quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Demolição do Presídio Central teve inicio na ultima semana, em Porto Alegre

Vem abaixo

O pavilhão C será o primeiro a tombar, encerrando sua história de horrores na cadeia que virou símbolo da falência do sistema carcerário

13/10/2014

Demolição do Presídio Central começa nesta semana em Porto Alegre Omar Freitas/Agencia RBS
Vazio, pavilhão C será o primeiro a ser destruídoFoto: Omar Freitas / Agencia RBS
A demolição do Presídio Central de Porto Alegre começa na terça-feira, colocando abaixo um ícone do descaso com a população carcerária. Um dos prédios da estrutura original da cadeia erguida há 55 anos, o pavilhão C foi palco de motins e assassinatos, além de embrião do crime organizado e da guerra entre facções no Rio Grande do Sul. Até os seus últimos dias, segue gerando controvérsias.

O pavilhão C foi escolhido para tombar primeiro porque é motivo de vergonha internacional. Em meados de 2008, presos destruíram a terceira galeria (terceiro andar), deixando o local como se tivesse sido devastado por bombardeio. Quando chovia, apenados dormiam pendurados em redes no forro, igual a morcegos. As celas eram inundadas pela água.

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As imagens correram o país e o mundo. Em Brasília, a CPI do Sistema Carcerário rotulou o Central como o pior presídio do Brasil e chegou a indiciar autoridades gaúchas — depois recuou — por omissão.

No ano passado, as condições inóspitas do presídio de uma forma geral, como superlotação, esgoto correndo a céu aberto, proliferação de doenças e risco de incêndio, levaram o Brasil a ser denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, organismo ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA). Por tudo isso, somado ao fato de ser o pavilhão menos abarrotado — tinha cerca de 370 presos, enquanto outros beiram mil —, o C vai ao chão antes dos demais.

Ao mesmo tempo em que acumula esses problemas, o pavilhão C ainda é considerado o melhor do Central por causa dos dois pavimentos iniciais. A primeira e a segunda galerias são as mais bem cuidadas de toda cadeia. Paredes pintadas sem riscos e sem fotos de mulheres nuas. Cozinha, lavanderia e banheiros bem conservados, e as portas das celas, em madeira, originais, dos tempos da inauguração em 1959.

Sempre que um visitante queria conhecer o Presídio Central, era apresentado ao C, porque a facção dominante era obediente às regras da casa. No ano passado, a terceira galeria começou a ser reformada com mão de obra prisional. Por essa razão, juízes da Vara de Execuções Criminais (VEC) da Capital se mostraram contrários à demolição começar pelo prédio sem que, ao menos, fossem consultados. Presos que estavam no C e foram transferidos provisoriamente para a Penitenciária de Montenegro — até dezembro deverão ir para a nova cadeia de Canoas — também reclamaram da mudança.

O C ganhou fama como pavilhão da discórdia no final dos anos 1980, quando foi plantada a semente das primeiras facções no Estado. Entre 1989 e 1991, o pavilhão foi cenário de duas das mais sangrentas guerras entre quadrilhas, com oito apenados mortos – seis deles carbonizados. Meses depois, lá foram encarcerados integrantes da gangue de Jorge Luís Queirós Ventura, o Jorginho da Cruz, líder do tráfico no Morro da Cruz, na Capital, que tinha duas pistolas calibre 7.65.

Ao mesmo tempo em que matava atrás das grades, o bando de Jorginho planejou sequestros – não concretizados – de um juiz da VEC e do então governador Alceu Colares (1991 a 1994), com objetivo de soltar comparsas. Dono do pavilhão C, Jorginho se rebelou em sangrentas disputas contra Dilonei Francisco Melara, então líder do pavilhão B, impedindo a organização de uma facção única de criminosos. Tempos depois, o C foi dominado pela quadrilha Os Brasa, que seguiu a guerra contra a facção de Melara até a morte dele, em 2005.

Visita de autoridades antes da destruição
O governador Tarso Genro visitará o Presídio Central de Porto Alegre hoje à tarde. Ele percorrerá os corredores do pavilhão C, a partir das 14h, acompanhado de autoridades de Brasília, como a secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, e o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional, Renato Campos Pinto de Vitto. Também participam da visita secretários estaduais e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador José Aquino Flôres de Camargo.

A demolição do pavilhão C começa na terça-feira. Depois, será derrubado o pavilhão D. Ficarão de pé, a administração, a cozinha geral e os pavilhões G, H, I e J, construídos em 2008 com espaços para 720 presos. Até o final de 2015, deverão ser construídos novos pavilhões, elevando a capacidade para 1,5 mil presos provisórios (sem condenação).
Histórias das temidas galerias do C
O menino e o paneleiro
Nos anos 1970, uma mulher deu à luz um menino na Penitenciária Feminina, em Porto Alegre. Três anos depois, o garoto deveria ser levado para um abrigo da extinta Febem.

— Cheguei até o portão, mas o menino se agarrou nas minhas pernas e chorou. Era muito querido e carinhoso. Levei de volta para a mãe, mas, no dia seguinte, outro agente entregou a criança para a Febem — lembra o monitor penitenciário aposentado Joelci Maia Nascimento, 65 anos.

Duas décadas depois, Joelci se surpreendeu ao reencontrar o menino, já homem feito, como detento do Presídio Central. Era o paneleiro (preso que reparte a comida) do pavilhão C.
Abuso coletivo
Do lado de dentro das grades do Central, vale a lei do mais forte. E ela não poupa os mais fracos. Por volta de 1990, chegou ao pavilhão C um idoso, morador do Interior, acusado de homicídio por causa de uma briga. Dias depois, a filha do homem, uma jovem de 19 anos, entrou na galeria para visitá-lo e foi violentada por dezenas de presos. Com medo de o pai ser morto na cadeia, a jovem se negou a levar o caso à Justiça.

“Pastor” vendia muniçãoAssim que chegou, um assaltante virou fervoroso religioso. Andava abraçado à Bíblia e só falava em Jesus. Transformou-se no servidor de lanche e café para os guardas e circulava pela área administrativa. Tempos depois, foi flagrado com a Bíblia oca, rechea-
da de projéteis calibre 38, que oferecia a outros presos. Aproveitando da confiança dos agentes, o pastor descobrira o segredo do cofre da sala do diretor e, à noite, entrava lá para furtar munição.

Túnel da felicidadeA passagem tinha mais de 30 metros e se aproximava do muro. Tinha iluminação com fios atados com lã de aço, relógio para controlar a “hora de trabalho”, entre 18h e 5h, e, em uma das paredes, a frase de incentivo aos escavadores “perto da felicidade”. O túnel foi descoberto porque, no inverno, os presos andavam de bermudas. As calças serviam para guardar a terra.
Telefonema fatal
Uma das formas de eliminar desafetos era forjar uma chamada ao parlatório. Um preso ligava do orelhão que existia no Central e, se fazendo passar por advogado, avisava que estava chegando. Quando o detento saía da galeria, era atacado e executado.

Carta invisívelNão existia celular, muito menos internet. O jeito era se comunicar por carta.  Mas, como a correspondência era aberta e lida pelos agentes, os presos descobriram um meio de mandar e receber recados secretos. As cartas eram sempre em duas folhas, uma com juras de amor escrita com caneta comum, e a outra aparentemente em branco. Na verdade, a segunda página também estava escrita, mas com caneta de pena e suco de limão como “tinta”. Só dava para ler aproximando a folha do bafo da chaleira ou de uma lâmpada acesa.
Alicate cirúrgico
Um ex-soldado da BM foi preso após furtar uma metralhadora de antigos colegas. Indevidamente, foi largado no C. Revoltados por ele ter sido PM, presos espancaram o ex-soldado por cinco horas. Levado depois para a galeria de ex-policiais, ele tinha uma bala alojada no pé. Com medo de ir ao médico e ter o pé amputado, aceitou ser “operado” por outros dois presos. A bala foi extraída com o uso de alicate de eletricista, cortador de unha e lâmina de barbear.

— Depois que operamos ele, em uma semana já estava no pátio jogando futebol — lembra um dos “cirurgiões”, ex-apenado.

* Colaborou Renato Dornelles

Aqui pensando no passado e suas semelhanças com o presente. Diante da análise, temo pelo futuro, que nada mais parece um retrocesso onde nos encontramos em alta velocidade, em rota de colisão. by Deise

Ato Institucional Número Cinco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ato Institucional Nº 5, ou AI-5, foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe Civil-Militar de 1964 no Brasil.1
O AI-5, sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais.

Redigido em 13 de dezembro de 1968 pelo então Ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor durante o governo do presidente Artur da Costa e Silva como represália ao discurso do deputado Márcio Moreira Alves na Câmara dos Deputados, em 2 de setembro de 1968. No discurso, o deputado propôs um boicote ao militarismo ("Quando não será o Exército um valhacouto de torturadores?"2 ) e solicitou ao povo brasileiro que ninguém participasse das comemorações do 7 de setembro.

Evidente que o decreto também vinha na esteira de ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime militar. Ou seja: foi mais um pretexto para implementar medidas defendidas pelos militares desde julho de 1968.

Era o instrumento que faltava para que o regime, concentrado na figura do presidente, cassasse direitos políticos e interviesse nos municípios e estados. Sua primeira medida foi o fechamento do Congresso Nacional, até 21 de outubro de 1969.

Principais determinações do AI-5

Pelo artigo 2º do AI-5, o Presidente da República podia decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, que só voltariam a funcionar quando o próprio Presidente convocasse essas organizações. Durante o recesso, o Poder Executivo federal, estadual ou municipal cumpriria as funções do Legislativocorrespondente. No entanto, o Poder Judiciário também se subordinava ao Executivo, pois os atos praticados de acordo com o AI-5 e seus Atos Complementares estavam isentos de qualquer apreciação judicial (artigo 11º).
O Presidente da República podia decretar a intervenção nos estados e municípios, "sem as limitações previstas na Constituição" (artigo 3º).
Conforme o artigo 4°, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e "sem as limitações previstas na Constituição", podia suspender os direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.3Pelo artigo 5°, a suspensão dos direitos políticos significava:
II - suspensão do direito de votar e ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assuntos de natureza política;
IV - aplicação, pelo Ministério da Justiça, independentemente de apreciação pelo Poder Judiciário, das seguintes medidas:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de frequentar determinados lugares;
c) domicílio determinado.
Entretanto, "outras restrições ou proibições ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados poderiam ser estabelecidas à discrição do Executivo".
O Presidente da República também poderia, segundo o artigo 8º, decretar o confisco de bens em decorrência de enriquecimento ilícito no exercício de cargo ou função pública, após devida investigação - com cláusula de restituição, caso seja provada a legitimidade da aquisição dos bens.4
O artigo 10º suspendia a garantia de habeas corpus nos casos de crimes políticos ou que afetassem a segurança nacional e a ordem econômica e/ou social.
Durante a vigência do AI-5, também recrudesceu a censura, que estendeu-se à imprensa, à música, ao teatro e ao cinema.

Arena rebelde

Um grupo de senadores da ARENA, o partido da situação, discordou enfaticamente da medida adotada pelo presidente Costa e Silva. Liderados por Daniel Krieger, assinaram um manifesto de discordância. Dentre os assinantes do manifesto estavam os seguintes nomes: Gilberto MarinhoMilton CamposCarvalho PintoEurico ResendeManuel Cordeiro Vilaça,Wilson GonçalvesAluísio Lopes de Carvalho FilhoAntônio Carlos Konder ReisNey BragaRui PalmeiraTeotônio VilelaJosé Cândido FerrazLeandro MacielVitorino FreireArnon de MeloClodomir MilletJosé GuiomardValdemar Alcântara e Júlio Leite.5

O fim do AI-5

Em 13 de outubro de 1978, no governo Ernesto Geisel, foi promulgada a emenda constitucional nº 11, cujo artigo 3º revogava todos os atos institucionais e complementares que fossem contrários à Constituição Federal. Diz a emenda: "ressalvados os efeitos dos atos praticados com bases neles, os quais estão excluídos de apreciação judicial".6 , restaurando o habeas corpus. A emenda constitucional entrou em vigor no dia primeiro de janeiro de 1979.

Especialistas alertam: aranhas gigantes devem invadir países europeus

Se você estiver no Reino Unido daqui a algumas semanas, é melhor prestar bastante atenção nas aranhas gigantes que prometem deixar os países da região no clima de Dia das Bruxas um pouco mais cedo este ano.

Especialistas acreditam que as aranhas gigantes deverão aparecer nas residências britânicas à medida que as temperaturas ficarem mais baixas, com a chegada do final do ano. Os animais devem invadir as residências para procurar locais quentes para passar o inverno. Tudo isso, porém, tem um propósito maior: o acasalamento. Ou seja: essas aranhas gigantes não só vão invadir diversas residências como, ao que tudo indica, vão acabar se reproduzindo e trazendo ao mundo milhares de novas aranhazinhas.
Os animais ficaram assim tão grandes porque o verão britânico foi leve e não registrou temperaturas muito altas, criando um ambiente favorável à sobrevivência desses bichinhos. Isso também teve a ver com o fato de que o número de insetos aumentou, fazendo com que os aracnídeos tivessem mais o que comer.
O fato é que as aranhas devem ficar em suas teias até o final do outono e, quando o inverno chegar, os machos tendem a sair e ir até os locais mais quentes, procurar fêmeas para acasalar.
Se até aqui as informações parecem suficientes para criar pânico, saiba que, de acordo com o professor Adam Hart, da Universidade de Gloucestershire, as aranhas grandes não devem ser temidas – pelo contrário: ele acredita que esses animais são ótimos para o controle de alguns insetos. Até o momento, aranhas gigantes foram vistas em Teeside e em Carlow, na Irlanda. 
FONTE(S)
IMAGENS

Gilmar Mendes, com ironia, pergunta se Lula fez teste do bafômetro antes de discurso em palanque em BH




Em meio ao debate no julgamento de representação contra a propaganda da presidente Dilma Rousseff por uso de um discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o candidato Aécio Neves, na noite desta terça-feira, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não se contiveram e usaram de ironia para se contraporem às declarações do ex-presidente. Estava em julgamento o discurso feito por Lula em palanque em Belo Horizonte (MG) no qual, entre outras coisas, o ex-presidente pergunta onde estaria Aécio Neves quando a jovem Dilma Rousseff estava presa, lutando pela democracia no país.

Num tom irônico, o ministro Gilmar Mendes, depois de ouvir que à época Aécio teria 10 anos de idade, comentou que Lula não teria passado pelo bafômetro antes de dar tais declarações, provocando risos no ministro João Otávio de Noronha, que votava. Noronha fez questão de dividir com os colegas o comentário. Mas, cauteloso, acrescentou logo em seguida que não seria adequado seguir por esse caminho para também não baixar o nível do debate na Corte.

- O ministro Gilmar disse aqui se ninguém perguntou se o candidato, não o candidato, mas quem afirma (Lula), passou pelo bafômetro antes de fazer tal declaração. Mas, isso aí vamos cair no mesmo nível... - disse Noronha.

Gilmar fez o comentário quando Noronha lia a declaração de Lula que considerou mais ofensiva a Aécio. No discurso de Lula, usado pela campanha de Dilma no programa eleitoral, logo depois de perguntar onde estaria Aécio quando Dilma lutava pela democracia, foi dito que o comportamento de Aécio não seria o comportamento de um candidato ou de alguém que tem responsabilidade, mas de um "filhinho de papai". O ministro Noronha, ao ler este trecho da representação, comentou que Aécio teria 10 anos à época, ou seja, que não teria como se cobrar responsabilidade de alguém com 10 anos e que, por isso, o uso desse trecho das declarações de Lula no programa em nada contribuiriam para a propaganda eleitoral. Foi neste momento que Gilmar Mendes comentou:

- E nem passou pelo bafômetro antes de falar isso...

O julgamento desse recurso do PSDB já começou em tom elevado, com a defesa contundente feita pelo advogado Caputo Bastos que criticou duramente a fala de Lula, classificando a comparação entre a atuação de Dilma e de Aécio durante a luta contra o regime militar como algo "patético".

- É mera conta matemática. Com todas as vênias que merece o ex-presidente, isso não é crítica política, é ofensa pessoal.

O advogado da campanha de Dilma, Ministro Arnaldo Versiani, tentou amenizar o problema, afirmando que as declarações tinham sido dadas no calor do palanque. O procurador-geral eleitoral da República, Rodrigo Janot, concordou e enfatizou que o Ministério Público estava com dificuldades de traçar os limites do que é possível ou não é possível na propaganda, depois da decisão da semana passada do TSE para barrar o que considerou baixo nível nos programas. O relator do recurso, Admar Gonzaga, considerou ofensivo o uso da fala em que Aécio é chamado do filhinho de papai.

Durante o julgamento, Gilmar Mendes também fez considerações sobre a atuação dos grupos pela democracia no Brasil. Segundo ele, muitos dos que lutavam defendiam a luta armada e eram filiados a partidos de regimes como o soviético, o chinês e o cubano. E que Lula não poderia tentar corroer a biografia de alguém, que naquela época, mal tinha saído do jardim da infância. O presidente do TSE, Dias Toffoli, também recorreu a livros recentes sobre o golpe de 64, em adendo à fala de Gilmar.

O PSDB conseguiu convencer todos os ministros de que o programa de Dilma extrapolou ao usar a fala de Lula e e tirar um minuto e 50 segundo do programa eleitoral da adversária. Além do debate sobre a participação de Aécio na luta contra o regime, os ministros também teceram comentários sobre o fato de Lula dizer que Aécio é amigo dos banqueiros. Para o ministro Noronha, dizer que é amigo de banqueiro não seria problema, seria a visão dele.

- Dizer que é amigo de banqueiro, ok, é a visão dele. E os banqueiros convivem muito bem aqui, com todos os regimes, os governos. No Brasil, ter talento, ficar rico é um insulto à sociedade - disse Noronha.

- Eu tenho um amigo banqueiro, ótimo caráter - acrescentou o relator do recurso, ministro Admar Gonzaga.


by msm

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Veja os aliados que não aparecem nos palanques de Dilma


REDAÇÃO
22 Outubro 2014 | 05:00

Nomes como Paulo Maluf e José Roberto Arruda têm sido evitados pelos candidatos devido prejuízo que podem causar às suas imagens

Em meio a uma das disputas mais acirradas das eleições presidenciais nos últimos anos, com os candidatos chegando a trocar farpas e acusações pessoais nos debates, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) têm evitado aparecer em público com seus apoiadores mais polêmicos e que podem prejudicar sua imagem junto ao eleitorado.
Se por um lado o tucano comemorou o apoio público de Marina Silva (PSB), que conseguiu 21% dos votos válidos, à sua candidatura, por outro ele sequer tem mencionado o seu correligionário Eduardo Azeredo, réu no mensalão mineiro que pode pegar 22 anos de prisão. Já a presidente Dilma, também tem evitado associar sua imagem a caciques do PMDB, principal partido de sua base aliada. Confira abaixo alguns dos aliados evitados pelos candidatos:
José Sarney (PMDB-AP) - Acusado de envolvimento em diversos escândalos, dentre eles a nomeação de seus parentes para cargos por meio de atos secretos no Senado, o senador faz parte dos que apoiam oficialmente a candidata petista, mas não tem aparecido em seu palanque.


Paulo Maluf (PP-SP) - Condenado por improbidade administrativa pelos desvios nas obras do Túnel Ayrton Senna durante sua gestão na prefeitura de São Paulo, Maluf também é outro aliado da presidente que não aparece em sua campanha.


Renan Calheiros (PMDB-AL)Outro cacique do PMDB acusado de envolvimento em diversos escândalos, como o pagamentos de R$ 400 mil de pensão para a jornalista Mônica Veloso por meio de lobista ao longo de 21 meses, o presidente do Senado também é um dos apoiadores que a petista tem evitado de aproximar.


Neca Setúbal - A educadora e herdeira do Banco Itaú, que coordenou o programa de governo de Marina Silva (PSB) ficou emarcada após os ataques do PT associando ela aos interesses dos banqueiros. Neca chegou a declarar publicamente seu apoio a Aécio, mas nunca foi vista em atos de campanha do tucano, que também não fez esforços para ter a presença dela em seu palanque.

O que sabe Lula sobre o nazismo?


A acusação de Lula, comparando a campanha dos tucanos com o regime de Hitler mostra a que nível chegou a apelação do ex-presidente para tentar manter o PT no poder

JOSÉ FUCS
22/10/2014 

Lula e Ahmadinejad, em Brasília (Foto: : Adriano Machado/LatinContent/Getty Images)
É estarrecedor, para usar a palavra preferida pela presidente Dilma Roussef na campanha eleitoral, a comparação dos tucanos com os nazistas, feita ontem por Lula, durante um comício em Recife. No mesmo tom raivoso com que vem destilando suas críticas a Aécio, Lula afirmou, para surpresa e indignação não apenas de seus adversários, mas principalmente dos que viveram os horrores do regime de Hitler, nos anos 1930 e 1940: “De vez em quando, parece que estão agredindo a gente como os nazistas agrediam no tempo da 2ª Guerra Mundial”.
Num sinal de que perdeu completamente a noção dos limites estabelecidos pelo jogo eleitoral, Lula ainda comparou os líderes do PSDB a Herodes e Dilma, a Jesus: “Outro dia eu dizia para eles: vocês são mais intolerantes que Herodes, que mandou matar Jesus Cristo quando ele nasceu, com medo de ele virar o homem que virou. E vocês querem acabar com o PT, com a nossa presidente, querem achincalhar ela, chamar ela de leviana”. 
É inacreditável que um ex-presidente chegue a esse nível de apelação para angariar votos para sua candidata numa eleição que deverá ser decidida voto a voto até o final da apuração. Com a história não se brinca, mesmo que se admita “fazer o diabo para vencer uma eleição”, como chegou a afirmar Dilma no início da campanha. Mesmo que se aceitasse que a palavra "leviana" fosse mesmo um xingamento, que até hoje não constava dos dicionários do gênero, e mesmo que Lula tivesse razão sobre a intensidade dos ataques desferidos pela oposição contra Dilma – o que, como se sabe, não é verdade -, isso não justificaria a comparação feita com um dos regimes mais sanguinários e autoritários de toda a história. Nada, absolutamente nada, nas atitudes de Aécio guarda a menor semelhança com a carnificina provocada pelos nazistas em todo o mundo, até porque ele apenas reagiu à tentativa de “desconstrução” de sua candidatura pelo PT – uma estratégia adotada com sucesso no primeiro turno contra a candidata do PSB, Marina Silva, e contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, em eleições passadas. Diante da afirmação estapafúrdia de Lula, talvez seja o caso de perguntar aqui: o que ele sabe sobre o nazismo?
Exceto pelo estreito contato que mantém com a central de infâmia montada pelo PT contra seus adversários, comandada pelo marqueteiro João “Goebbels”Santana, como afirmou o cineasta Fernando Meirelles, numa referência a Joseph Goebbels, o temido ministro da propaganda nazista, Lula parece saber muito pouco sobre o regime de Hitler. Sua aproximação com o ex-presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, fala por si mesma. Numa prova inequívoca de má fé e ignorância histórica, Ahmadinejad, um dos maiores inimigos de Israel, sequer reconhece a ocorrência do Holocausto, como é conhecido o extermínio de seis milhões de judeus por Hitler, na Segunda Guerra Mundial.
Se Lula se preocupasse mais com as ações de seu próprio partido e de seus aliados, talvez pudesse aprender um pouco mais sobre o regime hitlerista. Em vez de acusar os tucanos de agir como nazistas, Lula deveria ter demonstrado um mínimo de indignação quando a blogueira cubana, Yoani Sánchez, foi impedida de dar uma palestra no Brasil pelas milícias fascistas de seus aliados. Mas, como ela critica a falta de liberdade na ilha de seu amigo Fidel Castro, ele preferiu fazer vistas grossas. 

Uma tremenda molecagem!

Uma das chaves do sucesso de Lula é a coragem de dizer o que lhe apetece – às favas a verdade. 20/10/2014 -

Lula (Imagem: Felipe Rau / Estadão Conteúdo / AE)
Ricardo Noblat
Qual Lula é o verdadeiro?O bem educado que aparece no programa de propaganda eleitoral de Dilma na televisão, defende os 12 anos de governos do PT e, ao cabo, sorridente, pede votos para reeleger sua sucessora?
Ou o moleque de rua que pontifica em comícios país a fora, sugerindo, sem ter coragem de afirmar diretamente, que Aécio é capaz, sim, de dirigir embriagado, agredir mulheres e se drogar?
O segundo é o mais próximo do verdadeiro Lula. Digo por que o conheço desde quando era líder sindical. Lula é uma metamorfose ambulante. Não foi ninguém quem o disse, foi ele quem se rotulou assim.
A esquerda tudo perdoaria a Lula desde que chegasse ao poder. Chegou, cavalgando-o. Uma vez lá, se corrompeu. Quanto a ele... Não sabia de nada. Nunca soube.
Justiça seja feita a Lula: por desconhecimento de causa e preguiça, ele jamais compartilhou as ideias da esquerda. Assim como ela se aproveitou dele, Lula se aproveitou dela. Um casamento não por amor, mas por interesse.
Na primeira reunião ministerial do seu governo em 2003, Lula se irritou com um ministro e desabafou: “Toda vez que me guiei pela esquerda me dei mal”.
Retifico: ele não disse que se deu mal. Usou um palavrão. Nada demais para o sujeito desbocado que nunca pesou o que diz. Grossura nada tem a ver com infância pobre.
Lula é um sucesso do jeito que é. Mudar, por quê? Todos admiram sua astúcia. Muitos se curvam à sua sabedoria. E outros tantos temem ser apontados como desafetos do retirante nordestino que se deu bem.
Uma das chaves do sucesso de Lula é a coragem de dizer o que lhe apetece – às favas a verdade.
No último sábado, em comício em Belo Horizonte, Lula disse que nunca foi grosseiro com adversários.Textualmente: “Não tive coragem de ser grosseiro contra Collor, Serra, Alckmin, Fernando Henrique. Pega uma palavra minha chamando candidato de mentiroso e leviano”. É fácil.
Lula chamou Sarney de ladrão. E Itamar Franco de filho da puta.
Resposta de Itamar em maio de 2003: “Gostaria de saber o que aconteceria se a situação fosse inversa, ou seja, se esse indivíduo arrogante e elitista fosse o presidente da República e alguém lhe chamasse disso. (...) Minha mãe se chamava Itália Franco. Mas fosse um filho da p., certamente teria por ela o mesmo amor filial”.
Você pensa que Lula ficou constrangido com a resposta de Itamar? Foi ao velório dele. Assim como foi ao velório de Ruth Cardoso, mulher de Fernando Henrique. Chorando, lançou-se aos braços do ex-presidente.
Pouco antes da morte de Ruth, a Casa Civil da então ministra Dilma montara um dossiê sobre despesas com cartão de crédito do casal FH. Depois, a ministra se desculpou.
Lula não é homem de se desculpar. Nem mesmo quando trata um assessor a pontapés. Como governador de Minas Gerais, no auge do escândalo do mensalão, Aécio lutou para que o PSDB não pedisse o impeachment de Lula. Conseguiu.
Mais tarde, Lula tentou convencê-lo a aderir ao PMDB para disputar a presidência com o seu apoio. Aécio não quis.
De volta ao comício de Belo Horizonte.
Antes de Lula falar, foi lida a carta de uma psicóloga acusando Aécio de espancar mulheres e de ser megalomaníaco. Ele ainda foi chamado de "coisa ruim", "cafajeste" e "playboy mimado".
Por fim, a plateia foi ao delírio ao ouvir Lula dizer sobre o comportamento de Aécio em debates: “A tática dele é a seguinte: vou partir para a agressão. Meu negócio com mulher é partir para cima agredindo”.

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Leite posa de bom mocinho, mas cai a máscara

Parabéns governador, que agora quer aparecer como o herói, cobrando ações do governo federal até mesmo se for preciso brigar. Brigar com que...

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