segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Ouça a íntegra do depoimento de Paulo Roberto Costa à Justiça Federal

  

by Prosa & Politica
paulo-roberto-costaEx-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, diz em depoimento à Justiça Federal, que indicações políticas na estatal são comuns desde o governo José Sarney e explica esquema de desvio de recursos públicos para políticos.

domingo, 12 de outubro de 2014

O legado de Dilma retratado em oito gráficos


Eleições 2014

Dilma Rousseff foi a primeira mulher a ocupar a Presidência da República; quatro anos depois, relembre alguns feitos (bons e ruins) de seu governo

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, depois do debate promovido pela Globo, no Rio
A candidata do PT Dilma Rousseff: após quatro anos de governo, mais erros que acertos (Ivan Pacheco/VEJA.com)
A presidente Dilma Rousseff trava uma batalha acirrada com seus adversários Aécio Neves e Marina Silva para se manter no poder pelos próximos quatro anos. A petista tem bradado as glórias de seu governo aos eleitores e espera que o discurso seja suficiente para garantir-lhe um lugar no segundo turno das eleições. O site de VEJA mostra em oito gráficos alguns dos erros e acertos da presidente ao longo de sua gestão. Confira.
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VEJAGráficos - governo Dilma

Os salários que o Sesi paga aos apadrinhados do PT

As remunerações a indicados por Lula e pelo partido chegam a R$ 36 mil – e alguns deles nem precisam aparecer para trabalhar

MURILO RAMOS
01/08/2014 


Um espectro ronda a casa 787 da Rua José Bonifácio, numa esquina do centro de São Bernardo do Campo, em São Paulo – o espectro do empreguismo. De longe, vê-se apenas uma casa amarela, simples e estreita como as demais da região. De perto, subitamente, tudo o que é sólido se desmancha no ar e – buuu! – sobram somente os fantasmas. Naquele endereço, na cidade paulista onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mora e fez sua carreira, funciona o “escritório de representação”, em São Paulo, do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria, o Sesi. A casa amarela mal-assombrada fica a 40 metros do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em que Lula se projetou como um dos maiores líderes políticos do Brasil. O sindicato mais famoso do país continua sob o comando de Lula e seus aliados. A casa amarela foi criada por esses aliados no governo de Lula. Quem a banca são as indústrias do país. Todo ano, elas são obrigadas a financiar as atividades do Sesi, cuja principal finalidade é qualificar os trabalhadores das indústrias. A casa amarela é um dos melhores lugares do Brasil para (não) trabalhar. O escritório é modesto, mas os salários são inimagináveis – e as jornadas de trabalho, imaginárias. Difícil é entrar. É preciso ser amigo de petistas poderosos.
Na manhã da última quarta-feira, ÉPOCA reuniu coragem para bater à porta da casa amarela. Estava em busca de Marlene Araújo Lula da Silva, uma das noras do ex-presidente Lula. No papel e na conta bancária, ela trabalha ali. A reportagem encontrou apenas dois sindicalistas, além da copeira Maria e da secretária Silvana. Dona Maria parece ser a mais produtiva do lugar. Faz um ótimo café. Talvez por medo, não fala sobre as aparições. Assim que ÉPOCA perguntou pela nora de Lula, a secretária Silvana tratou de alertá-la por telefone. Cerca de 45 minutos depois, Marlene finalmente estacionava seu Hyundai Tucson preto na garagem.

Casada com o quarto filho de Lula, Sandro Luís Lula da Silva, Marlene raramente aparece no serviço, apesar de ter um salário de R$ 13.500 mensais. Diz ser “formada em eventos”. Questionada sobre o que faz no Sesi, onde está empregada desde 2007, Marlene foi vaga. Disse trabalhar em programas do Sesi na capital paulista e na região do ABC. “Trabalho com relações institucionais. Fico muito tempo fora do escritório. Tenho uma jornada flexível. Quem me contratou foi o Jair Meneguelli”, afirmou. Meneguelli é o presidente do Sesi. Sindicalista e amigo de Lula, ocupa o cargo desde que o PT chegou ao Planalto, em 2003. “Mas por que está fazendo essas perguntas? Se você está me procurando, deve ser pela ligação que tenho de sobrenome”, disse.

Marlene é apenas um dos fantasmas vermelhos que, segundo descobriu a Controladoria-Geral da União, a CGU, habitam a casa amarela. No começo do ano, funcionários do Sesi procuraram a CGU para denunciar a existência de fantasmas nos quadros da entidade. Todos indicados por Lula e outros próceres do PT. Os auditores da CGU, como caça-fantasmas, foram a campo. Encontraram apenas ectoplasmas. Estiveram na casa amarela e jamais flagraram a nora de Lula trabalhando. Experimentaram ligar em horários alternados, na tentativa de achá-la na labuta. Nenhum vestígio. Por fim, decidiram perguntar ao Sesi que atividades Marlene exercera nos últimos tempos. A resposta foi evasiva. Agora, a CGU trabalha num relatório sobre a caça aos fantasmas.

A rotina tranquila permitiu que Marlene se lançasse ao mundo corporativo. Em 2009, ela se tornou sócia do marido e de um cunhado, Marcos Luís, numa empresa de tecnologia que se diz especializada na produção de software, a FlexBr. Até hoje a empresa não tem site. Antes escanteada num imóvel da família do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, em São Bernardo do Campo, a FlexBr mudou-se para um  belo prédio no bairro dos Jardins, em São Paulo. ÉPOCA também esteve lá na semana passada. As atendentes do prédio disseram que a empresa não funciona mais lá há pelo menos um ano.  Nunca viram Marlene ali.

Por que o emprego de Marlene no Sesi nunca veio à tona? Um servidor do Sesi afirmou que se deve à dificuldade de associar o nome de solteira de Marlene ao sobrenome Lula da Silva. Na relação de funcionários do Sesi, o nome dela é Marlene de Araújo. Sobram fantasmas na família Lula. Em 2005, o jornal Folha de S.Paulo revelou que Sandro Luís, o marido de Marlene, tinha sido registrado como funcionário do PT paulista, com salário de R$ 1.500. Sandro nem sequer aparecia no partido.
 
APARIÇÕES Marlene (à esq.), nora de Lula, só apareceu no trabalho depois de ÉPOCA perguntar por ela. Márcia (à dir.), mulher do mensaleiro João Paulo Cunha, estava em casa (Foto: Rogério Cassimiro/ÉPOCA)
O assessor Rogério Aurélio Pimentel deveria ser colega de Marlene na casa amarela.  Até há pouco, estava lá apenas em espírito. Aurélio foi contratado no começo de 2011, para ser gerente de serviços sociais. Ganha R$ 10 mil por mês. O emprego no Sesi foi arranjado depois que a presidente Dilma Rousseff chegou ao Planalto e o dispensou. Aurélio, amigo de Lula, trabalhou no gabinete pessoal dele nos oito anos de mandato. No Planalto, dividia sala com Freud Godoy, ex-segurança de Lula. Godoy e Aurélio eram conhecidos no Planalto como “dupla dinâmica”. Freud se consagrou com o escândalo dos Aloprados, na campanha de Lula em 2006. Foi acusado de usar dinheiro sujo para comprar um dossiê fajuto com denúncias contra o tucano José Serra. ÉPOCA encontrou Aurélio na casa amarela. Ele disse não ter sido indicado por Lula. “Trabalho com Marlene assessorando projetos e também ajudo aqui no escritório”, disse. Não quis dar mais explicações. Desde as visitas dos caça-fantasmas da CGU, Aurélio passou a se apresentar no escritório do Sesi com mais regularidade.
o emprego dA nora de Lula demorou a ser descoberto porque ela usava o sobrenome de solteira
Na sede do Sesi, em Brasília, os caçafantasmas entrevistaram funcionários (de verdade) e vasculharam os computadores dos fantasmas em busca de vestígios de que trabalhavam. Nada. Uma das que não entravam no próprio computador chama-se Márcia Regina Cunha. Ela é casada com o ex-deputado João Paulo Cunha, do PT de São Paulo, condenado no processo do mensalão. Foi Márcia quem buscou os R$ 50 mil, em dinheiro vivo, que João Paulo recebeu de Marcos Valério – ele dizia que ela fora ao banco pagar a conta de TV a cabo. No Sesi, Márcia está empregada como gerente de marketing desde 2003. Recebe R$ 22 mil por mês.
Sou gerente de marketing. Trabalho lá (em Brasília) e aqui em São Paulo"
MÁRCIA CUNHA, MULHER DO MENSALEIRO JOÃO PAULO CUNHA, EM SUA CASA
Na tarde da mesma quarta-feira em que procurou Marlene na casinha amarela, ÉPOCA flagrou Márcia a 1.000 quilômetros da sede do Sesi em Brasília, onde ela deveria estar. Márcia estava em sua casa, na cidade de Osasco, região metropolitana de São Paulo. A casa de Márcia e do ex-deputado João Paulo Cunha está em reforma. Márcia parecia acompanhar as obras. ÉPOCA quis saber por que ela não estava em Brasília. “Sou gerente de marketing. Trabalho lá (Brasília) e aqui em São Paulo. Tem uma unidade do Sesi aqui”, disse – e logo desapareceu.

Os caça-fantasmas tiveram dificuldade para encontrar também o advogado e jornalista Douglas Martins de Souza no Sesi em Brasília. Contratado para ser consultor jurídico, ganha R$ 36 mil. Filiado ao PT desde 2000, foi secretário adjunto da Secretaria de Igualdade Racial no início do governo Lula. Marlene disse que Douglas “fica entre Brasília e São Paulo”.

Além de atender a pedido de amigos, Meneguelli, o presidente do Sesi, também emprega os seus. Um deles é o petista Osvaldo Bargas. No período em que Meneguelli presidiu a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, Bargas era seu número dois. No Sesi, recebe salário de R$ 33 mil. A sindicalista Sandra Cabral, amiga do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, também conseguiu emprego lá. Recebe R$ 36 mil por mês.
 
COMPANHEIROS Jair Meneguelli e o ex-presidente Lula. Nomeado por Lula, ele está há 11 anos no Sesi e ganha até R$ 60 mil mensais (Foto: Ricardo Benichio/divulgação)
Se alguém ganha bem no Sesi, é o próprio Meneguelli. Há meses em que ganha quase R$ 60 mil – somando ao salário uma “verba de representação”. Hoje, ocupa uma sala espaçosa num dos prédios mais luxuosos da capital federal. Meneguelli desfila num impecável Ford Fusion preto, modelo 2014, com motorista. Para não ficar a pé no ABC paulista, deu ordens para que um Toyota Corolla zerinho fosse transportado de Brasília a São Bernardo do Campo. Fica a sua disposição, com motorista. As despesas com esses e outros três bólidos do Sesi somam mais de R$ 150 mil por ano.
Meneguelli tem uma mania incorrigível de confundir o patrimônio do Sesi com o dele. Todos os finais de semana, recebia passagens pagas pelo Sesi para ir a sua casa em São Caetano do Sul, em São Paulo. Isso acabou quando uma auditoria do Tribunal de Contas da União, o TCU, vetou o procedimento. Outra auditoria da CGU também achou estranho que Meneguelli tenha criado uma representação do Sesi em São Bernardo do Campo – e não na capital paulista. Silvana Aguiar, secretária de Meneguelli em São Bernardo, disse que a casa amarela, antes de ser o escritório do Sesi, já abrigava o escritório político de seu patrão.

Por meio de sua assessoria, Meneguelli afirmou que Marlene, Márcia, Aurélio, Sandra e Douglas cumprem suas jornadas de trabalho normalmente, que os cargos são de livre provimento e que os carros usados por ele são compatíveis com “padrão executivo, adotado pela instituição desde antes da atual gestão, e a despeito de quem seja gestor”. Afirmou não enxergar conflito de interesses na contratação do amigo Bargas. Lula não quis comentar. 

Dilma enlouqueceu e agora chama democracia de “golpe”. Isso era pensamento da terrorista da VAR-Palmares, não de quem se fez presidente pelas urnas

     (Foto nao faz parte da materia original)


“Os deuses primeiro enlouquecem aqueles a quem querem destruir.” Em latim: “Quos volunt di perdere dementant prius”. A citação no singular é mais conhecida: “Quem vult deus perdere dementat prius” — “Deus primeiro enlouquece aquele a quem quer destruir”. Prefiro a citação com “deuses”. O problema de “deus”, no singular, é que a frase parece remeter ao Deus único, este nosso (ou meu, hehe), não àqueles vários do paganismo, que viviam atazanando os homens. É o que me ocorre ao tomar conhecimento do que Dilma afirmou nesta sexta. Ela pode estar perdendo o juízo. Leiam o que afirmou:

Numa caminhada na periferia de Porto Alegre, discursando sobre uma caminhonete, ela se saiu com a seguinte estupidez:“Eles [oposição] jamais investigaram, jamais puniram, jamais procuraram acabar com esse crime terrível que é o crime da corrupção. Agora, na véspera eleitoral, sempre querem dar um golpe. E estão dando um golpe. Esse golpe nós não podemos concordar”.
Golpe? Que golpe? O golpe das urnas, presidente? Haver quem não vote no PT, então, agora é golpe? Uma eleição só é legítima quando vencida pelo PT? Se o seu partido perder, dona Dilma, será porque a maioria terá votado no seu adversário. Será, então, sinal, governanta, de que a maioria do eleitorado terá se transformado em golpista?
A fala é de uma estupefaciente irresponsabilidade. Até porque Dilma, que continua presidente da República, está afirmando, na prática, que, se ela perder a eleição, então o resultado não é legítimo. Se não é, então o PT poderá sair por aí botando fogo no circo. Golpista é a fala da petista!
Eles já recorreram a esse expediente em 2006. Essa tese tem “copyright”, tem autoria: Marilena Chaui, a militante do PT disfarçada de filósofa. Foi ela quem procurou dar alcance até acadêmico a essa vigarice naquele ano. Segundo essa senhora, denunciar o mensalão correspondia, imaginem vocês, a dar um golpe. Agora, para mostrar que somos legalistas, deveríamos todos nos calar diante do “petrolão”???
Sabem o que é isso? Sinal de desespero. Em dois dias, é o segundo golpe baixo — o primeiro é tentar fazer de FHC um inimigo dos nordestinos. Imaginem o que vem por aí. Dilma está se esquecendo de que ainda é presidente da República e que tal cargo lhe impõe uma especial responsabilidade.
Democracia como golpe, presidente? Esse pensamento ficava bem na terrorista da VAR-Palmares, não na pessoa que se elegeu por meio das urnas, as mesmas que, no momento, dão a vitória a seu adversário. Até que Dilma não comece a sentir vergonha do que disse, sentirei um pouquinho por ela, a tal vergonha alheia. 
Texto publicado originalmente às 19h51 desta sexta
Por Reinaldo Azevedo

Depois de uma semana de reuniões com aliados, ex-ministra anuncia posição: Marina Silva declara apoio ao tucano Aécio Neves no segundo turno da campanha presidencial


POR RONALDO D’ERCOLE

Marina Silva (PSB) declara apoio a Aécio Neves - Marcos Alves / Agência O Globo


SÃO PAULO
— A candidata derrotada no primeiro turno da corrida presidencial, Marina Silva (PSB), anunciou na manhã deste domingo apoio ao tucano Aécio Neves. O anúncio já era esperado e foi feito em São Paulo. A definição do apoio se deu depois de Aécio divulgar, no sábado, uma carta-compromisso na qual se compromete com a incorporação em seu programa de governo tópicos que envolvem reforma agrária, questões indígenas e ambientalismo, consideradas cruciais por Marina.

— Prefiro ser criticada lutando por aquilo que acredito que é melhor para o Brasil — disse, ao lado de seu vice Beto Albuquerque, citando os tópicos do documento de Aécio alinhadas às suas ideias para justificar o apoio. — Declaro meu voto e meu apoio à sua candidatura. Faço essa declaração como cidadã brasileira — completou, descartando que o anúncio é “acordo ou aliança para governar”.

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Já quando saiu o resultado do primeiro turno, Marina sinalizou que anunciaria apoio Aécio, desde que ele se comprometesse com propostas defendidas por ela nas áreas social e de sustentabilidade. Na carta apresentada neste sábado, o tucano faz referência à candidata que se lançou pelo PSB ao dizer que “é natural que contemos, nesta etapa, com as sugestões dos que, comprometidos com a mudança, se lançaram à campanha e, mesmo não obtendo votos suficientes para chegar ao segundo turno, contribuíram com suas ideias, propostas e debates para melhorar a qualidade de nossa democracia”.

Uma das bandeiras do PSDB, a redução da maioridade penal para 16 anos em caso de reincidência por crimes considerados graves, chegou a ser citada como um entrave para a oficialização do acordo, já que a Rede Sustentabilidade, partido que Marina tentou criar ano passado, é contra a proposta. Na sexta-feira, aliados de Marina já haviam mostrado que poderiam flexibilizar essa exigência.

A carta-compromisso do tucano caminha no sentindo de um meio-termo, ao propor que a sociedade seja convocada para “debater e encontrar soluções generosas para nossa juventude”. Diz o texto: “podemos, juntos, evitar que os problemas relacionados aos jovens sejam encarados apenas sob a ótica da punição. Essa seria uma forma injusta de penalizá-los, nas ponta do processo, por erros e omissões que são de todos nós”.


Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/marina-silva-declara-apoio-ao-tucano-aecio-neves-no-segundo-turno-da-campanha-presidencial-14224533#ixzz3FxMuh4Dm

Started Putaria



Dilma denuncia “golpe” da mídia mas segue como sua principal anunciante


11/10/2014 17:57


Por Redação - de Brasília, Porto Alegre e São Paulo
Correio do Brasil


Dilma e Tarso se abraçam em ato público no Rio Grande do Sul, onde ambos denunciaram a existência de um “golpe” contra a democracia brasileira
A denúncia de que há golpe contra a democracia brasileira em marcha, promovido por setores da extrema direita que controla os principais diários e concessões públicas de rádio e TV no país, subiu neste sábado às manchetes dos jornais acusados, na tangente, de promover a tentativa de derrubada do governo. A denúncia da presidenta da República e candidata petista à reeleição, Dilma Rousseff, reforçada por declarações no mesmo sentido do governador gaúcho Tarso Genro (PT) e de um dos seus coordenadores de campanha Miguel Rossetto, não mereceu uma linha sequer no noticiário internacional, seja nos jornais alinhados ao espectro da direita norte-americana, seja na mídia da esquerda francesa, britânica e alemã. O assunto também mergulhou na internet brasileira, nas últimas 24 horas, reduzindo-se a alguns pitacos em blogs e comentários resumidos nas redes sociais.
Para chegar à conclusão que um movimento desse naipe segue firme na intenção de apeá-la do poder, no entanto, a presidenta Dilma não precisou contar com os préstimos de seu serviço de Inteligência ou apelar aos organismos de segurança. Bastou ler as manchetes dos mesmos diários, que neste sábado consignaram suas denúncias, para constatar que, desde a Era Getúlio Vargas, um cartel midiático formado por aqueles mesmos jornais, revistas, emissoras de rádio e de TV alinhados a Washington, monta guarda contra o avanço das forças progressistas no país. Tal constatação, porém, não impediu o governo petista de carrear bilhões de reais aos cofres destas mesmas organizações que agora, durante a crise do capitalismo mundial, dependem mais do que nunca do patrocínio estatal para cobrir suas despesas.
Passadas 24 horas da denúncia presidencial, os veículos de comunicação ligados ao “golpe” seguiram veiculando, normalmente, a publicidade estatal que é, atualmente, uma das maiores fontes de recursos para esse tipo de mídia. Não houve, segundo o Correio do Brasil apurou junto aos principais meios de comunicação conservadores – acusados de cumplicidade na tentativa de interrupção do processo democrático no país – qualquer movimento por parte da secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, de suspensão dos contratos publicitários ou da veiculação de propaganda federal. O Núcleo de Mídia da Presidência da República, procurado pela reportagem do CdB, não respondeu aos telefonemas.
A denúncia da candidata petista, por sua vez, não deixou dúvidas quanto à existência de uma espécie de partido político, formado pela mídia patronal, que divulga, em uníssono, as denúncias sem provas de um diretor corrupto e um doleiro marginal – ambos criminosos confessos – contra o seu governo.
Eles sempre querem dar um golpe – refletiu a presidenta, referindo-se aos adversários do PSDB e aos donos dos meios de comunicação ligados ao partido.
Para a mandatária, o vazamento das denúncias, em plena campanha, prova que “estão mesmo dando um golpe eleitoral”.
– Quem começou essa investigação fomos nós, enquanto eles tinham um filiado ao PSDB na chefia da Polícia Federal e um procurador-geral que era o engavetador geral da República. Nós não concordamos com o uso eleitoreiro de processos de investigamos que nós começamos. Nós desenvolvemos. Porque a Polícia Federal passou a ser um órgão de investigação a partir dos nossos governos – defendeu-se Dilma.
E prosseguiu:
– Quem era nos últimos quatro anos do PSDB, quem era o diretor-geral da Polícia Federal? Era aparelhado, era um militante filiado do PSDB. Eles aparelharam a Polícia Federal. Por isso a Polícia Federal investigou pouco, descobriu pouco, prendeu pouco.
Depois, bateu pesado na oposição e na mídia conservadora:
– Eles destilam ódio. Eles destilam mentiras. Nós temos que responder com a verdade e a esperança.
Conspiração
Se a candidata petista havia deixado alguma dúvida quanto à ação da mídia conservadora na tentativa de um golpe na democracia brasileira, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) foi mais direto. Em sua conta pessoal no Twitter, apontou uma “conspiração política em curso para manipular a vontade eleitoral no segundo turno”. Genro afirmou que a campanha Dilma deve reagir e denunciar o golpismo midiático que embala “essa conspiração”.
E acrescentou:
“Acusações sem provas à beira da eleição, feita por ladrão confesso é manipulação do processo eleitoral com ajuda da mídia que protege Aécio”.
Para o governador gaúcho, novo caso envolvendo a Petrobras foi preparado para estourar agora, reforçar Aécio, abafar o caso do aeroporto envolvendo o candidato tucano e esquecer o episódio da compra de votos para a reeleição de FHC.
Manchetes
Para o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, que deixou o cargo para coordenar a campanha da presidenta Dilma, o caso é ainda mais sério.
“Está em curso uma gravíssima tentativa de manipular a eleição presidencial no Brasil. A quinze dias das eleições, justamente no dia do primeiro programa eleitoral do segundo turno, um vídeo de um criminoso investigado é vazado de forma parcial e mal intencionada. O que diz neste vídeo? Que o preso ouvia nos corredores da Petrobrás que o PT se beneficiaria de dinheiro de contratos da empresa. Quais as provas que apresenta? Nenhuma! Quais os casos concretos que relaciona? Nenhum!”, exclama o ministro, em recente artigo divulgado na mídia independente.
“Baseado nisto, num fragmento de depoimento de um presidiário que relata boatos, a grande imprensa estampa manchetes de brutais ataques ao PT. Manchetes que negaram sistematicamente no caso do Metrô Paulista do PSDB com um desvio bilionário descoberto em uma investigação internacional”, aponta Rossetto, referindo-se ao escândalo internacional que envolve as empresas Alstom e Siemens no pagamento de propina a altos executivos do governo paulista, ligados aos tucanos.
Mesmo sem qualquer atitude imediata, diante dos fatos expostos pela presidenta Dilma Rousseff, e o governador Tarso Genro, o coordenador da campanha Miguel Rossetto afirma que “é preciso dar um basta a este tipo de política. Fazem isto porque não podem discutir com o povo suas propostas para o País. Propostas que geram desemprego, recessão e privatização como sempre fizeram quando estiveram no poder”.
Como nenhum veículo de comunicação foi citado, diretamente, os jornais, rádios e emissoras de TV procurados pela reportagem do Correio do Brasil preferiram não fazer qualquer pronunciamento acerca das denúncias.

sábado, 11 de outubro de 2014

Dez fatos absurdos da Coreia do Norte de Kim Jong-un

Dez fatos absurdos da Coreia do Norte de Kim Jong-un

1 de 10

Filme de comédia

Kim Jong-un interpretado por Randall Park na comédia 'The Interview'
Sem nenhum senso de humor, o regime comunista quer que um filme hollywoodiano seja banido e adverte que não impedir seu lançamento será considerado um “ato de guerra”. Estrelada pela dupla Seth Rogen e James Franco, a comédia ‘The Interview’ tem seu lançamento previsto para outubro. No filme, Franco interpreta o apresentador de um talk show e Rogen é seu produtor. Ao saber que Kim Jong-un é um fã do programa, eles resolvem viajar a Pyongyang para entrevistá-lo. A CIA fica sabendo dos planos e resolve recrutar os dois para matar o ditador. Se não bastasse a reclamação e as ameaças ridículas, a Coreia do Norte ainda teve a fala de bom senso de manifestar sua indignação para a ONU.

O dia em que é proibido dar risada

Ditador norte-coreano Kim Jong-un visita um centro de cultivo de cogumelos e sorri
No dia 8 de julho é proibido sorrir na Coreia do Norte. Isso mesmo, por mais surreal que possa soar, a risada é vetada neste dia. O motivo é que este dia marca a morte de Kim Il-sung, o fundador do país, avô do atual ditador Kim Jong-un. O decreto existe desde 1994 e proíbe sorrir, levantar a voz na rua, beber álcool e dançar porque todo o país está de luto. Neste dia, a rede de televisão estatal norte-coreana dedica o dia transmitindo a solene – e chata – cerimônia oficial em homenagem ao 'presidente eterno'.

Eleição perfeita

O ditador norte-coreano Kim Jong-un fala sua mensagem de Ano Novo
O ditador Kim Jong-un transformou o sonho impossível de muitos políticos em realidade. Nas últimas eleições no país, em março, ele obteve todos os votos válidos. Isso mesmo, ele teve 100% dos votose sem abstenção. O truque que lhe garante a eleição perfeita é simples: em cada uma das quase 700 circunscrições do país havia apenas um candidato, ele mesmo. Os eleitores podem optar apenas entre 'sim' e 'não', com a ressalva de que escolher o 'não' ou abrir mão de votar pode ser considerado um perigoso ato de traição – obviamente, as cabines de votação não são privadas. Na prática, o pleito serve para as autoridades detectarem deserções no exterior, já que o regime usa os dados dos eleitores  – todas as pessoas com mais de 17 anos – para atualizar o censo, e os funcionários responsáveis por organizar o processo eleitoral visitam todas as residências para confirmar a presença ou ausência de eleitores registrados.

Drone de brinquedo

Um drone norte-coreano foi encontrado em Baengnyeongdo, na Coreia da Sul
Enquanto os norte-coreanos se esforçam em seus frequentes testes de mísseis, na área dos aviões não-tripulados eles não têm muito o que comemorar. A Coreia do Sul relatou que encontrou em seu território um “drone estilo retrô” vindo do Norte. Mais próximo dos aviõezinhos de controle remoto do que dos atuais drones, a arma secreta norte-coreana era inofensiva: apenas tirava fotos, mas não tinha capacidade para fazer gravações ou transmitir as imagens, e muito menos para portar algum artefato explosivo. As fotos, porém, ficaram com os vizinhos do Sul após a queda por motivo desconhecido. Acabou a pilha?

Penteado da discórdia

O ditador Kim Jong-un exibe seu corte: raspado dos lados e alto no topo da cabeça
“Penteado ruim?”, questiona um cartaz com a imagem do ditador Kim Jong-un em um salão de Londres. A brincadeira inofensiva era para oferecer 15% de desconto em cortes de cabelo para homens, disse o dono do estabelecimento. Ele só não esperava que o cartaz virasse motivo para umincidente diplomático. “Penduramos o cartaz, mas não nos demos conta que a embaixada da Coreia do Norte está a dez minutos a pé do salão. No dia seguinte funcionários da Coreia do Norte passaram e pediram para falar com o gerente”, disse o cabeleireiro Karim Nabbach. O cabeleireiro respondeu: “Este país não é a Coreia do Norte, é a Inglaterra, vivemos em democracia. Pouco depois, o dono denunciou o caso à polícia, mas não teve maiores desdobramentos. A barbearia ganhou fama com reportagens e o movimento aumentou. No entanto, ninguém pede para fazer um corte de cabelo à la Kim Jong-un.

Mickey falsificado

Mickey e Minnie piratas fazem show na Coreia do Norte
Pouco se sabe sobre o ditador Kim Jong-un (nem mesmo sua idade), mas é certo que ele estudou na Europa e desenvolveu gosto por esportes ocidentais, como o basquete, e por outras coisas mais prosaicas: o Mickey. Em julho de 2012, personagens da Disney, entre eles Mickey Mouse, a Minnie e o Ursinho Pooh, apresentaram-se para o ditador da Coreia do Norte em Pyongyang. Kim Jong-um deve ter adorado, mas a Disney desaprovou a apresentação pirata e o uso sem autorização na Coreia do Norte.

Valem mais que mil palavras

Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte mostra soldados motivados
Na tentativa de intimidar inimigos externos e demonstrar poder para o público interno, a Coreia do Norte parece ter se inspirado no realismo socialista dos anos 1930 – a “arte estatal” imposta pelo regime soviético, que invariavelmente mostrava trabalhadores e soldados construindo unidos a sociedade do futuro. A retórica belicista norte-coreana foi fortalecida pela divulgação de várias dessas imagens "realistas".

Na Coreia do Norte, unicórnios existem!

Um unicórnio, real para os norte-coreanos
Um dos pontos mais altos da criatividade norte-coreana em criam mentiras é tão fantasioso que beira o delírio. Em 2012, em uma tentativa de mitificar uma pretensa superioridade do povo norte-coreano, a agência estatal KCNA anunciou a comprovação da existência de cavalos mágicos com chifres na testa. Isso mesmo, unicórnios! A notícia foi comprovada pelo Instituto de História da Academia de Ciências Sociais da Coreia do Norte. A “prova” da existência desses animais míticos seria a Toca do Unicórnio do Rei Tongmyong, fundador do Reino Koryo (918-1392), que teria sido achada por arqueólogos norte-coreanos.

A explosão do Capitólio

Explosão atinge domo do Capitólio, em Washington, no vídeo de propaganda da Coreia do Norte
A Casa Branca sob a mira de um míssil. O domo do Capitólio – sede do Congresso americano – destruído por uma grande explosão. Cenas como estas, dignas dos filmes-catástrofe de Hollywood, ilustram um vídeo de propaganda divulgado por um canal oficial norte-coreano. Com edição e efeitos toscos, o clipe traz também imagens de tropas do exército norte-coreano, desfiles militares e disparos de artilharia.

by Veja

Sumiço de Kim Jong-un dá origem a rumores sobre golpe

Ásia

Ditador da Coreia do Norte não aparece em público há mais de um mês

Hwang Pyong-so (esquerda), tido como número 2 do regime norte-coreano, acompanha cerimônia de encerramento dos Jogos Asiáticos em Incheon, na Coreia do Sul
Hwang Pyong-so (esquerda), tido como número 2 do regime norte-coreano, acompanha cerimônia de encerramento dos Jogos Asiáticos em Incheon, na Coreia do Sul (Jason Reed/Reuters)
Quando as aparições públicas são uma das principais ferramentas da máquina de propaganda, o sumiço da figura mais poderosa do país se torna especialmente notável. Na Coreia do Norte, o desaparecimento de Kim Jong-un, que já dura mais de um mês, alimenta especulações sobre um possível golpe no país mais fechado do mundo.
O último ato público de Kim Jong-un ocorreu em 3 de setembro. Desde então, ele deixou de prestigiar eventos importantes, entre eles uma reunião da Assembleia Suprema do Povo, que reuniu representantes do partido comunista único que comanda o país e militares. Na terça-feira, o ditador perdeu a celebração do 17º aniversário da eleição de seu pai Kim Jong-il como secretário-geral do partido.
A ausência provocou ainda mais estranhamento depois que três nomes fortes do regime norte-coreano fizeram uma visita surpresa ao vizinho do Sul na cerimônia de encerramento dos Jogos Asiáticos, no fim de semana. O trio ainda concordou em retomar o diálogo oficial com a Coreia do Sul. Um dos representantes era Hwang Pyong-so, nomeado recentemente diretor do Escritório Político Geral do Exército, a posição política mais alta na área militar.
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Por enquanto, representantes dos Estados Unidos e da Coreia do Sul acreditam que o ditador norte-coreano pode estar doente, mas não veem sinais de golpe. Fato é que rumores sobre golpes são uma constante no regime comunista. “A última vez foi quando todos previram que Kim Jong-un seria deixado de lado por seu tio mais experiente. E veja o que aconteceu com ele”, disse um integrante do governo americano ao jornal The New York Times.
Acusações de que Jang Song Thaek planejava tomar o poder tiveram um desfecho dramático quando o tio e mentor de Kim Jong-un foi executado pelo regime. E, como no totalitarismo não basta fuzilar, é preciso difamar, humilhar e mostrar, Jang ainda foi descrito como traidor e “escória humana desprezível, pior do que um cachorro”.
Nos primeiros dias de reclusão, as suspeitas giravam em torno do estado de saúde do ditador. No final de setembro, uma agência de notícias sul-coreana publicou que o ditador sofre degota, doença que causa inflamação nas articulações e compromete os movimentos. Pouco depois foi divulgado que ele havia sido submetido a cirurgias nos tornozelos. Em um documentário veiculado no final de setembro, o tirano aparecia mancando em uma visita a uma fábrica. A imprensa oficial norte-coreana limitou-se a dizer que Kim estava sofrendo com um “incômodo”.
Se alguns analistas acreditam que o ditador pode realmente estar apenas se recuperando, há muitos que sugerem que ele tenha perdido poder para integrantes mais experientes do regime, seja por meio de uma revolta planejada ou por um modelo que o mantenha apenas como uma figura de proa. Essa é a aposta do desertor Jang Jin-sung, que atuou na propaganda norte-coreana quando Kim Jong-il estava no poder. “Ele se tornou líder supremo de maneira simbólica. Ele não herdou necessariamente toda lealdade, confiança, conexões, experiência. Ele chegou como um novato e sua posição no sistema não é a mesma”, avaliou Jang, em entrevista à rede americana CNN. Para ele, o poder está nas mãos do Departamento de Organização e Orientação, do qual Hwang faz parte.
Esta sexta-feira pode ser uma oportunidade para acabar com o mistério – ou para aumentá-lo. O aniversário de 69 anos da fundação do Partido dos Trabalhadores (o nome oficial do partido comunista norte-coreano) é uma ocasião propícia para uma aparição pública de Kim Jong-un. Nos últimos dois anos, ele marcou a data com uma visita ao mausoléu em Pyongyang onde ficam os corpos de seu pai e de seu avô.
Se ele estiver se recuperando da cirurgia, é fácil imaginar que a Coreia do Norte não queira divulgar do ditador fragilizado. De qualquer forma, as especulações vão continuar até que ele apareça. “Haverá um momento em que, se Kim ainda não aparecer em público, então poderemos supor que há um problema sério”, disse ao NYT John Delury, especialista em Coreia do Norte da Universidade Yonsei, em Seul. “A questão é saber quanto tempo”.
by Veja

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