domingo, 15 de abril de 2012

Alunos da USP farão ‘semana do baseado’

Universitários promovem atividades para debater a
proibição do uso de drogas no câmpus.
Programação do evento inclui noite do ‘fumo lícito’


by Camilla Haddad 
                                                                 O Estado de S. Paulo SÃO PAULO

Alunos da Universidade de São Paulo (USP) promoverão, entre segunda e sexta-feira, a Semana de Barba, Bigode e Baseado. Serão cinco dias de atividades para discutir a proibição do uso de drogas ilícitas no câmpus do Butantã, na zona oeste da capital. Está prevista uma noite do fumo, que, "para efeitos jurídicos", terá "apenas orégano, substância lícita". O convite para o evento é feito pelo Facebook. Veja também: 'Semana do baseado' causa polêmica nas redes sociais CRONOLOGIA: Desde confronto na Marcha da Maconha, assunto voltou várias vezes à tona; relembre TV ESTADÃO: FHC comenta filme sobre legalização da maconha Supremo libera realização das Marchas da Maconha USP: flagrante de maconha acaba em quebra-quebra Daniel Teixeira/AECartazes convocam para evento na FFLCH"A semana terá um caráter lúdico e libertário", disse Caio Andreucci, estudante do 3.º ano de Ciências Sociais e um dos organizadores. Ele contou que a ideia surgiu na Frente Uspiana de Mobilização Antiproibicionista (Fuma). O grupo foi fundado no fim do ano passado, em meio aos protestos surgidos após a Polícia Militar flagrar três estudantes com maconha na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que acabaram com a invasão da Reitoria. Segundo Andreucci, a maioria dos participantes é da FFLCH, mas devem marcar presença também alunos do Direito. "A gente vai discutir a moralidade na questão das drogas com ironia e piada", prometeu. Na segunda-feira, dia 16, serão apresentados documentários sobre drogas e mulheres que vivem no mundo do tráfico. As sessões serão exibidas no Espaço Verde, um sala da FFLCH, a partir das 20 horas. No dia seguinte, será a vez do fumo lícito, como definiu o regulamento do evento. Na mesma página na internet, os estudantes postaram que "droga não é demônio" e o que estará em pauta é a "autonomia sobre o próprio corpo e a liberdade de escolha". Professores da USP estão entre palestrantes anunciados no Facebook. Apesar das frases, Caio lembrou que não serão fornecidas drogas no local. "É uma questão que não podemos controlar, mas não vamos incitar." Arrecadação. No último dia de discussões, previsto para a próxima sexta-feira, será realizada uma cervejada na faculdade. O dinheiro arrecadado com a venda de bebidas será revertido para a Marcha da Maconha, movimento que defende a legalização da droga no Brasil. A Assessoria de Imprensa da Reitoria da USP informou que não vai se manifestar sobre o evento. No mês passado, o coronel da reserva Luiz de Castro Junior assumiu a Guarda Universitária da USP. Ele não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto.

'Universidade é lugar para discutir drogas sem preconceito', diz organizador de evento na USP

by Juliana Dedoro, Especial para o Estadão.edu SÃO PAULO - Alunos da USP que organizaram a Semana de Barba, Bigode e Baseado disseram nesta sexta-feira que não imaginavam a repercussão do evento, marcado para ocorrer entre segunda e sexta-feira na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na Cidade Universitária. "O evento incita muito mais a discussão do que o uso de qualquer droga", diz Caetano Patta, de 23 anos, um dos fundadores da Frente Uspiana de Mobilização Antiproibicionista (Fuma), organizadora da semana. Daniel Teixeira/AEEvento será realizado na FFLCH de segunda a sextaPara Caetano e seu colega do 5.º ano de Ciências Sociais, Leôncio Silva, o debate que surgiu nas redes sociais após a divulgação do evento mostra que a questão da legalização da maconha está em pauta e precisa ser discutida pela sociedade. "A questão da legalização das drogas está sujeita ao preconceito, mas a universidade é o lugar onde isso precisa ser discutido", afirma Caetano. Segundo ele, a Fuma usou de ironia para chamar a atenção das pessoas e levantar o debate de forma menos agressiva. A frente foi fundada no fim do ano passado, em meio aos protestos surgidos após a Polícia Militar flagrar três estudantes com maconha na FFLCH. Alunos invadiram o prédio da diretoria da faculdade e, depois, o da reitoria da USP. Leôncio, de 22 anos, diz que o objetivo do evento é discutir a "autonomia sobre o próprio corpo". "Não é uma questão de endeusar uma substância, mas abordar o assunto de forma mais abrangente." Na segunda-feira, 16, serão apresentados documentários sobre drogas e mulheres que vivem no mundo do tráfico. As sessões serão exibidas no Espaço Verde, um sala da FFLCH, a partir das 20 horas. No dia seguinte, será a vez da noite do fumo, que, "para efeitos jurídicos", terá "apenas orégano, substância lícita". Os organizadores afirmam que não serão fornecidas drogas no local. O convite para o evento é feito pelo Facebook. Professores da USP estão entre os palestrantes anunciados na rede social. No último dia de discussões, previsto para a próxima sexta-feira, será realizada uma cervejada na faculdade. O dinheiro arrecadado com a venda de bebidas será revertido para a Marcha da Maconha, movimento que defende a legalização da droga no Brasil. A aluna do 3.º ano de Ciências Sociais Nina Simões, de 22, diz que vai participar do evento porque apoia o debate sobre a legalização da maconha. "Fiquei muito incomodada ao ver na internet algumas pessoas dizendo que a legalização não pode ser discutida. Além de preconceituosos, esses comentários são perigosos." Para o calouro de Economia Lucas Gomes, de 21, a semana terá discussões "justas e democráticas". "Esse tipo de debate também deveria ocorrer na FEA", diz. Luciana Takamori, de 23 e caloura de Atuariais, sentiu-se incomodada com a divulgação do evento. "Fica parecendo que a USP inteira está participando, quando é só um pequeno grupo de estudantes", afirma. "Esta não é uma questão de toda a universidade." Ketrin Silva, de 24 e também caloura de Atuariais, concorda. Quando soube da programação da semana, disparou: "Estão fazendo apologia ao uso de drogas".

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Radar político

 
14.abril.2012 11:27:00

Lula entra na campanha de Haddad e atrai apoio de Marta

                                                                       Felipe Frazão e Roldão Arruda – O Estado de S.Paulo


Atualizado às 7h20 (15/04/2012)
Em sua primeira aparição em palanque, após a conclusão do tratamento do câncer da laringe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez neste sábado, 14, um lance duplo a favor de seu candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Além de aparecer ao lado dele pela primeira vez em evento público, desde que a pré-candidatura foi posta na rua, ele ainda atraiu para o palanque a senadora Marta Suplicy, que andava afastada e descontente desde que foi obrigada a desistir de sua candidatura ao cargo – por pressão do próprio Lula.
Pela primeira vez, a ex-prefeita prometeu se empenhar na campanha de Haddad. “Eu e o Lula vamos estar a todo momento com você”, prometeu.
Na avaliação da senadora, principal estrela do evento, depois de Lula, chegou a hora do PT retomar a agenda política e administrativa de São Paulo. Ela disse que a gestão de Gilberto Kassab (PSD) é marcada pela “mediocridade absoluta”.
O encontro aconteceu no final da manhã, durante a inauguração, em São Bernardo do Campo, de um Centro Educacional Unificado (CEU) – tipo de escola que surgiu em São Paulo e foi considerada a principal marca da gestão de Marta (2004-2014). A unidade inaugurada pelo prefeito petista Luiz Marinho, no centro de uma das regiões mais pobres da cidade, ganhou o nome de Regina Rocco Casa, em homenagem à mãe da mulher de Lula, Marisa Letícia.
Coube ao ex-presidente Lula fechar uma sequência de discursos de tom político. “Se eu tivesse juízo, não ia falar aqui porque não estou com a garganta totalmente boa”, observou, no início de sua fala.
De fato, a voz estava rouca e fraca. Após pouco mais de cinco minutos, foi obrigado a parar, por causa de um acesso de tosse.
No pouco que falou, Lula deixou clara sua vontade de participar ativamente da eleição municipal deste ano: “Espero que daqui a quinze ou vinte dias eu esteja apto para me dirigir aos companheiros e companheiras, por esse Brasil afora, para ajudar nosso partido a continuar crescendo, elegendo pessoas como Marinho, como Fernando Haddad.”

Tom inflamado - O discurso mais inflamado foi o de Marta, que parecia muito à vontade no palanque, atirando beijos e flores. Com um ataque direto ao prefeito Kassab, que sucedeu José Serra (PSDB) na prefeitura e é seu principal aliado na campanha deste ano, ela sinalizou qual deve ser o tom da campanha petista.
“Você agora tem uma grande responsabilidade”, disse a Haddad. “Eu e Lula vamos estar com você, porque o programa petista precisa voltar. Não vamos mais aceitar a mediocridade.”
Ela ironizou o bordão da propaganda oficial de Kassab, “hoje tem” em mais de um momento. “O que tem hoje em São Paulo e antes não tinha é o abandono. Antes não tinha recurso, mas graças ao Lula e à economia (do País), agora tem!.”
No seu discurso, Haddad fez elogios a Marta, dando-lhe crédito total pela idealização do CEU.

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