quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A APARÊNCIA DOS ALIMENTOS É IGUAL AOS ÓRGÃOS QUE ELES CURAM


a aparência dos alimentos é igual aos órgãos2





Como esta fruta (sim, o tomate é considerado uma fruta) é rica em potássio e ferro, sua importância está especialmente ligada com o coração e o sangue.

2. Noz faz bem pro cérebro
a aparência dos alimentos é igual aos órgãos3
As nozes são simétricas e possuem dobras iguaizinhas às do nosso cérebro. São ricas dos nutrientes que são mais importantes para o bom funcionamento cerebral.
3. Aipo faz bem pros ossos
a aparência dos alimentos é igual aos órgãos4





O aipo (ou salsão) garante ossos mais fortes pois possui 23% de sódio de boa qualidade. Os ossos possuem também 23% de sódio. Quando a dieta é baixa em sódio de boa qualidade (entenda-se “boa qualidade” como sódio não proveniente de sal refinado), o organismo começa pegar sódio dos ossos, o que deixa eles fracos.

4. Abacate faz bem pro útero
a aparência dos alimentos é igual aos órgãos5

Se toda mulher comesse, ao menos, um abacate por semana poderiam evitar doenças sérias. O abacate protege e equilibra os hormônios, evitando as chances de câncer de útero ou ovário. Também ajuda a perder peso depois da gravidez. Outra “coincidencia”? Leva também 9 meses desde o florescer da árvore até um abacate virar fruto.
5. Batata-doce faz bem pro pâncreas

a aparência dos alimentos é igual aos órgãos6
 




A batata-doce oferece benefícios ao pâncreas e equilibram o nível de açúcar no sangue.
6. Cenoura faz bem pros olhos
a aparência dos alimentos é igual aos órgãos7
 A cenoura aumenta o fluxo sanguíneo em direção aos olhos e melhora o funcionamento dos mesmos.
7. Laranjas fazem bem pros seios




A laranja é capaz de prevenir o câncer e ajuda o movimento da linfa na mama.
8. Gengibre faz bem pro estômago


O gengibre evita doenças no estômago e melhora a digestão graças às suas enzimas e evita câimbras fortes. Além disso, impede úlcera e mantém a mucosa em bom estado.
9. Cogumelo faz bem pros ouvidos
a aparência dos alimentos é igual aos órgãos10





O consumo de cogumelos pode prevenir a perda de audição, pois eles são um dos raros alimentos que contêm vitamina D, excelente para essa prevenção.
10. Feijão faz bem pros rins
O feijão ajuda a manter as funções dos rins ativas e adequadas.
a aparência dos alimentos é igual aos órgãos11

Fonte: Yogui.co

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Operação Lava Jato chega ao Judiciário: PGR pede para investigar presidente do STJ

Operação Lava Jato chega ao Judiciário: PGR pede para investigar presidente do STJ

Por Sylvio Costa, do Congresso em Foco – Rumores sobre a participação de membros do Poder Judiciário nos esquemas ilegais desmascarados pela Operação Lava Jato tornaram-se intensos desde que veio a público adelação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (MS).
Delcídio disse que a nomeação do ex-procurador da República e ex-desembargador federal Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ocorreu com o fim expresso de obstruir as investigações da Lava Jato. Segundo o ex-senador, cassado na semana que passou, Navarro foi nomeado por força de uma verdadeira conspiração judicial, envolvendo a presidente afastada Dilma Rousseff, o então ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Cândido de Melo Falcão Neto.
O principal objetivo da operação: tirar da cadeia o empresário Marcelo Odebrecht, do Grupo Odebrecht, e o principal executivo do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, ambos presos preventivamente em Curitiba pela força-tarefa comandada pelo juiz Sérgio Moro.

Francisco Falcão Foto: Antonio Cruz/ABr
Toda a imprensa brasileira também publicou que, em razão da delação de Delcídio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediria investigação de Dilma, Cardozo e Navarro. Informou ainda que o inquérito proposto ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Janot tem outro alvo poderoso, o ex-presidente Lula. No último caso, pelo que já é de conhecimento público, em razão da denúncia de que o líder máximo petista foi o verdadeiro mentor da manobra destinada a calar, mediante corrupção, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.Definidos o contexto e os principais personagens da trama, aqui começam as novidades, apresentadas com exclusividade pelo Congresso em Foco:
1) O pedido de abertura de inquérito tramita no STF como procedimento “oculto”, formalizado por Rodrigo Janot no último dia 27, conforme comprova imagem destacada nesta reportagem.
“Oculto” é o processo que sequer entra para os registros oficiais da instituição, publicados no portal do Supremo, dado o sigilo que o envolve.
2) Na peça, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deixa clara a necessidade de investigar Navarro e o próprio presidente do STJ, ministro Francisco Falcão (que no documento chega a aparecer, incorretamente, como Joaquim Falcão, confusão feita com o nome de celebrado jurista do Rio de Janeiro).
Com o pedido ao Supremo para apurar fatos expressamente atribuídos a Falcão e Navarro, mergulha definitivamente nas águas sulfurosas da Lava Jato o único poder (o  Judiciário, claro) que até então vinha se mantendo à margem da crise política, econômica e moral que engolfou o Executivo e o Legislativo – seja pela ação de Moro, seja pela ação do STF, a despeito de eventuais críticas a excessos cometidos por ambos.
3) A PGR levou bastante a sério as informações de Delcídio sobre a ação dos personagens citados. “Trata-se de testemunho direto, de visu e de auditu, com indicação precisa de tempo, local e interlocutores. Não há recurso ao rumor nem ao ouvir dizer”. Acrescenta que o ex-líder do governo extrato da sua agenda oficial e a relação de telefonemas recebidos de Navarro, para confirmar seus encontros com Dilma (que nega ter tratado com o ex-senador da questão) e Navarro.
De acordo com o ex-senador, sob as ordens de Dilma, ele próprio ficou de negociar com Navarro enquanto o ex-ministro Cardozo teve tratativas com Francisco Falcão para fechar a nomeação do ministro e sua indicação para a 5a Turma do STJ, onde eram julgados os recursos referentes à Lava Jato.
4) A PGR constata, no documento, que houve “interlocução densa” entre Delcídio e Navarro e que o depoimento prestado por Diogo Ferreira Rodrigues, assessor do ex-senador, “se harmoniza perfeitamente com o do congressista e veicula pormenores das tratativas anteriores à nomeação de Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.
Com efeito, como você pode verificar no original, Diogo fornece detalhes até agora desconhecidos sobre o tema, além de mensagens trocadas pelo celular com Navarro, que não deixam dúvidas quanto ao fato de que Delcídio, na condição de líder do governo Dilma, participou ativamente dos entendimentos para viabilizar a aprovação do seu nome pelo Senado.

Supremo Tribunal Federal (STF)
 – é a única corte judicial brasileira com poder para mandar para a prisão autoridades que estão no topo da cadeia de poder nacional, tais como presidente e vice-presidente da República, ministros de Estado, ministros de tribunais superiores e parlamentares federais.Os personagensEsta reportagem não tem a pretensão de esclarecer todos os fatos relativos ao enredo aqui descrito, mas é fundamental levar em conta o apito que toca cada um dos personagens (pessoas ou instituições) abaixo indicados:
Superior Tribunal de Justiça (STJ) – formada por 33 ministros, é a segunda corte judicial mais importante do Brasil. É a última instância para o julgamento de todas as ações que não envolvam matéria constitucional controversa (hipótese em que a palavra final é do STF) ou assuntos da alçada de tribunais específicos (como o Tribunal Superior Eleitoral, para questões eleitorais, e o Tribunal Superior do Trabalho, para questões trabalhistas). É o tribunal competente para processar e julgar crimes cometidos por governadores, desembargadores estaduais e outras autoridades com foro privilegiado.
Procuradoria-Geral da República (PGR) – é a instituição encarregada de apurar e denunciar crimes contra autoridades com foro no Supremo. Seu chefe, o procurador-geral da República, também é a principal autoridade do Ministério Público da União (MPU), que é constituído por quatro “braços”. Os três primeiros têm como escopo atividades já evidenciadas pelos seus nomes: Ministério Público do Trabalho, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e Ministério Público Militar. Todas as demais questões são da órbita do Ministério Público Federal (MPF). O pedido do procurador-geral é para a primeira fase de um processo criminal no Supremo, que é a do inquérito. Nessa etapa, reúnem-se elementos de provas para a formação de culpa (ou não) dos envolvidos, abrindo assim espaço para o momento seguinte, que é a apresentação da denúncia. Os implicados só se tornam réus depois que a denúncia é aceita pelo STF.
Francisco Falcão, presidente do STJ – os assinantes da Revista Congresso em Foco sabem mais a seu respeito do que a grande maioria das pessoas que se julgam bem informadas. Em reportagem publicada em junho de 2015, mostramos os laços políticos entre Falcão e a cúpula do PMDB no Senado. A reportagem revelou que senadores peemedebistas como Romero Jucá (atual ministro do Planejamento), Vital do Rêgo (atual ministro do Tribunal de Contas da União, TCU) e Eunício Oliveira (líder do partido na Casa) apresentaram emendas para retirar R$ 175 milhões de outras áreas federais em favor do plano de saúde do STJ, cujo conselho deliberativo Falcão comandou por cinco anos. Auditoria constatou várias irregularidades no plano de saúde. O ministro, que completará 64 anos no próximo dia 30, é pernambucano e é filho do falecido ex-ministro do STF Djaci Falcão.
Marcelo Navarro – Mestre e doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), tem 53 anos. Foi promotor de justiça no Rio Grande do Norte, seu estado natal, e depois procurador da República e desembargador federal, lotado no Tribunal Regional Federal da 5a Região. Tomou posse como ministro do STJ em 30 de setembro de 2015. Na 5a Turma do STJ, substituiu o ministro Newton Trisotto na relatoria das questões relativas à Lava Jato. Em 24 de novembro e em 3 de dezembro de 2015, respectivamente, votou (como relator) favoravelmente a habeas corpus que beneficiaria Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo – nomes, não custa lembrar, ligados às duas mais poderosas empreiteiras do país. Seu voto foi isolado e vencido. A repercussão o levou a abandonar a relatoria de processos relativos à Lava Jato.
Defesa
Congresso em Foco manteve contato, ao longo deste domingo (15), com a assessoria de comunicação do STJ, que disse não ter conseguido localizar Falcão e Navarro. Sem a manifestação dos dois ministros sobre os fatos aqui reportados, fiquemos com nota divulgada pelo ministro Marcelo Navarro em março, quando a revista IstoÉ divulgou em primeira mão a delação de Delcídio:
“Em relação à reportagem publicada hoje pela revista IstoÉ ― e repercutida por vários veículos da mídia e nas redes sociais ―, com supostas declarações do Senador Delcídio do Amaral, algumas das quais pertinentes a meu nome, tenho a esclarecer que, na época em que postulei ingresso no Superior Tribunal de Justiça estive, como é de praxe, com inúmeras autoridades dos três Poderes da República, inclusive com o referido parlamentar, que era então o Líder do Governo no Senado. Jamais, porém, com nenhuma delas tive conversa do teor apontado nessa matéria. Os contatos que mantive foram para me apresentar e expor minha trajetória profissional em todas as funções que exerci: Professor de Direito, Advogado, Promotor de Justiça, Procurador da República e Desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Nunca me comprometi a nada, se viesse a ser indicado. Minha conduta como relator do caso conhecido como Lavajato o comprova: em mais de duas dezenas de processos dali decorrentes, não concedi sequer um habeas corpus monocraticamente, quando poderia tê-lo feito. Nos apenas seis processos em que me posicionei pela concessão da soltura, com base em fundamentação absolutamente jurídica, levei-os ao Colegiado que integro (5ª Turma do STJ). Voto vencido, passei a relatoria adiante, e não apenas naqueles processos específicos: levantei questão de ordem, com apoio em dispositivo do Regimento Interno da Corte, para repassar também os outros feitos conexos, oriundos da mesma operação. Tenho a consciência limpa e uma história de vida que fala por mim.”

a Nao existe golpe algum Dilma Roussef! O Imepachment é LEGITIMO, pois é vontade do povo, soberano em uma verdadeira democracia. Sobrevivemos a uma psicopata! #foradilma #fora corrupta #fora ditadora #usurpadora #tirana #genocida


#F O R A__D I L M A


Mensagem da Presidenta da República Dilma Rousseff AO SENADO FEDERAL E AO POVO BRASILEIRO  **(somente aos que votaram nela. dilma deixa bem claro o NÓS e o ELES"

 Brasília, 16 de agosto de 2016 Dirijo-me à população brasileira e às Senhoras Senadoras e aos Senhores Senadores para manifestar mais uma vez meu compromisso com a democracia e com as medidas necessárias à superação do impasse político que tantos prejuízos já causou ao País. 

Meu retorno à Presidência, por decisão do Senado Federal, significará a afirmação do Estado Democrático de Direito e poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política. Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender doimpeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. 

Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho. 

Precisamos fortalecer a democracia em nosso País e, para isto, será necessário que o Senado encerre o processo de impeachment em curso, reconhecendo, diante das provas irrefutáveis, que não houve crime de responsabilidade. Que eu sou inocente. No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a desconfiança política para afastar um Presidente. 

Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime. Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”. Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições. Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. 

Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta. Ao invés disso, entendo que a solução para as crises política e econômica que enfrentamos passa pelo voto popular em eleições diretas. A democracia é o único caminho para a construção de um Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social. É o único caminho para sairmos da crise. Por isso, a importância de assumirmos um claro compromisso com oPlebiscito e pela Reforma Política.

Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes. Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral. 

Devemos concentrar esforços para que seja realizada uma ampla e profunda reforma política, estabelecendo um novo quadro institucional que supere a fragmentação dos partidos, moralize o financiamento das campanhas eleitorais, fortaleça a fidelidade partidária e dê mais poder aos eleitores. A restauração plena da democracia requer que a população decida qual é o melhor caminho para ampliar a governabilidade e aperfeiçoar o sistema político eleitoral brasileiro. 

Devemos construir, para tanto, um amplo Pacto Nacional, baseado em eleições livres e diretas, que envolva todos os cidadãos e cidadãs brasileiros. Um Pacto que fortaleça os valores do Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, o desenvolvimento econômico e as conquistas sociais. Esse Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Socialpermitirá a pacificação do País. O desarmamento dos espíritos e o arrefecimento das paixões devem sobrepor-se a todo e qualquer sentimento de desunião. 

A transição para esse novo momento democrático exige que seja aberto um amplo diálogo entre todas as forças vivas da Nação Brasileira com a clara consciência de que o que nos une é o Brasil. Diálogo com o Congresso Nacional, para que, conjunta e responsavelmente, busquemos as melhores soluções para os problemas enfrentados pelo País. Diálogo com a sociedade e os movimentos sociais, para que as demandas de nossa população sejam plenamente respondidas por políticas consistentes e eficazes. 

As forças produtivas, empresários e trabalhadores, devem participar de forma ativa na construção de propostas para a retomada do crescimento e para a elevação da competitividade de nossa economia. Reafirmo meu compromisso com o respeito integral à Constituição Cidadã de 1988, com destaque aos direitos e garantias individuais e coletivos que nela estão estabelecidos. Nosso lema persistirá sendo “nenhum direito a menos”. 

As políticas sociais que transformaram a vida de nossa população, assegurando oportunidades para todas as pessoas e valorizando a igualdade e a diversidade deverão ser mantidas e renovadas.

A riqueza e a força de nossa cultura devem ser valorizadas como elemento fundador de nossa nacionalidade. Gerar mais e melhores empregos, fortalecer a saúde pública, ampliar o acesso e elevar a qualidade da educação, assegurar o direito à moradia e expandir a mobilidade urbana são investimentos prioritários para o Brasil. 

Todas as variáveis da economia e os instrumentos da política precisam ser canalizados para o País voltar a crescer e gerar empregos. Isso é necessário porque, desde o início do meu segundo mandato, medidas, ações e reformas necessárias para o país enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as chamadas pautas-bomba foram impostas, sob a lógica irresponsável do “quanto pior, melhor”. 

Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos impostos à população. Podemos superar esse momento e, juntos, buscar o crescimento econômico e a estabilidade, o fortalecimento da soberania nacional e a defesa do pré-sal e de nossas riquezas naturais e minerárias. É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade daqueles que, comprovadamente, e após o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa, tenham praticado ilícitos ou atos de improbidade. Povo brasileiro, Senadoras e Senadores, O Brasil vive um dos mais dramáticos momentos de sua história.

Um momento que requer coragem e clareza de propósitos de todos nós. Um momento que não tolera omissões, enganos, ou falta de compromisso com o país. Não devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática baseada no impeachment sem crime de responsabilidade fragilize nossa democracia, com o sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de 1988. 

Unamos nossas forças e propósitos na defesa da democracia, o lado certo da História. Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Tenho orgulho de dizer que, nestes anos, exerci meu mandato de forma digna e honesta. Honrei os votos que recebi. Em nome desses votos e em nome de todo o povo do meu País, vou lutar com todos os instrumentos legais de que disponho para assegurar a democracia no Brasil. 

A essa altura todos sabem que não cometi crime de responsabilidade, que não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime. Os atos que pratiquei foram atos legais, atos necessários, atos de governo. Atos idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles, e também não é crime agora. Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou traição. 

Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém. Esse processo de impeachment é frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. O que peço às senadoras e aos senadores é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. 

Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente. A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça. Minha esperança existe porque é também a esperança democrática do povo brasileiro, que me elegeu duas vezes Presidenta. Quem deve decidir o futuro do País é o nosso povo. A democracia há de vencer.

 Dilma Rousseff

**grifo em vermelho meu

Elke Maravilha morre aos 71 anos

Elke Maravilha morre aos 71 anos

Ela estava internada desde o dia 20 de junho no Rio de Janeiro.
Elke foi operada de uma úlcera e estava em coma induzido.

Do G1, em São Paulo

Morreu no Rio de Janeiro, no início da madrugada desta terça-feira (16), a atriz Elke Maravilha, aos 71 anos. Ela estava internada na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, desde o dia 20 de junho.
O irmão de Elke, Frederico, disse que ela foi operada de uma úlcera e ficou em coma induzido. A atriz morreu por volta de 1h.

"Depois da cirurgia para tratar uma úlcera, e como ela tinha diabetes, acabou não respondendo à medicação", contou Frederico em entrevista ao EGO.
A família ainda não definiu data e local do velório e sepultamento, que não devem ocorrer nesta terça.
Antes de ser internada, Elke vinha se apresentando pelo país com o espetáculo "Elke canta e conta", onde falava de passagens de sua vida desde a infância na Rússia, os casamentos e a vida como modelo e apresentadora.

Durante a internação, o irmão dela disse em entrevista ao G1 que a recuperação estava ocorrendo devagar, principalmente por conta da idade da atriz. "Conforme as dores foram diminuindo, a medicação foi sendo reduzida. Ela já está sorrindo, pisca o olho e até está mandando beijo. Não perdeu o humor e passa bem", afirmou Frederico.
Em seu perfil no Facebook, foi postada a seguinte mensagem nesta terça pelo administrador da página:
"Avisamos que nossa Elke já não está por aqui, conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa. Que todos os deuses, que ela tanto amava, estejam com ela nessa viagem. 'Eros anikate mahan' (O amor é invencível nas batalhas). Crianças: conviver é o grande barato da vida, aproveitem e convivam."
Elke Canta e Conta (Foto: Estúdio Mandala/Divulgação)Elke Maravilha em seu último trabalho, 'Elke Canta e Conta' (Foto: Estúdio Mandala/Divulgação)













Carreira
Elke Grunnupp nasceu na Rússia, em 1945. Chegou ao Brasil ainda criança com os pais, para morar em Minas Gerais. Começou a trabalhar como modelo e manequim aos 24 anos. A carreira na televisão iniciou na “Discoteca do Chacrinha”. Depois fez novelas, filmes e peças.
Passou seis dias presa durante o regime militar por desacato, após rasgar um cartaz de procurado com a foto do filho da estilista Zuzu Angel, para quem desfilava.
Foi também secretária, bibliotecária, bancária, professora e tradutora. Casou-se várias vezes, já disse ter feito aborto, foi rainha de associação de prostitutas no Rio, estrela do cinema e viveu a vida intensamente.
Em entrevista ao G1, em junho de 2015, afirmou que ainda tinha muito o que fazer e muito o que aprender. Um dos seus últimos trabalhos na televisão foi uma participação no quadro "O Grande Plano", do Fantástico, em dezembro do ano passado .https://youtu.be/-_dMBOrbYts

Repercussão
Artistas e colegas comentaram nas redes sociais a morte da atriz e cantora; veja a seguir:

Lucio Mauro Filho, ator, no Instagram
"Aaahhh Elke! Maravilha da terra. Você foi e sempre será uma medalha de ouro! Agora vai brilhar no além do Arco Íris. Que os anjos te levem. Obrigado por tudo!"
Rogéria, atriz, no Instagram
"Descanse em paz minha querida amiga, tenha certeza que o Brasil e o Mundo perdeu uma grande artista e eu perco uma grande amiga."
Luana Piovani, atriz, no Twitter
"Elke Maravilha, grande mulher, grande exemplo e apátrida, que honra tive em representá-la... Descanse em paz."
Leoni, cantor, no Twitter
"Que pena a morte da Elke Maravilha. Era uma turbina de alegria!"
Nany People, atriz, no Instagram
"Muito Triste... Meu coração entristeceu mais um pouco...acabo de saber que uma das minhas maiores inspirações para enfrentar os perrengues da Vida ...se foi!  Obgda #ElkeMaravilha e Maravilhosa por ter sido
O Grito de Liberdade
A Defensora dos Gays
Mãe das Drags
Minha Referência!"
Elke Maravilha (Foto: Paulo Guilherme/G1)
Foto de arquivo feita na década de 1960, sem data específica, mostra a atriz Elke Maravilha na juventude. Nascida da Rússia, Elke veio para o Brasil aos 6 anos de idade (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)Foto de arquivo feita na década de 1960, sem data específica, mostra a atriz Elke Maravilha na juventude. Nascida da Rússia, Elke veio para o Brasil aos 6 anos de idade (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)
A modelo e atriz Elke Maravilha durante entrevista no Rio de Janeiro em dezembro de 1972 (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)A modelo e atriz Elke Maravilha durante entrevista no Rio de Janeiro em dezembro de 1972 (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)
Elke Maravilha entre os atores Luis Gallon (esq.) e Gilberto Botura (dir.) em março de 1973, na gravação da novela 'A Volta de Beto Rockfeller', de Bráulio Pedroso, exibida na TV Tupi (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)Elke Maravilha entre os atores Luis Gallon (esq.) e Gilberto Botura (dir.) em março de 1973, na gravação da novela 'A Volta de Beto Rockfeller', de Bráulio Pedroso, exibida na TV Tupi (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)
A atriz e modelo Elke Maravilha durante entrevista em São Paulo em outubro de 1987 (Foto: Newton Aguiar/Estadão Conteúdo/Arquivo)A atriz e modelo Elke Maravilha durante entrevista em São Paulo em outubro de 1987 (Foto: Newton Aguiar/Estadão Conteúdo/Arquivo)
A modelo e atriz Elke Maravilha participa do programa 'Domingo Legal', do SBT, apresentado por Gugu Liberato, em novembro de 1997 (Foto: Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo/Arquivo)A modelo e atriz Elke Maravilha participa do programa 'Domingo Legal', do SBT, apresentado por Gugu Liberato, em novembro de 1997 (Foto: Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo/Arquivo)
Os atores Stephan Nercessian e Elke Maravilha durante workshop intitulado "Chacrinha, o musical", na casa de shows Imperator, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, em setembro de 2014 (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo/Arquivo)Os atores Stephan Nercessian e Elke Maravilha durante workshop intitulado "Chacrinha, o musical", na casa de shows Imperator, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, em setembro de 2014 (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo/Arquivo)
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Elke Maravilha está entre os convidados do 23º Prêmio da Música Brasileira, que acontece no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e tem João Bosco como homenageado (Foto: Wagner Meier/G1)Elke Maravilha está entre os convidados do 23º Prêmio da Música Brasileira, que acontece no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e tem João Bosco como homenageado, em junho de 2012 (Foto: Wagner Meier/G1)

domingo, 14 de agosto de 2016

A farra do Bolsa Atleta





by Demétrio Rana 
Ilustrações Luciana Oliveira

Procure nos mecanismos de busca da internet qualquer referência ao Campeonato Brasileiro de Vela de 2013. Você não encontrará nenhum link. O erro não é do Google: a competição não existiu. Mesmo assim, o governo federal paga, mensalmente, por meio do Bolsa Atleta, algumas centenas de milhares de reais a velejadores que ficaram nas três primeiras colocações na disputa de cerca de 60 provas (apenas dez delas olímpicas) desse suposto campeonato. Esse é só um dos diversos modelos de fraude no Bolsa Atleta identificados pela reportagem da 2016.
Em reunião do conselho técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) em abril de 2013, a entidade decidiu que só indicaria as dez classes olímpicas, as quatro pan-americanas e um total de 15 provas da categoria júnior ao Bolsa Atleta, programa criado no governo Lula e que é a vitrine esportiva da gestão Dilma. Só no primeiro edital de 2014, referente aos resultados esportivos de 2013 nas modalidades olímpicas, 6.667 atletas foram contemplados com valores que vão de R$ 370 (atletas de base e destaques em competições estudantis) a R$ 3.100 (atletas que estiveram em Londres-2012). Um novo edital, para as modalidades não olímpicas, foi aberto em agosto. No ano passado, essa chamada premiou mais 866 esportistas. Aquela decisão da vela, entretanto, acabou revisada na reunião de julho. Nela, estava presente Claudio Biekarck, que depois seria vice-campeão brasileiro de Lightning em 2013. Graças às mudanças nos critérios, ele receberá do governo mais de R$ 11 mil neste ano.
A Associação Brasileira da Classe Lightning foi quem organizou o “Campeonato Brasileiro de Lightning”, na represa de Guarapiranga, com 15 barcos de São Paulo, um do Paraná e outro do Rio. O evento não cumpriu o que manda a Portaria 33, de 18 de fevereiro de 2014, que alterou o 11o parágrafo do artigo 30 da Portaria 164, de 6 de outubro de 2011. “Os eventos indicados, para efeito de concessão do Bolsa Atleta, serão considerados válidos somente se apresentarem cinco equipes ou competidores, de estados ou países diferentes, conforme o caso, à exceção de eventos de modalidades e provas do programa olímpico ou paraolímpico, que poderão apresentar número inferior de equipes ou competidores, mediante justificativa da entidade nacional de administração desportiva, aceita pelo Ministério do Esporte”, diz o texto. De 2011 até fevereiro, a legislação, no parágrafo 70 do mesmo artigo, exigiu representantes de cinco Estados mais a federação organizadora (seis Estados, portanto), sem mencionar o mínimo de competidores de outros países em eventos internacionais.
Para driblar a lei, a CBVela criou um Campeonato Brasileiro de Vela com 32 “etapas” separadas, em datas diferentes (na verdade, os campeonatos de classes) e com quase 60 provas adultas – contando masculino e feminino. Na maioria das disputas não olímpicas, como é o caso da Lightning, não havia barcos de cinco Estados diferentes, o que inviabilizaria a indicação da prova para o Bolsa Atleta. Via assessoria de imprensa, a CBVela explicou que a legislação fala em eventos, sem especificar nada sobre etapas. “O nosso Campeonato Brasileiro teve 14 Estados inscritos”, argumentou a entidade. Segundo a confederação, o Ministério do Esporte sempre esteve ciente do mecanismo, apesar de a pasta ser categórica: “A prova precisa ter mais de cinco competidores ou equipes de estados diferentes”. Não há qualquer referência, no site da CBVela, a esse suposto Campeonato Brasileiro, nem mesmo nas súmulas oficiais das competições disponíveis na internet. Questionada, a confederação não enviou as súmulas das competições para que fosse calculado o número de atletas que recebem a bolsa.
A postura leniente do Ministério do Esporte (ME) com a CBVela contrasta com os critérios adotados perante outras modalidades. No começo de setembro, quando já estavam abertas as inscrições do edital das modalidades não olímpicas, a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP) notou, por conta própria, que o ofício enviado pelo ministério, avisando sobre a abertura do edital, ignorava as alterações na lei promovidas em fevereiro e não citava o mínimo de países. Aproveitando que estava em Brasília, a diretoria da CBHP foi ao ME, que reconheceu o erro. Ali, a coordenadora do Bolsa Atleta, Adriana Taboza de Oliveira, explicou que o mínimo de Estados é por prova, não por competição.
“A patinação tem muitas provas e na maioria não tem cinco Estados. Em função de abusos, agora a prova tem que ter cinco Estados. Ela (Adriana) explicou pessoalmente. A lei fala claramente”, diz Moacyr Neuenschwander Filho, presidente da CBHP. No mesmo dia, ele redigiu um ofício pedindo que a exceção aberta a provas olímpicas valha também para aquelas que constam no programa dos Jogos Pan-Americanos, beneficiando as patinações artística e de velocidade.
A legislação que cobra um mínimo de Estados vem desde 2011, mas nunca havia sido exigida na patinação, conforme relata seu presidente. Situação idêntica vivia a Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS), outra que cuida de modalidade pan-americana. Os campeonatos brasileiros historicamente reúnem apenas times de três Estados (São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul), mas só neste ano os eventos deixaram de ser válidos para o Bolsa Atleta. Se em 2013 foram 279 esportistas contemplados, o número vai cair para zero quando a próxima lista for anunciada, em novembro.
Considerando apenas o valor de bolsa nacional (R$ 925), o governo federal pagou irregularmente R$ 3,096 milhões a atletas das modalidades beisebol (masculino) e softbol (feminino), somente no ano passado. Como comparação: neste ano, 20 das 29 confederações olímpicas brasileiras receberam menos de R$ 3 milhões da Lei Agnelo/Piva, principal fonte de recurso das entidades. “Pode ter havido um erro”,
argumenta o secretário de alto rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser. “Essa regra é para todos. A lei precisa ser cumprida. Se não foi cumprida no outro ano, tem que ser agora.” O “erro” vem desde 2011 e só foi notado agora, apesar de qualquer busca na internet mostrar os resultados do campeonato brasileiro com apenas dois ou três Estados. Questionado, o Ministério não reconheceu o erro. Defendendo-se, alegou que a antiga redação do parágrafo 110 era dúbia, mas não citou o parágrafo 70 da Portaria de 2011: “A entidade nacional de administração de cada modalidade somente poderá indicar evento nacional no qual estejam representadas, no mínimo, cinco unidades da federação distintas da unidade da federação que sediará o evento”. O texto não deixa dúvidas.
Por causa da mudança de postura do ministério, a Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol, que não recebe verbas da Lei Agnelo/Piva e vive de recursos próprios, acredita que o fim do apoio via Bolsa Atleta terá efeito cascata, uma vez que o dinheiro era utilizado, pelos atletas, para pagar viagens, técnicos e inscrições – esta, sim, sua principal fonte de dinheiro. “Pode ser irreversível para a modalidade, porque vai haver muita desistência”, lamenta o presidente da CBBS, Jorge Otsuka. “O único programa esportivo que realmente servia para os atletas nacionais era o Bolsa Atleta.” Otsuka já estuda mudar o formato do Campeonato Brasileiro, de forma que times das sete federações estaduais associadas participem, ainda que com níveis técnicos muito discrepantes

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