sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Casa de família morta na Zona Norte de SP amanhece pichada

No portão do imóvel na Brasilândia foi escrito 'que a verdade seja dita'.
Em depoimento, vizinho afirmou que menino suspeito sabia atirar.


Do G1 São Paulo
O muro e o portão da casa onde morava a família morta na madrugada de segunda-feira (5), na Brasilândia, Zona Norte da capital, amanheceram pichados nesta sexta-feira (9). A frase legível no portão diz “que a verdade seja dita”. (Foto: Renato Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo)Muro e portão da casa onde morava a família de PMs amanheceram pichados nesta sexta-feira (Foto: Renato Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O muro e o portão da casa onde morava a família morta na madrugada de segunda-feira (5), na Brasilândia, Zona Norte da capital, amanheceram pichados nesta sexta-feira (9). A frase legível no portão diz “que a verdade seja dita”, segundo mostrou reportagem do Bom Dia São Paulo.
Na quinta-feira (8), um policial militar ouvido no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) disse que o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, havia ensinado o filho Marcelo Pesseghini, de 13 anos, a atirar. A informação foi confirmada pelo delegado Itagiba Franco, responsável pela investigação. O garoto é suspeito de assassinar o pai, a mãe, a avó e a tia-avó e depois se matar na Brasilândia.
Todas as vítimas morreram com tiros na cabeça disparados pela pistola .40 que pertencia a Andréia, indicou a perícia realizada nos corpos. O delegado citou que Marcelo tinha 1,60 metro e não era um garoto franzino, apontando que ele tinha condição de manipular a arma. "Estou plenamente ciente do que estou fazendo", afirmou. A testemunha disse ter presenciado uma dessas "aulas de tiro", que ocorriam em um estande na Zona Sul da capital paulista.
O PM, que morava na mesma rua da família, também informou ao DHPP que o sargento e a mãe do jovem, a cabo Andréia Pesseghini, de 36 anos, ensinaram o filho a dirigir automóveis e que o jovem tirava o carro da família todos os dias da garagem. O automóvel foi localizado na rua onde o garoto estudava e a polícia investiga se ele dirigiu até lá, assistiu à aula e só depois retornou para casa e se matou.
A polícia informou, no entanto, que o menino não estava com uniforme quando foi encontrado morto. Ele usava camiseta branca e calça listrada. O pai do amigo que deu carona ao estudante na volta para casa contou que estranhou o fato de o menino pedir para parar no carro da mãe, estacionado perto da escola. Ele estava com a chave e pegou um objeto dentro do veículo. Segundo a testemunha, o jovem disse que a mãe deveria "estar trabalhando por ali”.
Não estamos escondendo nada, estamos trabalhando de forma aberta, tranquila e honesta. É isso que eu eu quero dar à familia: a família não ter em mim, e na minha equipe, um inimigo"
Itagiba Franco,
delegado do DHPP
O delegado do DHPP lembrou que esse amigo de Marcelo também disse em depoimento que o filho dos policiais afirmou, nesta segunda-feira, que não voltaria às aulas. "Hoje é meu último dia na escola, amanhã não venho mais", teria dito Marcelo, segundo relato feito ao delegado. O amigo contou à polícia que o estudante já havia dito isso outras vezes, por isso não ligou para a afirmação.
Itagiba informou que entre 12 e 15 testemunhas já foram ouvidas no processo. Em um tom de desabafo, o delegado rebateu dúvidas sobre os rumos da investigação. "Não estamos escondendo nada, estamos trabalhando de forma aberta, tranquila e honesta. É isso que eu eu quero dar à familia: a família não ter em mim, e na minha equipe, um inimigo. Ao contrário, nós estamos trabalhando primeiramente para dar uma satisfação a ela", disse.
Crime em família SP 08/08 (Foto: Arte/G1)
Perguntado sobre os motivos do crime, o delegado disse que tanto a televisão quanto o videogame podem ter influenciado o garoto. Itagiba Franco chegou a falar que crianças deveriam ter "acesso restrito a determinados conteúdos".
O procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, designou nesta quinta os promotores Norberto Joia e André Luiz Bogado Cunha para acompanhar as investigações sobre as mortes da família na Zona Norte.
Motivação
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Mauricio Blazeck, disse que as investigações buscam, agora, a motivação do crime. Para isso, seriam ouvidos nesta quinta-feira dois policiais militares, entre eles o primeiro a chegar à residência da família e encontrar os corpos, um tio-avô de Marcelo e irmão de duas vítimas (Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, e Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos) e um amigo do estudante.
Além deles, foi ouvido o comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, coronel Wagner Dimas, que afirmou em uma entrevista à Rádio Bandeirantes que a cabo Andréia Pesseghini havia colaborado com informações para uma investigação contra colegas que participavam de roubos de caixas eletrônicos.
Ele citou a investigação durante uma entrevista, mas não deu detalhes sobre quando ela ocorreu. "Ela (Andréia) não fez precisamente assim: esse, esse e esse estão com problemas. Mas, ao contexto que nós estávamos levantando, ela confirmou alguns detalhes", disse.
Em depoimento na Corregedoria da PM, o coronel voltou atrás e garantiu não existir qualquer denúncia formalizada sobre o assunto. Ao DHPP, o comandante também desmentiu as declarações. "Ele foi chamado e disse que não existe nada. Disse que foi mal interpretado ou não se expressou bem", disse Itagiba.
O delegado-geral afirmou que a primeira informação o surpreendeu, mas não o causou estranheza o recuo do comandante. “Eu não acho nada estranho quando se trata de investigação policial. Quem deve verificar por que fez e por que voltou atrás é o comando da PM”, afirmou. “Pode até ter havido, eventualmente, aquela situação [da denúncia]. Entretanto, é preciso ligar uma coisa a outra. O que não parece, efetivamente, que tenha ocorrido", acrescentou Blazeck.
Questionado se existe a possibilidade da participação de outra pessoa no crime, Blazeck informou que essa “não é uma questão fechada”. “Dependemos dos laudos para confirmar isso. Por enquanto, continua a versão inicial”, disse, em relação ao envolvimento apenas do garoto de 13 anos nos assassinatos.
O crime
De acordo com laudo preliminar da perícia, os pais do estudante foram os primeiros a serem assassinados. Em seguida, morreram a avó dele e a tia-avó.

As duas últimas vítimas moravam em outra casa no mesmo terreno. A avó e a tia-avó do garoto tomavam remédios fortes para dormir, por isso não devem ter percebido a aproximação do adolescente. Os medicamentos foram encontrados pela polícia ao lado da cama das vítimas.
A pistola .40 de Andréia foi encontrada na mão do garoto, que estava com o dedo no gatilho. Segundo a investigação, as pegadas do adolescente na casa mostram que, depois que volta da escola, ele vai até a mãe já morta, passa a mão no cabelo dela e depois se mata. Foram encontrados fios de cabelo que seriam da policial militar entre os dedos do filho.

Cabeça de mulher é encontrada no Centro de Porto Alegre

09/08/2013 13h34 - Atualizado em 09/08/2013 15h41


Segundo a BM, mulher teria cometido suicídio ao se atirar de prédio.
Local foi isolado para o trabalho da perícia por volta das 12h desta sexta.

Do G1 RS

Cabeça de uma mulher foi encontrada no Centro de Porto Alegre (Foto: Marcos Pacheco/ RBS TV)Cabeça de uma mulher foi encontrada no Centro de Porto Alegre (Foto: Marcos Pacheco/ RBS TV)













A cabeça de uma mulher foi encontrada por volta das 12h desta sexta-feira (9) no Centro dePorto Alegre. De acordo com a Brigada Militar, que atendeu a ocorrência no local, o corpo teria caído de um prédio na Avenida Senador Salgado Filho e ficou preso em um muro.
Por volta das 15h, a BM informou que a mulher, de 34 anos, teria cometido suicídio ao se atirar do prédio. O local foi isolado para o trabalho da perícia e foi liberado por volta das 15h. O fato atraiu dezenas de curiosos na região.
Perícia isolou o local para investigação em Porto Alegre (Foto: Marcos Pacheco/ RBS TV)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Baixos salários fazem o Exército perder oficiais — inclusive majores e capitães

Cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras: centro de excelência forma oficiais e, depois, muitos deles se sentem compelidos a deixar o Exército por questões salariais (Foto: Agência Brasil)
Até o final de julho, nada menos do que 101 oficiais de carreira pediram demissão do Exército Brasileiro, entre eles 26 formados na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), reconhecido centro de excelência.
Não há levantamentos disponíveis sobre esse total, mas estima-se que na esmagadora maioria dos casos a desistência da carreira militar — outrora caminho seguro para uma vida sem grandes atribulações econômicas — se deve aos baixos salários pagos às Forças Armadas.
A média de saída do Exército é neste ano de 14,4 oficiais por mês, sendo 3,7 provenientes das Agulhas Negras.
Entre os que deram baixa definitiva, há dois majores, 12 capitães e 11 tenentes.
Segundo informa o blog Montedo.com, um dos muitos dedicados a informações sobre as Forças Armadas e os militares, “nesse ritmo, teremos 173 oficiais fora do Exército Brasileiro até o final do ano, sendo 44 [provenientes] da AMAN”.
Os dados do blog Montedo foram colhidos nos Boletins do Exército, emitidos pela Secretaria Geral, órgão responsável por dar divulgação aos atos administrativos. O levantamento foi realizado por um capitão.
No momento, não tenho informações concretas a respeito, mas o panorama, proporcionalmente ao tamanho das duas Forças, deve estar ocorrendo também na Força Aérea (que tradicionalmente perde pilotos treinados para a aviação comercial) e na Marinha.
by Ricardo Setti

O menino que (não) matou os pais

menino2Publicado em 7 de agosto de 2013 | por Caio 
Covardia.
É isso que eu vejo no chocante caso da família de policiais militares brutalmente assassinada no dia 05/08.
Covardia da pessoa que realizou os assassinatos, da polícia – os “grandes”, no caso – em manipular os fatos e da mídia em oficializar a manipulação.
Gostaria de deixar claro o que já é óbvio: É IMPOSSÍVEL (VISANDO DIMINUIR O MANIQUEÍSMO DO POST TROQUEI ESSA EXPRESSÃO POR)ABSOLUTAMENTE IMPROVÁVEL que o garoto tenha matado os pais. Pouco me importa a avaliação de peritos quaisquer. Sem querer ser conspiracionista, mas essa gente é facilmente comprada, e será se for de interesse da polícia.
– Mas por quê seria?
Pessoas inteligentes que são, vocês conhecem o senso de união das tropas da polícia (evidenciado NESTA ENTREVISTA), e sabem o que aconteceria com assassinos de colegas de trabalho deles. Seria (e é) uma afronta à tropa, e evidentemente haveria retaliação, o que traria à cidade uma guerrilha pela busca dos culpados. Se não aceitar essa teoria, então pelo menos entenda que matar 2 policiais em casa dormindo geraria um certo pânico. Não é do interesse dos altos esquadrões. OBVIAMENTE.
É muito fácil para a PM manipular alguns fatos. Vamos pensar no garoto que deu o depoimento: Ele não pode ser convencido a dizer o que disse? Ele não pode ser um personagem fictício criado só para alinhar os fatos? Olhem de novo para tudo, para a falta de referências do “melhor amigo”, e me digam se isso é impossível. Assim como não é impossível não ser o Marcelo – filho dos PMs e ACUSADO de assassinar os próprios pais – no carro do vídeo, que SUPOSTAMENTE é verídico. Há muitas brechas na história por si só, mesmo se desconsiderarmos os fatos abaixo:
  •  - Alguém aí sabe o que é uma pistola 0.40, a arma usada para cometer o crime? Deixa eu mostraresse vídeo aqui. Repare que o cidadão segura a arma com as duas mãos e ainda sente o tranco. Uma criança muito provavelmente deixaria a pistola cair. Se o primeiro vídeo não convencer, olhaesse aqui. Pelo menos PRECISÃO ele não teria nenhuma. E mais! O garoto tinha FIBROSE CÍSTICA, conhecem essa doença? Pois é. Ela te deixa, entre outras coisas, FRACO.
  •  - Não há RESTO DE PÓLVORA em lugar nenhum. Imaginando que o garoto seja um expert em crime (fato que, segundo os mui competentes jornalistas que redigiram a(s) matéria(s) sobre o caso, teria aprendido com jogos eletrônicos), ele ainda deixaria pólvora em si mesmo ao cometer suicídio. A pólvora sumiu?
  •  - Após ser efetuado um disparo, você REALMENTE acredita que a família tenha continuado a dormir tranquilamente? Os pais eram policiais, com treinamento e tudo; será que um deles não poderia ter facilmente tirado a arma da mão do menino, enquanto esse se re-estabelecia do choque da pistola?
  •  - Depois de ir de carro [isso já tava mal explicado, aí veio esse delegado e piorou tudo] ele teria abandonado o veículo e voltado tranquilamente de carona? Por quê diabos…? Ele é um gênio do crime, lembrem-se: Isso seria temerário demais para um supervilão vindo direto dos consoles, não acham? (Aah, mas o malvado sempre perde…
  •  - Apesar de ser uma inconveniência daquelas, reforçada pelo fato de já possuir uma pistola na mochila, ele preferiu se matar com a mesma arma que matou os pais, segundo a versão policial. Sem motivo; ele só preferiu fazer isso. (Claro, faz mesmo muito sentido).
  •  - Os familiares e amigos da família consideravam o garoto CALMO e CARINHOSO. Lógico que isso provém da mesma mídia que eu chamei de manipuladora, então não tenho certeza se deveria incluir.
  •  - Vocês conseguem ver um garoto de 13 anos dirigindo um automóvel tranquilamente após cometer um assassinato? Tudo bem – pode existir em casos extremos de psicopatia, mas e as restrições motoras do moleque em questão, como por exemplo, sua estatura?
Gente, apenas UM desses argumentos já descaracterizaria a hipótese absurda levantada pela PM. Eu citei seis/sete, mas existem mais outros – o conto de fadas é mais absurdo e tem mais falhas de roteiro do que Harry Potter, nada contra os fãs dele, claro, claro (peace).
Como se não bastasse tudo isso, não há contra-argumentação nenhuma. Os principais argumentos que li, que defendiam a ideia do garoto assassino, foram:
 - Ele não tem Deus no coração.
(Por favor, aperte alf+f4 na sua vida. Obrigado)
 - Ele jogava um joguinho violento.
(Eu também jogo – umas 25h/dia -, e embora me dê muita vontade de cometer violência contra gente que fala esse tipo de ASNEIRA, minha ficha criminal continua limpa. E a da maioria dos jogadores também. É muito fácil encontrar-se um determinado fator, como por exemplo o Assassin’s Creed, e responsabilizá-lo por um desvio de conduta. Seria uma justificativa simples e conveniente – embora completamente infundada. Olha, francamente: Escrever sobre este assunto me irrita, pois já foi tão debatido e me parece tão óbvio se tratar de um bode expiatório, que vou apenas linkar um texto do Literatortura sobre o assunto. Se quiserem mais informações, usem o google – e um pouquinho do cérebro)
 - Eu já vi casos de criança psicopata.
(Eu também já. O fato de ser uma criança não é suficiente para descaracterizar o crime, verdade. Já o fato de ser absolutamente improvável que saiba dirigir, ou que alcance os pedais, com a idade… E de dificilmente conseguir segurar uma arma… E de ninguém fazer nada contra o menino… Enfim. Outra coisa, não é só porque existem casos de psicopatia infantil que a ideia se sustenta. Se fosse o caso, mate seu filho e viva para sempre)
 - O fato foi informado pelos policiais e não pela mídia.
(Ahn… E daí? Aliás, você tava lá para ouvir que os caras falaram isso mesmo ou tá só repetindo o que você viu na, hm, mídia? Só constatando. Os policiais teriam motivo para mentir, conforme já foi cansativamente apresentado)
 - A arma foi encontrada na mão do garoto.
(Vejam bem, não sou nenhum especialista forense. Tudo bem, o garoto era canhoto e a mão era a esquerda, mas é uma prova terrivelmente fácil de ser plantada, tanto pelo(s) verdadeiro(s) matador(es) quanto pela própria polícia, e essa hipótese se acentua vertiginosamente ao perceber a falta de pólvora constatada)
Olha, vejam bem. Eu não sou uma pessoa que vê o mundo todo como uma teoria de conspiração; acho que alguns maquiavelismos são, infelizmente, necessários. Mas agride-me a falta de uso da capacidade de perspicácia das pessoas. Entendo tratar-me de um boi dentro de um gado, mas incomoda-me o pastoreio; a facilidade do mesmo. Eu gostaria que as pessoas, só um pouquinho, só de vez em quando, utilizassem-se dessa visão de mundo completa que tenho certeza que possuem.
Eu entendo também que utilizo-me de uma certeza aparentemente irreversível, possivelmente tão cega quanto “o outro lado”, e posso estar sendo tão maquiavélico (sem perceber, evidentemente) quanto aqueles que acuso ser; se provar-me errado, o que dificilmente acontecerá (conforme já disse, peritos?, podem ser comprados), me desculparei, como já fiz antes. A rigor, estou apenas mostrando os fatos por uma perspectiva um pouquinho mais perceptiva.
Não engulam a história. Não repitam-na. PENSEM. A memória do garoto MERECE isso.
Tenham todos um dia ótimo,
Disclaimer: O texto está agressivo, e peço desculpas se de alguma maneira ofensivo.  Não é a intenção, de maneira nenhuma, ser o dono da verdade e tampouco atacar a capacidade cognitiva de quem discorda de toda a argumentação factual apresentada.  Acredito que a agressividade mostrada no texto é um reflexo da indignação apenas, promulgada principalmente pela mentira e por coisas como esta aqui, uma “fanpage” que já condenou o garoto e que visa unicamente a autopromoção. Possuo um nojo profundo de ambas as coisas.
Filho dos PM’s, Mídia oportunista e a falha tentativa em culpar Ezio, um personagem fictício
O artigo acima expressa a opinião do Colunista, portanto não compactua em totalidade com as opiniões da equipe do Causas Perdidas.  

Após 42 anos na floresta, pai e filho que fugiam da guerra do Vietnã voltam à civilização

Do UOL, em São Paulo

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Pai e filho voltam à civilização após viver 42 anos na floresta, no Vietnã7 fotos

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7.ago.2013 - Ho Van Lang (dir.), após ser encontrado em floresta na província de Quang Ngai, no Vietnã Efe/ Baoquangngai.Vn
Um vietnamita e seu filho viveram em uma floresta durante 42 anos e voltaram para a civilização nesta quarta-feira (7). Ho Van Thanh, 82 anos, e Ho Van Lang, idade não divulgada, fugiram para a floresta em 1971 após sua casa ser bombardeada durante a guerra do Vietnã.
O bombardeio provocou a morte da mãe de Lang e de outras duas crianças, mas o filho caçula conseguiu sobreviver, segundo a imprensa local.
Ho Van Thanh e Ho Van Lang viviam em uma cabana feita de madeira que eles construíram em uma árvore. Foi neste local que as autoridades encontraram os dois, segundo o jornal vietnamita "Thanh Nien".
A equipe foi obrigada a entrar 40 km mata adentro na província de Quang Ngai para encontrar os dois vietnamitas. Com eles foram encontrados armas e utensílios artesanais que eram usados para trabalhos no local. Thanh e Lang vestiam tangas feitas com fibras vegetais.
Em torno da casa na floresta, os dois cultivavam uma pequena horta, incluindo tabaco, que eles fumavam. Eles também procuravam frutas em árvores da região e caçavam.
No local também foi encontrado um uniforme militar que pertencia a Ho Van Thanh.
O filho caçula de Thanh se salvou do bombardeiro e viveu com parentes. Em 1983, ele conseguiu encontrar os dois com a ajuda de um tio. No entanto, apesar da insistência, o filho não conseguiu convencer o pai e o irmão a abandonar a floresta e voltar para a civilização.
O filho caçula voltou várias vezes desde então, inclusive acompanhado por autoridades, na tentativa de convencer os parentes. Ele também levava roupas e coisas difíceis de encontrar no local, como azeite e sal.
Thanh e Lang sempre se negaram a regressar e se escondiam quando tentavam agarrá-los para trazer à civilização.
Na quarta-feira (7), Ho Van Thanh, já fraco demais para andar sem ajuda, teve que ser carregado e voltou à civilização. (Com Efe)
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Os 40 anos de foto histórica9 fotos

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Foto tirada em 8 de junho de 1972 mostra um pequeno grupo de crianças fugindo das explosões na vila de Trang Bang, no Vietnã. A imagem tornou-se símbolo da guerra. Kim Phuc aparece nua, no centro, entre o irmão mais novo, Phan Thanh Phouc, que perdeu um olho, e dois primos, que aparecem de mãos dadas, Ho Van Bon e Ho Thi Ting Leia mais Nick Ut/AP

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