domingo, 14 de abril de 2013

Marquês de Sade


Marquês de Sade



                            Retrato de Sade em 1761


Nome completo Donatien Alphonse François de Sade
Nascimento 2 de junho de 1740
Paris, Île-de-France
Reino da França
Morte 2 de dezembro de 1814 (74 anos)
Saint-Maurice, Île-de-France
Reino da França
Ocupação escritor
Título Marquês de Sade


Donatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. De seu nome surge o termo médicosadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros[1]. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.[2][3]

Filosofia

Além de escritor e dramaturgo, foi também filósofo de ideias originais, baseadas no materialismo do século das luzes e dos enciclopedistas. Lido enquanto teoria filosófica, "o romance de Sade oferece um sistema de pensamento que desafia a concepção de mundo proposta pelos dois principais campos filosóficos no contexto da França pré-republicana: o religioso e o racionalista".[4] Sade era adepto do ateísmo e era caracterizado por fazer apologia ao crime (já que enfrentar a religião na época era um crime) e a afrontas à religião dominante, sendo, por isso, um dos principais autores libertinos - na concepção moderna do termo. Em suas obras, Sade, como livre pensador, usava-se do grotesco para tecer suas críticas morais à sociedade urbana. Evidenciava, ao contrário de várias obras acerca da moralidade - como por exemplo o "Princípios da Moral e Legislação" de Jeremy Bentham- uma moralidade baseada em princípios contrários ao que os "bons costumes" da época aceitavam; moralidade essa que mostrava homens que sentiam prazer na dor dos demais e outras cenas, por vezes bizarras, que não estavam distantes da realidade. Em seu romance 120 Dias de Sodoma, por exemplo, nobres devassos abusam de crianças raptadas encerrados num castelo de luxo, num clima de crescente violência, comcoprofagia, mutilações e assassinatos - verdadeiro mergulho nos infernos.

Obras de Sade

Duas personagens criadas por Sade foram suas idéias fixas durante décadas: Justine (que se materializou em várias versões do romance, ocupando muitos volumes), a ingênua defensora do bem, que sempre acaba sendo envolvida em crimes e depravações, terminando seus dias fulminada por um raio que a rompe da boca ao ânus quando ia à missa, e Juliette, sua irmã, que encarna o triunfo do mal, fazendo uma sucessão de coisas abjetas, como matar uma de suas melhores amigas lançando-a na cratera de um vulcão ou obrigar o próprio papa a fazer um discurso em defesa do crime para poder tê-la em sua cama. As orgias com o papa Pio VI em plena Igreja de São Pedro, no Vaticano, fazem parte da trama sacrílega e ultrajante do romance Juliette, com a fala do pontífice transformada em agressivo panfleto político: A Dissertação do Papa sobre o Crime. Sade tinha o costume de inserir panfletos político-filosóficos em suas obras. O panfleto Franceses, mais um Esforço se Quiserdes Ser Republicanos, que prega a total ruptura com o cristianismo, foi por ele encampado ao romance A Filosofia na Alcova (Preceptores Morais), no qual um casal de irmãos e um amigo libertino "educam" a jovem Euginè para uma vida de libertinagem, mostrando-lhe aversão aos dogmas religiosos e costumes da época[1].

Surrealismo e psicanálise

Tanto o surrealismo como a psicanálise encamparam a visão da crueldade egoísta que a obra de Sade expõe despudoradamente. Um exemplo de influência do Marquês de Sade na arte do século 20 é o cineasta espanhol Luis Buñuel, que em vários filmes faz referências explícitas a Sade: em A Idade do Ouro, por exemplo, retrata a saída de Cristo e dos libertinos do castelo das orgias de Os 120 dias de Sodoma. O sadismo também está explícito nas imagens mais surrealistas produzidas por Buñuel, como a navalha cegando o olho da mulher em O Cão Andaluz. Também há fortes referências sadianas em A Bela da Tarde e em Via Láctea, no qual aparece uma Cena em que Sade converte uma indefesa menina ao ateísmo. A influência de Sade pode ser notada também em autores como o dramaturgo francês Jean Genet, homossexual, ladrão e presidiário, que retoma muitos dos temas do marquês, também desenvolvidos em ambientes carcerários franceses.

Questão da homossexualidade

A questão da suposta homossexualidade de Sade ("Terá sido Sade um pederasta?") foi formulada pela escritora francesa Simone de Beauvoir no clássico ensaio 'É preciso queimar Sade? - Privilégios'. A autora conclui pela heterossexualidade de Sade, que sempre amou mulheres tolerantes a suas aventuras, embora tivesse um comportamento sexual atípico, defendendo o coito anal e chegando a pagar criados para sodomizá-lo publicamente em suas orgias, das quais a primeira mulher, Renné de Sade, teria participado. Atualmente, estudiosos da cultura e da literatura, como o sociólogo Ottaviano de Fiore, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), compartilham a opinião de Simone de Beauvoir, creditando o comportamento e a imaginação literária do autor de '120 Dias de Sodoma' a neuroses relacionadas a parafilias, como o gosto pelo lixo e pela sujeira, que na ficção sadeana desembocam na apologia do crime e na erotização da fealdade e das mais atrozes torpezas. "A crítica que faço à pergunta de Simone de Beauvoir é que, posta em sua época, ela remete à visão de seres humanos descontínuos,isto é, não vê, como atualmente se vê, um continuum humano, mas vê um mundo repartido em que gays e outras minorias seriam descontínuos em relação a um padrão de ser humano dito normal, isto é, o gay seria o outro, que não partilharia da mesma condição humana, ponto de vista hoje considerado preconceituoso e racista, pois o padrão de ser humano mudou", afirmou Ottaviano de Fiore.

Velhice e legado

Na velhice, já separado de Renné, sua primeira mulher, mas, como sempre, preso por causa de suas idéias e de seu comportamento libertino, foi amparado pela atriz Marie-Quesnet, que mudou-se com ele para o Hospício de Charenton. Nessa época, sob o olhar tolerante de Marie-Quesnet, enamorou-se da filha de uma carcereira que tinha 14 anos quando o conheceu. Todos esses fatos estão rigorosamente documentados por Gilbert Lely, o mais importante biógrafo de Sade, compilador de suas cartas e autor do clássico 'Vida do Marquês de Sade'.

Sade morreu aos 74 anos, amado por duas mulheres, com quem planejava produzir peças teatrais pornográficas quando um dia saísse do hospício.[carece de fontes]

Obras

Ilustração do seu livro Juliette em 1800.
Juliette de Sade
Zoloe e suas Amantes
O Estratagema do Amor
Os Crimes do Amor
A Filosofia na Alcova
Contos Libertinos
Diálogo entre um Padre e um Moribundo
Os 120 Dias de Sodoma
A Crueldade Fraternal
Os Infortúnios da Virtude
[editar]Cinema

Muitos filmes foram feitos sobre o autor e sobre a teoria de suas obras.
Marat/Sade, de Peter Weiss (1966), peça que deu origem a filme.
Justine e Juliette (1968)
Filosofia na Alcova (1969)
De Sade (1969)
Saló ou 120 Dias de Sodoma do diretor Pier Paolo Pasolini (1975).
Paixão cruel (1977)
Marquis (1989)
Princesa negra (1996)
Sade (1999)
Contos Proibidos do Marquês de Sade conhecida também como Quills do diretor Philip Kaufman (2000).

aline et valcour
Lunacy (2005) do diretor Jan Švankmajer.
[editar]Cronologia
1740 - Nasce em Paris em 2 de junho. Vive dos quatro aos dez anos de idade no Comtat-Venaissim.
1750 - Estuda no Collège Louis-le-Grand e também com preceptor particular.
1754 - É admitido na Escola da Cavalaria Ligeira.
1755 - Torna-se subtenente do regimento de infantaria do rei.
1757 - É promovido a oficial. Tem início a Guerra dos Sete Anos.
1759 - Torna-se capitão do regimento de cavalaria de Bourgogne.
1763 - É desmobilizado e casa-se com Reneé-Pélagie de Montreuil. Passa quinze dias na prisão de Vincennes por "extremalibertinagem".
1764 - É recebido pelo parlamento de Bourgogne no cargo de lugar-tenente geral das províncias de Bresse, Bugey, Valromey e Gex.
1765/1766 - Mantém relacionamentos públicos com atrizes e dançarinas.
1767 - Falece o conde de Sade, seu pai, e nasce o seu primeiro filho, Louis Marie de Sade.
1768 - Primeiro grande escândalo: a mendiga Rose Keller processa o Marquês por maus tratos, em Arcueil. Sade é detido emSaumur por quinze dias, e depois em Pierre-Encise, perto de Lyon, por sete meses. Festas e bailes sucedem-se em seu castelo de La Coste, na Provence.
1769 - Nasce seu segundo filho, Donatien Claude Armand de Sade.
1771 - Nasce sua filha, Madeleine Laure de Sade.
1772 - Segundo grande escândalo: em Marselha, quatro prostitutas processam Sade e seu criado Latour por flagelações, sodomia e ingestão forçada de uma grande quantidade de cantárida (pó de asas de besouros africanos, capaz de provocar estado de excitação sexual no homem e na mulher) afrodisíaco. É condenado à morte por sodomia. Foge para a Itália. Na cidade de Aix-en Provence, a 12 de setembro, é executado junto com Latour em efígie (isto é, bonecos simbolizando Sade e seu criado foram publicamente executados, na ausência dos verdadeiros réus). Detido em Chambéry, é encarcerado em Miolans, na Savoie.
1773 - Foge em Miolans. Sua sogra, madame de Montreul, obtém licença do rei para prendê-lo e confiscar seus documentos, mas sem resultado.
1774 - Isola-se em seu castelo em La Coste.
1775 - Organiza diversas orgias em seu castelo. Risco de novo escândalo. Foge novamente para a Itália.
1776 - Volta à França.
1777 - Falece sua mãe, madame de Sade. É capturado em Paris e encarcerado em Vincennes.
1782 - Finaliza o Dialogue entre un prêtte et un moribond.
1784 - É transferido para a Bastilha.
1785 - Conclui Les Cent vingt journées de Sodome.
1787 - Redige contos e pequenas histórias.
1788 - Escreve Eugénie de Franval e Justine, Les infortunes de la ventu. Organiza um catálago de suas obras.
1789 - Provavelmente neste ano, conclui Aline Et Valcour. É transferido precipitadamente para Charenton, na noite de 3 de julho para 4 de julho. Com a tomada da Bastilha, são pilhados seus documentos e bens pessoais.
1790 - É libertado de Charenton. Inicia sua ligação com Marie-Contance Quesnet, que não mais o abandonará.
1791 - Publica clandestinamente Justine ou Les malheurs de la vertu. Escreve seu primeiro texto político. É também o ano da primeira montagem de Oxtiern.
1792 - O castelo de La Coste é pilhado. Le Suborneur é levado à cena, sem sucesso.
1793 - Redige novos textos políticos. É mais uma vez acusado e detido.
1794 - Prisioneiro em Carmes, Saint-Lazane, na casa de saúde de Picpus. É condenado à pena de morte e posteriormente liberado.
1795 - Publica clandestinamente La philosophie dans le boudoir e, oficialmente, Aline et Valcour.
1796 - "Oxtiern" é levado novamente à cena, agora em Versalhes, onde seu autor vive de forma muito modesta. A ele cabe o papel de Fabrice.
1800 - Publica oficialmente Oxtiern e Crimes de l'amour, e, clandestinamente, La nouvelle Justine.
1801 - É detido na editora Massé, que publica suas obras, onde também ocorre a apreensão da edição ilustrada em dez volumes deLa nouvelle Justine e também de Juliette. Permanece preso em Saint-Pálagie e depois em Bicêtre.
1803 - A família obtém suas transferência para Charenton, onde ele passa a organizar espetáculos com os "loucos", que se tornam atração para visitas da aristocracia parisiense.
1807 - Escreve Journées de Florbelle. Os manuscritos desse livro, apreendidos em seu quarto, seriam queimados em praça pública por seu próprio filho, depois de sua morte.
1813 - Publica oficialmente La Marquise de Gange
1814 - Morre em 2 de dezembro, em Charenton.
[editar]Ver também

O Wikiquote possui citações de ou sobre: Marquês de Sade
Sadismo
Iluminismo
Referências

a b Biografia do Marquês de Sade (em português). Netsaber Biografias. Página visitada em 2 de junho de 2012.
Giovana Sanchez. A orgia de Marquês de Sade (em português). Editora Abril. Página visitada em 10 de julho de 2010.
Maria Alzenir Alves Rabelo Mendes. Formação discursiva e verdade em contos proibidos de Marquês de Sade (em português). UFAC. Página visitada em 10 de julho de 2010.
Serravalle de Sá, Daniel (Dezembro, 2008). O Marquês de Sade e o Romance Filosófico do Século XVIII (artigo) (em português). Revista Eutomia, ano 1, número 2, dezembro. Pernambuco: EDUFPE, 2008, pp. 362-377. Página visitada em 2009-02-09.
[editar]Ligações externas
O Marquês de Sade e o Romance Filosófico do Século XVIII (em português)
O corno de si próprio e outros contos

by Wikipédia, a enciclopédia livre.

Consta que esta música foi composta pelo filho no dia da morte do pai, escrita num guardanapo. Apenas isso seria suficiente para que essa música tivesse uma história. Mais ainda quando o seu compositor, Sérgio Bittencourt, é filho de Jacob do Bandolim, um verdadeiro ícone da música brasileira de todos os tempos.


Naquela Mesa 
Compositor: Sérgio Bittencourt




NAQUELA MESA ELE SENTAVA SEMPRE
E ME DIZIA SEMPRE O QUE É VIVER MELHOR
NAQUELA MESA ELE CONTAVA HISTÓRIAS 
QUE HOJE NA MEMÓRIA EU GUARDO E SEI DE COR

NAQUELA MESA ELE JUNTAVA A GENTE
E CONTAVA CONTENTE O QUE FEZ DE MANHÃ
E NOS SEUS OLHOS ERA TANTO BRILHO
QUE MAIS QUE SEU FILHO EU FIQUEI SEU FÃ

EU NÃO SABIA QUE DOÍA TANTO 
UMA MESA NUM CANTO UMA CASA E UM JARDIM
SE EU SOUBESSE QUANTO DÓI A VIDA 
ESSA DOR TÃO DOÍDA NÃO DOÍA ASSIM

AGORA RESTA UMA MESA NA SALA E HOJE NINGUÉM MAIS
 FALA NO SEU BANDOLIM
NAQUELA MESA TÁ FALTANDO ELE, 
E SAUDADE DELE TÁ DOENDO EM MIM
NAQUELA MESA TÁ FALTANDO ELE, 
E SAUDADE DELE TÁ DOENDO EM MIM 

AGORA RESTA UMA MESA NA SALA E HOJE NINGUÉM MAIS
 FALA NO SEU BANDOLIM
NAQUELA MESA TÁ FALTANDO ELE, 
E SAUDADE DELE TÁ DOENDO EM MIM
NAQUELA MESA TÁ FALTANDO ELE, 
E SAUDADE DELE TÁ DOENDO EM MIM 

EU NÃO SABIA QUE DOÍA TANTO UMA MESA NUM CANTO
UMA CASA E UM JARDIM
SE EU SOUBESSE QUANTO DÓI A VIDA ESSA DOR TÃO
 DOÍDA NÃO DOÍA ASSIM
AGORA RESTA UMA MESA NA SALA E HOJE NINGUÉM MAIS
 FALA NO SEU BANDOLIM
NAQUELA MESA TÁ FALTANDO ELE, 
E SAUDADE DELE TÁ DOENDO EM MIM
NAQUELA MESA TÁ FALTANDO ELE, 
E SAUDADE DELE TÁ DOENDO EM MIM

TÁ DOENDO EM MIM...


Essa canção cuja autoria é de João de Aquino e Paulo César Pinheiro foi eternizada na voz varios intérpretes, ilustra de forma primorosa o que se pode sentir de belo depois de se entregar à tristeza e, de alma leve, poder dar as boas-vindas à poesia e à alegria.


Viagem

    Escolhi  Versão de  Emilio Santiago.

Oh tristeza, me desculpe
Estou de malas prontas
Hoje a poesia veio ao meu encontro
Já raiou o dia, vamos viajar
Vamos indo de carona
Na garupa leve do vento macio
Que vem caminhando
Desde muito longe, lá do fi do mar
Vamos visitar a estrela da manhã raiada
Que pensei perdida pela madrugada
Mas que vai escondida
Querendo brincar
Senta nesta nuvem clara
Minha poesia, anda, se prepara
Traz uma cantiga
Vamos espalhando música no ar
Olha quantas aves brancas
Minha poesia, dançam nossa valsa
Pelo céu que um dia
Fez todo bordado de raios de sol
Oh poesia, me ajude
Vou colher avencas, lírios, rosas dálias
Pelos campos verdes
Que você batiza de jardins-do-céu
Mas pode ficar tranqüila, minha poesia
Pois nós voltaremos numa estrela-guia
Num clarão de lua quando serenar
Ou talvez até, quem sabe
Nós só voltaremos no cavalo baio
O alazão da noite
Cujo o nome é raio, raio de luar

Carlos Mosconi (PSDB), acusado de liderar quadrilha de trafico de órgãos presidente da Comissão de Saúde

Leandro Fortes: Tucano Carlos

Mosconi é acusado de tráfico de órgãos


 13 de abril de 2013 às 19:47




Pela quarta vez consecutiva, Carlos Mosconi é presidente da Comissão de Saúde do Parlamento de Minas Gerais

por Leandro Fortes, em CartaCapital, sugestão de Julio Cesar Macedo Amorim

Enquanto o Congresso Nacional é submetido a um constrangimento diário desde a eleição do deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), pastor evangélico de discurso homofóbico e racista, para o comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, um caso semelhante na forma, mas muito mais grave no conteúdo, permanece escondido na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

Em 1˚ de fevereiro, o tucano Carlos Mosconi assumiu pela quarta vez consecutiva a presidência da Comissão de Saúde do Parlamento mineiro.

Médico de formação, Mosconi é idealizador da MG Sul Transplantes, ONG que servia de central clandestina de receptação e distribuição de órgãos humanos em Poços de Caldas, no sul do estado. Segundo uma investigação da Polícia Federal, Mosconi chegou a encomendar um rim para o amigo de um prefeito da cidade mineira de Campanha.

Em 19 de fevereiro, o juiz Narciso Alvarenga de Castro, da 1a Vara Criminal de Poços de Caldas, condenou quatro médicos envolvidos no esquema de compra e venda de órgãos humanos, a chamada “Máfia dos Transplantes”.

João Alberto Brandão, Celso Scafi, Cláudio Fernandes e Alexandre Zincone, todos da Irmandade Santa Casa, eram ligados à MG Sul Transplantes. Scafi era sócio de Mosconi em uma clínica da cidade. A ONG era responsável pela organização de uma lista de pacientes particulares que encomendavam e pagavam por órgãos retirados de pacientes ainda vivos. A quadrilha realizava os transplantes na Santa Casa, o que garantia, além do dinheiro tomado dos beneficiários da lista, recursos do SUS para o hospital.

A máfia de médicos de Poços de Caldas foi descoberta em 2002 por causa do chamado “Caso Pavesi”, que chegou a ser investigado na Câmara dos Deputados pela CPI do Tráfico de Órgãos Humanos, em 2004. Em 19 de abril de 2000, Paulo Veronesi Pavesi, 10 anos de idade à época, caiu de um brinquedo no prédio onde morava e foi levado à Santa Casa. O menino foi atendido pelo médico Alvaro Ianhez, coordenador do setor de transplantes do hospital e, soube-se depois, chefe da central clandestina de tráfico de órgãos. Ianhez é amigo particular do deputado Mosconi, responsável por sua nomeação no hospital.

A partir de uma denúncia do analista de sistemas Paulo Pavesi, pai do garoto, a PF abriu um inquérito e descobriu que a equipe de Ianhez havia decretado a morte encefálica de Paulo quando ele estava sob efeito de substâncias depressivas do sistema nervoso central.

Ou seja, teve os rins, o fígado e as córneas retirados quando provavelmente ainda estava vivo. Pavesi pai foi obrigado a pedir asilo na Itália, depois de ser ameaçado de morte por diversas vezes em Minas Gerais. Atualmente, mora em Londres, onde aguarda até hoje o julgamento do caso do filho.

Outros oito casos semelhantes foram descobertos pela PF e pelo Ministério Público Federal durante as investigações.

Um deles, o do trabalhador rural João Domingos de Carvalho, foi o que resultou nas condenações de fevereiro passado. Internado por sete dias na enfermaria da Santa Casa, entre 11 e 17 de abril de 2001, Carvalho foi dado como morto quando estava sentado e teve os rins, as córneas e o fígado retirados pelos médicos Fernandes e Scafi.

“Era pura ganância, vontade de enriquecimento rápido, sem se preocupar com o sofrimento dos demais seres humanos”, escreveu o juiz Nasciso de Castro na sentença que condenou os médicos da Santa Casa a penas de 8 a 11 anos de prisão, em primeira instância. Todos continuarão em liberdade até o julgamento dos recursos.

Pavesi não se amendrontou à toa. Em 24 de abril de 2002, Carlos Henrique Marcondes, administrador da Santa Casa, foi assassinado no dia exato de seu depoimento no Ministério Público sobre a atuação da máfia dos transplantes lotada no hospital. Ele tinha gravado todas as conversas com os médicos envolvidos no tráfico de órgãos e pretendia entregar as fitas às autoridades.

Antes de falar, Marcondes foi encontrado morto no próprio carro com um tiro na boca. Segundo um delegado da Polícia Civil da cidade, o ex-PM Juarez Vinhas, tratou-se de suicídio. O caso foi sumariamente arquivado. O laudo pericial constatou, porém, que três tiros haviam sido disparados contra Marcondes, embora apenas um o tenha atingido.

Mais ainda: a arma usada e colocada na mão da vítima desapareceu no fórum de Poços de Caldas, razão pela qual foi impossível periciá-la. Levado à Santa Casa, o corpo do administrador foi recebido por dois médicos do hospital. Um deles, João Alberto Brandão, foi condenado em fevereiro. O outro, Félix Gamarra, chegou a ser indiciado, mas acabou beneficiado pela lei de prescrição penal, por ter mais de 70 anos de idade.

A dupla raspou e enfaixou a mão direita de Marcondes, supostamente usada para apertar o gatilho, de modo a invibializar o exame de digitais e presença de resíduos de pólvora. E o advogado da Santa Casa, o também ex-PM Sérgio Roberto Lopes, providenciou a lavagem do carro.

O nome de Mosconi apareceu na trama em 2004, durante a CPI do Tráfico de Órgãos. Convocado pela comissão, o delegado Célio Jacinto, responsável pelas investigações da Polícia Federal, revelou a existência de uma carta do parlamentar na qual ele solicita ao amigo Ianhez o fronecimento de um rim para atender ao pedido do prefeito de Campanha, por 8 mil reais. A carta, disse o delegado, foi apreendida entre os documentos de Ianhez, mas desapareceu misteriosamente do inquérito sob custódia do Ministério Público Estadual de Minas Gerais.

Mosconi foi ouvido pelo juiz Narciso de Castro e confirmou conhecer Ianhez desde os anos 1970. O parlamentar disse “não se recordar” da existência de uma lista de receptores de órgãos da Santa Casa, da qual chegou a ser presidente do Conselho Curador por um período.

Sobre a MG Sul Transplantes, que fundou e difundiu, afirmou apenas “ter ouvido falar” de sua existência. Declaração no mínimo estranha. O registro de criação da MG Sul Transplantes, em 1991, está publicado em um artigo no Jornal Brasileiro de Transplantes (volume 1, número 4), do qual os autores são o próprio Mosconi, além de Ianhez, Fernandes, Brandão, e Scafi, todos investigados ou réus de processos sobre a máfia de transplantes de Poços de Caldas.

Procurada por CartaCapital, a assessoria de imprensa de Carlos Mosconi ficou de marcar uma entrevista com o deputado. Até o fechamento desta edição, o parlamentar não atendeu ao pedido da revista.

by viomundo.com.br

(Só para constar: este blog nao estava censurado? Espero que tenha resolvido a censura).




Deputado acusado de liderar tráfico

 de órgãos preside Comissão de Saúde

Assim como ocorrido na Câmara dos Deputados em Brasília, onde foi eleito para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), acusado de racismo e homofobia e também de estelionato, em Minas Gerais, acaba de ser eleito para presidir a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa o deputado Carlos Mosconi (PSDB), acusado pelo juiz de Poços de Caldas de liderar uma organização criminosa condenada pela prática de igual teor de tráfico de órgãos.

Segundo relatos da Polícia Federal e do Ministério Público, constantes no processo, Mosconi só não foi denunciado devido à atuação declarada indevida e suspeita do integrante do Ministério Público Federal encarregado de acompanhar as apurações, assim como oferecer a denúncia. Porém, segundo promotores que atua no caso, diante das condenações ocorridas e das provas existentes não está afastada a possibilidade de Mosconi ser agora denunciado.




Na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o assunto é proibido tendo em vista que Mosconi, atual secretário geral do PSDB do Estado de Minas Gerais, é tido como representante dos interesses de Andréa Neves. Em função deste caso e outros relacionados a comportamento de deputados da atual legislatura, até hoje a casa legislativa mineira não tem uma comissão de ética formada.

Diversas entidades da sociedade civil vêm contestando a presença de Mosconi na presidência da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas gerais, porém, sem maiores repercussões, uma vez que grande parte da imprensa nada divulga e os deputados nada fazem. O grupo já inicia um movimento para colher apoios em um abaixo assinado pela internet pedindo a saída de Mosconi da presidência da Comissão de Saúde da ALMG.

O PSDB mineiro recusa-se a comentar o fato, uma vez que Mosconi ocupa a Secretaria Geral do partido no Estado. Consultado, o partido, através de sua assessoria de imprensa, solicitou cópia da sentença, o que foi encaminhado por Novojornal.

Embora tenha prometido pronunciar-se após recebimento da sentença, o dirigente da comissão de ética do PSDB, Antonio Aureliano, filho do ex- governador biônico de Minas Gerais e vice- presidente da Republica, igualmente biônico, Aureliano Chaves, até o fechamento desta matéria nada respondeu.


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PF investigará tráfico de órgãos


by Novo Jornal

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sábado, 13 de abril de 2013

CORRUPTOS E INCOMPETENTES!!!




O Ovo da Serpente está sendo chocado. O "governo" petista movimenta-se para 
"regulamentar" os meios de comunicação, numa tentativa de encobrir o desastre 
econômico já mais que evidente em todos os índices, mesmo os oficiais. A inflação em 
alta vai obrigar o Banco Central, mais dia menos dia, a subir os juros; se correr o bicho
 pega...Com esta medida, a produção industrial que já está despencando, terá que se 
retrair ainda mais; as exportações diminuíram drasticamente, os nossos tradicionais 
compradores, em plena politica de austeridade, estão mais preocupados com seus 
problemas internos, e fazendo o que os incompetentes "governantes" brasileiros deviam 
fazer mas não fazem: cortar os monumentais gastos da máquina pública...Mas isso, seria 
desempregar as boquinhas dos companheiros...A Petrobras deficitária, as obras da Copa, 
superfaturadas, como de costume. A Fifa, já não esconde sua preocupação com os prazos.
 O dinheiro desperdiçado num momento de crise mundial, enquanto a educação, a saúde, 
são maquiladas com números de puro marketing!
Mandaram o povo comprar carros e esqueceram que o consumo de combustíveis, por 
uma lei elementar de oferta e procura, também aumentaria... Corruptos e incompetentes

Carlos Vereza.

Cientistas brasileiros aguardam nuvem magnetizada expelida pelo Sol



Observatório Solar Dinâmico17 fotos

17 / 17
abr.2013 - Imagem mostra um flare solar que ocorreu em 11 de abril, evento que corresponde a um flash de radiação eletromagnética visível e invisível que ocorre quando a energia armazenada no campo magnético próximo à manchas solares é liberada. Esta radiação compreende comprimentos de onda que vão desde as ondas de rádio (infravermelho) até os raios X e raios gama (ultravioleta) Leia mais Nasa/SDO
Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aguardam a chegada neste sábado (13) de uma nuvem magnetizada vinda do Sol. Em 11 de abril, uma explosão solar resultou em intensa ejeção de plasma, conhecida como ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês), que está se dirigindo para a Terra.
Essa nuvem provoca perturbações na magnetosfera terrestre (campo magnético terrestre) que podem gerar desde auroras nas altas latitudes e regiões polares a até tempestades geomagnéticas – em caso de perturbações severas.
 "CME é uma gigantesca nuvem de plasma magnetizado que é expulsa pela camada mais externa da atmosfera solar - coroa - em direção ao espaço com velocidades de centenas de milhares de quilômetros por segundo", explica José Roberto Cecatto, do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial do Inpe.
O pesquisador informa que este CME, pela posição de onde se originou  no Sol, está dirigido para a Terra e apresenta formato  em halo. A velocidade estimada do fenômeno é relativamente alta (cerca de 1000 km/s), indicando que deve chegar à Terra por volta da primeira metade do dia 13 de abril.
Entre os efeitos que essas tempestades podem causar está, por exemplo, a indução de poderosas correntes elétricas na superfície terrestre que podem afetar ou interromper sistemas de fornecimento de energia.
"A intensidade das perturbações sofridas pela magnetosfera terrestre depende da direção e intensidade do campo magnético associado à nuvem do CME em relação à direção e intensidade do campo da magnetosfera da Terra. Quando possuem direções contrárias ocorrem as perturbações severas com efeitos mais intensos no clima espacial. Ainda não é possível medir com exatidão a direção do campo magnético da nuvem do CME antes de sua chegada ao ambiente terrestre, pois ainda não existe uma sonda ou satélite dedicado a especificamente a essa medição", diz Cecatto.
by Uol
13/042013

Russos lamentam o fim da URSS e sonham com a volta dos dias de protagonismo político


05/01/2011 - 09h47

Os russos ainda sonham com a volta da poderosa União Soviética em 2011, quando se completam duas décadas do desaparecimento do estado totalitário.
"As mudanças na vida econômica devem ser realizadas por homens livres, gente livre em seus atos e em suas ideias", afirmou recentemente o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, que tinha 26 anos quando a URSS caiu, em 1991.
O caso é que os habitantes da Federação Russa ainda não valorizam as liberdades individuais como o fazem com as conquistas sociais que a União Soviética garantia: empregos fixos, educação e saúde gratuitas, moradia acessível e previdência.
Segundo uma pesquisa realizada pelo centro de sociologia Levada, 55% dos russos lamentam a desintegração soviética. O primeiro-ministro Vladimir Putin a classificou como "a maior catástrofe geopolítica do século XX".
Ivan Sekretarev/AP
Levando bandeiras do Exército Vermelho, russos vestidos com uniformes da URSS na Segunda Guerra marcham na praça Vermelha
Levando bandeiras do Exército Vermelho, russos vestidos com uniformes da URSS na Segunda Guerra marcham na praça Vermelha
Essa porcentagem é um reflexo da opinião dos adultos russos, já que entre os jovens (17%) e os maiores de 60 anos (83%) as posturas são muito extremas.
"Quem não lamenta a desintegração da URSS não tem coração, mas aquele que deseja seu renascimento não tem cabeça", disse Putin em meados de dezembro.
Essa frase é um espelho do ânimo de muitos russos, que dizem sentir falta de viver em um Estado respeitado e temido em todo o mundo, mas se mostram conscientes ao reconhecer que a experiência soviética é irrecuperável e agora faz parte da história.
Ainda de acordo com a pesquisa, 53% dos russos acreditam que a desintegração da URSS era evitável, enquanto 32% pensam o contrário.
Isso demonstra a razão de muitos cidadãos locais seguirem culpando o último dirigente soviético, Mikhail Gorbachev, de ter posto um ponto final à URSS ao concordar com todas as reivindicações dos Estados Unidos, considerados o país "vencedor" da Guerra Fria.
Desde então, os EUA são a única superpotência mundial, embora sejam seguidos de perto pela China, enquanto a Rússia ainda não superou o trauma do fim do comunismo.
Outro exemplo dessa nostalgia do antigo regime é que mais da metade dos entrevistados defendem o reforço dos laços entre as 15 ex-repúblicas soviéticas, pela reinstalação da URSS e a criação de um bloco à imagem e semelhança da União Europeia.
Os russos ainda apostam firmemente nas semelhanças entre os antigos povos soviéticos, especialmente com outros países eslavos, como Ucrânia e Belarus, e também com o Cazaquistão, que possui uma importante minoria russa.

POPULAÇÃO CONSERVADORA

Conforme a pesquisa, muitos cidadãos russos ainda têm maior identificação com a mentalidade conservadora de Putin do que com o ideário liberal de Medvedev, que defende que a "emancipação" do povo russo ainda é uma disciplina pendente.
"Nunca houve democracia em nosso país antes de 1991. Repito, nunca. Nem sob o czar, nem durante a era soviética, nem em nenhuma outra época. É um processo difícil", afirmou Medvedev no 20º aniversário do jornal governamental "Rossiyskaya Gazeta".
Medvedev, que preside o país sob a sombra de Putin, reconhece que "a democracia é impossível em um país pobre", mas matiza que "o progresso de uma economia moderna é impossível em condições de ditadura".
Enquanto isso, Putin, que, nos últimos anos, criticou as repressões stalinistas, é acusado de iniciar uma campanha de "neosovietização" da sociedade russa, que inclui a reabilitação dos símbolos soviéticos.
O próprio Mikhail Gorbachev acusou o partido governista Rússia Unida, liderado por Putin, de se transformar no novo Partido Comunista da União Soviética (PCUS), ao acolher em seu seio exclusivamente burocratas interessados em se beneficiar de sua proximidade do poder.
Gorbachev, que completará 80 anos em março, anunciou o fim da União de Repúblicas Socialistas Soviéticas pela televisão em 25 de dezembro de 1991.

IGNACIO ORTEGA

DA EFE
Folha de São Paulo

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