domingo, 29 de março de 2020

Doria vai à polícia após receber ameças de bolsonaristas

28 MAR2020
14h34
atualizado às 14h39
  • separator
  • 76
  • COMENTÁRIOS
O criminalista Fernando José da Costa, advogado do governador de São Paulo João Doria, apresentou à Polícia Civil neste sábado, 28, representação por crime de ameaça por causa de mensagens enviadas ao celular do chefe do executivo paulista. No documento, o defensor de Doria pede que sejam realizadas diligências para identificar os titulares dos números que enviaram as ameaças ao governador e solicita a quebra de sigilo para interceptação telefônica e telemática dos suspeitos.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)
Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil / Estadão Conteúdo
Doria já havia registrado boletim de ocorrência nesta sexta, 27, pouco antes das duas horas da madrugada, apontando ter recebido ameaças de morte e de invasão de sua casa. Os ataques levaram a Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes a cercar a residência do emedebista nos Jardins.
Na representação apresentada à Polícia neste sábado, Cota diz que as mensagens enviadas ao celular de Doria 'traziam em seu teor dizeres não apenas ameaçadores, mas também atentatórios à honra objetiva e subjetiva' do governador.
A principal mensagem destacada no documento, que caracterizaria o delito de ameaça contra o governador é 'Doria libera os comércios para trabalhar que senão vamos para a porta da tua casa'. O texto foi enviado por um número em cuja foto de Whatsapp 'aparece um indivíduo ainda não identificado fazendo um sinal positivo e abraçado ao Senador Major Olímpio'.
"O dolo em ameaçá-lo já se mostra devidamente configurado, haja vista a perpetração de ameaça direta e condicional. A seriedade e mesmo a idoneidade dos dizeres ameaçadores tampouco podem ser contestados, pois a partir o termo "vamos" presume-se que o indivíduo arquitetará uma ofensiva coletiva à casa do Governador, fator este que não pode ser desprezado na análise da subsunção dos fatos ao modelo típico previsto em lei".
O texto indica reforça que Doria manifesta interesse na persecução criminal dos envolvidos, ou seja, processá-los criminalmente .
A representação traz ainda outras mensagens que, segundo Costa, 'demonstram a inequívoca prática de delitos contra a honra' de Doria. O advogado indica que as mensagens podem configurar crime de injúria e diz que é necessária a coleta dos dados cadastrais dos titulares das linhas que enviaram as mensagens, assim como a 'realização da oitiva destas pessoas em caráter emergencial'.
Costa argumenta ainda que no caso pode ser restar configurado crime de 'associação criminosa'. "Diversas mensagens foram propagadas em curto lapso temporal por mais de três indivíduos, os quais teriam coordenado a ação criminosa", diz o criminalista.
Ao fim da peça, o advogado sinaliza ainda que o número do governador teria 'sido indevidamente divulgado a terceiros de alguma maneira', uma vez que recebeu mensagens nas quais 'pessoas solicitam "álcool em gel" e mencionam que tiveram conhecimento que o peticionário (Doria) estaria realizando a venda de tais produtos'. "Além disso, essas pessoas fizeram uso da seguinte expressão: '#doriatraidor'", diz ainda Costa.

Piratini divide R$ 32,4 milhões entre municípios para o combate à Covid-19

Cada município receberá pelo menos R$ 2 por habitante na divisão dos recursos vindos do Ministério da Saúde

Por
Correio do Povo
Governo dividiu R$ 32,4 milhões entre os municípios para combater a Covid-19
Governo dividiu R$ 32,4 milhões entre os municípios para combater a Covid-19 
PUBLICIDADE
O Governo do Estado divulgou neste sábado a divisão para os municípios dos recursos recebidos pelo Ministério da Saúde para ações contra a expansão do novo coronavírus. Ao todo, as 497 cidades gaúchas terão aporte de R$ 32,4 milhões. O Rio Grande do Sul contabilizava até este sábado 200 casos confirmados de Covid-19, espalhados em 46 cidades gaúchas. Houve, até aqui, duas mortes registradas no Estado. 
De acordo com o Piratini, cada município receberá R$ 2 per capita, conforme estimativa populacional, com acréscimo de R$ 1 per capita considerando a população idosa e R$ 0,85 per capita da população total para as cidades que têm Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou Pronto Atendimento (PA).
Pelas divisão estabelecida, Porto Alegre receberá R$ 4.485.848,85 para enfrentar a pandemia. Os recursos destinam-se a clínicas de triagem, exames e procedimentos ambulatoriais e hospitalares, aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) e insumos e contratação de novos profissionais. Os valores serão repassados diretamente do Fundo Nacional de Saúde para os municípios.

sábado, 28 de março de 2020

MG investiga excesso de corpos e cogita exumação para testes

MG investiga excesso de corpos e cogita exumação para testes

Funerária em BH recebeu 41 cadáveres em 48 horas, alguns com laudo de covid-19, apesar de o governo ainda não ter confirmado nenhuma morte

28 mar 2020 13h17 - atualizado às 13h21
   
 COMENTÁRIOS
O governo de Minas Gerais investiga a chegada de 41 cadáveres, em um intervalo de 48 horas, numa funerária do bairro de Nova Gameleira, em Belo Horizonte. Segundo boletim de ocorrência da Polícia Militar mineira obtido pelo Estado, os laudos das mortes apontam causas de insuficiência respiratória aguda, pneumonia e covid-19, apesar de o governo mineiro não ter confirmado, até esta sexta-feira, nenhuma morte por coronavírus.
O governo de Minas Gerais admite que corpos estão sendo enterrados no Estado sem que se saiba se a morte se deu por causa da nova doença. O diagnóstico do coronavírus depende de exames laboratoriais "realizados em vida, e não de necropsia", afirma a secretaria de Saúde. "Após o término da contingência epidemiológica, caso a autoridade policial entenda ser necessária, a exumação do corpo a poderá ser realizada", diz.

Coronavírus confina 3 bilhões de pessoas e ONU adverte que ameaça a humanidade

Médicos socorrrem paciente contagiada por coronavírus
Mais de 3 bilhões de pessoas estavam nesta quarta-feira sob medidas de confinamento ao redor do mundo para conter a propagação do novo coronavírus, que, segundo a ONU, ameaça a humanidade.
Um total de 450 mil casos da doença foram declarados oficialmente no planeta, e a cifra de mortos superava 20.600, a maioria na Europa, segundo um balanço feito pela AFP.
A Espanha se somou à Itália ao superar o número de mortos da China, e os Estados Unidos são o país onde o contágio avança mais rapidamente.
A pandemia de coronavírus "ameaça toda a humanidade", disse nesta quarta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, lançando um plano de resposta global que vai até dezembro e que inclui doações de até US$ 2 bilhões.
Os mercados de ações se recuperaram em nível global e os preços do petróleo subiram, ante a expectativa de que o Congresso americano aprove um pacote histórico de estímulo de 2 trilhões de dólares.
Com mais de 60 mil casos confirmados, os Estados Unidos são o terceiro país em número de infectados, atrás da China e Itália. O presidente Donald Trump espera que o país possa se reativar em meados de abril, mas parece estar sozinho entre os líderes mundiais.
Cerca de 40% dos 7,8 bilhões de habitantes do planeta foram convocados a permanecer em casa. A maioria dos países e territórios, entre eles Índia, Argentina, França, Itália e Reino Unido, bem como muitos estados americanos, impuseram medidas de confinamento obrigatórias. O Panamá foi o mais recente a se somar a esta lista.
Outros países anunciaram toque de recolher, como Chile e Equador, bem como quarentenas e outras recomendações de distanciamento de pessoas. A França anunciou o lançamento da operação militar Resiliência para contribuir com a luta contra a pandemia.
Na Rússia, o presidente Vladimir Putin decretou feriado na próxima semana e propôs uma votação sobre reformas constitucionais polêmicas.
As principais economias do G20 farão uma videoconferência de emergência amanhã para discutir uma resposta global para a crise, bem como os 27 líderes da União Europeia, novo epicentro da pandemia.
Na China, as restrições drásticas impostas por vários meses na província de Hubei, primeiro foco da pandemia, foram levantadas hoje. Não foi detectado nenhum caso de contágio local em 24 horas naquele país, mas foram registrados 47 casos "importados" do exterior.
Com mais de 3.400 mortos, a Espanha se tornou hoje o segundo país com mais vítimas fatais do novo coronavírus, à frente da China, com a qual fechou um contrato de 432 milhões de euros para adquirir material sanitário.
A situação na capital espanhola piorou tanto que uma pista de gelo foi transformada em necrotério e o Exército está desinfetando os lares de idosos.
A Itália, onde o número de doentes desacelerava, continua sendo o país mais afetado pela pandemia, com 7.503 mortos, 683 nas últimas 24 horas.
Espanha e Itália se uniram à França e a outros seis países da UE para pedir à Alemanha e Holanda que permitam a emissão de bônus europeus para estabilizar a economia da eurozona.
- Príncipe Charles infectado -
O número de doentes também aumentou no Oriente Médio, onde mais de 2 mil pessoas já morreram no Irã, e na África, onde o Mali registrou o primeiro caso e vários países anunciaram estado de emergência.
No Reino Unido, o príncipe Charles, 71, infectou-se, e, segundo um comunicado oficial, "permanece com boa saúde". No Japão, o governador de Tóquio alertou para uma possível explosão de infectados neste fim de semana.
A Colômbia, terceiro país mais populoso da América Latina, iniciou um confinamento obrigatório de 19 dias para conter o avanço da doença, para a qual não há tratamento.
Já o presidente Jair Bolsonaro fez um chamado para "manter os empregos e preservar o sustento das famílias". No Brasil, as deficiências no sistema de saúde, a pobreza e as condições insalubres em que vive boa parte da população ameaçam agravar a epidemia na maior economia da América Latina.

Detentas no Rio produzem máscaras de proteção contra o coronavírus

Por RJ2
 

Detentas produzem máscaras de proteção contra o coronavírus — Foto: DivulgaçãoDetentas produzem máscaras de proteção contra o coronavírus — Foto: Divulgação
Detentas produzem máscaras de proteção contra o coronavírus — Foto: Divulgação
Detentas do presídio feminino Talavera Bruce, em Bangu, na Zona Oeste do Rio estão produzindo cerca de 30 mil máscaras que serão usadas na proteção contra o coronavírus.
Inicialmente, os utensílios serão direcionadas para a área de segurança do estado. A ideia é ampliar a produção para que as máscaras também possam ser usadas por profissionais de saúde.
Ao todo, são 16 presas que já atuavam no setor de costura focadas na confecção. A ideia é aumentar ainda mais o número de trabalhadoras.
"O processo se inicia na mesa de corte, depois vem para as maquinhas retas onde são feitas com TNT dobrado, para que tenham mais proteção. A gente finaliza com a limpeza e a embalagem", explicou uma responsável do presídio ao RJ2.

Em Alta

Quando a tempestade passar

  “Quando a tempestade passar, as estradas se amansarem, E formos sobreviventes de um naufrágio coletivo, Com o cor ação choroso e o destino...

Mais Lidas