quarta-feira, 13 de julho de 2016

Tenso: site dos EUA mostra o que o 'Rio quer esconder nas Olimpíadas'


POR EQUIPE MEGACURIOSO
EM POLÊMICA

11 JUL 2016 — 17H12 


Não pense que a celebração dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro é um tema que gera polêmica apenas no Brasil. Diversos países já manifestaram sua preocupação com respeito à escolha da Cidade Maravilhosa como sede das competições, e o vídeo que você poderá ver logo mais, criado pelo portal norte-americano Vox, é um reflexo do receio internacional.

Mais precisamente, o site conversou com cariocas comuns, pessoas que trabalham com ou que pertencem às comunidades mais pobres do Rio e com membros da imprensa internacional que estão fazendo a cobertura dos preparativos do evento, e divulgou um filminho listando uma porção de problemas sérios que as autoridades brasileiras estão enfrentando — e que elas não querem que os visitantes estrangeiros vejam. Assista a seguir:



Desembarcando na Cidade Maravilhosa
O vídeo começa explicando o que os turistas veem ao deixar o aeroporto internacional e se dirigir para a zona sul da cidade, onde se encontram as praias mais icônicas: um enorme muro que esconde o Complexo da Maré, onde existe o agrupamento de diversas favelas que se espalha por vários quilômetros.


Muro que "protege" o Complexo da Maré do ruído gerado pelo tráfego nas imediações do aeroporto internacional do Rio

O pessoal do site entrevistou moradores da Maré, que contaram que as autoridades explicaram que a instalação do muro tinha como objetivo funcionar de barreira acústica para os residentes locais. Entretanto, a verdade é óbvia. A estrutura serve para esconder dos visitantes internacionais a realidade carioca.

Segundo o vídeo, os moradores do Complexo da Maré não têm acesso a sistemas de esgoto, não têm direito à habitação, e muitos não têm nem o que por em suas mesas. Contudo, ironicamente, as autoridades estão preocupadas em proteger seus ouvidos do ruído produzido pelo aumento do tráfego na região por conta da celebração das Olimpíadas.

Campus Maré, visto através do muro de proteção

O filme ainda explica que, em determinado trecho do trajeto, o muro se torna transparente — para mostrar uma escola novinha em folha que foi construída para os jovens da Maré. Esse é apenas um exemplo do que quase sempre acontece quando o Rio de Janeiro é escolhido para sediar algum evento internacional. A cidade se mobiliza para criar a infraestrutura necessária para transmitir a imagem de que ela é maravilhosa e está preparada para receber turistas.
Exemplos

O pessoal do Vox citou como exemplos o que aconteceu quando o Rio de Janeiro sediou os Jogos Pan-Americanos em 2007, a Rio+20 em 2012 e a final da Copa do Mundo de 2014, dizendo que o problema é que uma porção de coisas feitas para esses eventos acabam ficando aí e nem sempre a população tira qualquer proveito das obras — que foram criadas com uma imensa quantidade de dinheiro público que podia ter sido investido no povo.

Obras associadas com as Olimpíadas

O problema é que a mesma história está se repetindo com os Jogos Olímpicos, mas provavelmente em uma escala ainda maior. Uma das cariocas que conversaram com o pessoal do site — e que é usuária do sistema de transporte público do Rio — contou que percebeu grandes mudanças nas rotas dos ônibus.

Protestos

Ela apontou 11 linhas que ligavam a zona norte (pobre) à sul (turística) e que simplesmente desapareceram em preparação às Olimpíadas, dificultando o acesso de quem vive em locais mais humildes às áreas mais turísticas. Segundo essa mesma carioca, a intenção de “limpar” a região de pessoas indesejáveis — pobres, negros etc. — sempre existiu, mas agora existe uma razão para que isso seja feito, assim como um prazo. E a coisa fica ainda pior.

Arena Rio na Barra da Tijuca

De acordo com o vídeo, a Arena Olímpica do Rio foi construída na Barra da Tijuca que, como todo mundo sabe, é uma das áreas mais nobres da cidade. Pois, essa mesma região se tornou foco de um massivo investimento imobiliário, e existem planos de transformar esse bairro em um novo Rio, voltado para a população mais rica e “de bom gosto” — e livre das comunidades mais pobres.
Discriminação

Acontece que, assim como ocorre em muitos outros locais do Rio de Janeiro, a Barra também se tornou alvo da ocupação irregular e, ao longo das décadas, inúmeras comunidades foram se estabelecendo na região, das quais muitas inclusive chegaram a ser reconhecidas legalmente. Contudo, por conta dos planos de revitalizar a região, os moradores receberam ordens de despejo — e foram informados de que seriam relocados em complexos habitacionais.

Confrontos com a população

Muitos cariocas saíram de suas casas nos arredores da Barra, mas outros tantos decidiram ficar e lutar por seu direito de permanecer por lá. Uma das comunidades que resolveu bater o pé e ficar foi a Vila Autódromo — que não se encontra na área da Arena Rio propriamente dita, mas está em plena vista dos visitantes.

Casas destruídas pelas autoridades cariocas

Das 600 famílias que compunham a comunidade, cerca de 20 decidiram ficar para lutar por seus lares e, apesar da resistência, viram quase tudo o que haviam construído ao longo dos anos ser derrubado pelas autoridades. Segundo o vídeo, os fortes confrontos e a pressão da imprensa acabaram levando o prefeito do Rio a ceder — e ele garantiu que os moradores poderiam ficar, contanto que eles se mudassem para casas melhores, financiadas pelo governo.

Desocupação em função da revitalização urbana

E a explicação? Conforme apontou Orlando Santos Jr., professor de planejamento urbano da Universidade Federal do Rio de Janeiro que falou com o pessoal do Vox, o que impede a Vila Autódromo de permanecer em uma área adjacente ao Parque Olímpico? Não existe nenhuma razão urbanística que justifique a remoção das pessoas dali. A razão está nos interesses econômicos relacionados à valorização imobiliária da área.
***

De acordo com o vídeo, segundo fontes governamentais, desde 2009, mais de 77 mil foram relocadas no Rio de Janeiro, e tudo para “abrir” espaço para a instalação da infraestrutura relacionada com a Copa do Mundo e as Olimpíadas. É claro que essas obras todas também trouxeram muitos benefícios para a população carioca — na forma de novas linhas de ônibus, da revitalização da cidade de um modo geral e da criação de novos museus e parques.

Um dos moradores despejados durante as obras de revitalização

Contudo, essas mesmas obras custaram bilhões de reais que poderiam ter sido investidos em quem mais precisa — e não para esconder os mais humildes da vista dos visitantes e nem para beneficiar aqueles que já têm dinheiro de sobra. E você, caro leitor, concorda com o que foi revelado pelo vídeo divulgado pelo Vox? Qual é a sua opinião sobre o Rio de Janeiro ser sede dos Jogos Olímpicos? Não deixe de contar para a gente nos comentários.

“O xadrez é um jogo para a vida”


Jogador e professor, Daniel Brandão mostra que o xadrez oferece muito mais que pontos e troféus

Por Liziane Nathália Vicenzi


Tabuleiro da Vida – Nem mesmo a “Arte da Guerra”, de Sun Tzu seria capaz de explicar todos os passos para vencer uma partida de xadrez. Porém, pode ilustrar o quanto as artes marciais se aproximam do xadrez, e o quanto algumas determinações se encaixam na vida de algumas pessoas. Entre os preceitos, a disciplina e a interpretação de que as coisas são mais do que parecem ser, que transcendem o físico, o estático, para um universo artístico e infinito. Pessoas que veem o xadrez não somente como um jogo, mas como uma possibilidade de evolução pessoal.

Para iniciar esta guerra, não no sentido de luta, mas de aprendizado e descobertas, apresentamos Daniel Brandão Mariani, de 25 anos. Personagem de uma história em que o xadrez é o protagonista. Daniel começou a jogar xadrez na escola, observando a irmã dele jogar com as amigas. Nesta época tinha oito anos, e começou a jogar mesmo com apenas 15. A primeira experiência de Daniel foi em Matinhos – PR. Depois de jogar algumas partidas e perder “fácil”, decidiu que iria treinar, de forma engajada. Depois de três meses descobriu que existiam livros, torneios e softwares e que podia se dedicar muito mais ao esporte. “A verdade é que inicialmente eu só queria vencer. Depois passou a ter um caráter mais artístico. Comecei a querer entender o xadrez mais profundamente, independente de resultados”, explica.


Como na vida, encontros e desencontros são inevitáveis, Daniel estava prestes a conhecer outras coisas que o xadrez pode proporcionar –  como pessoas marcantes para toda a vida. Em um torneio de Joguinhos Abertos (competição estadual de até 19 anos), Daniel conheceu Amanda Paul Dull, (20).  Logo começaram a namorar, e depois decidiram morar juntos. Para Daniel, o xadrez foi o protagonista que os uniu. “Temos várias outras coisas em comum e outras atividades também, mas posso dizer que o xadrez esteve desde o começo no plano de fundo da nossa relação que acabou produzindo mais um possível enxadrista.” O possível enxadrista da declaração de Daniel é Kim Paul Mariani. O filho do
casal, de apenas três meses.

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.Daniel e o filho Kim Paul Mariani, nos Jogos Abertos de Santa Catarina – Jasc, (Novembro, 2014). Foto: Arquivo Pessoal

Conforme Daniel, a sua rotina hoje é totalmente focada nos tabuleiros: além de fazer parte da equipe de xadrez de Florianópolis (coordenada por Marcelo Pomar), ajuda o Clube de Florianópolis, e escreve para o blog Xadrez do Brasil – uma cobertura e crítica do xadrez brasileiro. Em parceria com o jogador e professor César Umetsubo e Marcelo Pomar desenvolve conteúdo e conduz as operações do Programa de Ensino Enxadrístico (Pense), uma cooperativa de professores que articula ensino-aprendizagem com material e método próprios.

Daniel considera ensinar mais difícil do que jogar.  Para ele, é necessária bastante sabedoria para lidar com as peculiaridades de cada aluno, pedagogia para que a troca com o aluno seja prazerosa e um conhecimento profundo do xadrez, que transcende a simples habilidade para vencer partidas.

Dificuldades batem à porta

Em relação a pensar em desistir do xadrez, Daniel destacou que já pensou nisso várias vezes. Para ele, ao longo de quase nove anos, alguns fracassos já o fizeram considerar parar tudo. Porém, a solução, segundo ele, é ter como foco ir além do ganhar ou perder. “Procuro buscar algum tipo de satisfação artística, como a criação e a superação. São os momentos de profunda concentração, a satisfação por resolver problemas e encontrar respostas, o prazer ao perceber uma maneira nova de ensinar uma velha técnica, que me motivam a continuar independente dos resultados sobre o tabuleiro”, destaca.

No sentindo financeiro, Daniel frisou que é possível viver de xadrez, porém com uma entrega intensa à atividade e desde que ensinando também, não apenas jogando. “Hoje não posso prescindir da bolsa municipal nem deixar de dar aulas particulares ou arbitrar, por exemplo, para apenas jogar. Creio que nem os Grandes Mestres podem ter esse luxo, o que ilustra um pouco da condição do enxadrista no Brasil”, reforça Daniel.

O xadrez vai além de um quadriculado preto e branco
Sobre as pessoas e os aprendizados mais marcantes nestes anos,  Daniel encara como uma “pergunta difícil”. Ele reforça a amizade com a Amanda, Pomar e Umetsubo. “Creio que essas foram às pessoas mais presentes e influentes na minha vida enxadrística, mas o xadrez também me presenteou com outras pessoas muito queridas. Os aprendizados não caberiam aqui, mas posso mencionar um dos principais, do qual vertem todos os outros ‘não há vitória sem luta’”, destaca.

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Daniel, e a namorada, também enxadrista, Amanda Paul Dull. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ainda cabe tempo para explicar que o xadrez transcende o jogo e é encarado como uma verdadeira arte para Daniel. “Parece-me que o xadrez é, em essência, uma luta onde duas vontades opostas se confrontam e apenas uma pode vencer. Consciente disso ou não, o enxadrista tem que desenvolver habilidades e virtudes necessárias para se tornar mais apto a vencer. A própria evolução constitui uma luta também e resulta no grande benefício do xadrez, que é se tornar uma pessoa mais forte para enfrentar desafios e mais apta a tomar decisões”.
E o futuro?
Daniel estuda Economia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e no momento não pôde continuar o curso, em função do nascimento de Kim. Ele destaca que pretende continuar a graduação, mas que atualmente a atividade principal é o xadrez e os planos implicam num envolvimento cada vez mais vigoroso com a atividade.
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Daniel disputa simultânea de xadrez (jogar ao mesmo tempo com vários adversários) em momento de descontração no Campeonato Mundial de Xadrez Escolar, em Juiz de Fora- MG


No quesito sonho como jogador, para Daniel o objetivos é ficar mais forte, contribuir para enriquecer o ambiente do xadrez, transmitir a magia do jogo, e ajudar outros competidores na busca por seus objetivos. “Acima de tudo, formar cidadãos capazes de pensar criticamente”, salienta. Em relação ao filho seguir este caminho, Daniel ressalta que “pode ser que ele queira tocar piano, estudar física ou dançar balé”. O professor e jogador explica que a expectativa é que o filho de dedique profundamente e se sinta pleno, independente da atividade que escolher, mesmo que não seja o xadrez.
Em relação aos jogadores que tomaram contato recentemente com o jogo, Daniel define que a vitória vem depois de um longo processo de erros e acertos. “O xadrez é um jogo para a vida. Não existem fórmulas mágicas, atalhos e raramente os resultados surgem em poucos meses. Há um mundo de conhecimento para adquirir, muitas habilidades para se treinar dia após dia e virtudes que só surgem depois de anos de experiências, muitas vezes dolorosas. O que posso dizer, com toda a honestidade, é que o xadrez oferece muito mais que pontos e troféus”, reforça Daniel.
Para finalizar, perguntei ao Brandão, se o xadrez sempre vale a pena. Nesta hora, lembrei que o jornalismo pede imparcialidade. Exige que o repórter não manifeste sua opinião, porém, jornalistas também têm sentimentos e opiniões. Então, se eu puder te dar um conselho, siga esta frase, e jogue ao menos uma partida na vida. “Sem dúvida. Triste é pensar quantas vidas serão vividas sem jamais desfrutar do prazer de uma boa partida”, responde Daniel Brandão.

"Começa o Começo"





Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: "Pai, começa o começo!”

O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim.

Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Não sou mais criança. E muitas vezes fico tão perdido sem saber pra quem pedir pra pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.

Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário para fazer tudo certo, para não decepcionar as pessoas que me amam, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis… Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta.

Quando a vida parecer muito grossa  “Pai, começa o começo!”


(Desconheço a autoria)

10 Conselhos que recebemos antes de vir para esse planeta




1. Você receberá um corpo. Poderá amá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu todo o tempo.

2. Você aprenderá lições. Você está matriculado numa escola informal de tempo integral chamada Vida. A cada dia, terá oportunidade de aprender lições. Você poderá amá-las ou considerá-las idiotas e irrelevantes.

3. Não há erros, apenas lições. O crescimento é um processo de ensaio e erro, de experimentação. Os experimentos ‘mal sucedidos’ são parte do processo, assim como experimentos que, em última análise, funcionam.

4. Cada lição é repetida até ser aprendida. Ela será apresentada a você sob várias formas. Quando você a tiver aprendido, passará para a próxima.

5. Aprender lições é uma tarefa sem fim. Não há nenhuma parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições a serem aprendidas e ensinadas.

6. ‘Lá’ só será melhor que ‘aqui’ quando o seu ‘lá’ se tornar um ‘aqui’. Você simplesmente terá um outro ‘lá’ que novamente parecerá melhor que ‘aqui’.

7. Os outros são apenas espelhos de você. Você não pode amar ou odiar alguma coisa em outra pessoa, a menos que ela reflita algo que você ame ou deteste em você mesmo.

8. O que você faz da sua vida é problema seu. Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que você faz com eles não é da conta de ninguém. A escolha é sua.

9. As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Você só precisa olhar, ouvir e confiar.

10. Você se esquecerá de tudo isso.. e ainda assim, você se lembrará.

4 atitudes que enfraquecem o vínculo emocional com seus filhos


enfraquecer o vínculo emocionalSer pai, mãe, avô, avó e, além disso, um educador eficaz, não é fácil. Cada criança vem a este mundo com necessidades próprias que devemos saber atender, com virtudes a serem potencializadas e emoções que devem ser incentivadas, orientadas e desenvolvidas.
Educar não é apenas ensinar as crianças a ler ou mostrar como podem realizar seu trabalho de pesquisa para o colégio com o computador. Ser pai ou mãe não é presentear os filhos com um telefone celular em seu aniversário, nem assegurar-nos de que colocamos o cinto de segurança neles cada vez que entram no carro. É muito mais que tudo isso.
Educar também é saber dizer “Não” e, ao mesmo tempo, dizer “Sim” com o olhar, porque educar não é apenas proibir, mas abrir o coração para os nossos filhos e reforçar cada dia o vínculo emocional que temos com eles, dando a entender que estamos juntos em cada instante para proporcionar-lhes maturidade como pessoas felizes e capazes.
Contudo, em algumas situações, mesmo que conheçamos a teoria não a aplicamos na prática. Além de pais e mães, também somos casal, empregados, empresários ou pessoas que querem trocar de emprego e que, possivelmente, ainda querem atingir novos objetivos profissionais. Tudo isso ocorre concomitantemente em nosso cotidiano e, sem saber como, começamos a cometer erros na educaçãode nossos filhos.
Se você for pai, se lembrará de quando foi filho e saberá, sem dúvida, o que você mais valorizou – e ainda valoriza! – ou do que mais sentiu falta nos seus dias de infância. Se a sua infância não foi especialmente feliz, entenderá quais aspectos romperam este vínculo emocional com os seus pais,esses erros que não devem ser repetidos sob nenhuma hipótese com seus filhos.
Falemos sobre isso.

1. Não os escutar

As crianças falam e também perguntam muito. Pegam você de surpresa com mil questionamentos, inúmeras dúvidas e centenas de comentários nos momentos mais inoportunos. Desejam saber, experimentarquerem compartilhar e desejam compreender tudo que acontece diante delas.
Tenha bastante claro que, se você mandar que fiquem quietas, se você as obrigar a ficar em silêncio, ou se não atender suas palavras, respondendo com severidade ou de forma rude, isso fará com que, no curto prazo, a criança deixe de se dirigir a você. E o fará privilegiando seus próprios espaços de solidão, atrás de uma porta fechada que não desejará que você cruze.

2. Castigá-los, transmitindo-lhes falta de confiança

São muitos os pais que relacionam a palavra educação com punição, com proibição, com um autoritarismo firme e rígido em que tudo se impõe e qualquer erro é castigado. Este tipo de conduta educativa resulta em uma falta de autoestima muito clara na criança, uma insegurança e, ao mesmo tempo, uma ruptura do vínculo emocional com eles.
Se castigamos não ensinamos. Se me limito a dizer para a criança tudo o que ela faz de errado, jamais saberá como fazer algo bem. Não dou a ela medidas ou estratégias, limito-me a humilhá-la. E tudo isso gerará nela raiva, rancor e insegurança. Evite sempre esta atitude. 

3. Compará-los e rotulá-los

Poucas coisas podem ser mais destrutivas do que comparar um irmão ao outro ou uma criança a outrapara ridicularizá-la, para dar a entender suas escassas aptidões, suas falhas, sua pouca iniciativa. En algumas ocasiões, um erro que muitos pais cometem é falar em voz alta diante das crianças como se elas não os escutassem.
É que o meu filho não é tão inteligente como o seu, é mais lento, o que se pode fazer”. Expressões como estas são dolorosas e geram neles um sentimento negativo que causará não apenas ódio em relação aos pais, mas um sentimento interior de inferioridade.

4. Gritar com eles e apoiar-se mais nas ordens do que nos argumentos

Não trataremos aqui de maus tratos físicos, pois acreditamos que não há pior forma de romper o vínculo emocional com uma criança do que cometer este ato imperdoável.
Mas temos de ser conscientes de que existem outros tipos de maus tratos implícitos, quase igualmente destrutivos. É o caso do abuso psicológico, esse no qual se arruína a personalidade da criança por completo, sua autoimagem e a confiança em si mesma.
Há pais e mães que não sabem dirigir-se de outra forma a seus filhos, sendo sempre através de gritos.Levantar a voz sem razão justificável provoca um estado de euforia e estresse contínuo nos filhos; eles não sabem em que se apoiar, não sabem se fizeram algo bom ou mau. Os gritos contínuos enfurecem e fazem mal, já que não há diálogos, apenas ordens e críticas.
Deve-se ter muito cuidado com estes aspectos básicos. O não escutar, o não falar e o não demonstrar abertura, compreensão ou sobrepor a sanção ao diálogo são modos de ir afastando aos poucos as crianças do nosso lado. Elas nos enxergarão como inimigos dos quais devem se defender e romperemos o vínculo emocional com eles.
Educar é uma aventura que dura a vida toda em que ninguém é um verdadeiro especialista. Contudo, basta apoiar-se nos pilares da compreensão, do carinho e em um apego saudável que proporcione a maturidade e a segurança nesta pessoa que é também parte de você.
enfraquecer o vínculo emocionalImagem cortesia: Gabriela Silva, Nicolás Gouny, Whimsical

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