sábado, 21 de abril de 2012

Mato Grosso Também é Brasil. by Deise



by  Prosa e  Politica


O VLT de Cuiabá está chegando.


Sem recursos próprios nem autorização do Tesouro Nacional para emprestar os mais de R$ 1 bilhão, o governo de Mato Grosso e a Secretaria Extraordinária da Copa resolvem adiar a licitação do VLT para “atender diversas empresas”. A primeira data foi marcada para 20 de fevereiro. Quinze dias depois teve que republicar o edital por ordem do Tribunal de Contas da União (TCU) e a licitação então foi marcada para 23 de abril, na próxima segunda-feira.
Em 23 de março o governo entrou com ação cautelar com pedido de liminar no STF, pedindo que a União, por intermédio da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), suspendesse o impedimento imposto à Mato Grosso para contratação de empréstimo. Isto é: Mato Grosso não tem capacidade de endividamento. Como não conseguiu a autorização, o governo resolveu adiar para 15 de maio a licitação, assim para “atender diversas empresas”, entende?
É só ter calma. O VLT de Cuiabá ta chegando. No lombo do jegue.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

E este não é maior mico. Esperem o King Kong com a Copa... by Deise


by Terra

Metal Open Air: 10 bandas cancelam

 e festival vira piada no Twitter 


O primeiro dia do festival começou com atrasos e bandas canceladas. Foto: Adalberto Junior /Especial para TerraO primeiro dia do festival começou com atrasos e bandas canceladas


Falta de organização e estrutura, além de uma série de cancelamentos, têm dado dor de cabeça aos roqueiros que compraram o ingresso para o primeiro dia do Metal Open Air, nesta sexta-feira (20). O festival, que ocorre em São Luís (MA) até domingo (22), tem sofrido baixas na programação devido à reclamação da falta de cachê, hospedagem e transporte aéreo de bandas nacionais e internacionais.

Ouça músicas grátis no Sonora

No Twitter, internautas comentaram a confusão. "Metal Open Air se tornando o evento mais fail da história", escreveu @1Bigos. "Cheguei aqui no Palco do Metal Open Air e estão fazendo guerrinha de b**** de cavalo", disse @malditatequila. Além das quase cinco horas de atraso para o começo do festival, relatos em blogs dizem que a área de camping foi improvisada em um estábulo para cavalos.
Até uma página falsa foi criada emulando uma possível transmissão do festival pela internet. Na imagem, pássaros sobrevoam o parque da independência vazio. "No meio dessa confusão inteira do Metal Open Air, eu só queria saber cadê o Charlie Sheen", diz @predanorim. O ator foi contratado para ser mestre de cerimônias do festival, mas, até o começo da noite, não apareceu.
No final da tarde desta sexta-feira (20), a banda Attomica e Expose your Hate também comunicaram oficialmente que não fazem mais parte da programação. Até o momento são dez atrações canceladas - a maioria entre as últimas 24 horas que antecederam o início do festival: Hangar, Headhunter DC, Terra Prima, Unearthly, Obskure e as atrações principais Saxon, Venom e Rock n' Roll Stars, projeto de Gene Simmons.
Veja o que estão comentando no Twitter sobre o festival Metal Open Air

A catarse do jornalismo na CPI do Cachoeira



  •                                                                                                                            by  Brasil 247

Foto: Edição/247

Investigação no Congresso dá ao Brasil a oportunidade única de conhecer e debater os métodos da imprensa no Brasil; na era da transparência total, essa discussão se faz urgente e necessária; além disso, fortalece a liberdade de expressão


247 – Pela primeira vez em sua história, o Brasil terá a oportunidade única de conhecer, debater e julgar os métodos utilizados pelos meios de comunicação. O palco será a CPI sobre as atividades do bicheiro Carlos Cachoeira que terá um capítulo especial dedicado às relações do contraventor com órgãos de imprensa – em especial (mas não apenas) a revista Veja.
Ontem, o 247 revelou com exclusividade que o presidente-executivo da Abril, Fábio Barbosa, foi a Brasília para tentar impedir que sejam convocados o dono da empresa, Roberto Civita, e o diretor da sucursal Brasília, Policarpo Júnior. Nesta manhã, o lobby prosseguiu com uma reportagem questionando a possível indicação do deputado Paulo Teixeira (PT/SP) para a relatoria – segundo Veja, a agenda oculta de Teixeira seria a desmoralização da imprensa (leia mais aqui). Também nesta manhã, o blogueiro Reinaldo Azevedo começou a publicar uma série de artigos sobre supostos lobos que se travestem de cordeiros, num texto chamado “Fundamentos do jornalismo independente” (leia mais aqui).
O fato, inegável, é que a revista Veja se sente acuada. Está com medo. Teme a humilhação do seu criador, Roberto Civita, à semelhança do que ocorreu quando o magnata Rupert Murdoch teve de se explicar no parlamento inglês sobre as atividades do jornal News of the World e levou uma torta na cara. Lá, a aliança se dava entre jornalistas e policiais para a publicação de escândalos relacionados a celebridades. O jornal centenário foi fechado. Aqui, a aliança foi construída com um contraventor. Em reportagem publicada pela revista Época nesta sexta-feira, Cachoeira se vangloria de ter conseguido demitir o ex-diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, que vinha criando problemas para a construtora Delta, após plantar reportagens na revista Veja. “Coloquei no r... do Pagot”, disse o bicheiro.

Tudo em nome da notícia


No seu manual de boas práticas jornalísticas, Reinaldo Azevedo diz que a informação deve se submeter a três critérios: (1) se é verdadeira; (2) se é relevante e de interesse público e, (3) se ajudará a diminuir o raio de ações dos corruptos, incluindo o próprio informante.
No caso concreto do Dnit, apontado nesta sexta-feira pela concorrente Época, não se sabe efetivamente se a denúncia plantada por Cachoeira em Veja (a de um mensalão do PR no Ministério dos Transportes) era verdadeira. Sem a certeza da veracidade, impossível julgar se era ou não de interesse público. Mas certamente ela não contribuiu para diminuir o raio de ações dos corruptos, incluindo o próprio informante. Afinal, o próprio informante (Cachoeira), sócio informal da Delta, se jactava de ter colocado no r... de uma autoridade pública para favorecer a “ilibada” Delta. Hoje, o ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, diz que caiu porque questionava as camadas finas de asfalto da empreiteira de Fernando Cavendish. Detalhe: o Brasil da corrupção é também o que mais mata nas estradas.

CPI ampla e irrestrita


Nesta semana, o 247 também destacou um artigo do jornalista Janio de Freitas sobre os limites do jornalismo. Julgar se uma informação atende ao interesse público é sempre difícil. Mas jornalistas que lidam com bandidos devem estar sempre cientes de que o interesse da marginalidade é fazer com que a própria marginalidade avance (leia mais aqui).
O comportamento de Veja, que hoje se sente injustamente atacada, é totalmente distinto do que foi usado pela revista quando se sentiu no direito de atacar outros jornalistas – entre eles, Leonardo Attuch, criador do Brasil 247 (leia mais aqui).
No 247, a posição é claríssima: somos a favor da CPI, inclusive com um capítulo dedicado aos meios de comunicação. Ou será que tudo é permitido? Grampos ilegais, filmes clandestinos, chantagens, extorsões...
Aqui no 247, também gostamos de investigar o que há por trás das informações. Quando Mino Pedrosa publicou um vídeo de Fernando Cavendish, lembramos que ele atuou como assessor formal de Carlos Cachoeira – ou seja, a informação que dele partia tinha um viés relevante para a compreensão do contexto da notícia. Mino não gostou e reagiu. Publicou mentiras a nosso respeito e será processado – o grampo é verdadeiro e revela uma conversa natural entre duas pessoas que se conhecem. Faz parte do jogo democrático.
Na democracia, a transparência é também um valor essencial. Dias atrás, a hashtag #vejabandida foi o assunto mais comentado do Twitter no mundo todo. Não há razões para que a revista de maior circulação no País fuja ao debate. Se Veja pretende recuperar sua credibilidade, deveria ser a primeira interessada em participar da CPI. Para que possa explicar suas motivações, seus métodos e se defender publicamente. A liberdade não está em risco no Brasil. Ao contrário. A luz do sol nos meios de comunicação os fortalecerá.

Como diria Protógenes, eu "tambem nao faço falso heroismo". To de boa com crianças. Aos 51 elas são otimas. No colo da mae, na "tia" (que nao sou eu), na escolinha, na creche, escola integral ou até com a Supernnany. Menos comigo. Um ano... SOCORRRRROOOOOOOOOOOO!!!! By Deise


Como chamariamos este trem? Assinale a alternativa correta ( ) moscaréu, moscaria, mosquedo, mosqueiro, nuvem, praga ( ) Alcatéia . Como sabemos, por regra, só se usa o coletivo de animais que vivam ou ataquem em grupo. É o caso, por exemplo, dos lobos ou dos leões OU ( ) Por ser um animal não gregário. Mas sempre poderemos usar a forma "raposada", registada nos dicionários como «quantidade de raposas». by http://www.ciberduvidas.pt






Fato. by Deise


Simples assim. by Deise




Pedro, filho do cantor Leonardo, sofre acidente de carro e está em estado grave no hospital


by Estadão

SÃO PAULO - O cantor Pedro, de 24 anos, sofreu um politraumatismo devido a um acidente de carro, na madrugada desta sexta-feira (20), quando retornava de Uberlândia, MG.
O cantor foi levado pelo resgate ao Hospital Municipal de Itumbiara, em Goiás, onde deu entrada por volta das 8h35 e, após uma tomografia, que identificou que o rapaz sofreu uma lesão no baço, foi encaminhado para a cirurgia.
De acordo com a assessoria do hospital, a decisão de operá-lo foi tomada pelo fato de a cavidade abdominal do moço apresentar bastante sangramento.
Ainda segundo as informações fornecidas, a cirurgia de Pedro até o momento não foi finalizada. Contudo, assim que terminar, ele deverá permanecer durante algum tempo no local e, caso nenhum imprevisto aconteça, será transferido para a capital Goiânia.
O quadro do artista é grave, mas considerado estável.
Pedro, que é filho do cantor Leonardo, estava em Uberlândia para realizar um show ao lado de seu primo Thiago, com quem forma dupla.


by Estadão

SÃO PAULO - O cantor Pedro, de 24 anos, sofreu um politraumatismo devido a um acidente de carro, na madrugada desta sexta-feira (20), quando retornava de Uberlândia, MG.
O cantor foi levado pelo resgate ao Hospital Municipal de Itumbiara, em Goiás, onde deu entrada por volta das 8h35 e, após uma tomografia, que identificou que o rapaz sofreu uma lesão no baço, foi encaminhado para a cirurgia.
De acordo com a assessoria do hospital, a decisão de operá-lo foi tomada pelo fato de a cavidade abdominal do moço apresentar bastante sangramento.
Ainda segundo as informações fornecidas, a cirurgia de Pedro até o momento não foi finalizada. Contudo, assim que terminar, ele deverá permanecer durante algum tempo no local e, caso nenhum imprevisto aconteça, será transferido para a capital Goiânia.
O quadro do artista é grave, mas considerado estável.
Pedro, que é filho do cantor Leonardo, estava em Uberlândia para realizar um show ao lado de seu primo Thiago, com quem forma dupla.



SÃO PAULO - 21.04.2012 - O cantor Pedro, de 24 anos, sofreu um politraumatismo devido a um acidente de carro, na madrugada desta sexta-feira (20), quando retornava de Uberlândia, MG.
O cantor foi levado pelo resgate ao Hospital Municipal de Itumbiara, em Goiás, onde deu entrada por volta das 8h35 e, após uma tomografia, que identificou que o rapaz sofreu uma lesão no baço, foi encaminhado para a cirurgia.
De acordo com o diretor da casa de saúde, Ernande Oliveira Rodrigues, a decisão de operá-lo foi tomada pelo fato de a cavidade abdominal do moço apresentar bastante sangramento.
Já sobre o resultado da cirurgia, a assessoria de imprensa do cantor Leonardo, pai do jovem, garantiu que foi um sucesso e que Pedro não teve que retirar o baço.
Por volta das 16h35 desta sexta, o cantor chegou ao Instituto Ortopédico de Goiânia. Ele foi transferido de helicóptero para o local, onde seu pai o aguardava.
O quadro do artista é grave, mas considerado estável. No momento, ele está em coma induzido.
Pedro estava em Uberlândia para realizar um show ao lado de seu primo Thiago, com quem forma dupla.
Leonardo tem uma apresentação marcada neste sábado (21), no Rio de Janeiro. Contudo, sua assessoria ainda não sabe se ele poderá cumprir o compromisso.


SÃO PAULO - 21.04.2012 Pedro Leonardo, filho do cantor Leonardo, precisará ficar três dias em coma induzido. O jovem de 24 anos sofreu acidente de carro na sexta-feira (20), em Minas Gerais.
Durante coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado (21), o diretor da UTI do Instituto Ortopédico de Goiânia, Wandervan Antônio Azevedo, disse que o músico está com um edema muito grande na cabeça e que o coma induzido fará com o que o cérebro desinche para uma melhor avaliação do quadro.
Ao Famosidades, a assessoria de imprensa do cantor Leonardo os médicos não disseram que ele corre risco de vida, como foi divulgado em alguns veículos. "O quadro dele é grave, mas considerado estável", disse a assessora.
O médico informou que Pedro está com pneumonia, o que é considerado normal em pacientes que respiram com a ajuda de aparelhos.
O músico passou por uma cirurgia no baço, e segue internado na UTI do Instituto Ortopédico de Goiânia, para onde foi transferido no meio da tarde de sexta.
Já na capital de Goiás, Pedro foi submetido a novos exames de tomografia e ressonância magnética.
Em entrevista no hospital, o pai Leonardo lamentou o acidente: "Eu pedia para ele dormir na cidade e só viajar depois. Mas menino você sabe como é".


Diga-me com quem andas e te direi se irei contigo... by Deise



by MURILO RAMOS


“Fui afastado pela negociata de uma empreiteira e um contraventor ”

Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit, diz a ÉPOCA que perdeu o cargo por contrariar os interesses da Delta e de Carlinhos Cachoeira


LOBBY Luiz Antonio Pagot. Ele diz ter  sido pressionado  por parlamentares a favorecer a empreiteira Delta em obras do Dnit (Foto: Igo Estrela/ÉPOCA)
Principal braço do Ministério dos Transportes, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) conta com um orçamento anual de cerca de R$ 10 bilhões para construir e reformar as deficientes estradas e ferrovias brasileiras. Historicamente, esse dinheiro é disputado por grandes empreiteiras, num jogo que envolve empresários, técnicos, advogados, lobistas e políticos. Nesse campo são corriqueiras as brigas judiciais, golpes baixos e acusações de favorecimento. As investigações da Polícia Federal (PF) sobre a organização do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, já revelaram a proximidade da turma com a empreiteira Delta Construções. Associado ao diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu, Cachoeira colocava seus companheiros para trabalhar pela empresa em busca de contratos em vários Estados. Diálogos captados pela polícia, com autorização judicial, mostram que o grupo de Cachoeira atuou no jogo bruto dos negócios dentro do Dnit. Eles arquitetaram uma maneira de afastar Luiz Antonio Pagot do cargo de diretor-geral do Departamento. No dia 10 de maio de 2011, segundo gravações da PF, Cachoeira disse a Abreu que “plantou” as informações contra Pagot na imprensa. “Enfiei tudo no r... do Pagot”, diz Cachoeira. Nesta semana, quase um ano depois do episódio, Pagot deu entrevista exclusiva a ÉPOCA sobre as circunstâncias de sua queda.  
O afastamento de Pagot, bombardeado por acusações de cobrar propinas, foi comemorado pela turma de Cachoeira. Quase dois meses depois de ter ouvido de Cachoeira que a imprensa recebera material contra a diretoria do Dnit, Abreu telefonou para o bicheiro. Em tom de galhofa, diz durante a conversa que a presidente Dilma Rousseff ordenara ao então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a afastar todos os citados em reportagem publicada pela revista Veja. Naquele momento, Abreu e Cachoeira dividiram elogios entre eles e enalteceram a força de sua associação.

Consultor de empresas privadas na área de transportes, Luiz Antonio Pagot diz que não sabia da manobra de Cachoeira e Abreu. “Fui surpreendido por ter sido afastado através de uma negociata de uma empreiteira com um contraventor”, diz Pagot. “Isso serviu para que fosse ditado meu afastamento. É um verdadeiro descalabro.” Mas qual seria o interesse da empresa e de Cachoeira em prejudicar Pagot, se em sua gestão a Delta apresentara crescimento espetacular nos negócios com o Dnit? Ele afirma ter criado problemas para a Delta. Segundo Pagot, quatro episódios criaram animosidade entre ele e a empreiteira:

• A Delta subcontratou uma empresa para obras de recuperação de um trecho de 18 quilômetros da BR-116, em Fortaleza, Ceará, sem consentimento do Dnit. O Departamento abriu processo administrativo contra a Delta.

• Pagot diz que, em uma obra na BR-163, em Serra de São Vicente, em Mato Grosso, a espessura do concreto da rodovia, feita pela Delta, era menor que a prevista no contrato, fato que poderia provocar um desgaste precoce. A Delta teve de repavimentar a estrada.

• Segundo Pagot, a Delta não justificou os atrasos no início das obras do Trecho Manilha-Santa Guilhermina da BR-101, no Rio de Janeiro. “A Delta estava esperando terminar uma obra em outro lugar para iniciar esse trecho”, diz Pagot. “Mas essa história não é bem assim. A Delta conhecia as exigências do edital. Tinha de estar preparada para começar as obras. Não admiti tantas postergações.” Segundo o Dnit, a Delta espera liberações do Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Meio Ambiente para iniciar as obras.

• A Delta estava entre as insatisfeitas com o resultado da licitação de obras de duplicação da BR-060, em Goiás. Segundo Pagot, as empreiteiras esperavam que os contratos fossem de R$ 1,6 bilhão, mas saíram por R$ 1,2 bilhão. Isso frustrou as expectativas de faturamento, inclusive da Delta. A Delta lidera um consórcio que venceu um dos lotes da licitação.

De acordo com Pagot, diretores da empresa ficaram contrariados com a postura do Dnit e fizeram pressão contra a diretoria do órgão. “Recebi visitas do presidente do Conselho de Administração, Fernando Cavendish, do diretor da empresa para a Região Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e do diretor da empresa para a Região Norte, Aluízio de Souza”, diz Pagot. “Escutei todas as reivindicações e agi como sempre fiz: pedi que formalizassem essas reivindicações. Fazia isso com todo mundo que ia lá.”
MÃOZINHA A obra na BR-163,  em Mato Grosso (acima), e o deputado Valdemar Costa Neto (abaixo). Pagot afirma que contrariou a Delta ao questionar camada de concreto mais fina na estrada. Segundo ele, Costa Neto pediu para que a Delta vencesse uma licitaç (Foto: Ernesto de Souza/Globo Rural e Monique Renne/CB/D.A Press)

Além das reclamações públicas e do jogo de bastidores da turma de Cachoeira, revelado pela investigação da Polícia Federal, Pagot afirma que a Delta contava com o empenho de um grupo de parlamentares aliados. Réu no escândalo do mensalão, o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP) é o presidente de honra do Partido da República (PR). Apesar do cargo apenas honorífico, Valdemar é quem manda no PR. Do mesmo modo, apesar de o ministro dos Transportes ser na ocasião o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), Valdemar tinha grande poder nas decisões do ministério. Costa Neto procurou Pagot para falar sobre a licitação da Travessia Urbana de Ubatuba, São Paulo. “Valdemar disse para mim que quem tinha de vencer era a Delta”, afirma Pagot. O custo das obras era de R$ 150 milhões. Poderoso no ministério, Costa Neto contava também com o fato de Pagot ter chegado ao cargo graças ao senador Blairo Maggi (PR-MT). O lobby de Valdemar não vingou. O projeto foi alterado pelo Dnit e não saiu conforme suas pretensões. Valdemar contesta a versão de Pagot. “Não fiz pressão junto a diretores do Dnit para que a obra fosse vencida pela Delta”, afirmou Valdemar por intermédio de sua assessoria. Segundo Pagot, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) também pressionou o Departamento em favor da Delta. Ele queria que o Dnit fosse menos exigente com a Delta no episódio do asfalto da BR-163. Após o fechamento da edição desta semana de ÉPOCA, Fagundes procurou a reportagem e disse não ter feito lobby pela Delta. "Fiz pressão pela celeridade da obra. Fiz pressão pela população de Mato Grosso."
A Delta foi procurada por ÉPOCA para responder aos questionamentos sobre a atuação da organização de Cachoeira e Abreu no Dnit e a atuação de parlamentares em prol da empresa, como afirma Pagot. A resposta veio em forma de nota da assessoria de imprensa da empreiteira. “Um inquérito do Ministério Público Federal averiguará todas essas questões derivadas da chamada Operação Monte Carlo. O Congresso Nacional deliberou nessa última semana pela instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para também investigar temas correlatos a essas perguntas de ÉPOCA”, afirma a empresa. “A Delta Construções falará sobre todos os assuntos nos foros judicial e parlamentar. A empresa repudia, desde já, conclusões parciais e precipitadas oriundas de análises superficiais de informações coletadas.” De acordo com a Delta, “jamais o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu falava ou agia em nome da empresa, quando, supostamente, teria dado curso a fofocas que se levantavam em relação ao Dnit ou a qualquer de seus diretores. Caso se revelem verdadeiras as suspeitas em relação à ação de Cláudio Abreu nesse sentido, ele agiu por motivação própria e desconhecida pela empresa à qual devia lealdade”.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional foi instalada na semana passada. PT e PMDB terão o controle da Comissão. Os governistas querem evitar que a CPMI investigue a Delta, devido a seus contratos com o governo federal e com o governo de Sérgio Cabral (PMDB) no Rio de Janeiro. Também trabalharão para que não surja nada do baú de Cachoeira relativo às acusações de contribuições para o caixa dois de campanhas petistas. As duas missões são difíceis. Há material abundante sobre o caso. Conversas captadas pela polícia mostram Cachoeira entusiasmado com a oportunidade de negócios no ramo da Delta. Ele chega a sondar tipos de material de construção que deveriam ser usados em obras públicas. Cachoeira diz: “Eu sou a Delta”, ao tratar do patrocínio a um time de futebol em Goiás. Ainda é cedo para apostar no resultado final da partida.

Procurador-geral está mal informado. Não há bloqueio de R$ 300 milhões para compensar prejuízo de SP no precatório Villa-Lobos



BY  TRIBUNA DA INTERNET

                                                                                                                INFORMAÇÃO E OPINIÃO



Afanasio Jazadji
Primeiramente, sinceros cumprimentos ao site Consultor Jurídico pela extensa e esclarecedora reportagem publicada em 13 de abril sob o título “TJ-SP vai analisar caso de precatório do Villa-Lobos”, informando que laudo da Contadoria da Justiça apontou equívocos da Fazenda Pública Estadual ao pagar indevidamente R$ 720 milhões a mais à empresa S/A Central de Imóveis e Construções quando da quitação de parcelas do precatório conhecido como do “Parque Villa-Lobos”, como se expõe a seguir:
1 – De início de se esclarecer que, além do atual procurador-geral, doutor Elival da Silva Ramos. e do ex-procurador que o antecedeu, também foram chamados a compor o polo passivo da ação popular por mim ajuizada, a Fazenda do Estado de São Paulo, a S/A Central de Imóveis e Construções e seus controladores e respectivo escritório de advocacia.
E é certo que o atual procurador-geral foi excluído do feito e que dessa decisão, em particular, não apelamos, pois em sua defesa ele alegou ter se limitado a  simplesmente cumprir decreto baixado pelo governador Geraldo Alckmin, de número 46.030, em 21 de agosto de 2001, quando nem ocupava o cargo de chefe da PGE.
Assim, na condição de servidor público estava obrigado a cumprir o decreto que teria autorizado o pagamento de juros moratórios em precatórios honrados sem atraso algum e o que em nosso entender afrontou o parágrafo 1º. do artigo 100 da Constituição Federal e acórdãos do STF.
2 – Apesar da clareza do pedido expresso na ação popular, que visou o ressarcimento ao Estado de suposto prejuízo de vulto sofrido em virtude dos pagamentos feitos indevidamente aos titulares do citado precatório, o conceituado professor de Direito Constitucional, que reverenciamos, não homenageando a verdade dos autos, sustentou com parca criatividade, que o processo buscava a tutela de interesses particulares, razão por que deveria ser extinto. Isto na sua compreensível e oportunista visão.
3 – Por outro lado, diferentemente do argumentado por ele, esses pagamentos milionários – o precatório do Parque Villa-Lobos custou cerca de TRÊS BILHÕES DE REAIS aos cofres estaduais – desconsideraram, ademais, jurisprudência predominante no Supremo Tribunal Federal, desde 2002, que até editou súmula vinculante sobre a proibição do pagamento de juros moratórios quando a satisfação da dívida judicial ocorre sem atraso, como se deu no caso desse precatório. As parcelas 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª foram pagas sem atraso algum, entre 2004 e 2009, mas com juros moratórios indevidos, ilegais, daí o inexplicável prejuízo de centenas de milhões de reais denunciado pelo autor popular e RECONHECIDO PELA CONTADORIA JUDICIAL DO PODER JUDICIÁRIO DE SÃO PAULO.
4 – Surpreendeu-nos, negativamente, a gratuita afirmação do procurador-geral de que “a NONA PARCELA do precatório do parque, vencida em 31 de dezembro de 2009, está bloqueada em juízo porque havia crédito do Estado. São 300 milhões bloqueados”.
NÃO É VERDADE. Se o Estado tem crédito é porque negligentemente, entre 2004 e 2009, pagou valores não devidos, cerca de R$700 milhões a mais aos ex-proprietários da área onde hoje se situa o Parque Villa-Lobos, em decorrência de inacreditável erro de cálculo da própria PGE, que ignorou o disposto no parágrafo 1º. do artigo 100 da Lei Maior que diz: “É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até primeiro de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, QUANDO TERÃO SEUS VALORES ATUALIZADOS MONETARIAMENTE”. PORTANTO, SEM JUROS MORATÓRIOS E QUE FORAM OFERTADOS GRACIOSAMENTE PELA FAZENDA ESTADUAL.
(É bom que se esclareça que a empresa S/A Central de Imóveis e Construções não teve participação alguma na elaboração desses cálculos. Eles são oficiais, da responsabilidade da Fazenda Pública Estadual e da PGE).
Não tivesse o autor popular denunciado tamanho deslize e tudo estaria consumado, como se deu entre 2004 e 2009, e o enriquecimento indevido, sem justa causa, teria passado “in albis”, não devendo por isso mesmo o autor ser visto como inimigo, mas, sim, como colaborador das instituições públicas, como assinala a Lei 4.717/65.
5 – Nesse contexto, para azar do procurador-geral Elival da Silva Ramos, que se mostra mal informado, A NONA PARCELA DO PRECATÓRIO EM QUESTÃO NÃO ESTÁ BLOQUEADA NÃO. Em 28 de dezembro de 2009, a Fazenda do Estado depositou R$286 MILHÕES, com juros moratórios descabidos em nome da S/A Central de Imóveis. E apenas duas semanas depois, 12 de janeiro de 2010, a juíza Alexandra Fuchs de Araújo, então no Setor de Execuções contra a Fazenda Pública, autorizou o levantamento dessa milionária quantia e que não está retida para garantir devolução alguma ao erário estadual. Isto, quem está buscando é o autor popular e que, estranhamente, não foi apoiado em juízo pela Fazenda Estadual, que foi acentuadamente lesada.
6 – E as trapalhadas não terminam aqui. O procurador-geral, além de justificar que os pagamentos de juros moratórios indevidos obedeceram a dispositivos de decreto da responsabilidade do governador Alckmin, complementarmente, fez questão de enfatizar que não pagou juros moratórios em parcelas quitadas SEM ATRASO APENAS à S/A Central de Imóveis. Ela não foi a única favorecida. Declarou que todos os precatórios não alimentares quitados entre 2004 e 2009 também RECEBERAM O QUE CHAMOU DE JUROS LEGAIS, ou seja, juros moratórios indevidos.
Tanto assim foi que a juíza da 6ª. Vara da Fazenda Pública, Alexandra Fuchs de Araújo, na sentença que extinguiu a ação popular, esclareceu que “não consta que os dois procuradores “tenham assinado qualquer parecer ou determinado qualquer pagamento deste precatório em específico, DE FORMA DIFERENTE DAQUELA REALIZADA PARA OS DEMAIS PRECATÓRIOS (..) O PAGAMENTO DESTE PRECATÓRIO OBEDECEU AO MESMO CRITÉRIO DE TODO E QUALQUER PRECATÓRIO PAGO PELO ESTADO”.
Em síntese, a Fazenda Estadual pagou todos os precatórios não alimentares, entre 2004 e 2009, com juros moratórios sem que tivesse havido atraso algum, mora alguma, a justificar essa liberalidade e que tantos prejuízos acarretou aos cofres estaduais e em total desconformidade com o parágrafo 1º. do artigo 100 da CF e acórdãos do pleno do STF, desde 2002.
Como a Fazenda Estadual quitou precatórios não alimentares com acréscimo de juros moratórios ilegais e indevidos, entre 2004 e 2009, num total de DEZ BILHÕES DE REAIS, dá para se ter idéia da lesividade que tal equívoco acarretou às finanças estaduais?
Não adianta tergiversar. A Constituição e o STF deixaram definitivamente assentado e pacificado que “não havendo atraso na satisfação do débito, não incidem juros moratórios entre a data da expedição e a data do efetivo pagamento do precatório”.
É o que tinha a informar.

Carlos Newton
É inacreditável a desfaçatez do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos réus que comprovadamente recebia o mensalão. O inquérito provou que a mulher dele é quem fazia o recolhimento da mesada de R$ 50 mil no Banco Rural, e à época Cunha tentou se livrar alegando que ela tinha ido à agência apenas para pagar a fatura da televisão a cabo…
Oportuna e impressionante reportagem de Carolina Brigido e Roberto Maltchik, em O Globo, mostra que João Paulo Cunha está batendo pessoalmente à porta do Supremo Tribunal Federal (STF). Já pediu audiência a cinco ministros.
Por enquanto, foi recebido apenas pelo declaradamente petista Dias Toffoli, em seu gabinete na semana passada. O ministro confirmou o encontro, mas alegou que o parlamentar o procurou na condição de integrante da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Teria ido apenas para entregar o relatório final da comissão de juristas que estuda mudanças no Código Penal. Porém, a desculpa não procede, porque João Paulo não é relator da comissão nem recebeu incumbência de para representá-la no STF.
Os repórteres perguntaram se foi tratado o assunto do mensalão, Toffoli garantiu que não. Disse que o interlocutor sequer puxou o assunto. E João Paulo respondeu aos jornalistas com uma gargalhada:
— Para esse assunto (o julgamento do mensalão), o Globo não me ouve. Sobre esse assunto eu não vou falar. Não tenho razão. Posso falar de outra coisa — disse o deputado, após ser insistentemente questionado sobre o motivo da visita ao gabinete de Toffoli.


O parlamentar tem uma audiência marcada com o ministro Celso de Mello. A assessoria do ministro não divulgou quando será. Na terça-feira à tarde, a assessoria de João Paulo também telefonou ao gabinete de Carlos Ayres Britto para pedir uma audiência. O ministro assumiu a presidência do tribunal na quinta-feira — e, espera-se, presidirá o julgamento do mensalão. Por falta de disponibilidade na agenda, o encontro não foi marcado. Mas não houve recusa em agendá-lo para adiante.
Recentemente, a assessoria do deputado também procurou o gabinete de Marco Aurélio Mello. A audiência não foi marcada por falta de horário disponível. O mesmo ocorreu no gabinete de Luiz Fux. As assessorias dos gabinetes informaram que o parlamentar não revelou o motivo do encontro.
Questionados pelos repórteres, os demais ministros ou suas respectivas assessorias negaram ter sido procurados pelo parlamentar para o mesmo fim.
 TOFFOLI, O SUSPEITO
Às vésperas do julgamento do mensalão, que pode ocorrer ainda neste semestre, ainda é uma incógnita a participação de Dias Toffoli, que deveria se declarar suspeito para julgar o caso, conforme prometeu ao ser sabatinado no Senado, antes da nomeação, quando garantiu que se declararia impedido em todas as questões envolvendo diretamente o PT e o governo.
Além disso, há outro motivo. À época do mensalão, Toffoli era chefe da Advocacia-Geral da União e subordinado do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, um dos 38 réus no processo. Toffoli e Dirceu eram amigos íntimos e costumavam frequentar as casas um do outro em eventos festivos.

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