terça-feira, 8 de julho de 2014

Sendo menos Neymar, e mais Brasil, com certeza, o resultado seria outro. by Deise

No maior pesadelo do futebol do Brasil, Alemanha faz 7 a 1

A segunda Copa do Mundo realizada no país ficará marcada pela pior derrota da história da seleção pentacampeã, massacrada de forma inapelável no Mineirão

Giancarlo Lepiani, de Belo Horizonte
Felipão e Bernard na partida contra a Alemanha, em Minas Gerais
Felipão e Bernard na partida contra a Alemanha, em Minas Gerais - David Gray/Reuters
A Alemanha, agora recordista em número de finais disputadas (oito, contra sete do Brasil), segue para o Rio de Janeiro, onde espera concluir sua passagem devastadora pelo Brasil conquistando o tetracampeonato mundial
A decisão da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, no dia 16 de julho de 1950, no Maracanã, deixou de ser o episódio mais desastroso da história centenária do futebol pentacampeão. Essa página foi escrita nesta terça-feira, 8 de julho de 2014, no Mineirão, com a mais trágica derrota já sofrida pela seleção. O segundo Mundial sediado no país terminará com a equipe da casa tentando reunir forças para disputar apenas uma medalha de bronze, um prêmio de consolação que ficará esquecido no extenso currículo de glórias da equipe. A finalíssima será disputada pela Alemanha, que goleou o Brasil de forma arrasadora e inquestionável, 7 a 1, numa tarde de pesadelo em Belo Horizonte. Depois de um bom início, em que a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari procurou compensar a falta de Neymar com um jogo combativo e aguerrido, o Brasil desabou em questão de minutos. Para espanto dos torcedores – que, depois de brigar por um lugar no estádio na semifinal da Copa, acabaram amargando um longo sofrimento nas arquibancadas –, o Brasil foi superado de forma inapelável e traumática, na maior goleada já aplicada na equipe.
Se a seleção foi empurrada pela torcida mesmo nos momentos difíceis de sua campanha na Copa – como no empate sem gols com o México, a classificação nos pênaltis contra o Chile e a vitória apertada contra a Colômbia –, a fidelidade do público não resistiu ao massacre alemão. Os torcedores perderam a paciência, xingaram Fred, vaiaram os erros dos demais integrantes da equipe e assistiram em silêncio ao fim melancólico do jogo. Depois de quase quatro décadas sem perder uma partida oficial em casa (o último revés havia acontecido no mesmo Mineirão, pela Copa América, contra o Peru, em 1975), o Brasil fica pelo caminho, tendo mais um compromisso neste Mundial: uma viagem a Brasília, onde decide o terceiro lugar, no sábado, contra o perdedor da outra semifinal, entre Argentina e Holanda, na quarta, em São Paulo. A Alemanha, agora recordista em número de finais disputadas (oito, contra sete do Brasil), segue para o Rio de Janeiro, onde espera concluir sua passagem devastadora pelo Brasil conquistando o tetracampeonato mundial.
Blitzkrieg - Com a escalação de Bernard, nascido em Belo Horizonte e cria do Atlético-MG, a seleção de Felipão apostou na velocidade para tentar compensar a ausência de Neymar. Na execução do hino brasileiro, o capitão David Luiz, que assumiu a braçadeira de Thiago Silva, suspenso, segurou a camisa 10 do craque lesionado. O papel de Neymar, pela faixa central do campo, ficou com Oscar, com Hulk aberto pela esquerda e Bernard pela direita. A seleção de Felipão começou a partida sufocando os alemães, com uma marcação fortíssima e buscando acelerar o ritmo do jogo. O Brasil ganhava quase todas as bolas divididas, inflamando a torcida. O sistema defensivo alemão impedia que a pressão brasileira fosse transformada em chances de gol, mas o time da casa controlava as ações. O Brasil, porém, esfriou logo no primeiro lance de perigo dos alemães, convertido em gol com apenas 10 minutos de partida, depois de escanteio batido por Toni Kroos. Thomas Muller finalizou sozinho, de pé direito, com calma e categoria, abrindo o placar.
Inicialmente, o time da casa até mostrou um bom poder de reação: mesmo em desvantagem no placar, a Brasil não se abateu e seguiu buscando o jogo. Agora, porém, havia uma muralha alemã pela frente – os tricampeões mundiais, bem postados em campo, contavam com sua organização e disciplina tática para não só defender bem como também deixar a partida ao seu gosto. Aos 22, a missão dos brasileiros ficava ainda mais difícil: Klose dominou na entrada da área e bateu rasteiro; Júlio César defendeu, mas o próprio Klose aproveitou o rebote para fazer 2 a 0, quebrando o recorde histórico de Ronaldo. Agora, o veterano artilheiro somava dezesseis gols em Copas do Mundo – e a seleção pentacampeã começava a desabar. Aos 23, o massacre passava a se desenhar: Lahm avançou pela direita, cruzou rasteiro e viu Kroos finalizar de pé esquerdo, com muita tranquilidade, aumentando para 3 a 0. A máquina alemã precisou de mais apenas um minuto para marcar de novo, com Khedira servindo Kroos, de novo. Aos 28 foi a vez do próprio Khedira deixar sua marca, de pé direito, recebendo de Ozil.
Com menos de meia hora de jogo, o Brasil sofria sua maior goleada em Copas: 5 a 0 (na única outra ocasião em que sofreu tantos gols, na Copa de 1938, acabou vencendo por 6 a 5). E os alemães, impiedosos, queriam mais: agora o Brasil estava rendido, presa fácil para uma equipe que parecia funcionar com perfeição em todos os seus setores. Depois do choque, com um longo período de silêncio, a torcida voltava a gritar “Brasil”, mas de forma tímida. Em campo, os jogadores pareciam não ter mais forças para responder: perplexos, corriam desorientados, incapazes de segurar os oponentes. A blitzkrieg alemã no primeiro tempo terminava com um saldo brutal: mesmo com menos tempo de posse de bola, 47% contra 53%, dez finalizações e 210 passes trocados. Insatisfeita com o desfecho catastrófico do sonho do hexa, o público no Mineirão começava a xingar – não Felipão nem qualquer jogador, mas sim a presidente Dilma Rousseff, repetindo o coro ofensivo da partida de abertura, em São Paulo. Mas também sobrou para a equipe, claro: pela primeira vez na Copa do Mundo, a seleção brasileira saía de campo sob vaias.
Calvário - O Brasil voltou para o segundo tempo com duas alterações: Fernandinho deu lugar a Paulinho e Hulk foi substituído por Ramires. Na Alemanha, o recordista Klose deu lugar a Schürrle depois de poucos minutos de jogo. Os brasileiros começaram tentando dar uma satisfação ao torcedor, buscando o gol de honra. Com um futebol extremamente pobre, as chances brasileiras, porém, eram escassas, e o goleiro Neuer quase não trabalhou. Júlio César, por sua vez, continuava sendo submetido a um calvário. Muller, aos 15, bateu de esquerda e exigiu grande defesa do goleiro brasileiro. Aos 23, a Alemanha ampliou, desta vez com Schürrle, que recebeu assistência de Phillipp Lahm e bateu de pé direito, matando Júlio. Logo em seguida, Fred deu seu lugar a Willian – e continuou sendo vaiado, inclusive quando era mostrado no telão. O técnico Joachim Löw começava a poupar seus titulares para a decisão: faltando 15 minutos, Khedira foi substituído por Draxler. O ritmo alemão, no entanto, não diminuiu: Schürrle fez o sétimo aos 34, com uma finalização perfeita, no ângulo, levando parte da torcida a aplaudir os europeus. Nunca uma seleção havia marcado sete gols numa semifinal de Copa. A torcida mineira também gritou "olé" durante as trocas de passes entre os alemães, que saem do Mineirão como favoritos absolutos à conquista do título, seja contra os argentinos, seja contra os holandeses. Já nos acréscimos, Oscar recebeu lançamento longo, cortou seu marcador e bateu de pé direito, tirando o zero do placar, mas não a sensação de que a semifinal da Copa de 2014 foram os piores 90 minutos da história do futebol brasileiro.

Torcedores usam máscara de Neymar no jogo entre Brasil e Alemanha no Mineirão, em Belo Horizonte
Torcedores usam máscara de Neymar no jogo entre Brasil e Alemanha no Mineirão, em Belo Horizonte - Ivan Pacheco/VEJA.com

"Escudo" de Marin, Felipão deve deixar o cargo


Os nomes mais cotados para substituí-lo são os de Tite, ex-técnico do Corinthians, e de Muricy Ramalho, treinador do São Paulo


LEOPOLDO MATEUS E ALBERTO BOMBIG, DE BELO HORIZONTE

Felipão durante o jogo do Brasil nesta terça-feira (8) (Foto: Laurence Griffiths/Getty Images)

A goleada da Alemanha sobre o Brasil por 7 a 1 (a maior derrota da história da Seleção Brasileira) deve determinar o fim da segunda Era Scolari na Seleção Brasileira. O técnico, que comandou a conquista do pentacampeonato em 2002, perdeu as condições de permanecer no cargo a partir de agora, segundo apurou ÉPOCA. Os nomes mais cotados para substituí-lo são os de Tite, ex-técnico do Corinthians, e de Muricy Ramalho, treinador do São Paulo. A decisão caberá a Marco Pólo Del Nero, o presidente eleito da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que assumirá o cargo ainda neste ano.

Com a ausência de Neymar na partida de hoje, Luiz Felipe Scolari tinha várias opções a sua frente para montar a equipe. Podia colocar Paulinho (que foi bem contra a Colômbia) e fechar o meio com Luiz Gustavo e Fernandinho. Podia também optar por Willian, adiantar Oscar e aproveitar o entrosamento da dupla do Chelsea. Mas decidiu colocar Bernard, que se mostrou perdido em campo, principalmente por causa da ligação direta entre defesa e ataque feita pela Seleção Brasileira no primeiro tempo. Com isso, o técnico não fechou o meio nem montou um time ofensivo. Em termos táticos, tomou um baile tático da Alemanha. Resultado prático: 5 a 0 no primeiro tempo. No segundo tempo, Felipão mudou o time e, enfim, colocou Paulinho e Willian. O time melhorou um pouco, mas, mesmo assim, ainda levou o sexto e o sétimo gols.

Vexame frustra "narrativa eleitoral" de Dilma

Ao longo do final de semana, Felipão tentou, novamente, fazer do amargo limão uma limonada. Sem poder contar com Neymar, o principal jogador da equipe, lesionado na medula no final do jogo contra a Colômbia, o treinador reuniu o grupo na Granja Comary e pediu garra a todos. Para ele, a lesão do craque poderia conferir aos jogadores o equilíbrio emocional que faltara durante jogos anteriores. O que se viu em campo, porém, foi um time atordoado após o primeiro gol da Alemanha. A equipe verde-amarela sofreu um verdadeiro apagão. Felipão, conhecido como rei dos mata-mata e um grande motivador, falhou na tentativa de usar a ausência do craque a seu favor.

 FOTOS: Lágrimas de uma Copa

Luiz Felipe Scolari retornou ao comando da seleção em novembro de 2012, após a queda de Ricardo Teixeira da presidência da CBF. O atual presidente da entidade, José Maria Marin, nunca foi um fã do trabalho de Mano Manezes, o técnico escolhido por Teixeira para comandar a Seleção na Copa de 2014. Marin, então, decidiu ouvir o clamor popular, até para se blindar das críticas em caso de derrota na Copa. Conforme as pesquisas de opinião, Felipão era, em 2012, o técnico preferido dos brasileiros – portanto o presidente da CBF fez a escolha óbvia, tirando de seus ombros a responsabilidade por manter Mano, comandante na derrota para o México na final da Olimpíada de Londres. Logo após Felipão ter assumido pela segunda vez, o Instituto Datafolha mostrou que 66% dos brasileiros apoiavam sua entrada no lugar de Mano Menezes.

Com carta branca de Marin, Felipão assumiu pela segunda vez o cargo de treinador com plenos poderes. Ao final do jogo desta terça-feira, Felipão chegou a fazer um gesto atribuindo para si a responsabilidade pela derrota. Ele também fez questão de entrar em campo e cumprimentar todos os jogadores, do Brasil e da Alemanha. “Fiz aquilo que eu achava que era o mais correto, o melhor”, afirmou em entrevista coletiva, após a goleada alemã. Questionado se estava deixando o comando da Seleção, o treinador afirmou: “Só lembrando que ainda tem jogo sábado”.

Até o Mundial, o técnico teve ampla liberdade para convocar quem quisesse e montar a preparação que queria para seleção. Nem sequer foi questionado pela CBF por ter deixado de fora jogadores mais experientes como Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Robinho.

by Época

Alemanha destrói o Brasil com 7 a 1 e vai para a final da Copa do Mundo

REDAÇÃO ÉPOCA
08/07/2014




Julio César: "Saio de cabeça erguida" (Foto: AP)

Logo ao final da derrota do Brasil para a Alemanha, por 7 a 1, na maior goleada sofrida pela Seleção em Copas, o goleiro Julio César falou sobre o desempenho do time na semifinal. Com o resultado, o país está fora da disputa e a seleção alemã vai para sua oitava final.

"É complicado de explicar. Explicar o inexplicável é complicado. Temos que reconhecer o grande futebol alemão, que joga junto há seis anos. Até aqui tava tudo muito lindo. O povo brasileiro está de parabéns, a torcida também por todo o apoio até aqui. Os jogadores vão falar, vão agradecer, vão se desculpar. Eles foram muito fortes. Temos que reconhecer que depois do primeiro gol deu um apagão. Ninguém esperava. Agora vamos voltar para nossas casas, abraçar nossos familiares. Fica aqui meu agradecimento a todo o povo brasileiro."

E continuou:

"Chegamos perto, mas não conseguimos. Fica um sentimento muito triste. Troco minha falha que carreguei durante quatro anos pelo jogo de hoje. Preferia que terminasse 1 a 0 por um erro meu, do que 7 a 1. O time é forte, os jogadores vão saber levantar a cabeça. Saio de cabeça erguida. Agradeço a Deus pela oportunidade de jogar a Copa no meu país. Fica o meu agradecimento e um beijo no coração de cada brasileiro."

Polícia investiga tentativa de explosão de coluna do monotrilho em SP

06/07/2014 13h21 - Atualizado em 07/07/2014 08h45

Dinamites foram colocadas em obra da Linha 15-Prata na Av. Sapopemba.

Ação ocorreu em 29 de junho e teve participação de quatro pessoas.

Kleber Tomaz

Do G1 São Paulo
Dinamites presas com fitas à coluna de sustentação da Linha 15, no dia 29 de junho. (Foto: Reprodução)Dinamites presas com fitas à coluna de sustentação da Linha 15, no dia 29 de junho. (Foto: Reprodução)
Quatro pessoas não identificadas tentaram explodir uma das colunas da obra do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na Zona Leste de São Paulo, na madrugada de 29 de junho, segundo investigação da Polícia Civil. Previsto para ser inaugurado em setembro, o primeiro trecho do monotrilho vai ligar as estações Vila Prudente e Oratório. O incidente ocorreu em um trecho mais adiante, na Avenida Sapopemba, altura do nº 10.200.
Duas bananas de dinamite e 2 m de pavio de pólvora foram afixados com fita adesiva a um dos pilares na Av. Sapopemba. O G1 teve acesso a imagem que mostra o material fixado no concreto com fitas adesivas (veja acima).
O delegado Marco Antonio Desgualdo, diretor do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), informou que a Delegacia do Metropolitano (Delpom) suspeita de "grupos desordeiros". Os criminosos que colocaram os artefatos fugiram após ver um vigilante da obra. Os explosivos foram apreendidos pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar.
Olha, eu acho que isso aí não foi nada de atentado. É um explosivo, mas muito antigo. (...) Me pareceu aí pelo que o pessoal disse que seria meio inócuo. Está cheirando mais molecagem"
Marco Antonio Desgualdo,
diretor do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade)
Com medo, o vigia da obra que acompanhou a chegada do grupo disse que optou por pedir demissão. “Por causa disso eu até saí fora já, nem estou mais”, disse aoG1, pedindo anonimato.
Atentado descartado
O diretor do Decade explicou que os cartuchos estavam sem detonador e, mesmo que fossem acionados, não teriam potencial para derrubar ou abalar a estrutura da coluna.
Para Desgualdo, o mais provável é que um "grupo de desordeiros" colocou a bomba para chamar a atenção.
O delegado lembrou que o país vive uma onda de protestos em meio a cenários de disputas políticas e críticas aos gastos públicos com a Copa do Mundo - as dinamites foram afixadas a pilastra 10 horas depois de o Brasil ter vencido o Chile pelo mundial de futebol.
“Olha, eu acho que isso aí não foi nada de atentado. É um explosivo, mas muito antigo", disse o delegado. "Me pareceu aí pelo que o pessoal disse que seria meio inócuo. Está cheirando mais a molecagem”.
O diretor afirmou que nenhuma hipótese de autoria está descartada. "O leque [da investigação] está aberto, mas não tem nada assim de grande potencial. Você tem que apurar circunstâncias, motivos e autoria”, disse o delegado.
Até a publicação desta reportagem, os suspeitos do crime não foram identificados ou presos e o motivo da ação também não foi esclarecido. "Local ermo, não tem imagem nenhuma. Mas nós estamos correndo”, disse Desgualdo.
Uma das colunas de sustentação da obra do monotrilho prata, na Avenida Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, foi alvo de pessoas que queriam explodi-lo horas depois de o Brasil vencer o Chile pela Copa do Mundo. (Foto: Kleber Tomaz / G1)Obra do monotrilho prata, na Avenida Sapopemba. (Foto: Kleber Tomaz / G1)

Sem detonador
Policiais ouvidos pelo G1 disseram que, no material apreendido, não havia um detonador. O caso foi registrado como tentativa de explosão no 69º Distrito Policial (DP), Teotônio Vilela. Depois, seguiu para investigação do 70º DP, Vila Ema,  e agora está sob responsabilidade da Delegacia do Metropolitano.

Além de policiais, vigilantes da obra e testemunhas disseram à equipe de reportagem que suspeitam que a tentativa de explosão da coluna do monotrilho não foi realizada por criminosos profissionais. Para eles, quem afixou os cartuchos explosivos não tinha conhecimento do seu poder de detonação.
Sapateiro Joseílton de Moura trabalha em frente à obra do monotrilho; ele aponta para coluna onde desconhecidos colocaram duas bananas de dinamite e fio para acionar pólvora (Foto: Kleber Tomaz / G1)Sapateiro Joseílton de Moura trabalha em frente à
obra do monotrilho; ele aponta para coluna onde
desconhecidos colocaram duas bananas de
dinamite e fio para acionar pólvora.
(Foto: Kleber Tomaz / G1)
Em busca de câmeras e teorias
O sapateiro Joseilton de Moura, de 44 anos, é vizinho do canteiro de obras. Ele disse que funcionários buscam teorias para a motivação do crime.
"Outros operários me contaram que esse grupo queria explodir a coluna do monotrilho para causar e chamar a atenção para essa gastança do dinheiro público (por causa da Copa)”, disse Moura.

De acordo com Moura, que há mais de um ano tem uma sapataria voltada para a Avenida Sapopemba, um delegado do 70º DP o visitou e perguntou se ele tinha câmera de segurança voltada para a rua. “Isso aconteceu no dia 30, um depois da ameaça de tentativa de explodir a bomba na coluna da obra”, afirmou. "Mas não tenho câmera aqui", relatou.
Ainda segundo o sapateiro, o delegado havia lhe informado que criminosos planejavam roubar e por isso estavam com explosivos. "Ele só não me disse roubar o quê. Para mim foi estranho porque o burburinho que ficou aqui é de que queriam explodir a pilastra. Afinal de contas: o que tinha para se roubar num canteiro de obras?”, afirmou.

G1 apurou que os explosivos apreendidos no monotrilho são os mesmos usados por criminosos para destruir caixas eletrônicos. De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares foram acionados pelo Centro de Operações da PM (Copom) por volta das 3h do dia 29 de junho “para atender ocorrência de ameaça de bomba”.
Chegando ao local, “constataram a existência de duas bananas de dinamite (cartucho) e dois metros de pavio de pólvora”.Em seguida, a equipe do esquadrão de bombas da PM foi até a obra do monotrilho, onde apreendeu os artefatos.

“No local, em entrevista com o vigilante responsável pela obra ali realizada (Monotrilho Prata), soube-se que quatro indivíduos desconhecidos ali se encontravam em atos preparatórios para realizar a detonação das dinamites, não concretizando a ação tendo em vista a chegada do vigilante, evadindo-se todos a pé para rumo ignorado, e que devido ao horário, não fora possível efetuar a descrição dos mesmos”, informa o registro policial feito no 69º DP.
Desde o início da Copa, quarenta pontos da cidade de São Paulo estão sendo vigiados 24 horas por dia por um efetivo composto por 4.265 policiais militares. São hotéis, centros de treinamento, áreas de festa e vias considerados potenciais alvos de ameaças durante a Copa do Mundo. Entre os pontos estratégicos estão estações e linhas do Metrô.
Monotrilho previsto para setembro
De acordo com a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, o monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na Zona Leste de São Paulo, deverá funcionar a partir de setembro deste ano. Provavelmente, a partir do próximo dia 26 deste mês, o novo modal será aberto ao público, mas para visitas monitoradas e nos finais de semana.

A previsão é que a Linha 15 tenha 26,6 quilômetros operacionais e 18 estações, ligando Vila Prudente à Cidade Tiradentes. Ela custará R$ 6, 4 bilhões.
Em junho, um acidente em outra obra do monotrilho deixou um morto. O acidente ocorreu na Avenida Washington Luís, na Zona Sul de São Paulo, em estrutura da futura Linha 17-Ouro do Metrô.
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Metrô realizou testes nesta sexta no trecho localizado na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo (Foto: Cristiano Novais/CPN/Estadão Conteúdo)Teste de circulação do monotrilho. (Foto: Cristiano Novais/CPN/Estadão Conteúdo)

Diante de goleada alemã, torcedores começam a deixar a Fan Fest em Porto Alegre


Ainda no primeiro tempo, as mais de 13 mil pessoas


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Grande movimento causou filas pouco antes do início do jogo
Foto: Mariana Ceccon / Rádio Gaúcha
Milhares de torcedores acompanham o jogo do Brasil na Fan Fest de Porto Alegre, na tarde desta terça-feira (08). O evento abriu os portões ao público às 11h. Por volta das 15h30, o grupo Tchê Guri se apresentou no palco do Anfiteatro Pôr-do-Sol.  Mais de 13 mil pessoas acompanharam o início da transmissão do jogo entre Brasil e Alemanha, pela semifinal da Copa do Mundo. O público cantou junto com os jogadores o hino nacional. Entretanto, antes do final do primeiro tempo, muitas pessoas já deixavam o local por conta da goleada alemã sobre o Brasil. 
Após a partida, tem show da banda Vera Loca, a partir das 19h. A capacidade do evento é para 20 mil pessoas. Há milhares de pessoas em uma fila do lado de fora aguardando para acessar o Anfiteatro Pôr-do-Sol. O trânsito está bloqueada na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, entre a Rótula das Cuias e a Avenida Ipiranga.
by gaucha.clicrbs

Morre o ex-deputado federal Plínio de Arruda Sampaio

Internado há mais de um mês no hospital Sírio-Libanês, tratava de câncer nos ossos e completaria 84 anos no final de julho

O ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, em 2010
O ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, em 2010 (Ricardo Nogueira/Folhapress)
Morreu na tarde desta terça-feira o ex-deputado Plinio de Arruda Sampaio, aos 83 anos. Ele estava internado há mais de um mês no hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. O primeiro boletim médico emitido pelo hospital aponta que o político foi internado em 26 de junho na Unidade de Terapia Intensiva para tratar de câncer nos ossos. Nos últimos dias, porém ele se recuperava na Unidade de Terapia Semi-Intensiva. Plínio faria 84 anos no dia 26 de julho. Ele morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos, segundo boletim médico divulgado pela instituição. 
O político concorreu à Presidência da República nas eleições de 2010 pelo PSOL, partido do qual se desligou recentemente. Terminou a disputa em quarto lugar e recebeu 886.000 votos. Após a disputa eleitoral, lançou o livro Por que participar da política?, em novembro de 2010. 
Formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1954, militou na Juventude Universitária Católica, da qual foi presidente, e na Ação Popular, organização de esquerda surgida a partir dos movimentos da Ação Católica Brasileira.
Foi promotor público, deputado federal constituinte e presidiu a Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra)
Durante a Ditadura Militar, exilou-se no Chile por seis anos. Ao voltar ao Brasil, em 1976, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1986, foi eleito deputado federal e participou da elaboração da Constituição de 1988.
Plínio deixou o PT em 2005 e migrou para o PSOL. Em 2006, candidatou-se ao governo do Estado de São Paulo e ficou em quarto lugar.  
Seus problemas de saúde se agravaram em 2001, quando submeteu-se a uma cirurgia para tratar um câncer no estômago. Casado há 60 anos, o político deixa seis filhos.

by Veja

Copa da beleza: Brasileiras x Alemãs

Nas arquibancadas do Mineirão, em Belo Horizonte, ou no Portão de Brandeburgo, em Berlim, alemãs e brasileiras estão na torcida por suas seleções nessa disputa pela vaga na final da Copa do Mundo. Quem conta com a torcida mais bela da partida? Brasil ou Alemanha?

08/07/2014 16h22 -
Bela morena na torcida verde e amarela do Mineirão
Bela morena na torcida verde e amarela do MineirãoCrédito: Robert Cianflone/Getty Images
A belíssima Lena Gercke, namorada do jogador alemão Sami Khedira
A belíssima Lena Gercke, namorada do jogador alemão Sami KhediraCrédito: Martin Rose/Getty Images
A delicadeza da torcida alemã
A delicadeza angelical da torcida alemãCrédito: AP Photo/Matthias Schrader
Alegria dos sorrisos das brasileiras contagia!
Alegria dos sorrisos das brasileiras contagia!Crédito: Buda Mendes/Getty Images
"Linda garota de Berlim", como diria SuplaCrédito: Athanasios Gioumpasis/Getty Images for Beats by Dre
Brasileira brilhou muito com modelo justinho em verde, azul e amarelo
Brasileira brilhou muito com modelo justinho em verde, azul e amareloCrédito: EFE/EPA/SHAWN
Torcedoras alemãs assistem à partida em Berlim
Torcedoras alemãs assistem à partida em BerlimCrédito: Athanasios Gioumpasis/Getty Images for Beats by Dre
Torcedora brasileira leva Fuleco ao Mineirão para dar sorte ao Brasil
Torcedora brasileira leva Fuleco ao Mineirão para dar sorte ao BrasilCrédito: AP Photo/Matthias Schrader
Torcedora alemã leva um pouquinho da beleza germânica ao Estádio Mineirão
Torcedora alemã leva um pouquinho da beleza germânica ao Estádio MineirãoCrédito: AP Photo/Martin Meissner
A beleza da torcida brasileira
Nem tanta tinta no rosto ofuscou a beleza desta atorcedora brasileiraCrédito: AP Photo/Martin Meissner
Torcedora confere mensagens no celular momentos antes da partida. Assim como milhares de alemães, ela assistiu ao jogo em um telão montado no Portão de Brandemgurgo, em Berlim
Torcedora confere mensagens no celular momentos antes da partida. Assim como milhares de alemães, ela assistiu ao jogo em um telão montado no Portão de Brandemgurgo, em BerlimCrédito: Athanasios Gioumpasis/Getty Images for Beats by Dre

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