sexta-feira, 19 de julho de 2013

STF dá 10 dias para Presidência dar esclarecimentos sobre Mais Médicos


Resposta vai servir para julgar ação de Jair Bolsonaro contra programa.
Deputado afirma que não havia urgência para tema ser tratado em MP.



Mariana OliveiraDo G1, em Brasília




O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, deu prazo de 10 dias para que a Presidência da República envie esclarecimentos sobre o programa Mais Médicos, criado por medida provisória e que visa suprir a carência de profissionais nas periferias e interior do país.
O despacho solicitando informações foi expedido nesta quarta e divulgado no site do STF nesta quinta-feira (18). Barbosa pediu dados para embasar o julgamento de mandado de segurança protocolado na quarta pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) contra a MP que criou o programa. O parlamentar alegou que não havia urgência para que o tema fosse tratado em medida provisória.
Bolsonaro queria uma medida liminar (provisória) para suspender o Mais Médicos, mas Barbosa decidiu pedir antes as informações e enviar em seguida o processo para o relator sorteado para a ação, ministro Marco Aurélio Mello. Como o Supremo está em recesso desde 1º de julho até 1º de agosto, todas as decisões cautelares devem ser analisadas pelo presidente da Corte.
Depois de a Presidência da República enviar informações, Marco Aurélio decidirá se concede ou não a liminar.
"Ante o exposto, solicitem-se com urgência as informações à autoridade-coatora (Presidência), que deverão ser prestadas no prazo de dez dias. Comunique-se ao representante legal da autoridade-coatora a interposição deste mandado de segurança, para que tome as providências que entender cabíveis. Recebidas as informações, ou certificado o prazo para tanto, encaminhem-se imediatamente os autos ao gabinete do eminente relator, Ministro Marco Aurélio, que melhor dirá sobre o pedido de medida liminar formulado", afirmou Barbosa no despacho.
A MP dos Médicos é considerada prioritária pelo governo federal por formalizar a criação do programa e permitir a vinda de profissionais estrangeiros ou de brasileiros que se formaram no exterior sem a necessidade de revalidação do diploma. O texto já está em vigor, mas ainda precisa ser votado no Congresso.

Ao versar sobre tema inequivocamente relevante, [a presidente Dilma Rousseff] pecou ao disciplinar matérias de relativa complexidade mas que não carecem de urgência"
Jair Bolsonaro,
deputado federal
No mandado de segurança, Jair Bolsonaro destaca que a MP assinada pela presidente Dilma Rousseff feriu "direito líquido e certo" dos parlamentares já que a Constituição estabelece que medidas provisórias devem seguir dois pressupostos: "relevância e urgência".
"A observância dos pressupostos de relevância e urgência, sem dúvida, são condições imprescindíveis e concomitantes para a edição de medidas provisórias. [...] Ao versar sobre tema inequivocamente relevante, [a presidente Dilma Rousseff] pecou ao disciplinar matérias de relativa complexidade mas que não carecem de urgência", afirmou na ação.
Um dos argumentos usados pelo parlamentar é de que as novas regras de que tratam a MP valem apenas para os que ingressarem na universidade a partir de 2015. Segundo Bolsonaro, havia tempo hábil para discussão do tema por meio de projeto de lei.

Maiores partidos da Câmara querem limitar verba e TV dos menores

19/07/2013 07h00 - Atualizado em 19/07/2013 09h31


G1 ouviu deputados de principais partidos de comitê da reforma política.
Proposta de cláusula de barreira prejudicaria ao menos 17 'nanicos'.

Nathalia Passarinho e Fabiano CostaDo G1, em Brasília

Representantes de sete dos maiores partidos da Câmara dos Deputados que integram grupo de trabalho formado para propor uma reforma política são favoráveis à aprovação de uma regra segundo a qual legendas pequenas seriam impedidas de receber recursos públicos e acesso à propaganda eleitoral no rádio e na TV.
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) coordena primeira reunião do grupo formado para propor a reforma política na Câmara (Foto: Zeca Ribeiro/Ag.Câmara)O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) coordena primeira reunião do grupo formado para propor a reforma política na Câmara (Foto: Zeca Ribeiro/Ag.Câmara)
Consulta realizada pelo G1 com membros do comitê, integrado por 16 parlamentares de diferentes siglas, mostrou que a chamada cláusula de desempenho (ou de barreira) tem apoio dos representantes de PT, PMDB, PSDB, PSD, PP, PSB e DEM. Juntas, essas legendas possuem 356 deputados (quase 70% do total), número mais que suficiente para aprovar qualquer proposta na Câmara.
A aprovação da cláusula de desempenho foi escolhida como uma das prioridades do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), coordenador do grupo de trabalho que terá como missão elaborar propostas para mudar o sistema político vigente no país. Para o petista, se o Congresso aprovar a cláusula de barreira, modificar as regras de financiamento das campanhas e impuser o fim das coligações partidárias “50% da reforma” já estará concluída.
Ele propõe que aqueles partidos que obtiverem menos de 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados não tenham direito a qualquer fatia do Fundo Partidário (composto por recursos do Orçamento) e do tempo de propaganda no rádio e na TV. Pela atual legislação, todos os 30 partidos existentes no país têm direito a uma parte maior ou menor desses ativos, considerados cruciais para sobreviver nas disputas eleitorais e manter suas estruturas.
Pela linha de corte proposta por Vaccarezza, apenas os partidos que elegessem ao menos 11 deputados federais teriam direito a partilhar o Fundo Partidário e a propaganda. Se a regra valesse hoje, apenas 13 partidos teriam essa vantagem (PT, PMDB, PSDB, PSD, PR, PP, DEM, PSB, PDT, PTB, PSC, PC do B e PPS).
Embora contem com representantes na Câmara, outros 10 partidos menores (PV, PRB, PSOL, PMN, PT do B, PEN, PRP, PSL, PHS e PRTB) ficariam prejudicados, por terem menos de 11 deputados federais. Ficariam ainda de fora do rateio do Fundo Partidário e da propaganda outras sete siglas que sequer possuem representação na Câmara (PTC, PSTU, PCB, PSDC, PCO, PTN e PPL).
Temos que valorizar o resultado das urnas e acabar com legendas de aluguel que vivem para administrar fundo partidário"
Cândido Vaccarezza (PT-SP)
Favoráveis
Ao G1, Vaccarezza explicou por que quer a restrição. “O Brasil precisa ter democracia para construir partidos. Agora, os benefícios obtidos pelas siglas devem ser proporcionais à vontade popular. Temos que valorizar o resultado das urnas e acabar com legendas de aluguel que vivem para administrar fundo partidário”, disse o representante do PT, maior partido da Câmara, com 89 deputados.
O deputado Júlio Delgado (MG), que no grupo de trabalho representa o PSB (sigla com 26 deputados na Câmara), defende uma cláusula de barreira ainda mais restritiva. "Na minha opinião, o partido pode existir e ser formado, mas, nas eleições, quem não alcançar 3% dos votos em pelo menos 10 estados deve deixar de ter direito a fundo partidário e tempo de televisão”, avaliou.
Marcelo Castro (PI), que foi indicado pelo PMDB (segunda maior bancada, com 80 deputados), diz ser "mais radical". Para ele, a sigla que não alcançar o percentual mínimo não deveria sequer ter representação na Câmara, mesmo que o candidato obtivesse votos suficientes para ser eleito.
“Não há a menor justificativa para o Brasil ter 30 partidos, dois sendo constituídos atualmente – o MD e o Rede Sustentabilidade – e mais 25 com processo de criação iniciada”, argumentou Castro, que admite, no entanto, que sua ideia não deve passar pelo aval dos colegas.
Já o deputado Espiridião Amin (SC), representante do PP (37 deputados), foi enfático ao defender a cláusula de barreira na última reunião do grupo, na quarta (17). “O maior germe sistêmico que existe hoje no país é o germe das siglas partidárias”, disse o catarinense.
A tese da cláusula de barreira também tem o aval do DEM. Para o deputado Rodrigo Maia (RJ), que representa a sigla oposicionista no grupo, a linha de corte deveria ficar entre 2% e 3% dos votos válidos. “Acho que a cláusula de barreira organiza melhor a governabilidade, não apenas federal, mas também a nível de estado. O ideal é que haja um percentual entre 2% e 3% com votação em cinco estados para que o partido receba tempo de TV e fundo partidário”, opinou.
A proposta também é uma bandeira histórica do PSDB (49 deputados), reafirmada pelo representante tucano no grupo, deputado Marcus Pestana (MG), em enquete feita pelo G1sobre outros temas da reforma política.
Entendemos que esse projeto irá tornar a política refém do clientelismo e fisiologismo [...] Quem deve definir se os partidos devem ter viabilidade é o povo, e não qualquer número cabalístico que venhamos a defender"
Ivan Valente (PSOL-SP)
Contrários
Forte crítico da proposta, o presidente nacional do PSOL e líder da bancada do partido na Câmara, Ivan Valente (SP), advertiu que a legenda oposicionista irá colocar a militância nas ruas caso o Congresso tente barrar o acesso das pequenas siglas ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV.

“Isso vai ser uma guerra. A resposta do PSOL será dura. Entendemos que esse projeto irá tornar a política refém do clientelismo e fisiologismo, que é como eles [grandes partidos] negociam a governabilidade no Brasil”, disse o líder do PSOL (partdio que tem 3 deputados na Câmara).
“Quem deve definir se os partidos devem ter viabilidade é o povo, e não qualquer número cabalístico que venhamos a defender”, ironizou.

Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire (SP) considera a proposta “equivocada”. “Os grandes partidos, como se fossem a salvação da República, querem acabar com o pequenos, tentando responsabilizá-los pelos desmandos que estão aí”, reclamou o chefe do PPS, que tem 11 deputados. Se a linha de corte defendida por Vaccarezza, de 2% dos votos válidos, já estivesse valendo, o PPS seria a menor bancada da Casa.

Mesmo contrário ao projeto, Freire admite que, se o Congresso conseguir aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição para introduzir a cláusula de barreira, as legendas nanicas não terão o que fazer senão se submeter às novas regras.

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) afirmou que poderá defender a cláusula de barreira se a reforma política instituir o sistema distrital misto. Por esse modelo, a Câmara seria composta por deputados escolhidos pelos partidos mais votados e por deputados escolhidos diretamente pelo eleitor em distritos (áreas menores de um estado).
“Se você adota o distrital misto, você vota na sigla partidária e aí o seu voto, de fato, tem um conteúdo ideológico programático e você pode auferir a representatividade do partido, sem que seja apenas a soma dos candidatos eleitos”, disse Sirkis.
Especialistas
Juristas ouvidos pelo G1 se dividiram sobre o assunto. Para o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Arnaldo Versiani, a limitação vai favorecer a governabilidade.
“Ninguém está impedindo que o partido seja criado, mas o absurdo é distribuir recursos públicos para partidos nanicos. O funcionamento parlamentar deveria ser reduzido a uns 10 partidos. Dentro da própria Câmara, quando você limita o número de partidos fica mais fácil de negociar e discutir propostas. Quanto maior o número de partidos, mais difícil negociar fica”, disse.
STF anulou regra em 2006
Há sete anos, o Supremo Tribunal Federal derrubou, por unanimidade, regra aprovada em 1995 para impor uma cláusula de barreira a partir de 2006. À época, apenas sete dos 29 partidos existentes tinham percentual mínimo de votos para obter fatias maiores do Fundo Partidário e da propaganda, além de estrutura no Congresso. A lei foi considerada inconstitucional por prejudicar as minorias.Leia mais
Já a subprocuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, considera inconstitucional impor limites ao funcionamento dos partidos. Para ela, acabar com o tempo de TV e o fundo partidário de pequenas legendas significará inviabilizar o funcionamento dessas siglas.

“É inconstitucional. A Constituição prevê o pluripartidarismo e, se você inviabiliza a criação de siglas, isso é inconstitucional. É cláusula pétrea a liberdade de criação partidária. Você não tem como viabilizar a liberdade de criação se não é dado a eles possibilidade de sobreviver. Não há um tratamento isonômico”, ponderou a sub-procuradora eleitoral.
Para ela, um partido não tem como sobreviver se não tiver recursos e espaço para divulgar suas ideias. “Ao adotar o sistema pluripartidário e não o bipartidarismo, obviamente que tem que haver igualdade de condições a todos os partidos”.

Dilma perde 28 pontos e cai para 30%, diz Ibope; Marina tem 22%


Contra os mesmos adversários, Lula teria 41%, aponta pesquisa.
Levantamento foi divulgado pelo site do jornal 'O Estado de S. Paulo'.

Do G1, em Brasília

Pesquisa Ibope (Foto: Arte/G1)
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta (18) pelo site do jornal "O Estado de S. Paulo" indica que a presidente Dilma Rousseff perdeu 28 pontos desde o último levantamento do instituto, em março, e teria hoje 30% das intenções de voto na disputa pela reeleição. Na simulação feita pelo Ibope, Marina Silva (sem partido), teria 22%; Aécio Neves (PSDB), 13%; e Eduardo Campos (PSB), 5%.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar, no gráfico ao lado, que Lula tinha 58% das intenções de voto na primeira simulação sem Dilma. No texto, a informação sempre esteve correta: 41%. O erro foi corrigido às 7h20 desta sexta-feira, 19.)
Pelo calendário eleitoral, as candidaturas a presidente terão de ser oficializadas pelos partidos até 5 de julho de 2014. O primeiro turno da eleição está marcado para 5 de outubro do próximo ano.
De acordo com o Ibope, a eventual candidatura pelo PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria mais intenções de voto que a de Dilma Rousseff, se fosse hoje a eleição. Contra os mesmos adversários, ele teria 41% das intenções de voto. Marina, Aécio e Campos teriam 18%, 12% e 3%, respectivamente.
A pesquisa foi realizada entre os últimos dias 11 e 14 e tem margem de erro de dois pontos percentuais (isso quer dizer que Lula, por exemplo, pode ter entre 39% e 43% das intenções de voto). Foram entrevistadas 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em 140 municípios de todas as regiões.
Com Joaquim Barbosa
Em uma simulação que inclui como eventual candidato o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, Dilma teria 29%. Marina somaria 21%, Aécio, 12% e Eduardo Campos, 5%, segundo o Ibope. Barbosa teria 6%.
No mesmo cenário, com Lula como candidato do PT em vez de Dilma, o ex-presidente acumularia 39%, Marina Silva, 19%, Aécio Neves, 12%, e Eduardo Campos, 3%. Barbosa continuaria com os mesmos 6%.
Espontânea
Na parte da pesquisa em que os eleitores respondem espontaneamente (sem que o pesquisador apresente uma lista de possíveis candidatos), Dilma teria 16% das intenções de voto; Lula, 12%; Aécio, 5%; Marina, 4%; Joaquim Barbosa, 3%; José Serra (PSDB), 3%; Eduardo Campos, 1%; e Geraldo Alckmin (PSDB), 1%. Na pesquisa feita em março pelo Ibope, Dilma tinha 35% das intenções de voto espontâneas
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by G1

Câmara banca jantar para bancada do PMDB

Evento reuniu 80 deputados do partido na Casa, além do vice-presidente Michel Temer e de dois ministros de Estado, e custou R$ 28,4 mil. Assessoria da Presidência diz que gasto é regular e valor baixo


Rodolfo Stuckert/Câmara do Deputados
Jantar ocorreu na residência oficial da Câmara, ocupada por Henrique Alves
A Presidência da Câmara dos Deputados bancou um jantar realizado na terça-feira (16) que reuniu os 80 deputados da bancada do PMDB na Casa, além do vice-presidente Michel Temer, e de dois ministros de Estado. Nota de empenho emitida pela Casa especifica que o evento seria para 80 pessoas e custaria R$ 28,4 mil, equivalente a R$ 355 por pessoa. O preço é superior ao salário de um deputado, hoje em R$ 26.723,13.

A nota de serviço foi obtida pela ONG Contas Abertas e divulgada inicialmente no site da revistaVeja nesta quinta-feira (18). O jantar ocorreu na residência oficial da Presidência da Câmara, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Participaram o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Michel Temer, os ministros da Previdência, Garibaldi Alves, e da Agricultura, Antonio Andrade.
De acordo com a ONG, o registro do pagamento exibe a seguinte justificativa: “Concessão de suprimento de fundos para atender despesas relativas à contratação de serviços destinados à realização de jantar no dia 16.07.2013, na residência oficial da Câmara dos Deputados, para um público estimado de oitenta pessoas, a pedido do gabinete do presidente”. Relatos de parlamentares dizem que as conversas no jantar de confraternização de fim de semestre giraram em torno de temas políticos como a reforma política e a proposta do partido de redução no número de ministérios.
A assessoria de imprensa do presidente da Câmara confirmou os gastos, mas negou qualquer tipo de irregularidade. De acordo com o órgão, como o evento é esporádico, não existe a necessidade de contratar uma equipe fixa nem de abrir um processo licitatório. No entanto, acrescenta que foram realizadas uma tomada de preços e uma análise dos serviços e valores das empresas. O órgão ainda afirmou que o valor gasto é considerado baixo e não houve gasto com bebidas alcoolicas.
by Congresso em Foco

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