quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

GUINÉ EQUATORIAL



GEOGRAFIA
Área - Costa: 28 051 km2 - 296 km
Terra Irrigável: -
Recursos Naturais: Petróleo, gás natural e madeira

POPULAÇÃO
Habitantes - População Urbana: 668 225 - 40%
Grupos Étnicos: Fang (85,7%), Bubi (6,5%) e Mdowe (3,6%)
Índice de Desenvolvimento Humano: 117º lugar (0,538)

POLÍTICA
Capital - Divisões Administrativas: Malabo - 7 Províncias
Poder Executivo: Chefe de Estado (Presidente Teodoro Obiang) e Chefe de Governo (Primeiro-ministro Milam Tang)
Poder Legislativo: Câmara de Representantes do Povo (100 lugares)

ECONOMIA
Moeda: Franco CFA
PIB per capita - Taxa de Crescimento: 36 600 dólares - 0,8% (2010)
População Abaixo da Linha de Pobreza: 60%

SAÚDE
Taxa de Mortalidade Infantil: 77,3/1 000 nascimentos
Esperança de Vida à Nascença: 62,4 anos
Taxa de Fertilidade: 4,9 filhos/mulher

TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
Estradas Pavimentadas - Caminhos-de-Ferro: 2 280 km - –
Telefones Móveis - Utilizadores de Internet: 445 000 - 14 400
Estações de Rádio - Estações de Televisão: 2 - 1

EDUCAÇÃO E RELIGIÃO
Taxa de Alfabetização Adultos: 87%
Línguas: Espanhol (oficial) e francês (oficial)
Confissões: Cristãos (92%), crenças indígenas (7%), muçulmanos (1%)
Católicos: 630 000



Ditadura petrolífera

Cronologia

1968: Independência (de Espanha)
1968-1979: Presidência autocrática de Francisco Nguema
1979-presente: Presidência autocrática de Teodoro Obiang
1990-presente: Alta produção de petróleo e crescimento do PIB
2004: Tentativa de golpe de estado
2006: Teodoro Obiang oitavo governante mais rico do mundo
2011: Mais de metade da população vive na miséria absoluta


Fontes: ‘CIA - The World Factbook 2011’, ‘UNDP - Human Development Report 2010’, ‘Fondazione Nigrizia - Almanaco Africano 2011’ e ‘Rationarium Generale Ecclesiae - Annuarium Statisticum Ecclesiae 2009’, Libreria Editrice Vaticana 2011.
Mapa: Sara Ribas

Guiné Equatorial diz que patrocínio a Beija-Flor foi iniciativa de empresas

País tema do enredo da agremiação alegou não ter feito doação à escola.

Beija-flor confirmou doações de empresas, mas não divulga nomes ou valor.











O governo da Guiné Equatorial negou nesta quinta-feira (19) ter disponibilizado verba para que a Beija-Flor, escola de samba campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, realizasse o desfile em homenagem ao país africano e informou que apenas apoiou uma iniciativa idealizada por empresas brasileiras "que mantêm operações" por lá.

A nota, divulgada pela embaixada, não informa quais empresas teriam doado verbas para a agremiação. Em entrevista ao jornal “O Globo”,o carnavalesco Fran-Sérgio, integrante da comissão de carnaval da escola, citou construtoras, entre elas a Odebrecht, como patrocinadores do enredo.
O país africano homenageado no enredo é uma ditadura comandada há 35 anos por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo e tem como base da economia a exploração do petróleo.
A Odebrecht nega que tenha patrocinado o desfile e informou que nunca realizou obras na Guiné Equatorial.
O presidente da Beija-Flor, Farid Abraão David, confirmou em entrevista à GloboNews que a agremiação recebeu ajuda de empresas brasileiras, mas não informou de onde vieram as doações e nem qual foi o valor recebido. “Houve uma ajuda, mas não de R$ 10 milhões. Agora, o que quero dizer é o seguinte: qual é a escola que não quer receber um patrocínio? Todas saem em busca de patrocínio sob o regime de cada país” disse ele.

Farid afirmou ainda que a análise do tipo de governo existente não pode ser feita pela presidência ou diretoria da Beija-Flor. “Quem tem que analisar o regime de cada país são as organizações internacionais. Nós estamos aqui para falar de carnaval”, finalizou.
Leia a nota completa da empresa:
A Odebrecht não patrocinou o desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro. A Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial. A empresa chegou a manter um pequeno escritório de representação no país africano, mas ele foi desativado em 2014.
Filho de ditador da Guiné Equatorial (de azul) acompanha desfile da Beija-Flor sobre o país  (Foto: Daniel Marenco/Folhapress)Filho de ditador da Guiné Equatorial (de azul) acompanha desfile da Beija-Flor sobre o país (Foto: Daniel Marenco/Folhapress)

A Guiné Equatorial que não vimos no Sambódromo do Rio


HAROLDO CASTRO (TEXTO & FOTOS) , MALABO


Teodorin e seu pai Teodoro Obiang conseguiram seu objetivo: mais de 99,9% dos brasileiros ouviram pela primeira vez o nome de seu país, Guiné Equatorial, durante a festa máxima da tradição brasileira, o Carnaval carioca. Graças ao patrocínio de R$10 milhões que a escola de samba Beija-Flor de Nilópolis teria recebido para exaltar a minúscula nação africana durante o desfile, pai e filho, os atuais detentores do poder, colocaram sua marca na história do samba carioca. O dinheiro fácil tem uma explicação: a Guiné Equatorial, mesmo se possui apenas a área do Estado de Alagoas, é o terceiro produtor de petróleo da África; embora esteja em 144º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.

No país formado por cinco ilhas e um território no continente, não há distinção entre governo e seu presidente: Teodoro Obiang Nguema está no poder desde 1979 e pretende passar a coroa a seu filho Teodorin, vice-presidente. Desde a independência em 1968, o país é uma ditadura brutal. Quem protestar contra Obiang e seu clã, que fuja. No país, não há chance para qualquer oposição. O primeiro presidente, seu tio Macias Nguema, um ditador comparado a Pol Pot do Camboja, foi deposto e executado sem piedade em 1979 pelo sobrinho Obiang.

Por ser um dos poucos brasileiros a ter conhecido o país, achei que deveria ver na televisão o desfile que ocorreu na segunda-feira à noite. A Guiné Equatorial mostrada pela Beija-Flor foi linda, colorida e encantadora. A comissão de frente, composta de 15 guerreiros, montou uma árvore da vida e deu show de criatividade. Os mascarões, com movimento nos lábios e olhos, eram estonteantes. O casal mestre-sala e porta-bandeira, vestidos de dourados, também foram louvados. Os carros alegóricos, espetaculares. Em um deles, uma floresta rica, cheia de animais. Os R$ 10 milhões do patrocínio foram bem usados e deram à Beija-Flor o título de Campeã do Carnaval Carioca 2015. Os Teodoros estão contentes: o investimento deu retorno!
Mas durante os nove dias que passei em Malabo, no parque nacional Monte Alen e na Caldera Luba, o que mais vi foram exemplos de devastação da biodiversidade e de desmatamento.

Vilarejo e estrada perto do parque nacional Monte Alen, no interior do país (Foto: Haroldo Castro/Época)

Uma surpresa para um vegetariano como eu foi encontrar, na beira das estradas de acesso a Monte Alen, um número imenso de tartarugas, pássaros e roedores – todos mortos e amarrados em uma vara de bambu. Os animais eram oferecidos aos viajantes, interessados em transformá-los em sua próxima refeição. Na África Central e Ocidental, o consumo de carne de animais selvagens – bushmeat – ainda é uma prática comum, trazendo graves riscos para a saúde da população.

Um roedor morto é oferecido aos motoristas que transitam pelas estradas da região Rio Muni, a parte continental do país (Foto: Haroldo Castro/Época)
Um roedor morto é oferecido aos motoristas que transitam pelas estradas da região Rio Muni, a parte continental do país (Foto: Haroldo Castro/Época)
Duas espécies de calaus, aves africanas com longos bicos, são vendidas na beira da estrada (Foto: Haroldo Castro/Época)
Duasespécies de calaus, aves africanas com longos bicos, são vendidas na beira da estrada (Foto: Haroldo Castro/Época)

Para chegar ao parque nacional Monte Alen precisamos cruzar uma concessão madeireira. As tristes imagens de animais mortos foram substituídas pelas longas toras de madeira tombadas, à espera de um caminhão que as leve ao porto. De lá partem para a Europa, Índia ou China. A floresta tropical continua a ser definhada.

Um caminhão leva troncos de árvores ao porto de Bata, no litoral, de onde serão exportados (Foto: Haroldo Castro/Época )

Mas nem tudo é destruição no país de Obiang. Junto com colegas conservacionistas, uma das nossas missões era encontrar – e, se possível, fotografar e filmar – a maior rã do mundo, a Conraua goliath, que vive, em seu ambiente natural, às margens dos rios turbulentos da Guiné Equatorial.

Depois de uma hora de caminhada no mato, chegamos à beira do rio Wele. Do outro lado estava o parque nacional, teoricamente uma área protegida. Para cruzar o rio, usamos uma canoa. Já era o final da tarde, quando chegamos na primeira cascata, habitat da rã Golias. Tive apenas 90 segundos para fotografar as cachoeiras e fui interrompido por uma tremenda trovoada que quase arrebentou meus tímpanos. Imediatamente, uma tempestade derramou-se sobre todos. A pesada e escura nuvem não somente trouxe chuva como também escuridão. Nem pensar em buscar anfíbios.

Chegamos a uma casa de madeira abandonada, com inúmeras tábuas podres, mas um teto com poucos furos. Encharcados, colocamos nosso equipamento em lugar seguro e nos deparamos com uma nova surpresa. Uma pessoa que não fazia parte de nossa equipe estava cercada por nossos ajudantes. “Esse homem estava caçando dentro do parque nacional”, afirmou um dos guarda-parques em espanhol. “Quando chegamos, ele estava com um antílope e uma tartaruga dentro de seu cesto de palha”, disse outro. Os animais ainda estavam vivos, pois haviam sido capturados com uma armadilha. Fiz questão de soltar a tartaruga, uma a menos para cair na panela.

Nossa atenção volta-se às rãs: ninguém havia visto nenhuma na cachoeira. Como o animal é noturno, alguém terá de procurar o anfíbio à noite.

Lá pelas duas horas da manhã ouvimos vozes. Alguém chegava no acampamento. Fui ver o que estava acontecendo e descobri que o visitante estava feliz, exibindo um sorriso de vencedor. Em uma de suas mãos ele segurava uma rede de pescar, uma espécie de tarrafa. A outra mão agarrava um saco e, pelo movimento, com alguma coisa viva dentro.

Em poucos minutos elucidamos a equação. Nelson, o visitante, vivia em um dos vilarejos fora do parque. Ao cair da noite, ele caminhou até o rio, cruzou-o e seguiu a trilha até a cachoeira. Lá, no habitat da Golias, Nelson demonstrou que era um bom pescador. Com sua tarrafa, conseguiu capturar dois espécimes.
A maior rã do mundo, a Golias, vive nas cachoeiras dos rios da Guiné Equatorial (Foto: Haroldo Castro/Época)
A maior rã do mundo, a Golias, vive nas cachoeiras dos rios da Guiné Equatorial (Foto: Haroldo Castro/Época)

Na manhã seguinte, levamos as duas rãs de volta à cachoeira. A maior delas pesava mais de dois quilos e, esticada, media 60 centímetros. Era grande mesmo. Fotografamos a rã nas nossas mãos, pois não sabíamos como seria a reação dela ao ser liberada. Com cuidado, colocamos a rã em uma pedra, nos afastamos lentamente e começamos a clicar. O anfíbio ficou imóvel por alguns segundos, mas, num piscar de olhos, deu um tremendo salto, passando por cima de nossas cabeças e mergulhando de volta no rio turbulento.
Infelizmente, a rã Golias, além de ser consumida localmente como carne, também é procurada por colecionadores e pode valer até três mil dólares no mercado negro. O governo da Guiné Equatorial deveria usar também seus petrodólares para proteger a natureza e agir para que essa espécie única não desapareça do planeta.
Vale um retrato: o autor segura uma rã Golias que pesa mais de dois quilos (Foto: John Martin/Época)

IMORALIDADE, CORRUPÇÃO E SANGUE: BEIJA-FLOR VENCE CARNAVAL COM APOIO DE DITADURA AFRICANA



Brasil é assim... corrupção em cima de corrupção...

Sabemos que o carnaval é uma festa movida à imoralidade e prostituição, e que as escolas de samba são financiadas com dinheiro sujo do tráfico e de políticos, mas desta vez, este ano, eles inovaram: a escola de samba Beija-Flor foi financiada com milhões de uma ditadura assassina, que mantém sua população na miséria. E como o dinheiro manda, é claro que ela foi campeã.

Nossa nação esta num poço tão profundo de decadência moral e espiritual, que uma seca em nível nacional ainda não adiantou... entramos definitivamente em um espiral de juízo de Deus sem volta.

Falo isso sem temer o "mi-mi-mi" dos liberais... O que o homem semear, ele também colherá!

Duramente criticada pelo patrocínio de uma ditadura africana, a escola de samba Beija-Flor de Nilópolis foi a vencedora do Carnaval do Rio de Janeiro com um enredo homenageando a Guiné Equatorial. A decisão dos jurados foi anunciada nesta quarta-feira (18/02).

A Guiné Equatorial é um pequeno país da África Ocidental governado há 35 anos pelo ditador Teodoro Obiang, cujo regime é frequentemente apontado por organizações de direitos humanos como um dos mais violentos e repressivos do continente africano.

Há pelo menos uma década Obiang frequenta o Carnaval do Rio e assiste ao desfile das escolas de samba. Quando visita a cidade, ele se hospeda ou num apartamento luxuoso de Ipanema, que comprou à vista, ou na suíte mais cara do hotel Copacabana Palace.
Obiang comanda Guiné Equatorial há 35 anos
 

Segundo o jornal O Globo, o governo africano teria apoiado o desfile com 10 milhões de reais, valor que não foi confirmado pela escola nem pelo governo da Guiné Equatorial. A Beija-Flor afirmou que o apoio tem viés estritamente cultural e não aborda o formato de governo do país.

A Beija-Flor seria a escola de samba favorita do regime, como indica o fato de Obiang reservar, já há quatro anos, um camarote para assistir aos desfiles do Grupo Especial, a elite do Carnaval do Rio. O ditador e uma comitiva de 40 pessoas acompanharam a apresentação deste ano.

Em declarações a O Globo, o diretor artístico de carnaval da Beija-Flor, Fran Sérgio Oliveira, considerou "uma bobagem" a polêmica sobre o enredo da Beija-Flor. "As pessoas juntam enredo com política, o que é uma grande bobagem. Além disso, o povo da Guiné Equatorial é apaixonado por seu presidente. É uma ditadura? É. Mas é benéfica para a população do país."

Em 2013, a Beija-Flor fez uma apresentação para a elite da Guiné Equatorial em uma festa no país africano, e as negociações para o patrocínio ao enredo deste ano teriam começado ali.

O patrocínio foi alvo de críticas de organizações de direitos humanos. A ONG SOS Brasil Racismo, que promove ações de igualdade racial, repudiou o apoio do governo da Guiné Equatorial.

"Nas questões de direitos humanos não há o que titubear, Teodoro Obiang é o ditador mais antigo num país africano e, apesar das riquezas e recursos da Guiné Equatorial, mais da metade de seus habitantes vivem na extrema miséria e sob um regime de terror", afirmou a organização.

AS/lusa/ap/dpa

Via: http://www.dw.de/

Muito petróleo e o mesmo governo há 35 anos: Um perfil da Guiné Equatorial

Beija-Flor diz que desfile divulgou a trajetória do povo guinéu-equatoriano


A escola de samba Beija-Flor venceu, nesta quarta-feira, o Carnaval carioca de 2015 com um enredo polêmico por exaltar a pequena Guiné Equatorial.

"Um griô conta a história: um olhar sobre a África e o despontar da Guiné Equatorial" teria sido financiado com uma quantia que variaria de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões doados pelo presidente do país africano, Teodoro Obiang Nguema, que está no poder há 35 anos. A ONG Anistia Internacional acusa o governante de violação dos direitos humanos, que iriam desde execuções extrajudiciais e tortura a prisões arbitrárias e repressão violenta a protestos.

Consultada pela BBC Brasil antes do desfile, a Beija-Flor não confirmou os valores recebidos e limitou-se a dizer, em nota, que recebeu "apoio cultural e artístico do governo da Guiné Equatorial" e que "visando divulgar a trajetória de seu povo, a Guiné Equatorial disponibilizou todo o aparato histórico para que a comissão de Carnaval da agremiação pudesse pesquisar e ter acesso a diversos aspectos da cultura local".

Nesta quarta-feira, um diretor artístico da escola afirmou que o desfile da Beija-Flor foi financiado por empresas brasileiras de construção civil que atuam na Guiné Equatorial.

A BBC preparou um perfil do país africano que entrou no noticiário brasileiro:
'Maldição' petrolífera

O pequeno país do oeste africano começou a explorar suas riquezas petrolíferas em 1995 e hoje é visto como vítima de um típico caso de "maldição do petróleo" – ou paradoxo da abundância.

Desde meados da década de 1990, a antiga colônia espanhola se tornou um dos maiores produtores de petróleo na África Subsaariana e tinha, em 2004, a economia em maior crescimento do mundo.

Leia mais: Anistia pede 'transparência' após enredo polêmico da Beija-Flor

No entanto, apesar de o país liderar o ranking de prosperidade da África, uma grande parcela de sua população permanece na pobreza. Segundo o Banco de Desenvolvimento Africano, os lucros do petróleo e do gás levaram a melhorias na infraestrutura básica nos últimos anos, mas não houve avanços significativos nas condições de vida do povo guinéu-equatoriano.

O governo ampliou os gastos em obras públicas, mas a ONU alega que menos da metade da população tem acesso à água potável e quase 10% das crianças morrem antes de completar cinco anos.
Governo e direitos humanos

O país é criticado por diversas organizações de direitos humanos, que alegam que os dois líderes pós-independência estão entre os principais violadores de direitos na África.

Guiné Equatorial

Política: Obiang tomou o poder em 1979; grupos de direitos humanos dizem que seu governo é um dos mais brutais da África

Economia: O país é o terceiro maior produtor de petróleo da África Subsaariana; há denúncias de que os lucros da commodity venham sido tomados pela elite local

Internacional: A Guiné Equatorial e o Gabão disputam ilhas que acreditam ser ricas em petróleo

O reinado de terror de Francisco Macias Nguema – da independência, em 1968, a sua derrubada, em 1979 – forçou a fuga de um terço da população do país. Além de ser alvo de denúncias de ter cometido genocídio contra a minoria étnica Bubi, ele ordenou a morte de milhares de suspeitos oposicionistas, fechou igrejas e governou em uma época de colapso econômico.

Seu sucessor, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, assumiu em um golpe de Estado e tem demonstrado pouca tolerância com a oposição durante suas três décadas no poder. Ainda que o país seja, nominalmente, uma democracia multipartidária, eleições têm sido, de forma geral, consideradas fraudulentas. Segundo a Human Rights Watch, a "ditadura do presidente Obiang usou o boom do petróleo para se consolidar e enriquecer a si mesma, às custas do povo".

Corrupção e críticas externas


A organização Transparência Internacional colocou a Guiné Equatorial entre os 12 países com maior percepção de corrupção.
Teodoro Obiang Nguema governa o país há 35 anos

Em 2008, o país se tornou candidato à Iniciativa de Transparência das Indústrias Extrativistas – um projeto internacional para promover a abertura nas contas governamentais com respeito a obtidos com o petróleo –, mas não conseguiu se qualificar. Desde então, vem tentando entrar no grupo.

Em 2004, uma investigação do Senado americano sobre um banco local identificou que a família de Obiang havia recebido pagamentos vultuosos de petroleiras americanas, como Exxon Mobil e Amerada Hess.

Observadores dizem que os EUA evitam criticar publicamente a Guiné Equatorial porque o país é um aliado em uma região volátil e rica em petróleo.

Em 2006, a então secretária de Estado americana Condoleezza Rice exaltou Obiang como um "bom amigo", apesar das críticas feitas pelo próprio Departamento de Estado às restrições a liberdades civis e direitos humanos no país africano.

Em 2010, uma visita do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Guiné Equatorial também despertou polêmicas. Na época, o então chanceler Celso Amorim disse que "negócios são negócios".

Mais recentemente, o presidente dos EUA, Barack Obama, posou para uma foto oficial com Obiang em uma recepção em Nova York.

Em outubro do ano passado, o filho de Obiang, Teodorin, que é ministro, foi forçado a abdicar de mais de US$ 30 milhões em ativos nos EUA, que autoridades alegam ter sido comprados com dinheiro roubado.

by BBC

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Responsa! As 6 comissões de frente que humilharam na avenida

Confira as comissões que humilharam no Anhembi, em
São Paulo, e na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro



A missão dela é apresentar a escola de samba. Além de apresentar o enredo, uma comissão de frente de peso precisa impactar os jurados e saltar aos olhos do público. E até agora, o Carnaval 2015 teve de tudo: de Willy Wonka a Marilyn Monroe.


Veja a lista das comissões de frente que mais chamaram atenção na avenida até o penúltimo dia de desfiles:

1. Grande Rio

Inspirada no baralho, a escola carioca trouxe um olhar diferente sobre o tema, lembrando da história de Alice no País das Maravilhas. Na comissão, atrizes e bailarinas deram um efeito espetacular à encenação, transformando-se em mesas de café que andavam sozinhas. O efeito ficou incrível.
(Fotos: Adriano Ishibashi/ Frame)



2. Mocidade Independente de Padre Miguel

Como já era de se esperar, a escola trouxe inovação para a Sapucaí sob o comando do carnavalesco Paulo Barros. Entre os destaques à frente da escola, estavam os bailarinos vestidos com uma roupa que "cuspia" fogo. Tinha que ter emoção, né?
(Fotos: Ide Gomes/ Frame)



3. Dragões da Real

Willy Wonka, o dono da Fantástica Fábrica de Chocolates, foi o protagonista da comissão de frente da agremiação, que cantou sobre sonhos e imaginação. Lúdico e com a referência bem clara, o grupo de bailarinos foi o convite perfeito para abrir as alas que ajudaram a contar o enredo escolhido pela escola. Afinal, quem nunca quis ver um Oomla Loompa na avenida?
(Fotos: Carla Carniel/ Frame)




4. Acadêmicos do Salgueiro

A homenagem a Minas Gerais que pautou o desfile da escola começou com uma comissão de frente de índios que aos poucos passavam a venerar uma santa, coberta por um manto luminoso, que trazia as cores e a bandeira da agremiação. O grupo de bailarinos reproduziu as pinturas e até os furos que algumas tribos abrem na parte inferior da boca.
(Fotos: Ide Gomes e Rudy Trindade/ Frame)



5. Unidos de Vila Maria


Com um enredo sobre diamantes, a comissão da escola trouxe gangues de mafiosos que entravam em confronto, com direito a “armas” e um carro antigo. Outro destaque foi a atriz vestida de Marilyn Monroe, com um belo vestido de cristais, em referência à canção Diamonds Are A Girl's Best Friends. Puro luxo.
(Fotos: Carla Carniel/ Frame)



6. Gaviões da Fiel

A escola paulista cantou seu enredo sobre as cartas do baralho com uma comissão de frente simples, mas extremamente divertida. As cartas eram do tamanho dos bailarinos, que, vestidos de curingas, manipulavam torres, fileiras e jogadas na avenida.
(Fotos: Rodrigo Dionísio/ Frame)




Musas em zoom


Quantos anos têm os famosos na folia?

by Terra

Quando você descobrir o que significa o “Nós” e “Eles” de Lula, nunca mais vota no PT


nos e ele dominio do fato
O que seria dos espertos se não fossem os trouxas?
Por incrível que pareça, o discurso do PT é basicamente sustentado por um ingrediente bastante elementar. Tudo se baseia no pronome pessoal plural “Nós” utilizado na tradicional fórmula de cortesia. Sempre combinado com o “Eles”, esta fórmula é usada pelo partido para dividir o povo, numa alusão onde “Nós” são os oprimidos e “Eles”, as elites. Esta pregação de ódio tem um significado externo, entre os eleitores, e interno, entre os membros do partido.
Externamente, esta divisão visa explorar uma série de sentimentos vivenciados pelas pessoas mais vulneráveis da sociedade. Vulneráveis não apenas no aspecto financeiro, mas também emocional.
O brasileiro é bombardeado diariamente com informações visuais que não condizem nem um pouco com a realidade do povo. As pessoas se deparam desde pequenas com campanhas que enaltecem apenas um grupo na sociedade: os bonitos, ricos e inteligentes. Em todos os lugares, haverá sempre um programa na TV, uma revista ou um outdoor ostentando pessoas lindas, alegres e ricas.
Não há como mensurar o impacto destas informações sobre a população do país, onde a maioria é estigmatizada por não ser nem linda, nem rica, nem inteligente. De mesmo modo, não é difícil supor que a maioria das pessoas questionam esta realidade, onde muitos chegam à conclusão de que nunca serão lindos, ricos ou inteligentes. De uma forma ou de outra, esta ditadura de padrões interfere na auto estima das pessoas ou as pessoas se permitem afetar por isto. Tanto que muitas se submetem à ditadura do mercado e tentam se ajustar através da moda, recursos estéticos ou se associarem à ícones de consumo, de modo a se sentirem mais inseridas no contexto social.
O PT explora a baixa auto estima deste universo de pessoas, chamando à eles de “Nós”, acrescentando a eterna promessa de vingá-los, apontando para “Eles”. Os simpatizantes do PT são tão burros que ainda se permitem seduzir por este tipo de revanchismo social. Um método medíocre criado por pessoas espertas que encontraram a fórmula mágica para agradar a maioria. Este método deu tão certo para o PT, que seus simpatizantes chegaram ao ponto de defender todas as falcatruas, roubalheiras e atos de corrupção que os representantes do partido cometem à torto e à direita.
Os simpatizantes do PT não se deram conta ainda que o partido estimula, fortalece, manipula e explora a baixa auto estima do povo brasileiro, onde a maioria teve origem na miscigenação entre índios, negros e portugueses. O PT explora a boa fé de pessoas que ainda não tiveram acesso à educação de qualidade, como é o caso da maioria do povo deste país. O PT explora a fragilidade e a insegurança financeira que alcança a maior parte da população, como em qualquer outro país de terceiro mundo. O PT estimula o sentimento de ódio e de vingança contra uma minoria de pessoas no país, criminalizando-as por sua condição financeira, estética ou intelectual. Os simpatizantes do PT sofrem uma lavagem cerebral e acabam por esquecerem-se que no Brasil não há “Nós e Eles”. Todos são brasileiros.
Internamente, o conceito do “Nós e Eles” também é bastante útil ao partido. Funciona como uma espécie de estímulo à corrupção. Não é raro ver o Lula gritar em seus comícios frases como “Ele roubaram o país por mais de 500 anos”, dando margens à interpretações como “Agora é nossa vez” ou “Se eles roubaram, nós também podemos” ou ainda “Nós também não somos perfeitos”. Dentro do partido, o “Nós” pode significar uma credencial que dá direito aos integrantes do partido roubarem “Deles”.
o próprio Lula ratifica esta tendência e já declarou de público que, em caso de roubo cometido por um companheiro investigado pela justiça, ele fica do lado do companheiro;
Observem que o “Nós” está sempre presente nos discursos do PT. Ao pronunciar “Nós” eles estão incluindo você que votou “Neles”, aqueles que depois das eleições só vivem no meio dos mais ricos e também ficam cada dia mais ricos.
@muylaerte

domingo, 15 de fevereiro de 2015

O manicômio de Barbacena

O manicômio de Barbacena
Todo mundo escuta histórias de terror dignas de produções do cinema e não acredita. Aqui no Brasil há contos reais de maus tratos muito semelhantes aos que aconteceram nos eventos históricos mais trágicos da humanidade. Mesmo tendo sua fundação datada de 1903, foi somente na década de 80 que o Hospital Colônia de Barbacena ganhou destaque nacional. A história era de internos que sofriam maus tratos em elevados graus e chocou totalmente a opinião pública.
Para o médico psiquiatra Franco Basaglia, um renomado profissional do ramo e quem realizou visitas ao manicômio de Barbacena, o lugar não deixava nada a desejar para um campo de concentração nazista.Foram mais de 60 mil mortes e eram muitos pacientes sujos, feridos, com corpos que denunciavam de cara a fome que passavam. As cenas chocaram o Brasil e até hoje causam revolta quando o assunto volta à tona.

Holocausto Brasileiro, por Daniela Arbex

Não haveria título melhor para descrever as atrocidades ocorridas no Manicômio de Barbacena. A jornalista Daniela Arbex reuniou registros para mostrar alguns dos crimes que aconteceram de 1903 até 1980. Em um levantamento que a repórter da Tribuna de Minas realizou, constatou que 7 a cada 10 pessoas que se encontraram internados no hospital não eram doentes mentais.
Idosa no manicomio
Cerca de 70% dos “pacientes” não tinham problemas mentais
De acordo com o livro, estes “doentes” não passavam de homossexuais, pessoas que sofriam de epilepsia, prostitutas, viciados em álcool ou entorpecentes, entre outros. Nada que não passasse de gente que questionava em algum momento o status da sociedade. Por serem considerados incômodos para os políticos e até mesmo para a comunidade em geral, que sempre seguia padrões pré-determinados pela época, foram taxados de malucos.
Por aqui também viviam jovens que engravidavam antes do casamento e recebiam a reprovação de seus pais. Mulheres que foram violentadas e até mesmo crianças consideradas com algum tipo de distúrbio. Era um verdadeiro horror. O que de pior acontecia também vinha de fora. Mesmo sabendo de tudo o que se passava dentro da “Colônia”, como era chamado o Manicômio de Barbacena, a sociedade da cidade nunca questionou ou protestou contra.
“As atrocidades não eram questionadas naquela época porque no início do século 20 existia um movimento eugenista de limpeza social muito aceito em todo o Brasil”, comentou Daniela Arbex em uma entrevista à Revista Carta Capital, sobre o seu livro.

O comércio da morte

Os corpos eram vendidos por R$ 200,00
Os corpos eram vendidos por R$ 200,00
Este é um dos fatores que levavam à tantas mortes não ocasionais no Manicômio de Barbacena. Segundo os registros locais, o número de internos mortos “naturalmente” chegavam à 16 por dia. Logo após as investigações no local, foi comprovado que eles eram vendidos à faculdades de medicina.
Foram 1.853 registros encontrados nos documentos antigos do manicômio, com compra comprovada para 17 faculdades de Minas Gerais e estados mais próximos. Eles valiam aproximadamente 200 reais cada e isso favorecia a  superlotação do local. Uma verdadeira atrocidade.

Falta de recursos gerava desespero

Manicomio - Falta de recursos
Beber água do esgoto era comum
A falta de recursos para manter o Manicômio de Barbacena em condições decentes também fazia com que pacientes buscassem saídas extremas. Assim como conta no seu livro, Daniela afirma que era comum ver internos comendo ratos, bebendo água de esgoto ou até mesmo a própria urina, não tinham quartos disponíveis, o que fazia com que eles dormissem ao relento, sobre a grama, entre outros fatos.
Estupros eram constantes dentro do Manicômio de Barbacena. Isso gerava um alto índice de mulheres grávidas. Ainda quando estavam nesta condição, algumas sofriam abusos e como saída usavam a própria fezes espalhadas pelo corpo para se protegerem. Muitas perderam seus filhos na hora do parto e outras tiveram as crianças enviadas para adoção.

Tratamento com choque também acontecia no hospital

Tratamento a choque
Tratamento a choque sem anestesia era pura tortura
O terror aos pacientes ainda aumenta, quando aqueles que mais questionavam o sistema do internato eram submetidos à tratamentos com eletrochoque. Os registros de Luiz Alfredo, o primeiro jornalista à investigar o local, mostravam que a carga elétrica era tão intensa que sobrecarregavam e derrubavam a rede elétrica de Barbacena.
Pra piorar ainda mais a situação não era usado anestesia durante o tratamento, o que transformava a prática num verdadeiro exercício sádico de tortura.

Os culpados continuam sendo um mistério

Não há até hoje investigação que descobrisse os culpados por mais de 60 mil mortes no Manicômio de Barbacena. Além dos assassinatos conscientes, foi constatado que a maioria dos doentes do maior hospital mental do país não tinham problema mental algum.
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Qualquer pessoa podia ser vítima
O fato não somente chocou a cidade inteira como o país, quando o repórter da Revista O Cruzeiro visitou o manicômio e registrou imagens impressionantes. Segundo ele, eram homens e mulheres praticamente nus, com uniformes sujos e a maioria com a cabeça raspada. O jornalista ainda afirmou que um dos doentes bebia água que jorrava de um esgoto, pois não tinha atendimento para tal necessidade.
Mesmo passando muitos anos, embora o Brasil tenha dado alguns passos no humanização do atendimento, Daniela Arbex afirma que muita coisa continua errada. Segundo a jornalista, os mesmos assassinatos são cometidos, mas com nomes diferentes no país. Ela compara também alguns momentos do Manicômio de Barbacena com a chacina da Rocinha e muitos outros momentos tristes do Brasil.

Depoimento de uma sobrevivente

Elzinha foi uma sobrevivente do inferno vivido em Barbacena. Atualmente ela mora em um núcleo terapêutico residencial com outras mulheres com diferentes níveis de dificuldade. Quando criança ela foi internada em uma instituição de menores e posteriormente, já adulta, transferida para Barbacena.
Ela conta que nunca ficou trancada ou foi torturada por choques, mas viu muitas pessoas passarem por isso. No tempo em que ficou internada nunca recebeu a visita dos parentes.

“Queria que minha família viesse aqui só para me ver, para ver que eu estou boa. Não é para eu ir embora com eles, não. Não sei porque me internaram criança. Eu não fiz nada com Deus, não fiz nada com eles.”


by puromisterio. 

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