domingo, 24 de março de 2013

Subtenente fraudou alvarás de residenciais Polícia Civil, MP Corpo de Bombeiros detectaram irregularidades na liberação do habite-se de cinco residenciais





Polícia Civil, MP Corpo de Bombeiros detectaram irregularidades na liberação do habite-se de cinco residenciais

O Corpo de Bombeiros do Pará terá que realizar vistoria em todos os imóveis residenciais na capital, distrito de Icoaraci e Ananindeua, na região metropolitana. Denúncias de moradores dos empreendimentos foram investigadas pela Polícia Civil e Ministério Público e pela própria corporação dos Bombeiros, que detectaram irregularidades na liberação do habite-se de cinco residenciais – Mirante do Parque, localizado na Rodovia Augusto Montenegro, em Belém; Mirante do Lago, na Cidade Nova, em Ananindeua; Reserva Ibiapaba, localizado na rua Rodolfo Chermont, bairro Nova Marambaia em Belém; FIT 25, localizado no distrito de Icoaraci e Mistral, localizado na travessa Caripunas, em Belém.

Apesar das irregularidades, os bombeiros afirmam que não há motivo para pânicos dos atuais moradores dos empreendimentos porque não há riscos eminentes. Mas, por precaução todos os imóveis da construtora serão vistoriados, a fim de evitar problemas futuros, segundo explica o promotor militar Armando Brasil, que requereu a prisão preventiva do subtenente Alexandre de Oliveira Melo, membro do Centro de Atividades Técnicas do (CAT) do Corpo de Bombeiros, acusado de liberar o habite-se forjado para a Gafisa em troca de dinheiro.

Com a prisão decretada pela justiça, o militar já está sendo considerado desertor pela corporação. Ele teria obtido a senha de acesso dos processos e negociado com as empresas em valores que variavam entre R$ 30 mil e R$ 55 mil, cada documento de liberação dos imóveis. “O caso é gravíssimo, trata-se de falsificação de documento de vistorias de sistemas elétricos e de combate a incêndio em residenciais, onde atualmente moram milhares de pessoas”, ressalta o promotor Armando Brasil.

Ele não descarta a participação de outros militares envolvidos no esquema, inclusive, coronéis da corporação. Ontem, em coletiva aos jornalistas, juntamente com o major BM Saulo Lode Oliveira, major BM Jaime Rosa de Oliveira e o delegado da Divisão de Operações Especiais (Dioe) Neyvaldo Silva, eles explicaram como era realizada a fraude de venda dos habite-se para legalizar a ocupação dos empreendimentos construídos pela Gafisa no Pará.

Os sistemas elétrico e de combate a incêndio dos cinco residenciais foram vistoriados pelo CAT e originalmente reprovados. O subtenente é acusado de conseguir a senha dos processos, falsificar uma emissão do documento, como se a vistoria tivesse sido aprovada, e vender para a construtora.

Desta forma, no lugar de realizar os ajustes necessários para conseguir os documentos, responsáveis pela liberação da habitação dos empreendimentos, a construtora, segundo a investigação, optava em pagar pela fraude a agir de forma ilegal e irresponsável. A nova vistoria terá que ser realizada para que os residenciais possam ser adequados às regras de segurança. “Isto é um escândalo e precisa ser melhor investigado”, adianta o promotor militar.

Os oficiais bombeiros informaram que um procedimento administrativo foi instaurado na corporação para apurar as denúncias e que todas as informações investigadas foram repassadas à Polícia Civil e à Promotoria Militar, que deram base no pedido de prisão do oficial, acusado. No caso do residencial Mirante do Lago, em Ananindeua, a vistoria ainda está em andamento e com pendências, mas não compromete a segurança, assim como os quatro anteriores.

O OUTRO LADO

Em nota, a Gafisa informou que todos os seus empreendimentos no Pará são desenvolvidos em conformidade com os projetos aprovados pelos órgãos competentes. Disse ainda que eventuais exigências das autoridades locais “foram cumpridas com aprovação formal por meio de vistorias, realizadas no próprio local dos empreendimentos e alvarás competentes”.

Fonte: Diário do Pará

O Último Discurso. Charles Chaplin


"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. 
Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentio ... negros ... brancos.


Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? 

Neste mundo há espaço para todos.
A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. 
A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. 

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis.

 Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. 
Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.


A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. 

Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" 

A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá.


Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão!

 Não sois máquina! 

Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.


Soldados! 
Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade!
 No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! 
Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! 
Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós.
 Lutemos por um mundo novo ... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.


É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder.
 Mas, só mistificam!
 Não cumprem o que prometem.
 Jamais o cumprirão!
 Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo.
 Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. 
Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.


Hannah, estás me ouvindo?
 Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? 
O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! 
Estamos saindo da treva para a luz! 
Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança.
 Ergue os olhos, Hannah!
 Ergue os olhos.



Vaticano é acusado de gastar R$ 58 milhões em complexo que abriga sauna gay Pelo menos 18 dos cardeais responsáveis pela escolha do Pontífice moram no local, em Roma




A basílica de São Pedro, em Roma

Um dia antes do início do conclave que irá eleger o Papa que substituirá Bento XVI, um novo escândalo sobre o Vaticano tomou conta da imprensa internacional. De acordo com o jornal “Independent”, a instituição religiosa teria gasto € 23 milhões (mais de R$ 58 milhões) em apartamentos de um prédio em Roma que abriga nada menos que a maior sauna gay da Europa.

Pelo menos 18 dos cardeais responsáveis pela escolha do Pontífice moram no local. Um deles é Ivan Dias, chefe da Congregação para Evangelização dos Povos, de 76 anos, que vive no mesmo andar onde funciona a sauna. Visto como um conservador, mesmo para os padrões atuais da Igreja, o ex-arcebispo de Bombaim teria ficado “horrorizado” com a descoberta. Uma de suas crenças é de que gays e lésbicas podem ser curados de suas “tendências não naturais através do sacramento da penitência”.

Segundo a imprensa local, o investimento no imóvel, realizado em 2008 pelo cardeal Tarcisio Bertone, foi realizado graças a generosos benefícios fiscais recebidos pela Igreja Católica durante o governo de Silvio Berlusconi. A propriedade é reconhecida como parte da Cidade Santa.

Leitores de sites gays italianos foram rápidos em fazer piadas sobre o tema.

“Se você não pode ir a uma sauna gay por medo de ser visto, o que você faz com milhões de euros roubados de italianos? Compra um bloco de apartamentos com a sauna dentro”, dizia um dos comentários do “Gay.it”.

A denúncia acontece em um momento delicado para a Igreja, que ainda se recupera de especulações a respeito da renúncia de Bento XVI. Chegou a ser dito que a saída do teólogo alemão ocorreu devido à presença de cardeais homossexuais dentro do Vaticano.
Primeiro dia de conclave termina com fumaça preta


Fumaça negra sai da chaminé instalada na Capela Sistina

Terminou com fumaça preta a primeira reunião do conclave para escolher o sucessor de Bento XVI, nesta terça-feira. Ao final de três horas de reunião, os cardeais eleitores reunidos na Capela Sistina não chegaram a um consenso, e um produto químico foi adicionado aos votos durante a queima.

A fumaça saindo pela chaminé da Capela Sistina foi observada por milhares de pessoas que aguardavam na Praça de São Pedro. Quando o novo Pontífice for escolhido, a fumaça será branca. As reuniões do conclave serão retomadas na manhã desta quarta-feira e continuarão até que haja um eleito. Já era esperado que o primeiro dia terminasse sem que um nome fosse escolhido. Especialistas acreditam que somente quarta-feira à tarde ou quinta-feira seja conhecido o nome do novo ocupante do Trono de Pedro.

Mais cedo, cantando a “Ladainha dos santos”, um canto gregoriano que pede aos mártires a inspiração, os 115 cardeais seguiram em fila no início da tarde desta terça-feira até a Capela Sistina para iniciar o conclave que escolherá o sucessor do Papa Bento XVI. O Vaticano já informou que é mínima a chance de um nome ser definido ainda na primeira votação

Uma vez na capela, os cardeais prestaram um juramento de sigilo, comprometendo-se a não divulgar qualquer informação sobre o que for tratado dentro do conclave. O religiosos estão proibidos de se comunicar com o mundo exterior, incluindo o acesso à internet e a redes sociais. O cardeal sul-africano Wilfrid Napier chegou a brincar, dizendo que já estava com síndrome de abstinência do Twitter.

A procissão obedeceu à ordem de cardinalato à qual cada um pertence. Primeiro entram os cardeais diáconos, que atuam na Cúria Romana. Atualmente são 30, entre eles o cardeal brasileiro João Braz de Aviz, que é prefeito emérito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

A seguir é a vez dos Cardeais presbíteros, os que estão à frente das dioceses pelo mundo. São a maioria que participam deste Conclave: 81. Entre eles, os outros quatro Cardeais brasileiros: Geraldo Majella Agnelo, Cláudio Hummes, Raymundo Damasceno Assis e Odilo

Por fim, os Cardeais bispos, aqueles que assumem dioceses suburbicárias em Roma. São somente quatro, sendo o mais idoso o Giovanni Battista Re, que é justamente o Decano do Conclave.

Após o juramento, foi proclamado o “extra omnis”, para que todos os não eleitores deixassem o recinto, e lacrada a porta da capela, dando início formalmente às deliberações para a escolha do novo Papa.

Até que a fumaça branca anuncie que o trono de Pedro tem um novo ocupante, seguem intensas as especulações. Hoje, o jornal italiano “Corriere della Serra” disse que o arcebispo de Milão, cardeal Angelo Scola, já teria 50 dos 77 votos necessários. Segundo a reportagem, o brasileiro Odilo Scherer, embora ainda um dos mais cotados, teria perdido força por conta de sua ligação com a Cúria romana, abalada por uma série de escândalos.

Missa solene teve como tema o amor e a unidade da Igreja

Pela manhã, os cardeais participaram da missa solene, celebrada pelo decano Angelo Sodano, que, por ter mais de 80 anos, não participa do conclave. Na homilia, Sodano fez diversas homenagens e Bento XVI, que renunciou ao pontificado no dia 11 de fevereiro, e pediu a Deus um novo “Bom Pastor” que lidere os cerca de 1,2 bilhão de católicos em todo o mundo.

Ao contrário do contundente discurso que Bento XVI, então ainda cardeal Josef Ratzinger, proferiu em 2005, atacando a “ditadura do relativismo”, Sodano foi conciliador em sua fala, ressaltando a importância do amor como “maior mandamento” e o trabalho de cada um pela unidade da Igreja. Segundo especialistas, o cardeal não sinalizou a preferência por qualquer um dos candidatos.

Nem tudo foi serenidade e meditação na missa. O cardeal italiano Antonio Maria Veglio passou mal e precisou ser socorrido durante a cerimônia. O Vaticano, porém, não informou a natureza do problema.

Os cardeais mudaram-se nas primeiras horas do dia para a Casa de Santa Marta, onde ficarão hospedados durante toda a duração do conclave.

Fonte: O Globo

Empresa ligada a Cachoeira vence licitação no Pará Empresa ganhou licitação de R$ 100 milhões para fornecer comida a 12 mil presos de Justiça no Pará




Empresa ganhou licitação de R$ 100 milhões para fornecer comida a 12 mil presos de Justiça no Pará

O jogo pesado de Carlinhos Cachoeira para ganhar concorrências públicas fraudulentas chegou ao Pará, onde a empresa Cial Comércio e Indústria de Alimentos, a ele ligada, acaba de abocanhar uma licitação de R$ 100 milhões. A Cial vai fornecer café da manhã, almoço e jantar aos 12 mil presos de justiça que superlotam as penitenciárias do Estado e também aos três mil policiais e agentes encarregados da segurança nas casas penais.

Para vencer a licitação aberta pela Secretaria de Segurança Pública, a empresa teve de convencer os concorrentes a desistir de enfrentá-la, oferecendo às que entrassem na disputa pequenas fatias no fornecimento da alimentação. Ela garantia que, no final, todo mundo iria se dar bem. Desde que, é claro, todos ficassem de boca fechada. Quem recusou entrar no esquema foi bater nas portas da Justiça.

Derrotada no pregão eletrônico por incrível R$ 0,1, a empresa Oliveira Alimentos, atual fornecedora da comida aos presos, denunciou a trama ao Ministério Público, anexando um DVD com duas horas de conversas entre os empresários em que eles combinavam quem iria ganhar ou perder a licitação. O DIÁRIO obteve cópia do DVD e, num dos trechos da conversa (ver ao lado), o representante da Cial afirma que o que ficasse combinado entre as empresas teria o apoio de “gente de cima” do governo estadual. O promotor Nelson Medrado ficou estarrecido com o que ouviu. E ingressou com pedido de liminar para suspender a concorrência.

O motivo alegado pelo promotor não foram as conversas nada republicanas de acerto entre os empresários que brigavam para fornecer comida aos presos- o que deve provocar um outro processo, em data oportuna -, mas a acusação de que teria havido inadequação à exigência do edital de apresentação de balanço patrimonial, tendo a Cial apresentado cópias xerografadas do livro contábil do período de 01 a 31 de julho de 2011, além de não apresentar nutricionista na relação de seu quadro profissional e também de responder a processo judicial em ação civil pública por ato de improbidade administrativa.

O juiz da 2ª Vara da Fazenda de Belém, Marco Antônio Lobo Castelo Branco, acolheu o pedido, determinando a suspensão. A decisão do juiz foi tomada em dezembro do ano passado. “A coletividade corre o risco de sofrer dano de difícil reparação, uma vez que o certame seguirá para as próximas fases culminando com a contratação de empresa possivelmente habilitada de forma irregular”, afirmou Castelo Branco no despacho. Para surpresa de Medrado, o mesmo juiz, no começo desta semana, retratou-se da decisão que havia tomado em dezembro, autorizando que a Cial de Cachoeira seja contratada, em “caráter provisório, até decisão de mérito”.

Medrado disse que está recorrendo contra a decisão de Castelo Branco, porque as irregularidades na licitação seriam graves, além dos fatos contidos nas gravações. “Eu pedi há quase três meses que a polícia mandasse para mim o inquérito, com os depoimentos dos envolvidos nessas conversas, mas até agora ela não fez isso”, conta o promotor.

Segup só vê ‘choro’. Contrato inicia amanhã

O secretário de Segurança, Luiz Fernandes, definiu como “choro de derrotado” a denúncia de irregularidades. “Quem perdeu me procurou várias vezes, uma delas questionando a documentação da vencedora. Houve recurso jurídico e ele foi indeferido”, disse Fernandes.

No caso das gravações em que as partes combinam preços e quem sairá vencedor, o secretário disse que não ouviu as gravações, mas que ao receber a denúncia mandou abrir inquérito imediatamente. Também garante que, se houve gravação, isso não interferiu na licitação. “Tudo foi feito dentro da lei, com total transparência, e o nosso setor jurídico agiu corretamente”.

Perguntado se sabia que a vencedora era ligada a Cachoeira, Fernandes respondeu que o que existe é “nota de jornal”. Mas, se há alguma ligação, emendou que a empresa não estaria impedida de concorrer. “Eu não me meto nisso”, disparou o secretário.

“LEVAR FERRO”

Ninguém da Cial ou do grupo de Carlinhos Cachoeira foi localizado em Belém e em Goiânia para falar sobre o caso. A empresa deve começar a fornecer a comida aos presos de todo o Pará a partir desta segunda-feira. O bicheiro sempre brigou pelas licitações em favor da Cial em outras capitais do País com a mesma voracidade com que um faminto avança sobre um prato de comida.

Conversas telefônicas da Polícia Federal na Operação Monte Carlo revelam a interferência de Cachoeira em uma briga na justiça da Cial para tirar da jogada uma concorrente, a Coral, com quem disputava o fornecimento de marmitas aos presos da cadeia de Aparecida de Goiânia (GO).

Na data de 9 de outubro de 2011, Cachoeira dialoga com um homem identificado pela PF como Michel. À certa altura, Michel pergunta se a Cial pertencia ao bicheiro. “Não é minha não, rapaz”, ele responde. “É de amigos. É Cial. A nossa é a Cial”. Michel, parecendo duvidar, indaga: Cial ou Coral? E Cachoeira, incisivo: “Não. É para ser a Cial. A Coral tem de levar ferro”.

AS NEGOCIATAS AO TELEFONE – EU GANHO, TU FORNECES

Em um dos trechos da gravação, feita de um aparelho celular, um homem identificado por Miro, da empresa Qualichef, que pertence ao mesmo grupo da Cial, uma das participantes da licitação, fala que queria que fizessem uma parceria em que a empresa Oliveira Alimentos – que denunciou o esquema ao MP – ganharia a licitação e ele, referindo-se a uma outra pessoa, trocaria o fornecimento da comida.

QUESTIONOU, DANÇOU

Em outra conversa, o homem identificado como Zé Antônio, o Toinho, comenta que o pessoal da Secretaria de Segurança teria praticado uma única falha por ter sido “induzido a erro”. Isso teria ocorrido, segundo Toinho, porque a Oliveira Alimentos “foi questionar a inabilitação da empresa ( Cial) quanto ao capital”. Diz ainda que, por conta disso, “ele”, sem especificar quem, “abriu o leque”. E dá a entender que existe alguém da Secretaria de Segurança envolvido no acordo. Cita como exemplo que, por conta do erro, os lotes de Marabá e Santarém da licitação foram colocados em “stand by”, ou seja, em espera.

É DE AMIGOS, É CIAL. A NOSSA É A CIAL

Na data de 9 de outubro de 2011, Cachoeira dialoga com um homem identificado pela PF como Michel. À certa altura, Michel pergunta se a Cial pertencia ao bicheiro. “Não é minha não, rapaz”, ele responde. “É de amigos. É Cial. A nossa é a Cial”. Michel, parecendo duvidar, indaga: Cial ou Coral? E Cachoeira, incisivo: “Não. É para ser a Cial. A Coral tem de levar ferro”.

UM LOTE É MEU; OUTRO, É TEU

Em uma conversa de 50 segundos, Miro fala da proposta sobre os contratos. Propõe que a empresa concorrente ceda um lote do interior, permanecendo com outro do interior e o da capital. Toinho entra na conversa lembrando que diante do que for decidido, tem-se compromisso.

Um homem conhecido por Euler pressiona em busca de uma decisão. Ele fala para o representante da Oliveira Alimentos que ele tem que escolher um dos caminhos que propõe. E continua dizendo que propõe em ficar como subcontratado da empresa Oliveira e assim acaba o problema.

ACERTO PARA FISGAR CONTRATOS

A pergunta da conversa agora é: qual será o acerto? Miro responde que ficaria em parceria com a empresa Oliveira na capital, a empresa Oliveira fica sozinha em Marabá e ele – não especifica nome – ficaria com Santarém. Toinho, entusiasmado, fala que melhor do que isso não existe. Toinho fala que não era para entrar ninguém e que era para eles jogarem – participar dos contratos – sozinhos.

Fonte: Diário do Pará

Época’: Lindbergh é acusado de ter recebido propina


O senador Lindbergh Farias, acusado de ter recebido propina quando era prefeito de Nova Iguaçu


Senador Lindenberg
Senador Lindenberg
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foi acusado de ter montado um esquema de recebimento de propina de empresas contratadas por Nova Iguaçu, quando ele foi prefeito do município, entre 2005 e 2010. Reportagem publicada neste sábado pela revista “Época” fez um levantamento a partir de documentos obtidos com o PMDB que fazem parte de um inquérito a que o senador petista responde no Supremo Tribunal Federal (STF).
O PMDB é contrário à pré-candidatura do senador ao governo do Rio em 2014 e defende o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão. As trocas de farpas entre as duas pré-campanhas ficaram mais intensas nos últimos meses, e, a partir de agora, incluem a divulgação de dossiês. Segundo a “Época”, o inquérito a que Lindbergh responde no STF contém acusações de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, todas relativas ao período em que o petista foi prefeito de Nova Iguaçu.
A investigação é baseada em dois depoimentos prestados em 2007 ao Ministério Público Estadual por Elza Elena Barbosa Araújo, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu, que até então estava sob sigilo. Segundo ela, logo no início do mandato, em 2005, Lindbergh montou um esquema de captação de propina entre empresas contratadas pela prefeitura. Os valores chegariam a até R$ 500 mil por contrato. Os recursos eram usados, segundo a acusação, para quitar despesas pessoas do então prefeito, inclusive prestações de um apartamento da mãe dele, Ana Maria, em Brasília.
Outra acusação da ex-funcionária da prefeitura atinge Carlos Frederico Farias, irmão de Lindbergh. A empresa Bougainville Urbanismo, de sua propriedade, teria recebido R$ 250 mil do esquema.
O Tribunal de Justiça do Rio autorizou a quebra de sigilos do senador, inclusive de cartão de crédito e aplicações financeiras. A revista informa que obteve cópias de duas decisões que determinaram quebra de sigilo. Segundo a “Época”, o desembargador Alexandre Varella considerou que os extratos sustentam as acusações de Elza. Varella ainda disse que o pedido do MP também foi baseado em depoimentos de outras testemunhas que teriam confirmado detalhes do esquema. A reportagem ainda cita denúncias contra empresas contratadas por Nova Iguaçu, como a 7R Comércio de Materiais de Escritório, que receberia pagamentos, mas não entregaria mercadorias. Os contratos chegariam a R$ 1,1 milhão.
À “Época”, o senador disse que não se intimidará com o dossiê e que será candidato “com tudo aberto”. Em referência indireta à casa que o governador Sérgio Cabral tem em Angra dos Reis, o senador disse não ter “mansão incompatível” com seus rendimentos. Para o petista, a “devassa” feita em sua vida não terá resultado: “Não vai aparecer nada”, disse à revista. Sobre a quebra de sigilo, o senador disse que foi “uma violência, covardia”.
Advogados do petista negaram à reportagem qualquer esquema de corrupção e afirmam que a empresa 7R prestou todos os serviços contratados. Segundo eles, o apartamento em Brasília citado por Elza foi da mãe do senador, mas, na época dos pagamentos citados, a propriedade pertencia a Francisco José de Souza, então secretário de Finanças de Nova Iguaçu.
Carlos Frederico, irmão de Lindbergh, disse que a Bouganinville jamais recebeu dinheiro público. Ele classificou a acusação como mentirosa e disse que nunca teve relação com a prefeitura de Nova Iguaçu.

Fonte: O Globo

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