terça-feira, 15 de junho de 2021

Os 11 furos do caso Bilynskyj, o delegado e influencer armamentista cuja namorada ‘se suicidou’


Furos na investigação beneficiam versão delegado Paulo Bilynsky, que recebeu apoio da família Bolsonaro. A família da modelo Priscila Bairros acredita em assassinato.

16 de Junho de 2020, 16h49


Foto: Fepesil/TheNews2/Folhapress


FUZIL SEM NÚMERO. Marca sem identificação”.

Essa descrição consta no boletim de ocorrência da morte da modelo Priscila Delgado de Bairros, registrado no dia 20 de maio, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. O porte de fuzil sem número de série é um crime inafiançável. Nove dias depois, a Secretaria de Segurança de São Paulo disse que a polícia errou e o que foi originalmente identificado como uma arma, na verdade, era um “acessório”.

Essa é só mais uma das controvérsias que cercam a morte de Priscila no apartamento do delegado Paulo Bilynskyj, que tomou seis tiros e foi ferido na perna, na mão, no peito, na costela e no braço. Segundo o policial, Bairros, noiva do delegado, disparou contra ele após um surto de ciúmes e depois se suicidou. A família da jovem suspeita que Bilynskyj, delegado influencer que usa o Instagram para falar de armamentos, possa ter assassinado ela.

Ainda não está claro o que aconteceu na manhã de 20 de maio. Mas até agora uma coisa ficou evidente: as posições da Polícia Civil e do Ministério Público sobre o que aconteceu na manhã de 20 de maio aliviam a barra do delegado.

Após passar 13 dias internado, Bilynskyj recebeu alta, prestou depoimento e manteve versão.

Acompanhe o caso.

Na descrição do B.O., constam que seis armas e milhares de munições foram encontradas no apartamento: duas pistolas (uma da Polícia Civil), uma metralhadora, uma espingarda (com registro vencido, ainda no nome de Helenice Vaz de Azevedo Corbucci) e dois fuzis. Um deles é aquele registrado no B.O..
Os upper receivers listados no boletim são como a base da parte superior, que conecta o cano ao corpo da arma longa.Foto 1: Michel Delsol/Getty Images | Foto 2: Reprodução

Solicitei, então, à SSP o boletim com a correção da informação sobre a peça em questão. No B.O., é identificado como “fuzil” e, logo abaixo, são descritos dois “upper receiver” (que pode se referir a uma peça onde ficam agregadas componentes essenciais para o funcionamento de uma arma ou o conjunto de todas as peças) com “acessórios”. Mas, em entrevista telefônica, o órgão disse que não houve correção no documento porque era apenas um “acessório” e não uma arma em si. Ou seja, o B.O. não foi editado porque a SSP considerou que nós, jornalistas, não entendemos o que estava escrito. O erro não seria deles, mas um erro nosso de interpretação. Como você pode ler abaixo, está escrito: “FUZIL – Nº SEM NÚMERO – Marca: SEM IDENTI.


Se o delegado tinha mesmo um fuzil não numerado em casa, deveria ser preso. Mas, como foi determinado que tecnicamente a arma não existe, Bilynskyj está solto. A questão é que, ainda que a SSP tenha razão e trate-se apenas de um acessório, a posse dele também pode configurar crime, com pena de três a seis anos, dependendo das variáveis, segundo advogados criminalistas que entrevistei.

No B.O., há dois upper receivers sem numeração e mais os acessórios, como o reddot (um apetrecho que dá aquela mira de luz), a lanterna e um gripp (a empunhadura que vem acoplada em um cano). Tudo isso costuma vir conectado no upper. É ali que encaixam.

Os upper receivers listados no boletim são como a base da parte superior da arma, que conecta o cano ao corpo da arma longa, como um fuzil. Dentro deles, há várias peças essenciais. Ou seja, não é um “acessório” como a SSP defende: é uma peça fundamental para um fuzil funcionar. Sem ele, a arma não funciona. É como o tronco de um corpo, que conecta os membros.

Ouvi então o advogado criminalista João Carlos Dalmagro Jr., que é atirador desportivo e conhece bem a legislação e o controle sobre armamentos. “A descrição do B.O. leva a crer que se está tecnicamente diante de parte de uma arma. Se o upper receiver estiver acoplado ao cano, onde o número de série deve estar gravado, a consequência penal da posse desse conjunto é a mesma da de uma arma em si. Então, precisa de autorização do Exército para aquisição”, me disse Dalmagro.

Ele vai além: “A impressão que se tem a partir desse boletim de ocorrência é que o upper receiver faz parte desse conjunto, mas para ter certeza disso seria necessário ver o que foi apreendido”. Dalmagro também chama atenção à forma como os acessórios foram listados no B.O, que leva a crer que o fuzil e as peças são uma coisa só. “Os acessórios estão listados na mesma linha que os upper receiver, ao contrário do que ocorre na descrição da metralhadora, de onde se extrai que ela foi apreendida “com” acessórios e bandoleira, mencionando-se inclusive o número dos mesmos (1 red dot e 1 grip com lanterna). Tudo leva a crer que é uma coisa só“, pontua.


Questionada se os acessórios estavam acoplados no upper receiver e cano, a SSP disse não ter essa informação.

A resposta é curiosa. Ao mesmo tempo que diz não ter detalhes dos acessórios, a secretaria tinha a informação suficiente para pressionar o UOL no dia 30 para alterar o título de uma matéria sobre o número de fuzis de Bilynskyj. O título era “Polícia errou ao contar fuzil a mais em casa de delegado, diz secretaria” e foi alterado para “Fuzil relatado em BO do caso Bilynskyj é um acessório, diz SSP”.


A pena para a posse ilegal de arma de fogo de uso restrito – ou parte dela, como seria, em tese, o caso de um upper receiver “completo” – é de reclusão de três a seis anos. Se estivermos falando de arma de fogo de uso proibido, a pena sobe: entre quatro e 12 anos. Dalmagro lembra ainda de um detalhe. “Com a alteração trazida pelo pacote anticrime, nesta última hipótese (arma de fogo de uso proibido), o delito é considerado hediondo. A hediondez do crime, além do aumento da pena em si, veda o indulto e endurece as possibilidades de progressão de regime e livramento condicional”.

O upper receiver é um produto controlado. As pessoas podem ter peças sobressalentes, se forem dos fuzis que elas já têm, como a do Colt apreendido, por exemplo.


Upper receiver não é “acessório”, mas peça fundamental para o fuzil funcionar, como fica claro na imagem acima.

Foto: Divulgação


Lembram daquelas 117 peças de fuzis apreendidas em 2019 com o amigo de Ronnie Lessa, PM acusado de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes? O upper receiver é esse tipo de peça. É como um lego. Você pode combinar vários uppers e lowers de calibres diferentes. Como as peças são menores que o fuzil completo, elas são mais fáceis de se contrabandear. As peças renderam prisão e processo ao miliciano e ao amigo.

As 117 peças de fuzil encontradas com o amigo de Ronnie Lessa.
Foto: Divulgação

Uma história quase perfeita

A história do crime contra o delegado, que é sensação entre bolsonaristas e que recebeu o apoio dos filhos do presidente – inclusive com pedidos de doação de sangue –, tem outros pontos intrigantes.

Mesmo sem nenhum laudo pronto, a Polícia Civil indicou a versão do seu colega Bilynskyj como “presumível”, ou seja provável, mesmo ainda sem comprovação. Ao UOL, Ronaldo Tossunian, delegado seccional de São Bernardo do Campo, disse que “a versão apresentada e as circunstâncias não eram inverossímeis à questão apresentada pelo delegado”.

No boletim consta “suicídio consumado” para a morte de Priscila. O Ministério Público, que deveria investigar o que ocorreu na manhã do dia 20, já adiantou o que vem pensando até aqui. A promotora do caso disse que está “acompanhando o bom trabalho que a polícia vem desempenhando”.

A Corregedoria da Polícia Civil abriu um inquérito paralelo para investigar as circunstâncias do caso, que podem ser classificados como tentativa de homicídio, feminicídio e até uma tentativa de homicídio na qual o delegado matou a modelo em legítima defesa (o que, neste caso, ainda teria o adicional de falso testemunho).

Outra questão interessante são os exames residuográficos, feitos para detectar a presença de pólvora na pele. O exame de Priscila ficou pronto no mesmo dia e deu positivo. Bilynskyj só fez o exame mais de 24 horas depois sob a justificativa de que ele foi encaminhado ao hospital. Mas Priscila também foi. Ainda não há resultados do de Bilynskyj. “Nunca vi um exame como este dar positivo”, me disse um investigador com quase uma década de polícia. Isso porque é difícil que os resíduos se fixem no corpo. Ele não é 100% confiável ou conclusivo.

Em entrevista ao Fantástico, Bilynskyj afirmou: “eu vi que ela atirou nela“. Mas o laudo da perícia pode causar reviravolta na investigação da morte de Pricila. Segundo a revista Época, a perícia feita no apartamento concluiu que a bala que matou a modelo não partiu da arma que estava no chão do lado do seu corpo com o carregador removido.

Bilynskyj disse ainda que Priscila nunca fez curso de tiro, mas que municiou a arma sozinha. Os pais da modelo afirmam que ela nunca teve contato com armas. O advogado da família da modelo acredita que Paulo a desarmou e atirou contra a então namorada, com a mesma arma que ela usou contra ele.

Uma semana depois da primeira perícia, uma nova foi feita no local com uma simulação usando duas armas ao invés de uma. Isso significa que a primeira versão dos fatos – de que o suicídio e os tiros em Paulo foram dados com a mesma arma – mudou ou estava sendo reavaliada. Havia ali ainda uma faca, sem sinais de sangue.

O casal começou a paquerar pelo Instagram no fim de 2019 e, em abril, foram morar juntos. Nas duas semanas em que dividiram o mesmo teto, os tuítes de Bilynskyj foram de “Homem é tudo igual, fiel, carinhoso e só consegue olhar pra uma mulher só” a “A cada 3 segundos uma mulher ilude 10 homens no Brasil. #verdades“. 

De 29 tuítes publicados entre abril e maio no perfil do delegado, 19 são sobre relacionamento atribulado. Mulheres que iludem, que não tem coração, homens traídos – mensagens que destoam bastante de quem está, como dizia Bairros às amigas, apaixonado e planejando casamento para o início de junho.

Os próximos capítulos da trama estão por vir.

Correção: 17 de junho, 13h20

Uma versão anterior desse texto dizia que 29 tuítes de Bilynskyj haviam sido publicados de abril a março. Os tuítes foram publicados, na verdade, entre abril e maio. A informação foi corrigida.

Correção: 24 de junho, 16h

Uma versão anterior grafou incorretamente, na legenda da foto, o número de peças de fuzis encontradas com o amigo de Ronnie Lessa. A informação foi corrigida.


China deixará de extrair órgãos de presos executados para transplante

A partir de 1 de janeiro as doações serão feitas exclusivamente de forma voluntária

Pequim - 05 DEZ 2014 

Propaganda reflete em vitrine que expõe foto de Mao Tsé-Tung.GREG BAKER / AFP

A partir de 1o de janeiro, a China suspenderá por completo a utilização de órgãos de presos executados para transplantes. A partir dessa data, os órgãos serão fornecidos exclusivamente por doações voluntárias dos cidadãos, afirmou Huang Jiefu, ex-vice-ministro da Saúde chinês e responsável pelo Comitê Nacional de Doações de Órgãos. As declarações foram feitas durante um seminário e veiculadas pela mídia estatal chinesa.

Apesar da polêmica provocada e das críticas recebidas de organizações internacionais, a prática de extrair órgãos de executados é muito utilizada na China diante da falta de doações voluntárias. A cada ano, 300.000 pacientes no país ficam na fila por um transplante, mas o número de cirurgias não chega a 10.000, afirmou Huang.

A proporção de doadores na China, o país com a maior população do mundo - 1,34 bilhão de pessoas - é de 0,6 a cada milhão de habitantes. Em comparação, afirma Huang, na Espanha esse índice é de 35 por milhão. O baixo índice de doadores entre os chineses pode ser atribuído, entre outros fatores, às raízes da crença tradicional na reencarnação. Muitos exigem ser enterrados com todos seus órgãos, já que acreditam que eles farão falta na outra vida. Além disso, existe a desconfiança em relação a um setor propenso à corrupção e práticas irregulares, que alimenta um enorme mercado de tráfico de órgãos, inclusive pela Internet. Em 2007, o Governo proibiu o transplante de órgãos de pessoas vivas — exceto em caso de familiares próximos — e o comércio de órgãos.

“Não podemos negar que existem duas razões por trás do lento desenvolvimento da doação de órgãos na China", afirmou Huang. “Além da falta de entusiasmo devido à mentalidade tradicional, as pessoas ficam preocupadas se os órgãos serão distribuídos de forma justa, aberta e transparente” aos pacientes na fila de espera.

Não é a primeira vez que o Governo chinês, e em concreto Huang, afirma que suspenderá a extração de órgãos de executados. No ano passado, Huang prometeu que essa prática seria eliminada gradualmente em um prazo de dois anos a partir de novembro de 2013, e seria substituída por um programa de doações voluntárias, lançado em 2010. Segundo números do governo divulgados pela mídia chinesa, 38 centros dos 169 autorizados para transplantes já estão recusando órgãos provenientes de presos submetidos à pena de morte; neste ano as doações somam 1.500, mais do que o volume obtido entre 2010 e 2013.

A China mantém em segredo o número de presos executados a cada ano. Em um relatório publicado em outubro a organização de direitos humanos Dui Ha, com sede em São Francisco (EUA), calculava que no ano passado 2.400 presos foram executados, 20% a menos do que em 2012. Segundo essa organização, a República Popular da China executa mais presos do que todos os países juntos, ainda que o número tenha diminuído desde 2007.

As organizações de direitos humanos consideram a extração de órgãos de presos executados uma forma de abuso e denunciam que as autoridades chinesas pressionam os condenados à morte para que autorizem a doação, ou utilizam os órgãos sem o consentimento dos executados ou das famílias dos presos. O Governo sempre negou as informações.

Um artigo publicado em 2012 na revista médica britânica The Lancet, e que foi assinado por Huang e outros autores, revelou que “65% dos transplantes realizados na China usam órgãos de pessoas falecidas, sendo que os presos executados respondem por 90% desse total.”.

El País

Discussão sobre vacina obrigatória leva a corrida de projetos de lei no Congresso


Protocolados na última semana, textos na Câmara dos Deputados preveem medidas contrárias e favoráveis à imunização compulsória

Larissa Gaspar e Carla Menezes
28 out2020




SÃO PAULO - O debate político sobre a obrigatoriedade da vacinação contra covid-19 fez com que, na última semana, deputados federais se mobilizassem para protocolar projetos de lei contrários e favoráveis à imunização compulsória contra a covid-19. O embate começou quando o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que a vacina contra o novo coronavírus seria obrigatória em todo o Estado. O presidente Jair Bolsonaro reagiu e disse que o Ministério da Saúde não vai impor essa exigência.

Nesta terça-feira, 27, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que Executivo e o Legislativo não podem deixar espaço para que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre questões ligadas à futura vacina contra a covid-19. No Legislativo, já são pelo menos quatro projetos sobre o tema em tramitação.

De autoria dos deputados federais Carla Zambelli e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), aliados de Bolsonaro, o Projeto de Lei 4966/2020 torna crime um funcionário público de qualquer âmbito do Executivo obrigar alguém a se submeter, com risco de vida, a tratamento médico, vacinação, ou a intervenção cirúrgica. Em caso de descumprimento, a pena varia de um a cinco anos de prisão.

Na justificação do PL, os parlamentares apontam que o artigo 15 do Código Civil estabelece que "ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica e nesse contexto deve prevalecer a livre escolha do cidadão em se submeter, ou não, a vacinas experimentais ou sem comprovação cabal de eficácia". O projeto foi protocolado dias após Zambelli anunciar que foi infectada pela covid-19.

O artigo 3 do PL 4987/2020 aponta que a apresentação desta carteira será obrigatória nas dependências dos hospitais, unidades de saúde e demais órgãos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o PL, após noventa dias do início da vacinação, aqueles que não portarem a carteira e que não tomaram a vacina por vontade própria, caso sejam acometidos pela covid-19, serão obrigados a custear seus tratamentos.

Na justificativa, Frota explica que "vivemos em uma democracia em que o brasileiro pode ou não escolher se vacinar de qualquer doença, porém o Brasil não pode arcar com os custos de pessoas que por vontade própria, resolvem enfrentar a ciência e não se imunizar. Um brasileiro não pode ser obrigado a custear as despesas de tratamento desta doença de outro", diz o texto.

Nesta terça-feira, 27, o deputado Aécio Neves (PSDB) apresentou o PL 5040/20, que prevê as mesmas punições sofridas pelos cidadãos que não votam nas eleições (e não justificam a falta) a quem se recusar a tomar a vacina. "A tarefa do Estado, ao determinar a vacinação, é proteger o direito de todos à vida, e sem esta evidentemente não há sequer opinião, quanto mais direitos", disse ele.

Entre as possíveis punições estão a proibição de inscrição em concursos públicos e de matrícula em universidades federais. Quem decide não votar também é impedido de obter passaporte e participar de licitações. Os quatro projetos aguardam despacho de Maia.

Projeto prevê que quem não se vacinar contra Covid terá de pagar próprio tratamento


Pelo texto, cidadãos têm o direito de escolher se vacinar ou não. Mas aqueles que não se vacinarem e contraírem a doença posteriormente terão de arcar com custos hospitalares no SUS

22/10/2020 -

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Frota: "Brasileiro não pode ser obrigado a custear as despesas do tratamento de alguém que não quer se imunizar"

O Projeto de Lei 4987/20 estabelece que o cidadão brasileiro que voluntariamente não se vacinar contra a Covid-19 terá de arcar com seu tratamento, caso venha a se contaminar posteriormente com o novo coronavírus.

A proposta, do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), tramita na Câmara dos Deputados.

O parlamentar argumenta que o Brasil atravessa um momento difícil em seu sistema de saúde, mas ao mesmo tempo tem investido valores altíssimos na pesquisa de vacinas para conter a Covid-19. O investimento, diz, só é possível em razão da carga tributária imposta aos cidadãos.

“Vivemos em uma democracia em que o brasileiro pode ou não escolher se vacinar. Porém, o Brasil não pode arcar com os custos de pessoas que por vontade própria resolvem enfrentar a ciência”, afirma Frota.

“Um brasileiro não pode ser obrigado a custear as despesas do tratamento de alguém que não quer, por motivos de foro íntimo, se imunizar. Não é justo com aqueles que se vacinaram, nem com o País.”

Regras
Segundo o projeto, o Programa Nacional de Imunizações definirá as datas de vacinação. As vacinas contra a Covid-19 deverão ser aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), antes de estarem disponíveis para a imunização.

Além disso, o Ministério da Saúde deverá elaborar um plano para que toda a população seja vacinada, fazendo expedir uma carteira nacional de vacinação para a doença. O documento terá o objetivo de informar a qualquer órgão de saúde a imunização do cidadão e também de contribuir para as estatísticas de adesão ao programa.

Ainda segundo a proposta, a carteira deverá ser apresentada em hospitais e outras unidades de saúde vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). A exigência ocorrerá após 90 dias do início da campanha de vacinação.

Terão de arcar com o tratamento os que não portarem a carteira e os que não tiverem se vacinado por vontade própria. Os valores arrecadados serão incorporados ao SUS.


Fonte: Agência Câmara de Notícias

Repórter que que descobriu o escândalo dos emails de Hillary Clinton se suicida aos 45 anos



Christopher Sign, o âncora de televisão que divulgou a história de que o ex-presidente Bill Clinton se encontrou secretamente com Loretta Lynch enquanto o então procurador-geral investigava o escândalo de e-mail de Hillary Clinton, morreu aos 45 anos. A reunião ocorreu em 2016, quando Hillary estava competindo com o ex-presidente Donald Trump para a presidência.

O departamento de polícia de Hoover, no Alabama, disse que a morte está sendo investigada como aparente suicídio depois que o corpo de Sign foi descoberto em sua casa na manhã de sábado.

“Nós sabíamos que algo tinha acontecido que era um pouco incomum”, Sign disse à “Fox & Friends” em fevereiro de 2020, na véspera do lançamento do livro que ele escreveu, Secret on the Tarmac, sobre a experiência.

“Foi uma reunião planejada”, disse Sign. “Não foi uma coincidência.”

Sign disse a Fox que sua vida não foi a mesma desde que ele contou a história.

“Minha família recebeu ameaças de morte significativas logo após divulgar esta história”, disse Sign. “Cartões de crédito hackeados. Vocês sabem, meus filhos, temos palavras em código. Temos palavras secretas em código que eles sabem o que fazer. ”

O New York Post relatou sobre a resposta à morte de Sign:

“Chris foi um líder tremendo em nossa redação”, escreveu o ABC 33/40, veículo da Sign, em uma homenagem ao repórter no sábado.

“Ele trabalhou com nossa equipe de reportagem diariamente, mas também trabalhou nos bastidores com o I-Team e com gerentes de notícias na cobertura de grandes eventos”, disse o veículo. “É muito provável que você receba um e-mail dele com uma ideia para uma história no meio da noite. Ele era apaixonado por jornalismo e o mostrava todos os dias, enquanto se esforçava para ser o melhor e a seus colegas ”.

Sign teve três filhos com sua esposa, Laura, que conheceu na Universidade do Alabama na década de 1990, onde atuou na linha ofensiva do time de futebol da escola e ela estrelou como jogadora de vôlei All-SEC, de acordo com a afiliada local da ABC .
AL.com relatou em uma declaração do chefe da empresa da Sign:

“Nossa mais profunda simpatia é compartilhada com a amorosa família e amigos próximos de Chris”, disse o vice-presidente e gerente geral do Sinclair Broadcast Group, Eric S. Land.

“Perdemos um colega venerado cuja marca indelével servirá para sempre como uma marca registrada de decência, honestidade e integridade jornalística. Só podemos esperar continuar o legado de Chris. Que sua memória seja uma bênção ”, disse Land.

Fonte

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