingo.

Do G1 RS

Começa nesta terça-feira (30) a atuação da Força Nacional no Rio Grande do Sul, que deve reforçar o trabalho de policiamento realizado pela Brigada Militar (BM), no combate à criminalidade em Porto Alegre e região Metropolitana.
Os 136 homens da Força Nacional se apresentaram às 6h da manhã desta terça, após passarem a segunda-feira (29) fazendo reconhecimento dos locais onde devem atuar.
Comandante-geral, Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas, Força Nacional (Foto: Reprodução/RBS TV)Comandante ressaltou importância do trabalho da
Brigada Militar (Foto: Reprodução/RBS TV)
Durante a integração das tropas, o comandante-geral da Brigada Militar lembrou da importância dos policiais militares gaúchos.

"Nós estamos recebendo a Força Nacional de braços abertos. Mas a população gaúcha não pode esquecer: o patrimônio maior, no que se refere à segurança pública no nosso estado, chama-se Brigada Militar. Se a população precisar de uma demanda hoje e ligar para o 190, quem vai atender é a Brigada Militar. A Força Nacional vem supletivamente a esse apoio à instituição Brigada Militar", disse o coronel Alfeu Freitas no ato.

De acordo com a Brigada Militar, a tropa federal vai reforçar o efetivo da Operação Avante, por meio da qual são realizadas blitzes e abordagens em pontos considerados mais críticos. Os 160 homens da Brigada Militar que já atuam na Operação Avante rea lizam ações que visam o combate ao roubo de veículos, de pedestres e de estabelecimentos comerciais.
"A Força Nacional é muito bem-vinda. Será aplicada, supletivamente, em conjunto com a instituição Brigada Militar. Então, o que nós queremos, no tempo em que ela estiver aqui conosco, é qualificar o emprego dela assim como nós qualificamos o emprego da Operação Avante e fazer com que a gente consiga reduzir alguns indicadores de criminalidade que hoje estão atormentando o povo gaúcho, em especial a população da capital gaúcha", conclui o coronel Freitas.
Brigada Militar, Força Nacional, Porto Alegre, ruas, policiamento, reforço (Foto: Robson Alves/BM)Policiais da Força Nacional ficarão no RS por tempo indeterminado (Foto: Robson Alves/BM)
Brigada Militar, Força Nacional, Porto Alegre, ruas, policiamento, reforço (Foto: Robson Alves/BM)Brigada Militar recebe reforço da Força Nacional no patrulhamento das ruas (Foto: Robson Alves/BM)
Policiais durante a apresentação na manhã desta terça (Foto: Rodrigo Ziebell/SSP-RS)Policiais durante a apresentação na manhã desta terça (Foto: Rodrigo Ziebell/SSP-RS)
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Tropa se prepara para sair para o patrulhamento (Foto: Zete Padilha/ RBS TV)Tropa se prepara para sair para o patrulhamento (Foto: Zete Padilha/ RBS TV
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PORTO ALEGRE DO PASSADO É D+

GLAMOUROSA ÉPOCA DA RUA DA PRAIA

Galeria Chaves, Casa Coelho, Masson, Casa das Sedas, Sloper (meu primeiro emprego na loja de discos com a Cristina uma vendedora cult da época), Casa Lyra, os cinemas, varejo Bromberg, Confeitaria Princesa ( o melhor cachorro quente do mundo!) , pertinho do Instituto de Artes, a Casa Louro, bailes do Club do Comércio, glamourosos tempos que nunca mais voltarão.

NA DÉCADA DE 1970, A RUA DA PRAIA TINHA FLORES E ERA LIMPA

Porto Alegre, de 1976, na época do prefeito Guilherme Socias Vilella.
A publicação era para divulgação da gestão do prefeito e de empresas que patrocinaram.

O calçadão da rua dos Andradas (Rua da Praia) possuía grandes vasos com flores, e era relativamente bem organizada, limpa.


Outra foto do mesmo material mostra também o piso, sem remendos.



Os quiosques esféricos de bancas de revista e os ‘orelhões’ em acrílico, de certa forma modernos e ousados para a época, ficaram somente na lembrança…
Mais uma foto da mesma época, retirada da capa de um guia antigo da CRT.



Foto em preto e branco aparecendo bem os quiosques de jornais e revistas esféricos (retirada do livro Porto Alegre, a Cidade e Sua Formação, Clovis Silveira de Oliveira):


PORTO ALEGRE NOS ANOS 1970


5 POINT´S GASTRONÔMICOS QUE MARCARAM OS ANOS 1980


JOE’S

O comandante da Varig Omar Silveira da Cruz fazia a rota Rio-Nova York em um Boeing 707.
Na metrópole americana, espantava-se com a popularidade das lanchonetes que serviam hambúrguer e milk shake.
Botou na cabeça que ia montar uma igual em Porto Alegre.
Em sociedade com dois amigos, importou todo o maquinário dos Estados Unidos. Em 1960, na Rua Ramiro Barcelos, inaugurou o Joe’s.
Provocou uma revolução.
O Joe’s era a moda, o sucesso.
Todo mundo fazia uma boquinha antes de ir para as casas noturnas.
O fechamento do Joe’s ocorreu no dia 4 de junho de 2011.
Anunciado para as 20h, teve de ser puxado para as 15h, porque os fãs, saudosos por antecipação, consumiram tudo o que puderam até o começo da tarde. O último proprietário, Luís Filipe Veiga da Costa, 44 anos, ficou comovido:
— Muita gente foi tirar fotos, inclusive comigo. Diziam: “Tenho de tomar o último milk shake”.

RIB’S


Há gente que atravessa Porto Alegre de uma ponta à outra só por causa de um milk shake.
Só para saborear a bebida na lanchonete The Best Food do Boulevard Strip Center.
A razão é que lá, no fim da cidade, operaa máquina que, no passado, produziu o famoso milk shake do Rib’s.
O The Best Food é, por si só, um monumento à saudade que o Rib’s deixou.
Fundado por ex-funcionários que compraram o maquinário da antiga rede, serve nas três filiais as mesmas receitas dos anos 1980.
— Estou para garantir que, na loja da 24 de Outubro, 80% da clientela é de antigos frequentadores do Rib’s — afirma Osvaldo Ribeiro da Paixão, 55 anos, um dos proprietários.
O Rib’s nasceu em 1974 e virou uma instituição para a magrinhagem dos anos 1980 na Capital.
Durou até 2002. Um dos aficionados era o cineasta José Pedro Goulart, de 51 anos, autor do livro Confissões de um Comedor de X.
— O Rib’s praticamente inaugurou para o pessoal da minha geração a lanchonete que servia hambúrguer à maneira americana.
Na cabeça de um jovem de 18 anos, era um restaurante chique que servia hambúrguer. Era o X com status. Quando um espaço como esse fecha, é uma parte da história da cidade que se perde — afirma Goulart.

PAGODA



No fim de cada noite, depois de servir frango à xadrez e barbatana de tubarão aos seus clientes, o senhor Woodah Tong fechava o Restaurante Pagoda, na Protásio Alves, e seguia até o bairro Menino Deus.
Terminava o dia em uma churrascaria, saboreando um típico assado gaúcho.
— Só comida chinesa não dá — explicava.
Quem relata a história é o fotógrafo Flavio Del Mese, frequentador do restaurante.
A partir do final dos anos 1970, Flavio reunia-se uma vez por semana com um grupo de amigos no Pagoda.
Conta que Tong não os deixava escolher os pratos. Olhava para a cara dos fregueses e decidia por si mesmo qual o mais adequado. Flavio faz uma revelação que pode espantar os muito apaixonados pela comida do extinto Pagoda (fechou em 2011): a mulher do dono, que preparava os pratos, não era chinesa. Era japonesa.

SANDUÍCHE VOADOR



O Sanduíche Voador, como o nome sugere, nasceu para ser uma telentrega de sanduíches.
O serviço a domicílio não deslanchou.
O que a clientela queria era aproveitar o ambiente do local, na Praça Dr. Maurício Cardoso, no Moinhos de Vento.
Aos poucos, a proprietária, Doris Grossman, e sua filha, Ana, criaram no Sanduíche um restaurante inovador.
As particularidades eram muitas, incluindo a decoração despojada, com louças diferentes para cada mesa. Os garçons, em geral estudantes que trabalhavam poucas vezes por semana, adicionavam um ingrediente de informalidade ao serviço. A originalidade se estendia à comida, com pratos do dia que não se repetiam por anos a fio. Os sábados eram especiais: uma figura da sociedade era convidada a se assenhorar da cozinha e preparar os pratos.
O Sanduíche fechou em 2009.

FLORESTA NEGRA



O freguês do Restaurante Floresta Negra pediu um filé capa preta.
— O que o senhor vai beber? — perguntou o proprietário, Fredolino Schirmer.
— Uma Coca-Cola.
Fredolino fez de conta que não ouviu, esperou algum tempo e repetiu a pergunta:
— O que o senhor vai beber?
— Coca-Cola.
O dono perdeu a paciência.
— Com o meu filé capa preta ninguém toma Coca-Cola! — vociferou.
E expulsou o cliente do restaurante. Não foi um caso isolado.
O Floresta Negra era famoso pela rispidez do seu dono.
Mas era mais famoso ainda pelas delícias da cozinha alemã, preparadas pela mulher de Fredolino, Christa.
— Realmente, marcou época, nos anos 1970 e 80. Fredolino parecia rude, mas era o jeito alemão dele.

By Enio B.

BM e Força Nacional fazem ação após tiroteio com morte em Porto Alegre


Foi montada barricada na Rua Dona Maria, no Morro Santa Teresa.
Brigada Militar e Força Nacional ocuparam o local para averiguação.

Do G1 RS

Viaturas da Força Nacional durante ação no Buraco Quente, no Morro Santa Teresa (Foto: Batalhão de Aviação BM/Divulgação)Viaturas da Força Nacional durante ação no Buraco Quente, no Morro Santa Teresa (Foto: Batalhão de Aviação BM/Divulgação)
Um tiroteio no Morro Santa Teresa, na Zona Sul de Porto Alegre, na manhã desta terça-feira (30), resultou na morte de um homem ainda não identificado. De acordo com a Brigada Militar, agentes da Força Nacional auxiliam os policiais militares na ação.
A polícia foi notificada pouco depois das 9h sobre uma barricada montada na Rua Dona Maria, na localidade conhecida como Buraco Quente. Teve início uma troca de tiros entre suspeitos, que resultou na morte de uma pessoa.
A Brigada Militar foi ao local acompanhada da Força Nacional para iniciar o trabalho de ocupação do local em busca de suspeitos de terem participado da troca de tiros.
Os 136 agentes da Força Nacional começaram a atuar na manhã desta terça-feira em Porto Alegre. De acordo com a Brigada Militar, a tropa federal vai reforçar o efetivo da Operação Avante, por meio da qual são realizadas blitzes e abordagens em pontos considerados mais críticos.
Os 160 homens da Brigada Militar que já atuam na Operação Avante realizam ações que visam o combate ao roubo de veículos, de pedestres e de estabelecimentos comerciais.

A saga do Impeachment prossegue. 30 de agosto de 2016.


Em julho, passou batido. Presidente filipino pede que população mate ‘viciados’ em drogas

Em seu primeiro dia de mandato, Rodrigo Duterte promete linha-dura contra criminalidade





POR O GLOBO

01/07/2016

O presidente da Filipinas, Rodrigo Duterte, assumiu o cargo nesta quinta-feira - HO / AFP




RIO — Em discurso no primeiro dia de mandato, o controverso presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, voltou a falar nesta quinta-feira sobre o combate à criminalidade, principal bandeira de campanha. A uma plateia de aproximadamente 500 pessoas, numa favela na capital Manila, fez ameaças a traficantes e policiais corruptos, além de exortar a população a matar dependentes de drogas.

— Esses filhos da puta (narcotraficantes) estão destruindo nossas crianças. Eu te aviso, não entre nessa. Mesmo que seja um policial, porque eu vou matá-lo — afirmou o presidente, de acordo com o “Guardian”. — Se você conhecer algum viciado, vá em frente e mate-o, porque deixar para que os parentes dele o façam seria muito doloroso.

Duterte já havia comentado sobre a existência de policiais envolvidos com o tráfico de drogas. Repetindo um de seus discursos de campanha favoritos, o novo presidente afirmou que as funerárias seriam um bom investimento:

— Eu garanto que você não vai falir. Se o negócio desacelerar, eu vou dizer à polícia: façam mais rápido para ajudar as pessoas a ganharem dinheiro.

Mais cedo, no Palácio Malacañang, Duterte falou sobre os planos de governo, alertando que enfrentará dificuldades durante os seis anos de mandato, mas pediu apoio da população. O presidente recém-empossado também listou os principais problemas que pretende enfrentar.

— Os problemas que atormentam o nosso país hoje e precisam ser solucionadas com urgência são a corrupção, tanto nos altos e baixos escalões do governo, a criminalidade nas ruas, a venda desenfreada de drogas ilegais em todos os estratos da sociedade filipina e o colapso da lei e ordem — afirmou Duterte.

Durante a campanha, o Duterte já havia citado os seus planos para o combate à criminalidade, que incluem a reintrodução da pena de morte, sendo que o enforcamento seria o seu método de execução preferido. Ele afirmou ainda que emitiria ordens de atirar para matar para os serviços de segurança e ofereceria recompensas por corpos de traficantes. Também pediu que cidadãos comuns matem suspeitos de crimes.

Advogado por formação, Duterte ganhou popularidade como prefeito linha-dura da cidade de Davao. Durante a campanha, ganhou destaque internacional por discursos inflamados e declarações polêmicas. Em novembro do ano passado, se referiu ao Papa Francisco chamando-o de “filho da puta” por ter causado congestionamentos em Manila durante visita ao país.

No início do ano, fez comentários sobre o estupro e assassinato de uma missionária australiana, dizendo que ele deveria ter sido o primeiro a estuprá-la porque ela era bonita. Após críticas, desculpou-se, dizendo que era apenas uma “piada”. Sobre a criminalidade, afirmou que esqueceria os direitos humanos e mataria cem mil criminosos.

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