sábado, 26 de novembro de 2016

Cubanos em Miami comemoram morte de Fidel Castro


Exilados fazem festa em Little Havana

Por Da Redação

(Reprodução ABC News)

Dezenas de cubanos se reuniram na madrugada deste sábado com bandeiras de seu país e dos Estados Unidos nos arredores do restaurante Versailles, no bairro de Little Havana, em Miami, após tomarem conhecimento da morte de Fidel Castro, líder da revolução que levou milhares de pessoas a fugir de Cuba desde 1959.

O famoso restaurante foi palco de celebrações semelhantes cada vez que se intensificavam rumores da morte de Fidel, e de protestos e reuniões dos exilados em Miami.

+ 33 fotos que contam a trajetória de Fidel Castro

Muitos sorriam para as câmeras, outros choravam da emoção e alguns bebiam champanhe diretamente da garrafa sem se importar com a presença de curiosos.

A notícia da morte de Fidel Castro foi dada por seu irmão Raúl Castro, atual presidente de Cuba, pouco antes da meia-noite, por isso muitos miamenses de origem cubana ainda não souberam.

A famosa rua 8 de Miami, a avenida principal da região chamada Little Havana, teve o tráfego interrompido porque muita gente foi para o asfalto.

+ 10 fatos sobre Fidel Castro, morto aos 90 anos

Ramón Saúl Sánchez, líder da organização do exílio cubano Movimento Democracia, lamentou hoje que a morte de um “tirano” – como definiu Fidel Castro – não signifique “a liberdade do povo de Cuba”.

“É a maior tristeza que tenho em meu coração”, afirmou à Agência Efe o ativista.

Fidel Castro morreu aos 90 anos às 22h29 de sexta-feira (hora local; 1h29 de sábado em Brasília), informou seu irmão, o presidente Raúl Castro, em pronunciamento na rede de televisão estatal.

O corpo do líder histórico da Revolução Cubana será cremado, “atendendo sua vontade expressa”, explicou Raúl, bastante emocionado.

(Efe)

Morre aos 90 anos Fidel Castro, ex-presidente de Cuba

Líder cubano morreu na noite de sexta-feira (25), em Havana. 


Raúl Castro fez anúncio oficial na TV estatal cubana.

Do G1, em São Paulo



Fidel Castro foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas (Foto: Adalberto Roque/AFP)


O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, morreu na noite de sexta-feira (25), aos 90 anos, na capital Havana, segundo a TV estatal cubana. A morte do líder cubano também foi informada pela rede de televisão norte-americana CNN.

Segundo a agência EFE, a morte do líder cubano foi confirmada por Raúl Castro, irmão de Fidel e presidente da ilha cubana.

Castro morreu às 22h29 e o corpo do ex-presidente de Cuba será cremado, "atendendo a seus pedidos", informou Raúl, na TV estatal.

Informações sobre o funeral serão divulgadas em breve.

A última vez que Fidel foi visto publicamente foi em 15 de novembro, quando recebeu o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang.

Em agosto, a festa de aniversário de 90 anos de Fidel Castro reuniu mais de 100 mil pessoas na capital cubana. Aposentado há 10 anos, Fidel Castro era praticamente inacessível. Só recebia visitas esporádicas de personalidades em sua casa em Havana.

Ainda mais escassas são suas aparições públicas ou fotos tiradas recentemente. Uma presença discreta que contrastava com as cinco décadas em que esteve à frente da ilha, exercendo um comando onipresente antes de ficar doente e ceder o poder a seu irmão Raúl.

Gerações de cubanos cresceram com a imagem e presença próxima de Fidel, o mesmo que pregou sua rejeição ao "culto à personalidade".

O revolucionário tinha 32 anos quando entrou triunfante em Havana. Era 1959, usava barba e uniforme e vinha da derrota de um exército de 80 mil homens contra uma guerrilha que em seu pior momento contou com 12 homens e sete fuzis.

Sem passado militar, Castro expulsou do poder o general e ditador Fulgêncio Batista, na luta que começou com o fracasso da tomada do quartel Moncada, em 1953.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

House Party: o pesadelo dos pais


Se você é pai de adolescente, consideramos obrigatória a leitura desse texto sobre as festinhas "inocentes" que acontecem de tarde.

by 
Adriana Furlan




Eles chamam apenas de HP.


Vou em uma HP na casa do Flávio, vou em uma HP no prédio da Maria, não importa o nome, é sempre alguém conhecido do colégio, ou amigo de amigo. Geralmente, o horário é das 16 às 23 hs, um horário até que confortável. Você leva, você busca. Parece inofensivo, mas não é. Eles sempre dizem que vai ter um pai ou adulto junto. Mentira. E, todo o mundo vai, desde a amiga santinha até as mais “saidinhas”. 

Tenho uma filha adolescente, de 14, e é um ritual, todas vem se arrumar em casa, felizes e amáveis. Usam roupas até que normais e vão. Vão até o banheiro do lugar, levam micro-shorts na mochila e aí começa. A idade varia, desde 12 (pasmem) até 18 ou mais, no caso dos meninos.

Sei disso porque um dia fui levar um grupo em uma HP, numa casa no Morumbi e (instinto de mãe), resolvi entrar. Tinha segurança na porta, que depois de muita conversa me liberou, ameacei chamar a polícia. Quis falar com os pais, os donos da casa, e me disseram que eles já chegariam.

Quando entrei, me deparei com o pior pesadelo de uma mãe. Cheiro de maconha, copos de plástico com vodka, todas as meninas dançando, agachando até o chão e os meninos mal conseguiam andar. A dança parecia cena de sexo explícito, mas com roupa. Ouvi um grito, olhei. Uma garota de uns 12 anos, não passava disso, poderia ser até menos, bem magrinha, caiu no chão com tudo de fora e os garotos jogavam bebida nela como se fosse urina e ela ria e ria….Ninguém ajudou a levantar, ela ficou um tempo ali, achando o máximo. Nunca mais deixei minha filha ir a nenhuma HP.

Não era um baile funk da favela, eram filhos como os nossos. Foi no Morumbi. Essas eventos perigosos acontecem também em muitos condomínios de Alphaville, onde eu moro. E tem toda semana. Se você têm filhos adolescentes, fique de olho!

Já fomos adolescentes e com certeza aprontamos muito. Mas, o que está acontecendo agora é diferente, como se não existisse o certo e errado, o medo, o amor próprio.

Pais, não liberem a casa ou salão de prédio para seus filhos sem supervisão. Não dá. Acho que a maioria de nós conversamos, aconselhamos etc… Mas os hormônios falam mais alto.

Não dá para prender….Eles podem dizer que vão a casa de um amigo e ir para uma HP. Como saberemos? Por isso a responsabilidade é dos pais e de mais ninguém.


Adriana Furlan é jornalista, mãe de dois adolescentes.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Moro pede galeria inteira de presídio para novos presos da Lava Jato; são pelo menos 80 vagas. Por Kiko Nogueira


por : Kiko Nogueira



A entrada do Complexo Médico Penal do Paraná, onde estão os presos da Lava Jato

Sérgio Moro pediu toda uma galeria do Complexo Médico Penal de Pinhais, o CMP, na região metropolitana de Curitiba, para presos da Lava Jato.

A ordem é que ela seja preparada entre os dias 21 e 25 de novembro. Um mutirão está sendo organizado para atender o juiz. Detentos serão remanejados. A maioria é formada por idosos e cadeirantes.


Até o final de outubro, havia onze encarcerados ali na operação comandada por Moro. São 94 pessoas no total. Portanto, ele quer pelo menos 80 vagas.

Os “clientes especiais”, apelido dado por um carcereiro, incluem José Dirceu, o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, o ex-deputado do PP Pedro Corrêa e José Carlos Bumlai. Dirceu já elogiou a polenta servida no marmitex.

Marcelo Odebrecht mudou-se para a carceragem da Polícia Federal, onde está Eduardo Cunha.

Passaram também pelo local executivos da OAS, Mendes Júnior, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia, libertados por decisão do Supremo Tribunal Federal no final de abril e atualmente em regime domiciliar.

Cada cela tem espaço para três prisioneiros. A cama é de cimento, o banho é coletivo, de água fria, e as necessidades são feitas num buraco no chão conhecido como “boi”. Ao lado dele, fica um tanque.


Cela da Lava Jato

O CMP inteiro tem cerca de 740 detidos espalhados em seis galerias, além de uma ala feminina — onde esteve Mônica Moura, mulher de João Santana. Mônica recebeu uma Bíblia, que lia em voz alta.

A demanda de Moro indica que a Lava Jato terá uma aceleração nos próximos dias. Internamente, há uma apreensão sobre a presença de Lula entre os próximos alvos.

Na semana passada, o diretor do presídio, Roberto da Cunha Saraiva, foi afastado. Ele vinha se queixando de que não havia condições de abrigar Lula.

Saraiva costumava ponderar sobre a segurança deficiente do lugar. Os muros, de acordo com ele, não teriam como segurar uma invasão do MST, por exemplo. Seu substituto é Jeferson Domingues Walkiu, que, conforme apurou o DCM, “faz o que mandam fazer”.

As instalações são antigas e não estão nas melhores condições. O antigo Manicômio Judiciário foi inaugurado em janeiro de 1969, mudando o nome para Complexo Médico-Penal do Paraná em dezembro de 1993.

O formato, visto de cima, é o de uma metralhadora, como apontou o jornalista Fernando Rodrigues. Pode se transformar numa bomba.



O presídio, em imagem do Google

Sérgio Moro quebrou o retrovisor da justiça brasileira

MORO CONSTRANGE STF A CADA PRISÃO DA LAVA JATO – Artigo assinado pelo jornalista Jorge Oliveira e publicado originalmente no site Diário do Poder


Maceió – Sérgio Moro está fazendo escola. Antes um cavaleiro solitário visto com desconfiança pelos mais céticos que não acreditavam na evolução da Lava Jato, Moro virou celebridade, um exemplo para a magistratura brasileira, mas um transtorno para os ministros do Supremo Tribunal Federal. Enquanto em menos de dois anos, o juiz paranaense condenou políticos e empresários as mais severas penas, os ministros do STF continuam batendo boca em público. Brigam entre eles para impor suas ideias e levam para às ruas a roupa suja que deveriam lavar em casa.

Dormem em berço esplêndido na principal Corte do país dezenas de processos envolvendo políticos que sequer foram analisados. Um caso exemplar de leniência é o do Paulo Maluf. Procurado em mais de 100 países do mundo, com fotos estampadas nas telas dos computadores dos aeroportos internacionais, o deputado federal, que representa São Paulo, continua impune. Insisti em dizer que é inocente, mas o dinheiro resgatado nas contas lá fora é dele e da família. Se tivesse caído nas mãos do Moro, jamais teria saído da cadeia quando foi preso pela primeira vez.

Ninguém se entende no principal tribunal do país. Quando dois ministros deixam de discordar nos autos para colocarem suas divergências em público é porque existe uma desordem jurídica lá dentro. Gilmar Mendes não se conforma com a decisão casuística de Lewandowski em não cassar os direitos políticos da Dilma depois da votação do impeachment que a afastou da presidência. Discutem na Praça dos Três Poderes como vizinhos malcriados de ponta de rua. Na verdade, a Corte, que deveria ser a guardiã da nossa Constituição, está contaminada. Seus ministros parecem influenciados pelos políticos que os apadrinharam, restringindo suas ações lá dentro.

É por causa disso que eles não agem com autonomia e isenção quando têm que decidir sobre um processo que envolve um dos seus padrinhos. Não é o caso de Moro, um juiz concursado, qualificado, com cursos no exterior. Os ministros do STF não se reciclam. Burocratizam-se quando vestem a toga e dali só saem para um pijama. É assim e assim será enquanto não se mudar esse modelo de decisão monocrática de escolha dos membros do STF que aceita nos seus quadros até advogado reprovado em concurso de juiz.

Sérgio Moro quebrou o retrovisor da justiça brasileira. Está indicando outro caminho para o país. E aqueles que não querem enxergar essa nova realidade tendem a se constranger com as decisões corajosas de um juiz que até pouco tempo fazia assistência a ministros dentro do próprio STF. Cada sentença proferida por ele é um soco no estômago do tribunal que continua mantendo na gaveta os processos da Lava Jato.

Os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro não deixam dúvidas da procriação de Moros pelo Brasil. Por decisão de outros juízes, está no presídio de Bangu o ex-governador Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, outro ex, algemado numa cama de hospital. Quem, até a prisão dos dois, acreditava que tal fato fosse acontecer? Aconteceu e mais uma vez o STF assiste o noticiário constrangido, pois Cabral – pelo menos ele – é um dos mais citados na lama da corrupção da Petrobrás, acusado também do desvio de mais de 220 milhões de reais em obras federais.

Sempre que é questionado sobre a lentidão dos processos, o STF responde com a mesma ladainha: poucos juízes para muitos processos. Balela, desculpa esfarrapada. Se continuar a olhar pelo retrovisor, o tribunal corre o sério risco, ele próprio, de virar arquivo.

by Cristal Vox

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