terça-feira, 8 de julho de 2014

Ônibus são incendiados e loja saqueada na Grande São Paulo

08/07/2014 20h00 - Atualizado em 08/07/2014 20h56

Saque em loja da rede Ponto Frio teve suspeitos presos, segundo polícia.

Fogo em veículos mobilizou equipes na capital paulista e em Guarulhos.

Do G1 São Paulo



Cidades da Grande São Paulo e capital paulista tiveram ataques a ônibus no começo da noite desta terça-feira (8), de acordo com relatos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Houve ainda saque a uma loja da rede Ponto Frio na Zona Leste de São Paulo.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo informou ao G1, por telefone, que não pode dar detalhes dos casos registrados por se tratarem de "manifestações" e "agressões com arma branca". Segundo a corporação, por determinação da Secretaria da Segurança Pública, esses casos devem ser tratados apenas pela Polícia Militar.
A Polícia Militar informou à TV Globo que houve registro de saque a uma loja do grupo Ponto Frio, na esquina da Avenida Mateo Bei, em São Mateus. Segundo policiais do 49° Distrito Policial, três homens foram presos e duas adolescentes apreendidas após o crime.
Ataques contra ônibus relatados
- Relato de ataque a ônibus na Rua Marinópolis, no Jardim Presidente Dutra, em Guarulhos. Chamado ocorreu por volta das 19h40, segundo bombeiros de Guarulhos.
-  Relato de ônibus incendiado por volta das 18h40, na Rua Primavera de Caiena, 780,  em Sapopemba, na Zona Leste, segundo a PM.
- Relato de incêndio de ônibus na Avenida Yervant Kissajikian, 4.600, na Zona Leste. O chamado ocorreu por volta das 19h20, segundo a PM.
- Incêndio em ônibus estacionados em garagem na Rua João de Abreu, perto da Estrada do M'Boi Mirim, na Zona Sul de São Paulo.
Garagem no M'Boi Mirim
Um dos principais ataques contra ônibus já confirmado nesta noite ocorreu em garagem da empresa VIP na região do M'Boi Mirim. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os veículos queimandos estavam desativados.

O fogo começou por volta das 19h20 e ao menos oito ônibus foram destruídos. A garagem fica na Rua João de Abreu, perto da Estrada do M'Boi Mirim e do Terminal Guarapiranga. Não há registro de feridos ou presos.

Mulher come placenta após parto em Natal, diz obstetra

07/07/2014 

Caso ocorreu em hospital da Zona Leste na quarta-feira (2).

Médico falou que não sabia da prática, que se espalha pelos EUA.


Do G1 RN

O caso de uma mulher que comeu a própria placenta chamou a atenção da equipe médica de um hospital na Zona Leste de Natal. A paciente pediu uma tesoura para cortar e comer o órgão e deixou o hospital com o bebê três horas e meia depois do parto, segundo o relato do obstetra Iaperi Araújo, que usou as redes sociais para contar a história. "Pediu uma tesoura pra cortar um pedaço e um pouco de coentro pra temperar. Não tinha. Comeu sem o tempero. Nunca vi isso na minha vida", disse o médico.
A placentofagia - prática de guardar a placenta após o nascimento do bebê para comê-la - vem crescendo nos Estados Unidos. Apesar de a prática ser comum entre os animais, não existem evidências antropológicas de que a prática existiu entre humanos. Não há registros de que a placentofagia faça mal.
O caso aconteceu na quarta-feira (2), mas Iaperi Araújo só falou sobre o caso nas redes sociais neste domingo (6). O obstetra afirma que a mulher chegou ao hospital por volta das 20h30 pois estava havia 30 horas em casa e o quadro não evoluía. "Não tinha médico nem fez pré-natal e me tratou mal. Não me deixou examinar, gritou comigo e respondi", afirma Araújo. O obstetra conta que a paciente aceitou fazer a anestesia, mas pediu que o pai fizesse o parto. "Não permiti e o pai disse que não era médico", contou ao G1.

Depois de muita discussão, o médico explica que o bebê nasceu por volta das 23h30. O pai da paciente cortou o cordão, no entanto a mulher teria voltado a gritar afirmando que a placenta era dela. "Coloquei dentro de um saco e a entreguei. A mãe convenceu ela a deixar uma neonatologista examinar. Quando a médica foi levar o recém-nascido para o berçário a paciente surtou e saiu correndo nua pelo corredor", diz o obstetra.

De acordo com o médico, a mulher ficou batendo no vidro do berçário. "Uma hora o pai chegou, arrombou a porta e levou a criança. A mãe e os familiares dela se trancaram em um quarto no terceiro andar e lá ficaram. Só abriram a porta para pedir uma tesoura porque a paciente ia comer a placenta", diz Araújo. O obstetra conta que as pessoas só saíram do quarto às 3h. "Todos saíram. Ela estava com a placenta dentro do saco", explica.

Araújo conta que ficou chocado com o fato e que não pretende mais fazer partos. "Foi a gota d'água na minha história de obstetra. Vou fazer os últimos partos das minhas pacientes grávidas", encerra o médico.

Corneteiro Digital: vaia recorde para derrota histórica

Redes Sociais


Ferramenta mede citações de jogadores e mostra o humor de torcedores

Rafael Sbarai

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Felipão e Bernard na partida contra a Alemanha, em Minas Gerais
Felipão e Bernard na partida contra a Alemanha, em Minas Gerais - David Gray/Reuters
goleada histórica da Alemanha sobre o Brasil, por 7 a 1, rendeu muitas manifestações negativas no Twitter. Durante a partida, realizada no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, quase todos os 23 jogadores da seleção foram criticados — a exceção foi o zagueiro David Luiz. O campeão de críticas foi o técnico Luiz Felipe Scolari. É o que revelam os dados doCorneteiro Digital, ferramenta do site de VEJA que exibe em tempo real o sentimento dos torcedores durante os jogos da competição.
Das mensagens publicadas entre 18h e 19h, período que cobre a realização do segundo tempo da partida, 79,6% dos tuítes em português relativos a Felipão eram desfavoráveis ao treinador — muitas críticas eram relacionadas ao fraco desempenho da equipe durante os primeiros 45 minutos. É o maior índice negativo da ferramenta desde o início da competição.
No caso de Bernard, substituto de Neymar na partida, a porcentagem de mensagens positivas chegou a 71%. No mesmo período, os aplausos na rede só foram distribuídos ao zagueiro David Luiz: 60,9% das mensagens eram favoráveis ao atleta.
Ausências no duelo desta tarte, Thiago Silva e Neymar também receberam “vaias digitais”. Enquanto a reprovação do zagueiro chegou a 62%, o meia-atacante recebeu 58,3% dos tuítes negativos. Neymar foi o campeão de mensagens em um curto espaço de tempo. Entre às 17h36 e 17h40, período que marcou o final do primeiro tempo, mais de 200.000 tuítes em português eram relacionados ao atleta.
O Corneteiro Digital — parceria entre VEJA.com, Twitter e a empresa argentina de desenvolvimento de software de mídia social Flowics — exibe números a partir da análise de todos os tuítes públicos dos usuários do microblog em língua portuguesa. Para chegar aos resultados, as mensagens foram analisadas por um programa "treinado" por jornalistas de VEJA.com.
Conheça os jogadores do Brasil e Argentina mais elogiados — e também os mais criticados: clique na imagem a seguir.


Infográfico - Corneteiro Digital

Sendo menos Neymar, e mais Brasil, com certeza, o resultado seria outro. by Deise

No maior pesadelo do futebol do Brasil, Alemanha faz 7 a 1

A segunda Copa do Mundo realizada no país ficará marcada pela pior derrota da história da seleção pentacampeã, massacrada de forma inapelável no Mineirão

Giancarlo Lepiani, de Belo Horizonte
Felipão e Bernard na partida contra a Alemanha, em Minas Gerais
Felipão e Bernard na partida contra a Alemanha, em Minas Gerais - David Gray/Reuters
A Alemanha, agora recordista em número de finais disputadas (oito, contra sete do Brasil), segue para o Rio de Janeiro, onde espera concluir sua passagem devastadora pelo Brasil conquistando o tetracampeonato mundial
A decisão da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, no dia 16 de julho de 1950, no Maracanã, deixou de ser o episódio mais desastroso da história centenária do futebol pentacampeão. Essa página foi escrita nesta terça-feira, 8 de julho de 2014, no Mineirão, com a mais trágica derrota já sofrida pela seleção. O segundo Mundial sediado no país terminará com a equipe da casa tentando reunir forças para disputar apenas uma medalha de bronze, um prêmio de consolação que ficará esquecido no extenso currículo de glórias da equipe. A finalíssima será disputada pela Alemanha, que goleou o Brasil de forma arrasadora e inquestionável, 7 a 1, numa tarde de pesadelo em Belo Horizonte. Depois de um bom início, em que a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari procurou compensar a falta de Neymar com um jogo combativo e aguerrido, o Brasil desabou em questão de minutos. Para espanto dos torcedores – que, depois de brigar por um lugar no estádio na semifinal da Copa, acabaram amargando um longo sofrimento nas arquibancadas –, o Brasil foi superado de forma inapelável e traumática, na maior goleada já aplicada na equipe.
Se a seleção foi empurrada pela torcida mesmo nos momentos difíceis de sua campanha na Copa – como no empate sem gols com o México, a classificação nos pênaltis contra o Chile e a vitória apertada contra a Colômbia –, a fidelidade do público não resistiu ao massacre alemão. Os torcedores perderam a paciência, xingaram Fred, vaiaram os erros dos demais integrantes da equipe e assistiram em silêncio ao fim melancólico do jogo. Depois de quase quatro décadas sem perder uma partida oficial em casa (o último revés havia acontecido no mesmo Mineirão, pela Copa América, contra o Peru, em 1975), o Brasil fica pelo caminho, tendo mais um compromisso neste Mundial: uma viagem a Brasília, onde decide o terceiro lugar, no sábado, contra o perdedor da outra semifinal, entre Argentina e Holanda, na quarta, em São Paulo. A Alemanha, agora recordista em número de finais disputadas (oito, contra sete do Brasil), segue para o Rio de Janeiro, onde espera concluir sua passagem devastadora pelo Brasil conquistando o tetracampeonato mundial.
Blitzkrieg - Com a escalação de Bernard, nascido em Belo Horizonte e cria do Atlético-MG, a seleção de Felipão apostou na velocidade para tentar compensar a ausência de Neymar. Na execução do hino brasileiro, o capitão David Luiz, que assumiu a braçadeira de Thiago Silva, suspenso, segurou a camisa 10 do craque lesionado. O papel de Neymar, pela faixa central do campo, ficou com Oscar, com Hulk aberto pela esquerda e Bernard pela direita. A seleção de Felipão começou a partida sufocando os alemães, com uma marcação fortíssima e buscando acelerar o ritmo do jogo. O Brasil ganhava quase todas as bolas divididas, inflamando a torcida. O sistema defensivo alemão impedia que a pressão brasileira fosse transformada em chances de gol, mas o time da casa controlava as ações. O Brasil, porém, esfriou logo no primeiro lance de perigo dos alemães, convertido em gol com apenas 10 minutos de partida, depois de escanteio batido por Toni Kroos. Thomas Muller finalizou sozinho, de pé direito, com calma e categoria, abrindo o placar.
Inicialmente, o time da casa até mostrou um bom poder de reação: mesmo em desvantagem no placar, a Brasil não se abateu e seguiu buscando o jogo. Agora, porém, havia uma muralha alemã pela frente – os tricampeões mundiais, bem postados em campo, contavam com sua organização e disciplina tática para não só defender bem como também deixar a partida ao seu gosto. Aos 22, a missão dos brasileiros ficava ainda mais difícil: Klose dominou na entrada da área e bateu rasteiro; Júlio César defendeu, mas o próprio Klose aproveitou o rebote para fazer 2 a 0, quebrando o recorde histórico de Ronaldo. Agora, o veterano artilheiro somava dezesseis gols em Copas do Mundo – e a seleção pentacampeã começava a desabar. Aos 23, o massacre passava a se desenhar: Lahm avançou pela direita, cruzou rasteiro e viu Kroos finalizar de pé esquerdo, com muita tranquilidade, aumentando para 3 a 0. A máquina alemã precisou de mais apenas um minuto para marcar de novo, com Khedira servindo Kroos, de novo. Aos 28 foi a vez do próprio Khedira deixar sua marca, de pé direito, recebendo de Ozil.
Com menos de meia hora de jogo, o Brasil sofria sua maior goleada em Copas: 5 a 0 (na única outra ocasião em que sofreu tantos gols, na Copa de 1938, acabou vencendo por 6 a 5). E os alemães, impiedosos, queriam mais: agora o Brasil estava rendido, presa fácil para uma equipe que parecia funcionar com perfeição em todos os seus setores. Depois do choque, com um longo período de silêncio, a torcida voltava a gritar “Brasil”, mas de forma tímida. Em campo, os jogadores pareciam não ter mais forças para responder: perplexos, corriam desorientados, incapazes de segurar os oponentes. A blitzkrieg alemã no primeiro tempo terminava com um saldo brutal: mesmo com menos tempo de posse de bola, 47% contra 53%, dez finalizações e 210 passes trocados. Insatisfeita com o desfecho catastrófico do sonho do hexa, o público no Mineirão começava a xingar – não Felipão nem qualquer jogador, mas sim a presidente Dilma Rousseff, repetindo o coro ofensivo da partida de abertura, em São Paulo. Mas também sobrou para a equipe, claro: pela primeira vez na Copa do Mundo, a seleção brasileira saía de campo sob vaias.
Calvário - O Brasil voltou para o segundo tempo com duas alterações: Fernandinho deu lugar a Paulinho e Hulk foi substituído por Ramires. Na Alemanha, o recordista Klose deu lugar a Schürrle depois de poucos minutos de jogo. Os brasileiros começaram tentando dar uma satisfação ao torcedor, buscando o gol de honra. Com um futebol extremamente pobre, as chances brasileiras, porém, eram escassas, e o goleiro Neuer quase não trabalhou. Júlio César, por sua vez, continuava sendo submetido a um calvário. Muller, aos 15, bateu de esquerda e exigiu grande defesa do goleiro brasileiro. Aos 23, a Alemanha ampliou, desta vez com Schürrle, que recebeu assistência de Phillipp Lahm e bateu de pé direito, matando Júlio. Logo em seguida, Fred deu seu lugar a Willian – e continuou sendo vaiado, inclusive quando era mostrado no telão. O técnico Joachim Löw começava a poupar seus titulares para a decisão: faltando 15 minutos, Khedira foi substituído por Draxler. O ritmo alemão, no entanto, não diminuiu: Schürrle fez o sétimo aos 34, com uma finalização perfeita, no ângulo, levando parte da torcida a aplaudir os europeus. Nunca uma seleção havia marcado sete gols numa semifinal de Copa. A torcida mineira também gritou "olé" durante as trocas de passes entre os alemães, que saem do Mineirão como favoritos absolutos à conquista do título, seja contra os argentinos, seja contra os holandeses. Já nos acréscimos, Oscar recebeu lançamento longo, cortou seu marcador e bateu de pé direito, tirando o zero do placar, mas não a sensação de que a semifinal da Copa de 2014 foram os piores 90 minutos da história do futebol brasileiro.

Torcedores usam máscara de Neymar no jogo entre Brasil e Alemanha no Mineirão, em Belo Horizonte
Torcedores usam máscara de Neymar no jogo entre Brasil e Alemanha no Mineirão, em Belo Horizonte - Ivan Pacheco/VEJA.com

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