quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, morre aos 77 anos

Informação foi confirmada pela assessoria da cantora. Foram 57 anos de carreira e clássicos da MPB como 'Baby', 'Meu nome é Gal', 'Chuva de Prata', 'Meu bem, meu mal' e 'Barato total'.

Por g1

09/11/2022 11h11 Atualizado há 11 minutos
Adriana Spaca/Brazil Photo Press via AFP/Arquivo

Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, morreu aos 77 anos, em São Paulo, nesta quarta-feira (9). A informação foi confirmada pela assessoria da cantora. Ela havia dado uma pausa em shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.


Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total".

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Os músicos João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa, em agosto de 1971 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Três anos depois, veio outro clássico: "Baby", de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.
Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e foi pelo rock com "Cinema Olympia", mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Ao gravar "Pérola negra", em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou "Vapor barato", mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.
A cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza ("Brasil", 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas ("Um dia de domingo", de 1985); e Marília Mendonça ("Cuidando de longe", 2018).

Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. "Fa-tal", "Índia" e "Profana" foram três dos principais.
Caetano Veloso e Gal Costa no programa 'Saudade não tem idade' — Foto: Acervo Grupo Globo

Ela estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de mel" eram algumas das músicas do repertório.

Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.

Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro.

A cantora Gal Costa, durante participação especial para o disco de Gilberto Gil 'Expresso 2222', gravado no estúdio da Rádio Eldorado em São Paulo em junho de 1972 — Foto: Solano José de Freitas/Estadão Conteúdo/Arquivo

Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. "A pele do futuro", de 2018, foi o 40º disco da carreira. "Está vindo a geração que salvará o planeta", disse ela ao g1, quando lançou o álbum.

O último álbum lançado foi "Nenhuma Dor", em 2021, quando Gal regravou músicas como "Meu Bem, Meu Mal", "Juventude Transviada" e "Coração Vagabundo", com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Ex-ator Guilherme de Pádua morre aos 53 anos

Informação foi transmitida pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha. Guilherme de Pádua sofreu um infarto na noite deste domingo (6/11)


Ex-ator Guilherme de Pádua morreu aos 53 anos(foto: Reprodução)

Estado de Minas 06/11/2022 22:57 - atualizado 06/11/2022 23:48

O ex-ator Guilherme de Pádua, que cumpriu pena pelo assassinato da atriz Daniella Perez, morreu neste domingo (6/11) em Belo Horizonte. Ele tinha 53 anos. A informação foi transmitida pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, em vídeo publicado no Instagram. Segundo o religioso, Pádua sofreu um infarto pouco antes das 22h.

“Recebi o telefonema de uma irmã falando de um dos nossos pastores que acabou de falecer. Aquilo para mim foi um impacto muito grande, pois hoje, às 10h, eu estava dirigindo o culto, e ele estava no primeiro banco com a esposa, servindo ao Senhor, cantando, orando, louvando (...)”, disse.

Guilherme de Pádua interpretou o motorista Bira na novela De Corpo e Alma, da TV Globo, em 1992. Seu personagem fazia par romântico com Yasmin, vivida pela atriz Daniella Perez, filha da autora Glória Perez. No decorrer das gravações, Pádua assassinou Daniella com a ajuda da ex-mulher, Paula Nogueira Thomaz.

As investigações da época dão conta de que Guilherme teria ficado insatisfeito com a diminuição de seu papel na novela, enquanto Paula demonstrava ciúmes pelas cenas de Daniella com o ator.

Após armar uma emboscada para a atriz em um posto de combustíveis, o casal a levou para um matagal na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e desferiu pelo menos 20 golpes de punhal. O crime ocorrido em 29 de novembro de 1992 chocou todo o país.

Pastor Márcio Valadão anunciou a morte de Guilherme de Pádua

“É um moço que a sociedade não compreende, porque ele praticou aquele crime tão terrível da Daniela Perez, foi preso, cumpriu a pena e se converteu. Era uma lagarta e virou borboleta. Dentro de casa, caiu e morreu. Morreu agorinha. Acabou de morrer”, lembrou Márcio Valadão.

Por ter matado Daniella Perez, Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão. Após cumprir um terço da pena, ele ganhou liberdade em 14 de outubro de 1999. Posteriormente, aderiu à Igreja Batista da Lagoinha, na qual tinha um trabalho social com ex-presidiários, segundo Valadão.

“Esse moço, Guilherme de Pádua, ficou tão conhecido. Era um artista de TV e fez aquela besteira anos atrás. Até hoje fica um estigma muito grande. Mas eu tive o privilégio de conviver com ele. Durante muitos anos, esteve conosco. Depois que saiu da prisão, cumpriu a pena, e hoje tem um trabalho de cuidar de ex-presos no ministério pastoral”.

sábado, 5 de novembro de 2022

Pompeo: Fontes do relatório do Yahoo News WikiLeaks 'todos devem ser processados'


29 de setembro de 2021· 6 minutos de leitura

O ex-diretor da CIA e ex-secretário de Estado Mike Pompeo pediu na quarta-feira o processo criminal de fontes que conversaram com o Yahoo News para uma história detalhando propostas da agência de inteligência em 2017 para sequestrar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e discussões dentro do governo Trump e da CIA para possivelmente até mesmo assassiná-lo.

Pompeo, que aparece no podcast de Megyn Kelly , foi convidado a responder à história do Yahoo News , baseada em entrevistas com 30 ex-funcionários de inteligência e segurança nacional dos EUA com conhecimento dos esforços do governo dos EUA contra o WikiLeaks.

“Não posso dizer muito sobre isso além das 30 pessoas que supostamente falaram com um desses repórteres [do Yahoo News] – todos deveriam ser processados ​​por falar sobre atividades classificadas dentro da Agência Central de Inteligência”, disse Pompeo.

Ao mesmo tempo, Pompeo se recusou a responder a muitos dos detalhes na conta do Yahoo News e confirmou que “partes disso são verdadeiras”, incluindo a existência de uma campanha agressiva da CIA para atacar o WikiLeaks após a publicação da organização de informações altamente documentos sensíveis do chamado Vault 7 revelando algumas das ferramentas e métodos de hacking da CIA.

“Quando bandidos roubam esses segredos, temos a responsabilidade de ir atrás deles, para evitar que isso aconteça”, disse Pompeo. “Temos absolutamente a responsabilidade de responder. ... Queríamos desesperadamente responsabilizar os indivíduos que violaram a lei dos EUA, que violaram os requisitos para proteger as informações e tentaram roubá-las. Existe um arcabouço legal profundo para isso. E tomamos ações consistentes com a lei dos EUA para tentar conseguir isso.”

O ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. (Joe Raedle/Getty Images)

Os comentários de Pompeo vieram quando alguns ativistas de direitos humanos, grupos de liberdades civis e apoiadores de Assange disseram que as revelações do Yahoo News deveriam ser investigadas e eram motivos para abandonar os esforços do Departamento de Justiça de extraditar Assange de uma prisão britânica para enfrentar acusações criminais nos EUA. por publicar segredos governamentais classificados em violação da Lei de Espionagem da Primeira Guerra Mundial, bem como por supostamente conspirar para invadir uma rede secreta do governo dos EUA.

“Agora sabemos que este caso criminal sem precedentes foi lançado em parte por causa dos planos genuinamente perigosos que a CIA estava considerando”, disse Ben Wizner, diretor do Projeto de Discurso, Privacidade e Tecnologia da União Americana das Liberdades Civis. “Isso fornece mais uma razão para o Departamento de Justiça de Biden encontrar uma maneira tranquila de encerrar este caso.”

Também pesando sobre a história do Yahoo News estava Nils Melzner, o Relator Especial das Nações Unidas sobre Tortura. “Não se trata de lei. Trata-se de intimidar o jornalismo; trata-se de suprimir a liberdade de imprensa; trata-se de proteger a imunidade para funcionários do estado”,ele disseem um vídeo que ele postou no Twitter. O caso de Assange “tornou-se impossível de ignorar”, acrescentou. “E eu encorajaria jornalistas de todos os meios de comunicação a analisarem profundamente este caso, reunir todas as evidências e expor má conduta, porque o público merece saber a verdade.”

Embora o Departamento de Justiça de dois procuradores-gerais nomeados pelo presidente Trump tenha feito acusações contra Assange, os promotores federais do procurador-geral do presidente Biden, Merrick Garland, continuam a investigar o caso. Eles entraram com apelações da decisão de um juiz britânico no início deste ano de que Assange não deveria ser entregue ao governo dos EUA porque ele representaria um risco de suicídio em uma prisão americana.

Os advogados de Assange devem apresentar na quarta-feira respostas aos argumentos do Departamento de Justiça e estão considerando ativamente maneiras de levantar questões de má conduta do governo com base em parte em muitos dos detalhes da história do Yahoo News. Entre eles está a revelação de que, após o vazamento do Vault 7, visto na época como a maior perda de dados da história da CIA, Pompeo ficou furioso e exigiu uma campanha multifacetada para desmantelar o WikiLeaks. Publicamente, ele descreveu o grupo como um “serviço de inteligência hostil não estatal”. Mas, em particular, ele pressionou por ações agressivas em reuniões com altos funcionários do governo Trump, incluindo uma operação de sequestro para sequestrar Assange da Embaixada do Equador em Londres.

Fontes disseram ao Yahoo News que na Casa Branca e na CIA também houve discussões sobre um possível assassinato, embora ex-funcionários tenham dito que a ideia de matar Assange não foi levada a sério. Mas quando os advogados da Casa Branca souberam de alguns dos planos da agência visando Assange, particularmente as propostas de rendição de Pompeo, levantaram objeções, resultando em um dos debates de inteligência mais contenciosos da presidência de Trump.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em entrevista coletiva na Embaixada do Equador em Londres, agosto de 2014. (John Stillwell/Pool via Reuters)

Os comentários de Pompeo no podcast de Kelly vieram um dia depois que ele apareceu no podcast de Glenn Beck e afirmou: “Eu sou a favor de uma Primeira Emenda grande, ousada e forte”. Mas seu apelo na quarta-feira para o processo criminal de fontes que conversaram com o Yahoo News atraiu uma forte repreensão de um membro da equipe jurídica de Assange.

"Acho altamente perturbador que a reação dele seja tentar impedir que informações sobre má conduta sejam conhecidas pelo povo americano", disse Barry Pollack, advogado americano de Assange.

Wizner, o advogado da ACLU, disse que os comentários de Pompeo efetivamente “apenas verificaram a veracidade da história [do Yahoo News]. Porque a única razão para processar alguém é que eles revelaram informações confidenciais legítimas. ... Este foi o jornalismo de interesse público de primeira ordem e a questão é se o público tem o direito de saber que o governo está engajado nesse tipo de conduta.”

Quando perguntado pela primeira vez sobre a história do Yahoo News por Kelly, Pompeo respondeu: “Isso cria uma ficção muito boa”. Mas quando pressionado pelo apresentador se isso significava que ele estava negando o que o Yahoo News relatou, ele reconheceu que “há partes disso que são verdadeiras”.

“Estávamos tentando proteger as informações americanas de Julian Assange e do WikiLeaks? Absolutamente sim. Nosso Departamento de Justiça acreditava que tinha uma reivindicação válida que resultaria na extradição de Julian Assange para ser julgado? Sim. Eu apoiei esse esforço, com certeza. Alguma vez nos envolvemos em atividades incompatíveis com a lei dos EUA? Não temos permissão pela lei dos EUA para realizar assassinatos. Nós nunca agimos de uma maneira que fosse inconsistente com isso. ... Nunca realizamos planejamento para violar a lei dos EUA – nem uma vez no meu tempo.”

Ele não abordou nenhum dos detalhes sobre outras ações que a CIA estava contemplando, como o possível sequestro de Assange, ou as medidas que a inteligência dos EUA realmente tomou, incluindo a condução de vigilância de áudio e visual de Assange dentro da Embaixada do Equador ou o monitoramento das comunicações e viagens de seus associados. em toda a Europa.

Mas Pompeo discordou de uma declaração feita por Trump, que abraçou o WikiLeaks durante a campanha de 2016 depois que publicou e-mails do Partido Democrata embaraçosos para Hillary Clinton. Solicitado a comentar na história do Yahoo News, Trump disse que Assange estava sendo tratado “muito mal”.

Pressionado por Kelly se concordasse com essa avaliação, Pompeo disse: “Não. Assange tratou muito mal os EUA e seu povo”.

domingo, 30 de outubro de 2022

TRE condena Carla Zambelli por propaganda eleitoral irregular em São Paulo


Ônibus inteiro "envelopado" com adesivo de Carla Zambelli vai contra limitação do TSE, que só permite o uso de adesivos em automóveis a uma área de 0,5m²

Luana Pedra - Estado de Minas
postado em 04/09/2022 

(crédito: Agência Brasil/Reprodução)

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) condenou a candidata à reeleição Carla Zambelli (PL) por propaganda eleitoral irregular. O motivo foi um ônibus “envelopado” com um adesivo da deputada federal, que vai contra a limitação do TSE, que só permite o uso de adesivos em automóveis a uma área de 0,5m². Nas redes sociais, Zambelli chamou o ônibus de “Expresso da Liberdade''.

O irmão da congressista, Bruno Zambelli (PL), candidato a deputado estadual, também foi condenado pela Justiça. A denúncia foi feita pelo postulante à Câmara dos Deputados, Cristiano Beraldo (União Brasil), e foi acatada pelo magistrado Regis de Castilho Barbosa Filho.

"Expresso da Liberdade", conforme era chamado por Carla Zambelli, foi o motivo pelo qual a deputada federal foi condenada(foto: Reprodução/Redes Sociais)

Os condenados têm um prazo de dois dias, contados a partir da decisão (3/9), para retirar o adesivo irregular do ônibus. Caso a ordem judicial não seja cumprida, terão de pagar uma multa diária de R$ 1.000. Até o momento, os irmãos Zambelli não se pronunciaram sobre o caso.

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