quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Milagre no TCU: 24 meses depois de ter festejado o 64º aniversário, o ministro vai comemorar a chegada aos 64 anos

07/08/2013
 às 19:50 \ Direto ao Ponto


Carreiro, aos 65 anos, em março de 2013, e aos 63 anos, em julho de 2013
Para aparentarem algumas horas a menos, os pais-da-pátria baseados em Brasília recorrem a incontáveis aplicações de botox e muitos tonéis de tintura preto-graúna. Para ficar 24 meses mais novo, o maranhense Raimundo Carreiro, ministro do Tribunal de Contas da União, precisou apenas de uma certidão de batismo da Paróquia de São Domingos do Azeitão. O documento informou que o mais ilustre filho do lugar nasceu não em 6 de setembro de 1946, mas em 6 de setembro de 1948.
Avalizada pelo juiz da comarca de São Raimundo das Mangabeiras, onde Carreiro foi criado e se elegeu vereador, a papelada rejuvenescedora fundamentou a ação encaminhada ao Tribunal de Justiça do Maranhão para oficializar a cirurgia no calendário gregoriano. Em junho passado, a decisão favorável permitiu ao requerente protagonizar um genuíno milagre brasileiro: daqui a quatro semanas, dois anos depois de ter comemorado o 64º aniversário, Raimundo Carreiro vai festejar de novo a chegada aos 64.
Até 2008, quando se aposentou do cargo de secretário-geral da Mesa do Senado, emprego que ganhou do padrinho José Sarney, ele parecia satisfeito com a idade que dizia terEngano, garantiu em entrevista aoEstadão. “Não alterei a data antes por falta de tempo e dinheiro”, alegou. Conseguiu o que faltava só depois de presenteado ─ por Sarney, naturalmente ─ com a vaga no TCU. Neste começo de agosto, tanto a direção do Senado quanto a presidência do tribunal comunicaram à nação que o caso se encerrou com os argumentos apresentados por Carreiro.
São justificativas menos convincentes que previsões de Guido Mantega. Até os gramados da Praça dos Três Poderes sabem que no Congresso e no TCU há mais dias de descanso do que de trabalho. E, se faltava dinheiro quando recebia os R$ 44 mil brutos pagos mensalmente ao secretário-geral do Senado, o que fez para bancar a nova certidão com o salário de R$ 26,6 mil que recebe um ministro? A elucidação do claro enigma nada tem a ver com muito trabalho e pouca renda. O afilhado de Sarney decidiu remoçar  para adiar a aposentadoria compulsória prevista para 2016 e, beneficiado pelo critério de antiguidade, presidir o TCU no biênio 2017/18.
A perspectiva é pouco animadora. Se faz o que fez com as contas que medem a própria vida, é bom nem pensar no que o ministro é capaz de fazer com as outras. Oremos.

O Butantã das 21 horas

TER, 06 DE AGOSTO DE 2013 

por Angela Dutra de Menezes


Ana Maria Ramalho e seus docinhos são testemunhas: desisti de assistir a novela “Amor à vida” por me bastarem os canalhas da vida real. Não preciso perder parte das noites com mais baixarias.
Acontece que, na sexta-feira passada – ou terá sido quinta? –, resolvi jantar quando o Telejornal terminou e não troquei de canal, como faço diariamente. Gastei na cozinha tempo suficiente para colocar no micro-ondas minha agradável refeição de poucas calorias. Não entrarei em detalhes, prefiro poupar o distinto público. Voltando ao que interessa, quando retornei ao meu escritório carregando a bandeja, dei de cara com o Antônio Fagundes recitando um texto de tanta, mas tanta agressividade, tanta falta de respeito, tanto desamor ao filho, tudo tão horrível que – acreditem, é raro, mas acontece – perdi a fome.
Não pude suportar. Peguei o controle remoto e despachei aquela cena dantesca de dentro da minha casa. Já que estava em estado de choque, aproveitei a descarga de adrenalina para assistir um suave filme de vampiros sangrentos. Prefiro mil vezes os vampiros àquele pai ensandecido, gritando barbaridades para um filho adulto e indefeso. Não espanta que a personagem de Mateus Solano seja psicopata. O que menos surpreende no Félix - que, felizmente, desistiu de salgar a Santa Ceia - é a homossexualidade. Afinal, na minha modesta opinião, nasce-se homo ou hétero, destino decidido quando Deus joga dados com o universo.  Ao menos para mim, a sexualidade alheia não faz a menor diferença. Afinal, homos e héteros são igualmente bons ou maus seres humanos. Eu gosto das pessoas boas. E o prazer delas não é problema meu.
Desvio-me do assunto. Queria somente afirmar que a personagem de Mateus Solano é como é – cruel, mentiroso, fofoqueiro, invejoso, desonesto, crápula – por ter o pai que tem. Ninguém, educado pela víbora do médico vivido por Antônio Fagundes, conseguiria manter o caráter íntegro. Gente, é inacreditável. Mas a personagem do Fagundes, que massacrou o filho por não concordar com a sua vida sexual é, ele mesmo, o pai do próprio neto. Relacionou-se com uma prostituta a quem engravidou e, depois, casou-a com o filho. Assim, em sua cabeça doente, provou a macheza do herdeiro.
A Susana Vieira, que representa a mulher do Antônio Fagundes, apresenta-se como uma perua bem intencionada. Até certo ponto. O Mateus Solano, que o Fagundes pensa ser seu filho, é, na verdade, filho de um médico ou advogado, sei lá, que também trabalha no hospital maluco onde doutores e enfermeiros roubam crianças e trocam exames de sangue com a mesma desenvoltura com que nós bebemos água.
A outra filha do casal, a Paola Oliveira, é filha apenas do Fagundes, que destruiu a vida da mãe dela. Para se vingar, mais de vinte anos depois, a Vanessa Giácomo - no papel de uma sobrinha periguete da infeliz senhora paraplégica, encarnada pela Lúcia Veríssimo - infiltra-se na família Khoury, torna-se amante do Fagundes-patriraca-Khoury e dá o golpe para herdar o hospital, que não é psiquiátrico apesar de só abrigar loucos. Detalhe: a abnegada Susana Vieira criou a Paola de Oliveira como sua filha por saber que o corno do marido não desconfia que o  filho dele não é dele.
Para quem supõe que tanta calamidade é suficiente, tem mais. A Elizabeth Savalla cafetina a própria filha, a hilária Tatá Werneck. Não passa um capítulo sem a Savalla inventar um plano mirabolante, que expõe a moça a situações vexatórias, mas, talvez, faça-a conseguir um homem rico. Quando deixa a menina em paz, Savalla gasta o seu tempo com o médico/advogado - o tal, pai do Mateus Solano. Este senhor, riquíssimo, sofreu um acidente de carro e perdeu a memória. Só que a memória voltou e ele continua, numa boa, dividindo-se entre a personalidade de milionário e a de vendedor de cachorro-quente. Descobriu que a vida dupla o faz feliz. Danem-se os sentimentos dos outros.
Poderia me alongar, mas não há espaço. Encerro com o casal gay representado pelo Thiago Fragoso e o Marcello Antony. Na luta para terem um filho, pensam em barriga de aluguel. Até que a amiga Daniela Winits – nem em novela essa moça perde a mania de engravidar - se oferece em sacrifício.  Mas, quando o bebe nascer, ela não o entregará aos pais e ainda levará, de troco, um dos companheiros felizes. Disse que acabei? Ah, como sou modesta. Esqueci do trio Fernanda Machado& Ricardo Tozzi& Marina Ruy Barbosa.  Para não escapar do climão pré-apocalipse de “Amor à vida”, a personagem de Fernanda arma para cima da super rica Marina, que sofre de câncer terminal – linda menina, fez muito bem em se recusar a raspar a belíssima cabeleira apenas para satisfazer o ego do autor. Já que a mocinha vai morrer, sua pseudo amiga dá um jeito de casá-la com a personagem de Tozzi. Na verdade, namorado da personagem da Fernanda. Assim, ambos, Machado&Tozzi,  herdarão a fortuna da Ruy Barbosa quando ela bater as botas. Aliás, no capítulo de ontem, parte desta armação começou a ser desmascarada. Só pode haver mais malandragem pela frente. Parece que vamos ter sessões-espiritismo e o fantasma da Marina Ruy Barbosa não deixará o casal de picaretas em paz.
Realmente, uma novela que começa com o cantor Daniel assassinando uma linda música do Gonzaguinha, só podia acabar no Butantã.
Ah, meu Deus, será que cumpri direitinho a missão impossível de explicar a edificante história de “Horror à vida”?

Angela Dutra de Menezes é escritora e jornalista

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Chegou ao fim neste domingo, 4 de agosto, a 19ª edição do Foro de São Paulo, evento que reuniu cerca de 300 representantes de partidos e organizações políticas ligadas a centro-esquerda burguesa de 39 países da América Latina e Caribe.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Acusado pela direita de ser “antro do comunismo mundial”, Foro de São Paulo demonstrou que não passa de um instrumento dos governos da centro-esquerda burguesa!



Por Liga Bolchevique Internacionalista

Chegou ao fim neste domingo, 4 de agosto, a 19ª edição do Foro de São Paulo, evento que reuniu cerca de 300 representantes de partidos e organizações políticas ligadas a centro-esquerda burguesa de 39 países da América Latina e Caribe.

Tendo o PT como anfitrião, o Foro foi literalmente atacado pela extrema-direita, com um grupo de 20 nazi-fascistas protestando contra sua realização, chegando mesmo a ameaçar a integridade física de seus participantes quando atacaram um restaurante em que estavam se alimentando delegações do evento.

O fascistizóide Olavo de Carvalho lançou suas diabrites contra o que chamou do “antro do comunismo mundial”.

O grosso da burguesia latino-americana e sua mídia, entretanto, tratou o Foro com mais “serenidade” até porque a classe dominante sabe que “a seu modo” os governos da centro-esquerda cujos partidos participaram da atividade gerenciam o Estado burguês defendendo os interesses do grande capital, ainda que com suas políticas tenham em muitas vezes fricções com o imperialismo ianque.

São justamente estes conflitos com o “amo do norte” e a aproximação econômica com destes países com os BRICs, além do controle que seus governos têm do movimento operário, que fazem destas gerências um “contraponto” político às gestões tradicionais, ainda que estejam plenamente inseridas no leque de opções que têm na manga a burguesia mundial.

O Foro foi convocado pela primeira vez no ano de 90, em São Paulo, pelo PT do Brasil e o PC cubano com o nome original de “Encontro dos Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe”.

Já no I Encontro, sob o impacto da queda do Muro de Berlim, a resolução aprovada afirmava o caráter do Foro, através do reconhecimento da democracia burguesa como “valor universal”, uma adesão explícita à falácia imperialista de encobrir a ditadura do capital sobre os trabalhadores.

Na declaração do II Encontro realizado no México, que sintomaticamente mudou o nome da atividade para Foro de São Paulo, essa política ficou ainda mais clara, aprovando que “no âmbito econômico trata-se de que a organização democrática da sociedade defina as funções do mercado e a participação do Estado na vida econômica”! Passados 23 anos de sua fundação, hoje o PCdoB faz um balanço 19ª edição do Foro declarando “a resolução política aprovada pelo encontro assinala que ‘a influência positiva do Foro de São Paulo deve-se, entre outros motivos, à nossa diversidade e à nossa pluralidade interna, e é parte importante do processo de mudança em curso na América Latina e no Caribe’.

Efetivamente, superando esquematismos e sectarismos, prevalece no Foro de São Paulo o espírito de unidade, vinculado a uma metodologia democrática com institucionalidade amadurecida.

O Foro de São Paulo, surgido em 1990, no auge da ofensiva conservadora e neoliberal, desempenhou um papel significativo para impulsionar as forças de esquerda que hoje se encontram à frente de governos democráticos e progressistas em vários países da região e avançam no quadro das políticas com sentido democrático, patriótico e social que estão sendo aplicadas.

O 19º Encontro do Foro de São Paulo reafirmou seus princípios e bandeiras de luta relacionados com o aprofundamento da integração regional justa, soberana e equitativa, com a consolidação dos mecanismos já existentes, como a União de Nações Sul-americanas (Unasul), o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a Alternativa Bolivariana para os povos da Nossa América (Alba), a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), entre muitos outros”.


Na verdade, o Foro assim como os organismos governamentais que a centro-esquerda impulsionou nos últimos anos, se constituem como um cinturão político que exerce o papel de árbitro dos conflitos, que não questiona seriamente as ordens do imperialismo ianque, como vimos em Honduras e no Paraguay, mas ao mesmo tempo se apresenta formalmente como alternativa a desmoralizada OEA.

Eles consistem em uma tentativa dos governos burgueses latino-americanos e caribenhos de negociarem com o imperialismo ianque e europeu melhores condições para suas classes dominantes nativas, na qualidade de sócias menores, terem acesso a uma fatia do mercado mundial, incrementando a exploração de seus trabalhadores.

Apesar da retórica nacionalista, da defesa da “soberania continental”, se pretendem estabelecer um pacto com o grande capital internacional.

O objetivo da criação de blocos econômicos e tratados como a CELAC, ALBA, Unasul ou Mercosul não se constituem, mesmo do ponto de vista burguês, na defesa dos interesses econômicos nacionais de cada país visando um desenvolvimento não tutelado pelos monopólios estrangeiros.

Os interesses econômicos que dão alicerce a estes organismos e que o Foro representa são associações das empresas nativas aos dos monopólios imperialistas, que através desta fórmula, teriam maior penetração na região, sem o temor de “nacionalizações” e serviriam inclusive para impulsionar o processo de restauração capitalista em Cuba.

Traduzindo, visam estabilizar a região para garantir mais lucros as empresas transnacionais e seus sócios nativos, além de catapultar obras que favoreçam estes conglomerados, como ferrovias, rodovias, pontes e linhas de transmissão.

O modelo de extração de petróleo na Bacia do Orinoco entre a Chevron/Texaco e a PDVSA promovido pelo governo Chávez foi uma expressão concreta dessa política agora reproduzida pelo governo de Cristina Kirchner na Argentina.

Já o PCB analisou que “Tentando afirmar o Foro como braço regional do neodesenvolvimentismo brasileiro, o PT passa a privilegiar os processos eleitorais em detrimento das lutas de massas, procurando em cada país contribuir política e materialmente para a eleição de governos alinhados com a hegemonia brasileira. Isto significou a descaracterização do Foro de São Paulo, nascido como uma articulação anti-imperialista com caráter anticapitalista.

Nessa guinada, gradativamente foi sendo anulado o protagonismo de organizações revolucionárias e privilegiou-se uma ampliação quantitativa, heterogênea, policlassista, com ênfase em partidos socialdemocratas e social-liberais, chegando ao ponto de o Foro ser integrado hoje por partidos antagônicos e adversários em seus países.

O papel principal passou a ser dos partidos que participam de governos e os que podem se tornar governo, o que significa garantia de contratos para empresas brasileiras.

Uma vez tendo se fortalecido na América Latina, o Foro de São Paulo agora tem o objetivo de se internacionalizar como uma alternativa mundial reformista, inclusive em contraposição ao movimento comunista internacional”.

Depois de fantasiar sobre o caráter “original” do Foro, o PCB não denuncia o fundamental, ou seja, não houve uma descaracterização do Encontro pelo PT, já que o stalinismo (“movimento comunista internacional”), sócio da iniciativa desde o começo apoiou e apóia justamente este processo de integração a democracia dos ricos e ao Estado burguês levado a cabo pelo reformismo, processo que se aprofundou após a queda da URSS e do Muro de Berlim (89-91), não por acaso quando foi criado o Foro.

A própria crise do PCB neste período foi produto desse processo.

Um dos destaques do Foro, foi o apoio unânime ao chamado “processo de paz” na Colômbia, saudado desde a “direita” do Encontro até sua “esquerda”.

As “negociações de paz” entre as FARC e o governo Manuel Santos, saudadas pela esquerda reformista nacional e internacional como um grande avanço, mostraram sua real face macabra desde que começaram: mais de 100 guerrilheiros mortos desde o início de setembro de 2012.

As Forças Armadas do país também prenderam 90 guerrilheiros e outros 30 se desmobilizaram. Em meio aos “diálogos” o governo anunciou novos investimentos no combate às FARC, tanto que a proposta de formalizar um cessar-fogo durante as “negociações” foi rechaçada pelo presidente colombiano, que rejeitou essa possibilidade veementemente.

Como observamos, trata-se de uma farsa montada justamente para eliminar fisicamente a guerrilha, como a LBI já denunciava quase isoladamente quando se anunciou o acordo costurado por Chávez e Fidel entre a guerrilha e o governo capacho do imperialismo ianque.

Com os recentes acordos celebrados entre Santos e a OTAN fica cada vez mais claro que a única “paz” que sairá destas negociações apoiada pelo Foro de São Paulo é a dos cemitérios, já que desgraçadamente as vidas dos heróicos combatentes das FARC estão sendo sacrificadas em nome de uma política que em nada serve para a luta revolucionária e, muito menos, para libertar a Colômbia do domínio da burguesia e do imperialismo.

Não há dúvida de que estamos presenciando, com o aval vergonhoso do Foro de São Paulo, uma farsa montada justamente para eliminar fisicamente a guerrilha.

As “negociações de paz” têm como conseqüência direta e prática não só o enfraquecimento político da guerrilha, mas a sua completa exterminação física, tendo em vista a experiência das próprias FARC, que na década de 80 deslocou parte de seus quadros para a constituição da Unidade Patriótica e impulsionou um partido político legal, tendo como resultado o assassinato de cerca cinco mil dirigentes pelas forças de repressão do Estado, pilar-mestre da democracia bastarda colombiana.

Essa tragédia teve como base as mesmas ilusões reformistas hoje patrocinadas pela direção da guerrilha e o conjunto da esquerda.

Apesar de todas nossas críticas aos governos da centro-esquerda burguesa alertamos que o imperialismo ianque deseja derrotá-los não só nas urnas, com suas marionetes de direita, mas também através de golpes cívico-militares (agora chamados de “constitucionais”) como ocorreu em Honduras e no Paraguay. Foi esta realidade que nos fez decidir, por exemplo, pelo apoio crítico à candidatura de Maduro nas eleições deste ano na Venezuela.

O resultado eleitoral demonstrou que houve um avanço da contrarrevolução na Venezuela, com a burguesia nativa e a Casa Branca partindo para uma dura ofensiva diante da aberta polarização política e social, que definitivamente não se revolverá no terreno eleitoral.

Este quadro político dramático que dividiu a Venezuela ao meio confirmou plenamente o acerto da posição principista da LBI de convocar o apoio crítico a Maduro, com total independência do chavismo e seu programa nacionalista burguês.

Os bolcheviques leninistas acertaram plenamente, nesta nova conjuntura aberta na Venezuela, em depositar pela primeira vez o apoio crítico ao chavismo, tendo como foco de análise o brutal avanço da ofensiva imperialista mundial detonada após a derrubada do regime burguês nacionalista líbio pelas forças da OTAN.

Se o triunfo ou derrota histórica da classe operária venezuelana e latino-americana não se definirá no terreno eleitoral, um resultado desastroso nestas eleições poderia significar um “start” para a intervenção militar ianque aberta, já bem encaminhada com os golpes de estado em Honduras e Paraguay.

No Brasil, durante as “jornadas de junho”, observamos claramente esta dinâmica, estivemos muito longe de atravessar uma autêntica rebelião de massas como quiseram fazer crer os revisionistas; muito pelo contrário, de uma mobilização contra a opressão capitalista organizada a partir do MPL, o movimento foi se transformando no centro das demandas da classe média reacionária que pregam alternativas “pseudodemocráticas” balizadas pela direita como a “ética na política”, “faxina no Congresso” a serviço da oposição demo-tucana.

Por isto, declaramos que a LBI, corrente que faz o combate sem trégua aos governos do PT durante os três mandatos da frente popular, inclusive identificando os ataques de Lula e Dilma ao movimento operário como responsável por abrir caminho para a reação em nosso país, não vimos nada de progressivo no rumo que tomaram os protestos e no chamado ao “Fora Dilma” por setores de direita e reacionários, já que tais demandas, se adotadas nesta conjuntura, só favorecem a reação no Brasil e no conjunto da América Latina.

Frente a este quadro dramático, mais do que nunca está colocado construir como alternativa revolucionária do Foro de São Paulo e para barrar o retorno da direita reacionária, um partido mundial da revolução socialista, para nós a IV Internacional!

Parto humanizado pelo SUS, é possível?

Nem todo mundo tem condições financeiras de pagar por uma maternidade particular, um médico humanizado e uma doula, portanto acabam recorrendo ao parto em hospitais públicos. Mas é possível parir e forma humanizada no SUS?

Já acompanhei nesses 3 anos alguns partos em maternidades públicas de Florianópolis. Aliás o primeiro parto que acompanhei (que faz este mês 7 aninhos!!!) nasceu em um hospital público em São José.
Não, não foi um parto humanizado. Foi uma indução, onde a parturiente passou 98% do tempo deitada na sua cama, num quarto sem privacidade, sem poder se alimentar, sem ter uma bola a disposição ou um chuveiro. Quando a indução começou a funcionar ela não tinha opção a não ser seguir o instinto de ir ao banheiro, e caminhar um pouco. Como era o meu primeiro parto, nem doula eu era, ajudei como pude, incentivando e fazendo massagem. O médico que atendeu o parto foi grosseiro, e ela passou por todas as violências obstétricas possíveis.
Mas hoje algumas maternidades já seguem a linha do parto humanizado - que nada mais é - devolver o protagonismo do parto a mulher, deixando com que ela se alimente, use o chuveiro, caminhe, e receba orientações do que ela pode fazer - se quiser- durante o trabalho de parto. Em Florianópolis o HU (hospital universitário) é a instituição que temos como referência nesse tipo de parto, o mais perto do ideal, pelo menos.
A maternidade possuiu estrutura para partos de cócoras, com cadeiras projetadas para deixar a mulher confortável no expulsivo, além de bolas no corredor, cavalinho, puff, e o banheiro com um chuveiro. O primeiro parto que acompanhei lá (e fez 3 anos em Abril) foi totalmente natural. Passamos a madrugada usando esses itens que ajudaram muito, e o bebê nasceu junto com o sol.

Mas pode doula no SUS?

Sim, qualquer maternidade pública de Florianópolis aceita um acompanhante por parturiente, então, é ou a Doula ou o companheiro (acompanhante, mãe, etc.) Por isso, dificilmente acompanho partos pelo SUS, pois não acho justo, e nem próximo do ideal, excluir o pai do bebê de um momento tão importante. Portanto quando o parto está previsto para acontecer em um hospital público, geralmente faço o acompanhamento da gestação, ajudando o casal a se preparar e saber o que fazer no trabalho de parto, além de acompanhar o processo em casa até que esteja em fase ativa e a mulher sinta que é a hora de seguir para o local do parto. Esse acompanhamento é super importante também.

Mas por quê não posso ter doula e alguém da minha escolha?

Em 2011 liguei para uma maternidade pública da cidade e falei com a Enfermeira chefe do CO (centro obstétrico), ela disse que não permitiam pois outras parturientes poderiam reclamar, afinal, se é só um acompanhante tem que ser pra todo mundo. Além disso, outros locais afirmam não ter espaço físico para cada mulher que quiser duas pessoas no parto, sendo doula ou não. Mas isso é aqui em Floripa, outras cidades do Brasil, aceitam a doula e o marido, mesmo em casas de parto e hospitais públicos. Para mudar essa realidade as mulheres devem lutar por isso, afinal, nada vem fácil.

Mas então, se eu for para um hospital público, terei um parto humanizado?

Depende. Sabemos que tanto em hospitais particulares quanto públicos, o seu atendimento dependerá totalmente da equipe de plantão. Se você tiver a sorte de pegar um médico a favor do parto humanizado, natural, de plantão, certamente suas chances de conseguir um parto do jeito que sempre sonhou, são grandes. O que importa não é o local do parto, e sim, a equipe que vai atender esse nascimento.
Então, se a única opção for fazer um parto pelo SUS, leia bastante, informe-se, faça cursos de preparação para o parto natural e tenha uma doula.
É importantíssimo que a mulher siga para o hospital apenas em fase ativa de trabalho de parto, com contrações de 3 em 3 minutos por mais de 1 hora, intensas, para evitar procedimentos desnecessários.
Desejo a todas,
uma boa hora!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Senado renova contrato de R$ 5 milhões para Hospital Sírio-Libanês salvar políticos que não usam SUS


terça-feira, 6 de agosto de 2013


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – 
serrao@alertatotal.net

O Hospital Sírio-Libanês parece que faz mesmo jus ao apelido dado nas redes sociais de “SUS dos Políticos”. O Senado mantém um contrato semestral, no valor de R$ 5 milhões, para atendimento VIP e de emergência aos parlamentares que ficam doentes. O mais recente acordo foi renovado, recentemente, pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros.

Embora também tenha uma unidade em Brasília, os políticos que necessitam de assistência médica preferem se socorrer, mais longe dos holofotes do poder, na sede do Sírio-Libanês, no bairro classe A dos Jardins, em São Paulo. Foi o recente caso do ex-Presidente da República e do Senado, o imortal José Sarney, vítima do mordaz mosquito da dengue maranhense.

A família do Sarney (um hipocondríaco confesso) preferiu o desgaste político de removê-lo de um hospital em seu estado natal para o Sírio – que tem fama de milagres, como a cura dos cânceres presidenciais - de laringe contra Luiz Inácio e do linfático contra Dilma. Sarney continua internado na unidade semi-intensiva do Sírio-Libanês, sem previsão de alta, tomando antimicrobianos por via venosa.

Os políticos tupiniquins adoram tirar proveito do máximo de privilégios aos quais o falido sistema democrático do Brasil lhes dá “direito”. Recentemente, também esteve internado no Sírio-Libanês, para uma cirurgia cardíaca de emergência, o deputado federal José Genoíno – um dos condenados no julgamento do Mensalão e que terá de tomar muita medicação para controlar a pressão arterial faltando poucos dias para a apreciação dos recursos (os embargos declaratórios e infringentes) que podem salvá-lo ou não.

O Hospital Sírio-Libanês é uma empresa filantrópica. Em 1921, um grupo de idealistas e abnegadas mulheres integrantes da primeira geração de imigrantes sírios e libaneses vindos ao Brasil fundou a Sociedade Beneficente de Senhoras. O objetivo desse grupo, liderado por dona Adma Jafet, era oferecer a São Paulo um centro de assistência médica à altura da importância da cidade.

Toda vez que um importante político é internado no renomado hospital paulistano fica no ar uma pergunta sempre sem resposta. Quem está pagando a cara conta dos serviços médicos. Tudo indica que não seja o mesmo Sistema Único de Saúde que atende aos cidadãos normais que não podem pagar os caríssimos planos de saúde – nem sempre eficientes em suas coberturas de internação e exames.

Agora, com a revelação do convênio com o Senado – que pode ser classificável como uma “filantropia” para o hospital classe A – descobre-se mais uma vantagem de ser político no Brasil, além dos altos salários, empreguismo de familiares e cabos eleitorais, privilégios mil e outras “vantagens” ocultas ao cargo público.

Piada criminal

Frase anedótica que circula pelo caluniador mundo da internet acerca de um famoso centro de excelência em saúde:

“O Hospital será convertido em penitenciária porque é referência nacional em recuperação de bandido”.

Quem sabe o slogan até não se transforma em promessa de campanha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que sonha em roubar o governo de São Paulo da mãos dos tucanos.

Juquinha vai de carro...

Depois do escândalo gerado pelo uso de helicóptero oficial de luxo para transportar babás e o cachorrinho Juquinha do Rio de Janeiro para a mansão praiana em Mangaratiba, o governador do RJ resolveu dar uma de moralista.

Baixou ontem um ato regulamentando que só podem voar nos helicópteros do estado as autoridades do primeiro escalão.

Voos só serão permitidos em missões oficiais e sem a presença de familiares.

Queda do Maçom na PMRJ

Parte da Maçonaria no Rio de Janeiro está enfurecida com o governador Serginho Cabral.

Tudo porque ele exonerou o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Erir Ribeiro da Costa Filho – um mestre-maçom instalado que ficou apenas um ano e 10 meses no cargo.

Cabralzinho apenas atendeu a um pedido de seu secretário de Segurança José Mariana Beltrame, que não fora consultado sobre uma anistia a punições de PMs que cometeram faltas disciplinares leves.

Igual ao Papa

Quando assumiu o comando da PM fluminense, o Coronel Erir tinha dado um exemplo parecido com o do argentino Jorge Mario Bergoglio ao assumir o papado.

Erir preferiu não desfrutar das mordomias da residência oficial do comandante da PM, na praia do Flamengo.

A exemplo do Papa Francisco, que preferiu uma moradia mais modesta que a de Bento 16, Erir continuou morando em sua casa mais simples, em Nilópolis, na Baixada Fluminense...

Participa, Otário



Mistério econômico

As donas de casa, que fazem compra diariamente nos supermercados, cobram uma explicação oficial do governo para a milagrosa queda no índice de inflação de julho.

Todo mundo quer saber onde os pesquisadores que cuidam do IPCA conseguiram encontrar quedas de preços de alimentos.

Seria bom governo revelar onde acharam as promoções da pesquisa, para que todo mundo faça suas comprinhas mensais nestes lugares...

Chaplin tinha razão...

Cena antológica do filme “O Grande Ditador”, que sempre merece ser revista, por evocar valores democráticos:


Intriga do Carvalho



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.


A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 6 de Agosto de 2013.

Domingos Dutra chora ao anunciar saída do PT

Deputado federal Domingos Dutra vai sair do PT. O anúncio foi feito durante reunião no município de Milagres do Maranhão


05/08/2013 - 14:24 - Da RedaçãoDomingos Dutra chora ao anunciar saída do PT

Domingos Dutra chora ao anunciar sua desfiliação do PT do Maranhão
O deputado federal Domingos Dutra vai sair do PT. O anúncio foi feito durante a edição do movimento Diálogos pelo Maranhão no município de Milagres do Maranhão. Um dos fundadores do partido, Dutra chorou ao relembrar sua trajetória no partido que apoia o grupo Sarney.
“Eu estou saindo do PT daqui a dois meses. Me emociono muito com isso porque vou romper uma história de 33 anos, mas não posso ficar num partido dominado pelo Sarney. Por honestidade e identidade não posso ficar no partido que ajudei a construir vendendo camiseta, vendendo feijoada e andando a pé”, relembrou Dutra.
O deputado relatou também a trajetória que trilhou ao lado de Manoel da Conceição. “A luta de Manoel da Conceição também não foi diferente. O único dos três fundadores do PT vivo. Ele perdeu uma perna quando Sarney foi governador, foi exilado e com toda essa bagagem foi humilhado na reunião do diretório nacional. Sairei do PT para permanecer na luta por um Maranhão mais justo”, afirmou Dutra.
“Com 57 anos de vida, vejo a necessidade de recomeçar do zero. É muito doloroso, mas não tenho condições de permanecer num partido que reza na cartilha do Sarney. Minha consciência não permite, já alcancei o meu limite”, completou o deputado do Maranhão
by Clica Piauí.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Prezo em saber, que existe algum organismo, tão resistente quanto à barata. E tão nojento qto. by Deise

Tardígrado: o animal mais resistente do planeta


  Imortal? Quase. Não seria exagero dizer que esse pequeno animal é de outro mundo. Seu nome? Tardígrado, também chamado de urso d’água ou leitões do musgo. Essas criaturas são na verdade artrópodes aracnídeos (da classe das aranhas), possuindo oito patas, cada pata possui de quatro a oito pequenas garras e seu corpo varia de 0,05 a 1,25mm. Vivem entre os musgos e liquens, podendo ser fortemente pigmentados, indo do laranja avermelhado ao verde oliva.  Esses animais possuem uma anatomia complexa, são recobertos de quitina e não existe sistema circulatório e nem aparelho respiratório, as trocas gasosas são realizadas de forma aleatória em qualquer parte do corpo. A grande maioria se alimenta sugando o conteúdo celular  de bactérias ou de algas. São encontrados em todo o planeta, desde o fundo oceânico ao alto do Himalaia. Das mais de 600 espécies conhecidas, cerca de 300 foram descritas no Ártico e na Antártica, também foram catalogadas 115 espécies na Groenlândia. 


Em Setembro de 2007, a Agência Espacial Européia realizou uma pesquisa utilizando os tardígrados, colocando-os em uma cápsula espacial, a Foton-M3, e os enviou ao espaço. Resultado? Os bichinhos não só sobreviveram aos raios cósmicos, radiação ultravioleta e falta de oxigênio, mas ainda foram capazes de reproduzirem num ambiente tão inóspito. Para ter uma noção, no espaço, os raios ultravioletas são cerca de mil vezes mais intensos do que os encontrados na Terra. Ainda é um mistério sem explicação ou teoria para o motivo pelo qual estes animais conseguiram sobreviver por tanto tempo sem oxigênio e sendo bombardeado com altas doses de radiação cósmica. Longevidade é uma das grandes características; podem viver até os 120 anos, um recorde para um animal com um tamanho tão pequeno. Como se não bastasse possuírem fantástico poder reparador, os Tardígrados simplesmente “desligam” seu metabolismo quando existem condições adversas como extrema seca. Possuem também a inacreditável capacidade de reparar o seu DNA de danos causados por radiação. Achou pouco? 

Mais de 75 mil atmosferas é a quantidade de pressão que ele suporta, isso equivale a dezenas de vezes a pressão enfrentada pelos animais dos locais mais profundos do oceano, nas zonas abissais. Suportam também imersões durante alguns minutos em temperaturas de 200 ºC (duas vezes mais quente que a água fervente da sua chaleira). Solventes como o álcool etílico a 96% ou éter não fazem nem cócegas neles.

Se os seres humanos forem expostos a 100 grays de radiação, ocorre à morte devido à falência do sistema nervoso central, o que resulta em perda da coordenação motora, distúrbios respiratórios, convulsões, estado de coma e finalmente a morte que pode ocorrer em cerca de um ou dois dias após a exposição. Já os “imortais” tardígrados suportam nada mais e nada menos que 5700 grays de radiação. Dá para acreditar?

Todo mundo que passou pelo segundo grau, certamente sabe o que é o zero absoluto ou ao menos ouviu falar. É a temperatura na qual não existe movimentação de nenhuma molécula. É uma temperatura teórica porque é extremamente baixa, -273,15ºC, o que equivale ao zero na escala Kelvin e, apesar de os cientistas não terem alcançado esse valor, chegaram muito próximo.

Os tardígrados são realmente especiais. Algumas universidades americanas fizeram pesquisas com tardígrados, congelando-os em uma temperatura super próxima do zero absoluto, cerca de -271 ºC. Os cientistas não ficaram surpresos quando “reanimaram” os animais colocando apenas água e descongelando-os. Não se esperaria que nenhum animal sobrevivesse após terem sido congelados nesta temperatura, mas os tardígrados realmente provaram que são completamente diferente de todo o tipo de vida conhecida no nosso planeta.



Em 2011, o núcleo fiel ao governo era integrado por 306 dos 513 deputados. Desde então, esse núcleo vem encolhendo, e atualmente se resume a 101 deputados


Jornais: nove partidos deixam ‘núcleo duro’ do governo


O Estado de S. Paulo
Nove partidos deixam ‘núcleo duro’ do governo e expõem fragilidade da base
Em seu terceiro ano como presidente, Dilma Rousseff assistiu ao esfacelamento do “núcleo duro” de apoio a seu govemo na Câmara dos Deputados, que já foi formado por 17 partidos e hoje abriga apenas petistas e remanescentes de outras sete legendas. O núcleo duro – formado pelos parlamentares que votam com o governo 90% das vezes ou mais – era integrado em 2011 por 306 dos 513 deputados. Ou seja, Dilma podia contabilizar como aliados fiéis seis em cada dez dos membros da Câmara, Desde então, esse núcleo vem encolhendo, e atualmente se resume a 101 deputados, segundo revela o Basômetro, ferramenta online do Estadão Dados que mede a taxa de governismo do Congresso.
Dos nove partidos que abandonaram totalmente a linha de frente de apoio ao governo, três são de tamanho médio – PR, PSD e PSB. Os demais se enquadram na categoria dos “nanicos”, com bancadas de menos de dez integrantes (PMN, PTC, PRTB, PSL, PT do B e PRB).
O PMDB, principal aliado do PT em termos numéricos, tem hoje apenas quatro representantes no núcleo duro – desde o final de 2011,63 peemedebistas abandonaram o grupo e agora se concentram na faixa dos que votam com o governo entre 60% e 89% das vezes. No PP, a debandada foi de 32 deputados para apenas 2. No PDT, de 16 para 2. No PTB só sobrou um dos 19 fiéis.
Com uma base cada vez mais inconsistente, Dilma tem enfrentado dificuldades crescentes para aprovar projetos. Na tentativa de agradar à base, acenou com a abertura dos cofres: na semana passada. Determinou a liberação de R$ 6 bilhões em emendas parlamentares até o final do ano, em três parcelas.
‘Nem de esquerda nem de direita’, PSD abriga campeões vira-casaca
Os três principais “desertores” do núcleo duro de apoio ao govemo são do PSD, o partido que seu criador, Gilbeito Kassab, de: finiu como “nem de esquerda, nem de direita, nem de centro”.
João Lyra (AL), Fábio Farias (RN) e Ademir Camilo (MG) se comportaram como aliados fi-delíssimos em 2011, ano em que o PSD foi fundado, com taxas de apoio de 95%, 96% e 96%, respectivamente. Em 2013, os índices caíram para níveis próximos a 45% – menos da metade.
Lyra, usineiro em Alagoas com patrimônio declarado de R$ 240 milhões, participou de poucas votações neste ano, por motivos de saúde. Mas, quando teve oportunidade, contrariou o governo em nove ocasiões, e se alinhou ao Planalto em apenas sete.
Lyra não é volúvel apenas em relação ao govemo Dilma Rousseff: desde 1985, já trocou de partido seis vezes e integrou as bases de apoio do tucano Fernando Henrique Cardoso e do petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Um ‘novo casamento’ para Dilma e Lula
A estratégia da presidente Dilma Rousseff para recuperar a popularidade perdida e embicar a campanha do segundo mandato prevê um novo “casamento” com Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político. A partir deste mês, Dilma começará a aparecer em programas de TV, falando para diferentes públicos, como fez no início do govemo. A ideia é que ela destaque a parceria com Lula desde 2003. De aparições para atrair apoio das camadas populares a entrevistas com foco econômico, dirigidas a eleitores de maior poder aquisitivo, tudo está sendo planejado no Palácio do Planalto para reabilitar Dilma até dezembro. A intenção da presidente é também explicar projetos que causam polêmica, como o Mais Médicos, e “vender” as concessões em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, previstas para sair do papel a partir de setembro, após um ano de atraso. Em comum, nas entrevistas, a nova tentativa decolar sua imagem à de Lula.
Dilma já foi convidada para participar do “Programa do Ratinho”, do SBT, vice-líder de audiência no horário nobre. Por lá passaram recentemente seus prováveis adversários Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (sem partido). No radar do Planalto também estão programas voltados para a dona de casa, como “Mais Você”, de Ana Maria Braga (TV Globo).
Além de reconquistar o público feminino, a presidente também pretende aparecer no popular “Brasil Urgente”, de José Luiz Datena (Band), e no “Esquenta!” (TV Globo), de Regina Casé.
Discreto e calado, um novo Jader no Senado
Jader Barbalho chega ao plenário do Senado e se aeqmoda em uma das poltronas reservadas aos parlamentares do Pará, na terceira fila, do lado oposto à tribuna de imprensa onde se aglomeramos jornalistas. Taciturno, faz acenos discretos pai rá colegas e vota como manda sua bancada, a do PMDB.
Em seguida, deixa o plenário com a discrição que se impps desde que retomou ao Senado, dez anos após deixar o comando da Casa e renunciar ao mandato para não ser cassado na esteira das denúncias de corrupção que o envolviam.
Nos 19 meses do atual mandato, o senador paraense, 68 anos, em nada lembra uma das principais lideranças políticas brasileiras nas décadas de 80 e 90, duas vezes governador de Estado e outras duas ministro do governo Sarney (1985-1990).
Jader também foi presidente do PMDB e do Congresso, homem forte na gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e, de quebra, gozava de certa influência no mandato Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), quando apadrinhou as indicações dos presidentes da Eletronorte, Jorge Palmeira, e da Eletrobras, José Antonio Muniz. Sob Dilma Rousseff, Muniz foi rebaixado a diretor de transmissão, numa mostra de perda de influência do peemedebista.
Sarney tem melhora e poderá deixar UTI, diz Roseana
A governadora do Maranhão,  Roseana Sarney (PMDB), filha do senador e ex-presidente da República,José Sarney(PMDB-AP), disse ontem que a equipe médica do Sírio-Libanês avalia que seupai deve deixará UTI do hospital nos próximos dias.
O senador, de 83 anos, foi internado no Sírio-Libanês na quarta-feira passada depois de apresentarum “quadro de febre acompanhado de tremores”.
Boletim médico divulgadope-lo hospital no fim da manhã de ontem informou que Sarneyha-via apresentado melhora clínico-laboratorial, mas não havia previsão de alta.
“Os médicos mostraram que ele teve melhora emtodoo quadro. Estamos mais tranquilos. Se continuar assim, ele deve sair da UTI em torno de 3, 4 dias”, afirmou Roseana.
Folha de S. Paulo
Base de Dilma no Congresso é a menos disciplinada desde 89
Com o fim do recesso no Congresso, Dilma Rousseff reencontrará nesta semana a base parlamentar mais indisciplinada que um presidente já contou desde a volta das eleições diretas para presidente, em 1989.
No primeiro semestre deste ano, integrantes dos nove partidos com ministérios no seu governo votaram 69% das vezes seguindo a orientação da liderança do governo na Câmara, indicam números do banco de dados legislativos do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).
Essa taxa de fidelidade é menor que a obtida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pior momento de seu governo, após o escândalo do mensalão –a orientação de seus líderes no Congresso foi respeitada 81% das vezes em 2005 e 78% em 2006.
Deputado se apega a livros religiosos em penitenciária
Três dias após se entregar a policiais federais em um ponto de ônibus de Brasília, no fim de junho, o deputado federal Natan Donadon (RO) recebeu, no Complexo Penitenciário da Papuda, sua primeira visita no cárcere.
Uma comitiva de funcionários da Câmara tentava notificá-lo do início do processo de cassação de seu mandato.
Já sem o terno, a gravata e o broche de metal dourado banhado a ouro que identifica os deputados –seu traje quando se entregou–, ele vestia camisa e bermudas brancas, padrão da penitenciária.
A exatos 17 km do gabinete de 36 m² com computadores, poltronas e TVs que ocupava na Câmara, Donadon ouviu as explicações da notificação por meio de uma pequena abertura que, na sala a que foi conduzido, permitia que se comunicasse com a visita.
Pouco depois, voltou à cela individual de 6 m² com cama, sanitário e chuveiro, na ala apelidada “Cascavel”.
Apesar de suspeita, exames não confirmam se Sarney tem dengue
O senador José Sarney (PMDB-AP), 83, continuou internado ontem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Na quinta-feira passada, José Sarney Filho, um dos filhos do senador, disse que o pai havia sido infectado pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Nem o hospital nem a assessoria do ex-presidente da República, no entanto, confirmaram o diagnóstico.
Sarney está na UTI desde quinta-feira, por causa de um derrame pleural –acúmulo de líquido na membrana que envolve o pulmão.
Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, que faz parte da equipe médica que atende o ex-presidente do Senado, “as sorologias estão sendo feitas e ainda não é possível afirmar com 100% de certeza que ele esteja com dengue”.
De acordo com boletim do hospital divulgado às 11h30 de ontem, o senador apresentou melhora clínico-laboratorial.
Estado vai à Justiça por documentos da Siemens
O governo de São Paulo apresentou um mandado de segurança à Justiça para obter documentos da investigação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a suposta formação de cartel em licitações de trens no Estado, afirmou ontem o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB).
O pedido foi protocolado no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, com sede em Brasília, pois o Cade, órgão federal que combate as práticas empresariais prejudiciais à livre concorrência, também tem sua sede na capital do país.
“Nós precisamos ter acesso às informações. É inadmissível um vazamento de informações por baixo do pano e o Estado, que é o maior interessado, não ter acesso. Não é possível o governo de São Paulo ser tratado dessa forma pelo governo federal”, afirmou Alckmin.
Cardozo critica ataque do PSDB contra órgão
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) criticou declarações de integrantes do governo paulista que acusaram o Cade de perseguir politicamente a administração tucana.
O órgão, ligado ao ministério, investiga formação de cartel em licitações do Metrô e da CPTM.
“Chegou a hora de as pessoas públicas pararem de reclamar de perseguição política quando esses órgãos investigam seus parceiros”, disse à Folha.
“É lamentável que se tente politizar uma apuração feita por um órgão sério, isento, de atuação internacional reconhecida.”
O Globo
Eleições antecipadas
Dois partidos da base da presidente Dilma Rousseff, o PP e o PDT, tornaram-se o sonho de consumo de dois dos principais adversários da petista nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE). A um ano do início da campanha presidencial são muitas as incertezas no campo governista sobre o tamanho da coligação que disputará a reeleição. Mas, pelo olhar de hoje, Dilma não repetirá a parceria de dez partidos construída em 2010. As negociações de Aécio e Campos têm como objetivo suprir a necessidade de maior tempo de televisão, mas também permitir a montagem de palanques presidenciais em estados onde seus partidos enfrentam dificuldade. As negociações do PSDB e do PSB com o PP e o PDT são as mais adiantadas, mas outras articulações estão em curso.
Aliança com PMDB enfrenta dificuldades em 15 estados
Apesar de o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, ter afirmado na última terça-feira ao GLOBO que o PMDB traz “mais problema do que solução” para o governo Dilma, a preocupação número um do Palácio do Planalto e da direção nacional do PT é com a manutenção da aliança formal com o partido do vice-presidente Michel Temer. Uma análise estado por estado revela que a tarefa não é simples. Hoje, os dois partidos enfrentam dificuldades para formalizar a aliança em pelo menos 15 estados.
Antes do início dos protestos, e a consequente derrocada dos índices de popularidade da presidente, o vice Michel Temer chegou a reunir em Brasília dirigentes de alguns diretórios estaduais para sacramentar o apoio à reeleição. Mas até interlocutores do vice reconhecem que essas conversas já não têm mais valor hoje. Com isso, cresce a ala do partido que considera a hipótese de nem fechar coligação formal com o PT. Até o início deste ano, o único temor era que em alguns estados grupos peemedebistas não fizessem campanha para a chapa nacional.
Solidariedade pode ser opção de troca de partido
A dois meses do fim do prazo de mudanças partidárias para concorrer às eleições de 2014, políticos que pretendem mudar de partido já se movimentam, mas cientes de que deverão ter apenas uma opção de troca sem serem enquadrados na lei da infidelidade partidária. Essa oportunidade deve ser o Solidariedade, partido idealizado pelo deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), e que tem chance de ser criado antes de outubro.
O Rede Sustentabilidade, partido que está sendo criado pela ex-senadora Marina Silva, encontra dificuldades na certificação das assinaturas de apoio, e, ainda que seja criado antes de outubro, é uma opção mais ideológica. E a fusão do PPS e PMN, que seria outra janela para infidelidade, foi descartada.
As mudanças de partido podem não se ater à nova legenda em alguns casos. Como é uma decisão sempre ligada aos arranjos estaduais, deputados podem trocar de legenda mesmo com o risco de perder o mandato. O PP, por exemplo, contabiliza o ganho de quatro deputados nos próximos dias. Os nomes são mantidos em sigilo pelo líder Arhtur Lira (PB). Os organizadores do Solidariedade estão confiantes na criação da sigla antes de outubro.
Protestos na pauta da disputa interna do PT
As manifestações que tomaram conta das ruas do país em junho estão pautando as eleições para a presidência do PT, que acontecerão em novembro, com o partido no divã. Os protestos são o assunto que norteia a plataforma de campanha das duas principais chapas ao comando nacional do partido: a do atual presidente e candidato à reeleição, Rui Falcão, apoiado pela corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB); e a de Paulo Teixeira, que atualmente é secretário-geral do PT, da Mensagem ao Partido. As plataformas dos candidatos são defendidas nas chamadas teses.
Os dois estão usando as manifestações de junho como mote para repensar o partido. No caso de Falcão, favorito na disputa, ele aproveita para criticar o peso do marketing tanto no governo quanto nas campanhas eleitorais.
Já o texto apresentado por Teixeira, da corrente que pregou a refundação do PT quando estourou o escândalo do mensalão, afirma que os protestos bagunçaram o cenário eleitoral do ano que vem e prega a renovação da política de alianças, rompendo com setores considerados “conservadores” – ele é da mesma tendência interna do PT do governador Tarso Genro (RS), que fez críticas abertas esta semana ao PMDB.
Depósito em conta de ex-assessor pode agravar situação de ministro
Um depósito de R$ 150 mil na conta de um ex-assessor de Aguinaldo Ribeiro pode complicar a situação do ministro das Cidades, que esta semana começa a ser investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento em irregularidades num projeto de implantação de banda larga gratuita em João Pessoa, batizado de Jampa Digital.
O GLOBO obteve cópia de duas transferências bancárias feitas em 31 de julho e 4 de agosto de 2009 na Caixa Econômica Federal (CEF), da conta de Pedro Vianna Torres, gerente da empresa Servimaxx Comércio e Serviços Informática, para Erasmo Alex Souza Viana Barreto, filho de um antigo motorista do ministro, na época contratado de seu gabinete de deputado estadual. Ribeiro negou ter conhecimento da transação.
Correio Braziliense
Governo paga passagem aérea superfaturada
O superfaturamento de passagens na Esplanada true O vaivém de servidores públicos e de integrantes do primeiro escalão do governo pelos ares do Brasil e do exterior custou aos cofres públicos R$ 890 milhões no ano passado. O valor total é uma das pistas que revelam o descontrole dos gastos com passagens aéreas, motivado pela falta de planejamento na compra de bilhetes e também por uma irregularidade identificada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU): a adulteração de bilhetes para superfaturamento das tarifas e a cobrança de taxas inexistentes.
O Correio teve acesso a documentos que mostram como empresas contratadas por órgãos públicos alteram os bilhetes para cobrar do governo federal valores muito mais altos do que os efetivamente praticados pelas companhias aéreas. Diante do desperdício de recursos, o TCU aprovou, na semana passada, mudanças nas regras de contratações de agências com o governo. A meta é acabar com a sangria de recursos públicos.
O gasto de quase R$ 1 bilhão registrado no ano passado reúne apenas as compras da administração pública federal direta. A maioria das licitações dos órgãos públicos escolhe as agências de viagem que oferecem os maiores percentuais de desconto durante a concorrência pública. Para faturar os contratos milionários com o governo, algumas empresas praticam descontos superiores à possibilidade econômica, em percentuais muito acima das comissões recebidas das companhias aéreas. Para fechar essa conta, muitos empresários do turismo incluem nos bilhetes emitidos para o governo valores superiores aos cobrados pelas empresas aéreas, embutindo um lucro oculto. Representantes de várias agências ouvidos pela reportagem reconheceram que essa é uma prática usada para faturar contratos em licitações.
MPF apura fraude na emissão de bilhetes
O Ministério Público Federal (MPF) investiga o caso do superfaturamento de passagens aéreas compradas pelo governo e já identificou fraudes na emissão dos bilhetes em diferentes instituições. Um relatório elaborado pelo MPF apontou “a inclusão, nas faturas cobradas dos órgãos públicos, de valores superiores aos efetivamente adquiridos nas companhias aéreas, como estratégia para cobrir os altos descontos concedidos nas licitações”. O Ministério Público classifica a prática como uma forma de superfaturamento. O levantamento dos procuradores também indicou “a apropriação dos valores relativos aos bilhetes de viagens canceladas, os quais deveriam ser reembolsados aos órgãos públicos contratantes”.
Em uma decisão tomada na última quarta-feira, o Tribunal de Contas da União (TCU) reforçou a necessidade de sanar esses problemas e indicou como funciona a fraude. “O bilhete eletrônico que é encaminhado pelas agências de viagens para os consumidores finais, no caso os órgãos governamentais, não corresponde ao bilhete emitido pelas companhias aéreas. As agências fazem outro leiaute para o bilhete encaminhado, no qual as informações podem ser facilmente alteradas”, diz um trecho do acórdão, assinado pelos ministros Aroldo Cedraz, que presidiu a sessão; pelo relator, Raimundo Carreiro; e pelo procurador-geral no TCU, Paulo Bugarin.
Mudança nas regras das licitações
Diante da dificuldade em controlar os gastos com passagens aéreas no governo, as regras de licitação para a escolha de agências de viagens vão mudar. O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, na última quarta-feira, que as empresas interessadas em contratar com a União serão escolhidas com base na taxa de agenciamento cobrada, e não mais pelo percentual de desconto proposto. O objetivo é evitar que as agências ofereçam abatimentos economicamente inviáveis para faturar o certame e depois compensem as perdas com a inclusão de cobranças indevidas.
Com a decisão, será possível retomar a adoção de normas estabelecidas pelo governo federal no ano passado e que haviam sido derrubadas pelo próprio TCU. Em agosto de 2012, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento publicou a Instrução Normativa n° 07/2012, que instituiu o “menor valor de agenciamento” como critério de julgamento de propostas para a venda de passagens na administração pública. Até então, também eram usados como parâmetros os descontos oferecidos pela agência sobre o preço final.
Pouco depois, o relator do processo, ministro Raimundo Carreiro, suspendeu a instrução normativa, permitindo a retomada do uso dos descontos. Para ele, a supressão dessa forma de contrato “criaria obstáculos à necessária busca pela proposta mais econômica e beneficiaria as companhias aéreas em detrimento de outros setores”. Na última quarta-feira, entretanto, o TCU acatou os argumentos do Ministério do Planejamento e autorizou a utilização da Instrução Normativa n° 07/2012. Ou seja, a partir de agora, os contratos com as agências de viagens serão firmados unicamente com base na menor taxa de agenciamento cobrada. Hoje, esse valor no mercado é de cerca de R$ 25 por passagem emitida.
by congresso em foco/Uol

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