sábado, 6 de abril de 2013

Mistério da morte de Berezovsky continua sem respostas







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EPA

Talvez não saibam quem foi Boris Berezovsky. Este homem acaba de morrer em Londres e continuamos sem saber se se suicidou ou se alguém o assassinou. Digamos que Boris Berezovsky foi uma das figuras mais ricas e influentes da Rússia antes do atual presidente Vladimir Putin chegar ao poder.



Oligarca, grande mestre de jogos políticos, "fazedor de presidentes", "padrinho do Kremlin", "Rasputin do Kremlin", "encarnação do Mal" – estes são apenas alguns dos apelidos que ele ganhou nas últimas décadas.

A sua morte caiu como uma bomba na Rússia e na Grã-Bretanha. O maior inimigo do atual presidente russo morreu, mas a polêmica sobre o que realmente aconteceu na manhã do último dia 23 de março, nos arredores de Londres, onde vivia exilado, continua dia após dia: são várias as versões da sua morte e poucas as informações fornecidas pela polícia britânica.

Uma vida excepcional

Boris Berezovsky, de origem judaica, conseguiu, durante a presidência de Yeltsin, nos anos 90, ditar as suas regras do jogo quer na Rússia, quer nos países pós-soviéticos. Ele foi um dos primeiros capitalistas russos a fazer uma enorme fortuna com a promiscuidade entre a política e os negócios. São muitos os que dizem que Boris Yeltsin só conseguiu ser reeleito em 1996 graças ao oligarca. Também teria sido precisamente ele quem sugeriu o atual presidente russo como "sucessor" de Yeltsin. No fim dos anos 90, Boris Berezovsky era um dos maiores magnatas da mídia na CEI e sabia que o controle da imprensa lhe trazia dinheiro e poder.

Só que, em 2000, o atual presidente russo iniciou uma guerra aos oligarcas. Boris Berezovsky, tal como muitos outros, fugiu para Londres, onde obteve o estatuto de refugiado político, se tornando no maior crítico e inimigo do Kremlin.

A sua morte tem provocado inúmeras especulações.

Antes de analisar as versões sobre as causas da morte, vejamos alguns fatos sobre o que aconteceu nesse dia e alguns dias antes.

Uma morte insólita

O empresário foi encontrado morto no sábado de manhã às 9:30 na mansão de Ascot onde vivia, pertencente à sua ex-mulher, no banheiro, que estava fechado por dentro. Segundo a polícia, não havia sinais de violência e Berezovsky tinha um pedaço de tecido à volta do pescoço, havendo outro pedaço na haste do chuveiro. A única testemunha foi o guarda-costas, um ex-veterano da Mossad, que encontrou o corpo por volta das 15:00, altura em que chegou à casa. Todos os outros guarda-costas haviam sido dispensados por Berozovsky algumas semanas antes. Não havia qualquer carta de despedida, não tendo a polícia encontrado vestígios de quaisquer pessoas estranhas em casa. A câmera de vigilância do local também não registrou ninguém suspeito a sair ou entrar na casa. Segundo diversas fontes, o oligarca estaria deprimido por ter perdido recentemente diversos processos judiciais e teria dificuldades financeiras.

Tudo aponta para uma tese de suicídio. Mas teria sido isso mesmo que aconteceu?

O mais interessante nisto tudo é que, logo a seguir à morte, as autoridades russas anunciaram que Boris Berezovsky teria, há alguns meses, escrito uma carta a Vladimir Putin, onde se desculpava pelos erros antigos e pedia autorização para regressar à Rússia.

Embora a última namorada do oligarca, Katerina Sabirova, de 23 anos, tenha confirmado o envio da carta, o assessor de imprensa do presidente russo, Dmitri Peskov, já disse que a esta nunca será publicada, o que leva muitos a pôr em dúvida a sua existência.

A própria filha de Berezovsky, Lisa, nega veementemente que o pai tenha escrito tal carta, "porque isso seria totalmente o contrário do que ele fez a vida toda. Seria a última coisa que ele faria".

Suicídio ou assassinato?


Digamos que a opinião pública se divide em dois campos: os que acreditam no seu suicídio e os que julgam que possa ter sido assassinado.

Há até quem diga que o oligarca possa ter repetido o destino de Alexander Litvinenko, alegadamente morto com polônio radioativo por alguém ligado aos serviços secretos russos.

A ideia principal que pretendemos tratar é que Boris Berezovsky nem se suicidou nem foi assassinado. O oligarca pode ter encenado a sua morte, com o conhecimento dos serviços secretos ingleses, porque era a única saída vantajosa para ele.

Todos os elementos do enorme puzzle que a imprensa russa e inglesa nos faz chegar diariamente desde sábado se conjugam para este final lógico: só uma morte encenada está psicologicamente de acordo com a personalidade de Berezovsky e com os seus atos nas últimas semanas. Afirmando-se "cansado", só uma "morte" encenada lhe permitiria resolver todos os seus problemas jurídicos, financeiros e o deixaria viver em paz.

Vejamos os fatos que se conjugam com uma morte


 encenada e não se conjugam com as outras versões.

Primeiro, de acordo com a última namorada, Ekaterina Sabirova, ele nunca falou de suicídio mas disse um dia: "Imagina, se eu deixar de existir, todos os problemas desaparecerão logo". Mesmo assim, ela afirma que não entendeu estas palavras como desejo de suicídio. Para além disso, todos os amigos e pessoas próximas, conhecendo-o bem, são unânimes em não acreditar que se tenha suicidado. Na véspera ele passou o dia a falar ao telefone, combinou com Ekaterina encontrar-se com ela em Tel-Aviv, deu indicações para marcação de hotel, conversações de negócios, etc.

Nessas conversas telefônicas, os amigos afirmam ouvir um Berezovsky enérgico, cheio de entusiasmo, com planos para o futuro.

Boris Berezovsky teve pelo menos dois encontros com jornalistas nos últimos dias antes da "morte", o que não é compatível com uma pessoa com depressão grave. Na última, apenas algumas horas antes de "morrer", ele afirma-se cansado da política e diz que gostaria de voltar ao país de origem. Parece pois, que não desejava continuar o seu combate contra a Rússia.

A tese de assassinato, seja por alguém ligado aos serviços secretos, seja por algum dos seus inúmeros inimigos no meio empresarial, não encontra nada concreto que a suporte: a polícia britânica, depois de detalhada investigação do local, afirmou não haver sinais de violência e não apresentou quaisquer dados ou provas compatíveis com assassinato.

Alguns meses antes da "morte", entre outubro de 2012 e março deste ano, a companhia de investimento Salford Capital Partners liquidou as empresas offshore de Boris Berezovsky, o que pode ter proporcionado ao oligarca 300 milhões de dólares. Este fato não é muito compatível com a tese de suicídio devido a dificuldades financeiras.

Berezovsky tinha de fato problemas nos tribunais ingleses: ele não chegou a entregar aos investigadores britânicos as suas declarações sobre o processo de Alexander Litvinenko, morto em Londres em 2006 e seu antigo colaborador. Neste processo devia ser analisada a sua implicação na morte de Litvinenko. O juiz havia recomendado que Berezovsky entregasse as suas declarações por escrito até ao dia 22 de março. No dia seguinte, Berezovsky "morreu". Convenhamos que a "morte" foi uma forma muito oportuna de resolver o problema.

Relações com os serviços secretos ingleses

Eram do conhecimento público as relações estreitas de Berezovsky com os serviços secretos ingleses. Ora estes não teriam interesse na morte do oligarca, nem o deixariam facilmente regressar à Rússia, uma vez que ele dispunha de muita informação confidencial sobre diversas figuras da atual elite política e empresarial russa, bem como sobre muitos processos ocorridos durante as "revoluções de veludo" na CEI, que ele financiou. Pelo contrário, foram as autoridades inglesas que há alguns anos lhe deram uma nova identidade (Platon Lebedev), pela qual é conhecido nos tribunais ingleses e com base na qual chegou a visitar a Geórgia e outros países da CEI, não obstante a Rússia fazer tudo para a sua extradição. Seria difícil ao MI-6 simular a morte de Berezovky, proporcionar-lhe uma nova identidade em troca de informação sensível sobre a Rússia? Não seria naturalmente difícil, bem como "orientar" a investigação da polícia britânica no sentido pretendido.

Onde está a foto?

O argumento mais curioso desta versão é o comportamento lacônico e contraditório da polícia inglesa: NÃO há ainda qualquer foto do falecido, as autoridades não falam com os jornalistas, remetendo-os para breves informações no site da entidade.

Ao que tudo indica, Boris Berezovsky, considerado culpado de fraude na Rússia e condenado à revelia a muitos anos de prisão, pode até ter escrito alguma carta ao presidente russo mas quase de certeza que não lhe pediu perdão porque sabia o que o esperava se voltasse a Moscou. Como escreveu um jornalista, "só idiotas podem acreditar no arrependimento de Bererzovsky". Não julgo que serviços secretos russos tenham tido ligação à sua "morte", uma vez que a atividade política do empresário em Londres tinha diminuído ultimamente e já não representava perigo para Moscou, especialmente depois de ter perdido em Londres um grande processo judicial contra Roman Abramovich. Berezovsky tinha até declarado a sua desilusão com os políticos ocidentais, que não entenderam as suas ações para "desmascarar Putin" e continuavam a apertar a mão ao presidente russo.

Por fim, Berezovsky tinha uma característica que muitos sublinham: ele era (ou é) um jogador nato, fazia as suas combinações financeiras e políticas não por desejo de dinheiro e poder mas porque gostava do jogo. Nunca poderia ele ter reconhecido o seu fracasso. Num dos últimos programas da TV russa sobre a sua "morte", programa no qual aliás também participou Andrei Lugovoi, alegado autor de envenenamento de Alexander Litvinenko, há um adjetivo aplicado a Berezovsky que é repetido por quase todos os intervenientes: grande mistificador.

Há poucos dias, a filha mais velha de Berezovsky, Lisa, disse em Londres, onde também reside, estar certa de que o pai "deixou algumas surpresas, que deixarão todos estupefatos".

O grande mistificador pode ter simulado a sua morte como a última cartada de um jogador cansado, mas não vencido.

by http://portuguese.ruvr.ru
4.04.2013, 15:27, hora de Moscou

BRICS faz os EUA recuarem no palco internacional


6.04.2013, 10:01, hora de Moscou


EPA

Os países ocidentais não têm o direito de estabelecer o regime democrático na Síria e estão responsáveis pela violência e mortes no país, declarou o presidente da Síria Bashar Assad em entrevista ao canal de TV turco Ulusal Kanal.

Assad considerou a crise síria como uma luta de grandes potências entre si, referindo-se a uma oposição entre vários países ocidentais, adversários do regime atual de Damasco, e os países do BRICS que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“A formação do BRICS marcou que os EUA já não podem ser o único poder político no palco internacional. Agora os países devem levar em consideração também os interesses desta organização”, destacou o presidente sírio, continuando que o grupo BRICS “não apoia de qualquer forma o presidente Assad ou o estado da Síria”.

Bombardeio em segunda maior cidade síria mata ao menos 9 crianças (ONG)


06/04/201318h07






BEIRUTE, 06 avr 2013 (AFP) - Pelo menos 15 pessoas, incluindo nove crianças, morreram neste sábado em um bombardeio das forças de segurança no bairro curdo de Cheikh Maqsoud, na cidade de Aleppo (norte), segunda maior da Síria, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Neste sábado, os combates entre rebeldes e soldados continuavam em diversas frentes, incluindo nas províncias de Damasco, Idleb (noroeste) e Deraa (sul), informou o OSDH.

De acordo com essa ONG, o registro provisório da violência neste sábado é de pelo menos 116 mortos, sendo 61 civis, 27 rebeldes e 28 soldados.

"Um avião militar bombardeou o oeste de Cheikh Maqsoud, matando pelo menos 15 civis, incluindo nove crianças e três mulheres", segundo a organização, que indicou que o setor atingido é controlado pelo Partido da União Democrática (PYD), ala síria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, turco curdo).

Algumas horas após o ataque, as milícias do PYD atacaram um posto do Exército na entrada sul de Cheikh Maqsoud, matando cinco soldados, acrescentou o OSDH, que se baseia em uma vasta rede de militantes e fontes médicas civis e militares.

"Foi um ato de vingança após o ataque", comentou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

Este ataque aéreo ocorre depois de vários dias de intensos confrontos entre combatentes curdos e tropas lealistas e após a chegada de rebeldes ao setor, indicou a mesma fonte.

Um vídeo postado na internet mostra uma espessa coluna de fumaça negra e chamas que saíam do local do ataque. Podia-se ouvir crianças chorando, enquanto a pessoa que filmava a cena pedia ajuda: "Perto do posto do PKK, há corpos no chão. Rápido, busquem carros para retirar as vítimas!".

O mesmo vídeo mostra uma mulher chorando enquanto carregava o corpo de uma menina e, perto dali, moradores corriam para recolher corpos de crianças para colocá-los em uma picape.

Citando fontes curdas, o OSDH indicou que alguns feridos estão em estado grave e que o registro pode aumentar.

"Está claro que o Exército decidiu atacar os curdos nos últimos dias. O Exército tenta arrastar o PYD para dentro do conflito sírio", comentou Abdel Rahman.

Até o momento, os curdos da Síria estavam divididos sobre a guerra civil no país, com a maior parte tentando manter uma posição de neutralidade.

O primeiro-ministro da rebelião, Ghassan Hitto, iniciou consultas para formar um governo de 11 ministros que terão autoridade sobre toda a Síria, segundo um comunicado da Coalizão Nacional de Oposição.

Cada ministro deverá "ser um advogado da revolução síria" e atuar no território sírio, insiste a Coalizão, indicando que os pilares do regime de Bashar al-Assad ou "aqueles que cometeram crimes contra o povo sírio" não possam fazer parte deste governo.

Bashar Assad jura vingar-se de Israel

3.03.2013, 16:43, hora de Moscou


Bashar Assad, presidente, Síria
EPA

O presidente da Síria, Bashar Assad, declarou, em entrevista ao semanário britânico The Sunday Times, que o ataque de Israel aos alvos situados perto de Damasco não ficaria impune.

“A represália não significa – míssil por míssil ou bala por bala. Não convém falar sobre como iremos fazê-lo”, disse o presidente sírio.
O presidente Assad declarou também que a informação sobre a participação de iranianos e combatentes do Hezbollah na defesa de seu regime não corresponde à realidade. Ele negou-se a comentar os rumores sobre a eventual entrega dos arsenais de armas químicas sírias ao Hezbollah e explicou que não pretende debater nunca e com ninguém o tema dos armamentos sírios.

by UOl

Como transformar o hobby em empresa Profissionais contam como fizeram para unir prazer e negócio



Elisa Prenna aproveitou suas habilidades culinárias para montar um bistrôFoto: Lauro Alves / Agencia RBS
Maria Amélia Vargas

maria.amelia@zerohora.com.br


Quem não sonha em combinar prazer e trabalho? Mas o que em teoria parece perfeito, na prática não se confirma ser assim tão simples. De acordo com Viviane Ferran, gerente de atendimento do Sebrae-RS, o primeiro erro de quem pensa em empreender a partir de habilidades e/ou interesses que lhe trazem satisfação é acreditar que o mercado será receptivo ao seu objeto de interesse.

— Antes de abrir um negócio, deve-se avaliar muito bem se aquele produto ou serviço atrairá o interesse das pessoas e se já não há diversas empresas oferecendo o mesmo — alerta Viviane.

O caderno Pense Empregos buscou exemplos de pessoas que conseguiram unir o útil ao agradável e montaram negócios bem-sucedidos a partir de seus hobbies e/ou habilidades.

Chicafundó

Do sonho alimentado desde a infância, Elisa Prenna, 38 anos, colheu os ingredientes para trocar a carreira na área de comércio exterior e transformar em negócio o prazer que sentia ao cozinhar para os amigos. Quando decidiu, no início de 2010, montar o próprio restaurante, a administradora decidiu fazer um test-drive:

— Por alguns meses, montei projeto-piloto em casa. Montava cardápios e recebia amigos e pessoas próximas a eles para colher opiniões. A partir daí, pude montar o cardápio e pensar no formato do meu bistrô — conta a proprietária do Chicafundó.

Quando abriu o Chicafundó, Elisa já sabia exatamente o que queria e o resultado foi semelhante à proposta inicial. Como se estivesse na copa da casa da avó, o cliente é tratado com o acolhimento da família. A comida preparada em um fogão de duas bocas pela própria dona do negócio e mais dois chefs traduzem a proposta intimista.

Cupcake

Colegas de trabalho em uma agência de comunicação digital — João Vitor de Souza (em pé), 24 anos, Paulo Fabrício de Araújo (sentado), 29 anos, e Eduardo Stefani Pacheco, 25 anos — compartilhavam a paixão pelos games. Da convivência diária surgiu a amizade e as ideias para a criação de novos jogos de computador. Projetos esses que não poderiam ser executados na empresa na qual trabalhavam.

Assim, o trio decidiu empreender e, em 2012, abriu a Cupcake, com o objetivo de desenvolver soluções de comunicação e entretenimento por meio dos passatempos virtuais em uma sala no bairro Auxiliadora, na Capital.

Lagom


A cerveja uniu o engenheiro de controle e automação Nicolai Poletto (da E para D), 30 anos, o publicitário Maurício Chaulet, 34 anos, e o chef Luciano da Rocha Filippetto, 37 anos. Da fabricação de bebida artesanal em casa e da troca de experiências entre os amigos cervejeiros surgiu a ideia de lançar a própria marca, o que levou o trio a se dividir entre suas carreiras e a vida de empresários da Lagom Brewery & Pub. Com o sucesso da empresa, os sócios passaram a se dedicar só ao negócio.

— Em 2012, o Daniel Nasi (sentado), dono da cervejaria Sieben, se associou a nós para abrirmos uma loja no Moinhos de Vento — resume Filippetto.

Lugastal

Após duas décadas advogando, Luciana Gastal (foto), 42 anos, voltou para a Capital, depois de temporada morando em Brasília, disposta a mudar o rumo profissional. Com dicas do marido Claudio Gastal, consultor empresarial na área de gestão, transformou o prazer do artesanato — mescla de design com patchwork — em negócio.

A marca Lugastal já existia informalmente por meio de um blog, lido por centenas de artesãs e aspirantes ao empreendedorismo. Mas, em 2010, nasceu formalmente a empresa. A partir do estúdio que funciona como ateliê de costura e loja, a empresária hoje vende seus produtos para 27 lojas brasileiras e uma uruguaia.

Dicas específicas


— Descubra se o produto ou serviço que você pretende oferecer interessará às pessoas.

— Faça uma pesquisa para saber se o mercado já não está saturado na área em que você pretende atuar.

— Inove, procure oferecer um diferencial (seja no produto, na forma de pagamento ou de atendimento, por exemplo).

— Estude a viabilidade do negócio (se o valor que você terá de cobrar pelo trabalho garantirá o giro financeiro necessário ao sucesso da empresa).

— Vá até a prefeitura da sua cidade e descubra se poderá ou não instalar a empresa no endereço que você pretende (se o local oferece condições de parada aos fornecedores e clientes, se há segurança, se é possível colocar uma placa na fachada da rua).

— Busque sócios que se complementem nas atividades técnicas e administrativas.

— Respeite a sua capacidade de investimento (ou seja, não dê o passo maior que a perna).

— Não misture o dinheiro da empresa com finanças pessoais.

— Lembre-se que estoque também é dinheiro (não fique com o dinheiro parado).

— Invista em publicidade (adequada ao seu tamanho).

Fonte: Viviane Ferran, gerente de atendimento do Sebrae-RS
Zero Hora

Método permite "leitura" de sonhos Pesquisadores japoneses conseguiram identificar 60% dos conteúdos visuais durante o sono

Desvendando o cérebro
05/04/2013 | 10h51


Foto: Filip Schneider / stock.xchng

Identificar as imagens que passam pela cabeça de uma pessoa adormecida não é mais um feito restrito à ficção científica. Pesquisadores japoneses conseguiram identificar, com 60% de precisão, o conteúdo visual dos sonhos de voluntários. O resultado foi obtido por meio da análise de suas atividades cerebrais, colhidas por ressonância magnética funcional.

Para chegar à conclusão, publicada esta semana na revista Science, os cientistas dependeram da paciência de três voluntários que, por mais de 200 vezes cada um, foram acordados durante sonecas e solicitados a relatar com o que estavam sonhando no estágio mais precoce do sono. Em 75% das vezes, os participantes lembraram-se das imagens que experimentaram no sono.

— O mesmo padrão foi encontrado quando as pessoas sonharam com determinado objeto e quando elas olharam para o objeto enquanto acordadas — disse o neurocientista Yukiyasu Kamitani, principal autor do estudo.

Durante todo o processo, que foi feito em várias sessões ao longo de 10 dias, eles permaneceram deitados com a cabeça no interior de um aparelho de ressonância magnética funcional.

No fim dessa fase, foi feita uma análise textual dos relatos e foram criadas categorias para classificar as imagens descritas pelos voluntários. Os pesquisadores, então, selecionaram as categorias que apareciam em pelo menos dez relatos e mostraram imagens desses objetos para os mesmos participantes, desta vez acordados, enquanto eram submetidos novamente à ressonância magnética.

Os padrões de atividades cerebrais identificados como resposta a cada uma das imagens vistas durante a vigília foram usados para "treinar" um computador a entender de que maneira o cérebro reage aos estímulos visuais. Por último, esse modelo computacional foi aplicado para interpretar as informações sobre atividades cerebrais coletadas durante o sono dos participantes.

O resultado foi que o decodificador conseguiu captar as imagens que se passavam na mente dos sonhadores com 60% de precisão, após comparação desses dados com os relatos pós-sonho. Não existe nenhuma evidência científica de que o conteúdo dos sonhos possa ter qualquer significado especial relacionado ao cotidiano do sonhador, de acordo neurologista Shigueo Yonekura, especialista em sono pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ainda assim, ele vê o estudo como um avanço no sentido de "desvendar os mistérios do cérebro".

Sobre a utilidade de saber com o que as pessoas estão sonhando, Kamitani observa que, hoje, a função do sonho é desconhecida.

— Se nós podermos relacioná-lo à nossa experiência acordada, isso pode levar a um melhor entendimento de sua função.

by Zero Hora

Nove mortes são registradas em menos de 12 horas nas estradas gaúchas Acidente mais grave deixou dois mortos na ERS-040, em Viamão



Vectra e Gol colidiram na ERS-040, em Viamão, no início da madrugada deste sábadoFoto: Bruno Alencastro / Agencia RBS


O final de semana teve um início trágico nas estradas gaúchas. Em menos de 12 horas, as Polícia Rodoviária Federal e Estadual registraram nove mortes nas rodovias gaúchas. Pelo menos dez pessoas ficaram feridas.

Entre as colisões, a mais grave ocorreu na região metropolitana, em Viamão, onde um acidente envolvendo dois carros provocou a morte de duas pessoas na RS-040.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), um Vectra, com placa de Sapucaia do Sul, e um Gol, de Viamão, colidiram frontalmente na altura do km 13 por volta da 1h15 da madrugada. O motorista do Gol, Maicon Predoso Naigles, de 24 anos, e o do Vectra Valdetar Oliveira da Silva, de 41 anos, morreram no local. O passageiro do Vectra, Mario Ricardo dos Santos Bica, 46 anos, ficou ferido e está no hospital de Viamão. Segundo a PRE, um dos carros invadiu a pista contrária e provocou o acidente.

O município de São Pedro do Sul, na região central do Estado, também foi palco de grave acidente fatal. Colisão envolvendo um Ford Ka e um Fiat Pálio levou à morte o motorista do Palio, Luis Fernando Duarte da Silva, de 23 anos, enquanto tentava ultrapassar um caminhão e bateu de frente no Ka.

Outros três homens estavam no Palio. Dois sofreram ferimentos graves e foram encaminhados para hospitais em Santa Maria. O motorista do Ka, de 29 anos, e a passageira, de 37, também se feriram e estão hospitalizados. Ela, em São Pedro do Sul e ele no Hospital Universitário de Santa Maria.

Os municípios de Santa Vitória do Palmar, Encruzilhada do Sul, Triunfo, São Francisco de Assis, Carazinho e Panambi também registraram acidentes com mortes e feridos nas estradas.

SANTA VITÓRIA DO PALMAR

No extremo sul do Estado, em Santa Vitória do Palmar, acidente na BR-47 envolvendo uma caminhonete Toyota-Hilux, que saiu da pista no km 640.1, causou a morte da passageira do veículo, Jose Andriza Ribas, 32 anos. O motorista, identificado como Roger Roberto Fischer Pandolfo, 51 anos, ficou ferido e foi encaminhado ao hospital do município. O acidente aconteceu por volta da 1h.

TRIUNFO

Em Triunfo, uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas na colisão entre um micro-ônibus e uma caminhonete Saveiro. A vítima fatal, que não teve o nome revelado pela Brigada Militar do município, era ocupante da caminhonete.

CARAZINHO

Em Carazinho, uma mulher de 58 anos morreu atropelada na RS-330, que dá acesso a São Bento, no início da noite de sexta. O motorista fugiu e não havia testemunhas. A vítima faleceu a caminho do hospital.

PANAMBI

Acidente na BR 158, próximo ao trevo de acesso a Panambi (km 150), na região noroeste do Estado, deixou vítima fatal após colisão entre um chevette e um ônibus intermunicipal. Outros passageiros teriam ficado feridos, presos às ferragens dos automóveis.

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Por volta das 20 horas desta sexta-feira, um acidente que envolveu um caminhão, uma colheitadeira e um Sandero resultou na morte de Inácio Giacomini Grigoleto, 8 anos. O menino foi encontrado nas ferragens sem os sinais vitais e chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. A mãe dele, Leila Giacomini Grigoletto, de 38 anos, e o irmão, Bruno Giacomini Grigoletto, de 11, estão internados na Santa Casa de Alegrete. A mãe está na UTI e o irmão já está em estado regular.

ZERO HORA

Fruto que vale ouro: Principal ingrediente da inflação, tomate vira assunto nacional Na internet, preço do produto vira alvo de críticas e brincadeiras em redes sociais.

06/04/2013 | 04h01

Vist, de Caxias, comemora a maior valorização em 30 anosFoto: Porthus Junior / Agencia RBS
Caio Cigana*

Alçado ao status de principal ingrediente da inflação, o tomate virou assunto nacional.
Cada vez mais escasso na lista de compras em razão do preço, o produto alimenta piadas nas redes sociais e provoca boicote de restaurantes, ao mesmo tempo em que anima os produtores, nunca tão recompensados financeiramente quanto agora.

Assim como no resto do país, o tomate vitamina a inflação de Porto Alegre. Em 12 meses, o aumento chegou a 168,05%, segundo o IPC-S, da Fundação Getulio Vargas. A alta parece justificar a origem do termo “tomate” em italiano – “pomodoro” vem de “pomo d’oro” (“maçã de ouro”).

Se o tomate já está caro para chuchu, o pepino para o bolso do consumidor pode ser ainda maior. Como a safra gaúcha está acabando, e o centro do país, maior produtor, teve quebra na produção por excesso de chuva, não há previsão de queda de preços.

Na Ceasa Porto Alegre, por onde passa um terço dos hortigranjeiros do Estado, o aumento foi ainda maior do que o registrado pelo IPC-S. O quilo pulou de R$ 1 para R$ 4: alta de 300%.

– Entre dezembro e janeiro, o forte da safra no Rio Grande do Sul, muito tomate do Estado abasteceu o Sudeste. Isso é um fato novo – explica o agrônomo Antônio Conte, da Emater-RS.

Contra a alta do tomate, chefs sugerem criatividade, e nutricionistas apontam legumes e frutas que contêm as mesmas propriedades benéficas à saúde. A dica é sair da mesmice e valorizar os produtos da estação.

– O brasileiro não se adapta às sazonalidades e consome produtos de baixa qualidade e mais caros. A manga, que está barata agora, é uma boa alterativa para saladas – sugere Aires Scavone, chef e professor de gastronomia.

A disparada do preço fez a tradicional cantina paulistana Nello’s banir o produto do cardápio. Na Serra Gaúcha, região colonizada por italianos e principal produtora do Estado, os restaurantes também passam apuros.

Marcos Giordani, sócio da Pizzaria Giordani, diz que, há três meses, comprava uma caixa por R$ 20. Hoje, não sai por menos de R$ 100. Como utiliza cerca de 50 caixas do produto por mês, a despesa de R$ 1 mil quintuplicou.

– Tivemos outros aumentos consideráveis recentemente, como os laticínios, que cresceram 10%, e a cebola, que aumentou 30% – conta.

Reclamações na cidade, celebração no campo


Se na cidade há ranger de dentes, na colônia há satisfação. Em 10 anos, a alta dos últimos meses garantiu a melhor remuneração que o agricultor Agostinho Vist, 48 anos, se recorda. Morador do bairro Brasília, em Caxias do Sul, há pelo menos 30 anos ele cultiva tomates.

– É um dos melhores preços que já tive. Muda um pouco conforme o momento, mas o preço médio é de R$ 50 a caixa com 20 quilos do tomate longa vida – comemora.

Ao produtor, o valor pago por quilo é R$ 2,50. Ano passado, despencou a R$ 0,50 e muitos agricultores optaram por nem colher.

O preço viçoso fez o tomate aparecer como o produto agrícola que teria a maior variação do valor bruto da produção (VBP) neste ano em todo o país, de acordo com levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura. Conforme o estudo, superaria culturas como soja, milho e cana de açúcar. A projeção tem como base dados de fevereiro. A safra de 7,7 milhões de toneladas valeria R$ 8,7 bilhões, um crescimento de 49,7% ante 2012.

Ingredientes alternativos


Como substituir o tomate, sem perda para o bolso e o paladar:

Nos molhos

Uma dica é utilizar o tomate pelatti, enlatado, que tem preço mais em conta. O molho de tomate industrializado também está mais barato do que o produto in natura. Em um grande supermercado da Capital, a embalagem de 340 gramas sai por até R$ 1,24. O peso equivalente do fruto do tipo longa vida fica em R$ 2. Outra alternativa é fazer o molho utilizando mamão e um pouco de colorau para acentuar a cor. Temperado normalmente, o molho à base de mamão acompanha bem carne vermelha e frango.

Nas saladas
Com criatividade, legumes e até frutas podem ser alternativa nas saladas. Pepino, berinjela, abobrinha italiana, couve-flor, manga, abacate e cogumelos são opções para substituir o tomate.

Na nutrição

O tomate é rico em potássio, vitamina C e licopeno. A vitamina C ajuda na cicatrização e é barreira contra resfriados. O licopeno é antioxidante, protege o sistema cardiovascular e o fígado, e ajuda a prevenir alguns tipos de câncer, como de mama e próstata. Uma fruta da época com as mesmas propriedades do tomate é a goiaba. O potássio pode ser encontrado na beterraba e cenoura. A vitamina C está em frutas cítricas, e o licopeno, em vegetais vermelhos.

Para quem insiste no tomate...


A saída é pesquisar para encontrar preços mais baixos. Feiras livres são uma boa dica, mas às vezes supermercados que compram grandes volume também podem ocasionalmente praticar valores menores. Compre pequenas quantidades.

Fontes: Gabriel de Carvalho, coordenador da comissão de comunicação do Conselho Regional de Nutricionistas (CRN), Aires Scavone, chef de cozinha, e Marcio Fernando Mendes da Silva, coordenador do escritório da FGV em Porto Alegre.

by ZH


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