quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Teorias de conspiração e os caixões da FEMA

O que você vai ler a seguir, muitas pessoas consideram conspiração barata. No entanto, nós expusemos estas informações para que sejam os próprios leitores os que apliquem seu próprio critério e julguem, por si mesmos, sem tais notícias são válidas ou não.

A seguir, vamos expor 3 informações diferentes, relacionadas direta ou indiretamente, com o atual surto de Ebola:

1 - A pandemia prevista pela Fundação Rockefeller

Um documento da  Fundação Rockefeller, publicado em maio de 2010 e intitulado "Cenários para o Futuro da Tecnologia e o Desenvolvimento Internacional", levanta uma série de cenários hipotéticos futuros que podem ser utilizados para beneficiar as corporações globalistas privadas, a seus homens de negócios e a suas organizações.

É chocante descobrir que em tal publicação existe uma seção intitulada Lock Step, especificamente na página 18, na qual se levanta um 'futuro cenário fictício', que de acordo com os acontecimentos que estão se desenvolvendo atualmente, pode resultar no mais preocupante.

Em um trecho desta seção podemos ler o seguinte:

Em 2012, o mundo se vê atingido pela pandemia que durante anos tinha sido antecipada. Diferente da gripe H1N1 de 2009, esta nova cepa de gripe procedente de gansos selvagens se demonstrou ser extremamente virulenta e mortal.

Inclusive as nações melhor preparadas ante uma pandemia se viram rapidamente sobrecarregadas quando o vírus se espalhou por todo o mundo, infectando quase 20% da população mundial e matando 8 milhões de pessoas em apenas 7 meses, a maioria jovens adultos saudáveis.

A pandemia também teve um efeito mortal sobre as economias: a mobilidade internacional de pessoas e mercadorias parou, debilitando as indústrias do turismo e rompendo as cadeias de abastecimento global. Inclusive a nível local, as lojas normalmente cheias e os ocupados edifícios de escritórios permaneceram vazios durante meses, carente de empregados e clientes.

A pandemia se espalhou por todo o planeta embora houvesse uma quantidade desproporcional de vítimas na África, sudeste da Ásia e América Central, de onde o vírus se propagou como um rastilho de pólvora na ausência de protocolos oficiais de contenção.

Mas até mesmo os países desenvolvidos, a contenção representou um desafio. A política inicial por parte dos EUA de 'desencorajar fortemente' a fuga de seus cidadãos, foi letal em sua fragilidade, acelerando a propagação do vírus não somente nos EUA, mas através de suas fronteiras.

No entanto, alguns países se saíram melhor e, em particular, nos referimos a China. A imposição por parte do governo chinês por uma quarentena obrigatória para todos os seus cidadãos, assim como a vedação instantânea e quase hermética de todas as fronteiras, salvou milhares de vidas, detendo a propagação do vírus muito antes que os outros países e permitindo uma recuperação posterior à pandemia muito mais rápida.

Basicamente, a publicação está insinuando que se formará um novo mundo após que essa hipotética pandemia seja liberada, o que permitiria ao estabelecimento "um maior controle do governo sobre a população" e "um líder mais autoritário".

Edifício Rockefeller Center, Nova York

Não deixa de ser curiosa a fascinação que David Rockefeller sempre sentiu pela China, um dos maiores representantes mundiais do capitalismo e do globalismo.

Não se esqueça de uma de suas mais famosas afirmações:

"Seja qual for o preço da Revolução da China, é obvio que ela está triunfando não somente ao produzir uma administração mais eficiente e dedicada, e sim também ao promover uma moral elevada e uma comunidade de propósitos. O experimento social na China, sob a liderança do presidente Mao, é um dos mais importantes e bem sucedidos na história humana." - David Rockefeller, "From a China Traveler”, no The New York Times, em 10 de gosto de 1973.

David Rockefeller com o Primeiro Ministro Chinês, Zhou Enlai, em 1973

Curiosamente, com o passar das décadas, a China tem utilizado o autoritarismo comunista mais centralizado como veículo de controle da população, ao mesmo tempo que entrava em um fervente capitalismo no terreno econômico.

Esse parece ser o modelo sonhado por elitistas como David Rockefeller.

E vendo as simulações estabelecidas neste texto da Fundação Rockfeller, no qual graças a uma pandemia, a China de destaca como um país dominante, cabe perguntar: Esse é o interesse principal destas elites globalistas?

E antes de tudo: Nos aproximamos sutilmente de um cenário deste tipo através de epidemias como a do Ebola?

Esta são perguntas das mais conspiracionistas, é verdade.

No entanto, ninguém pode negar que o texto não é uma invenção, já que está disponível no próprio site da Fundação Rockefeller.


2 - O governo dos EUA acumula milhares de caixões preparando-e para uma mortalidade em massa


Há anos, um vídeo sacudiu as webs mais conspiracionistas. No qual podemos ver milhares de caixões de plástico, empilhados em um campo em Madison, Georgia, muito próximo de Atlanta e portanto, próximo à sede central do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Os donos do terreno alugado para armazenar aqueles caixões de plástico hermeticamente selados, declararam que o CDC havia alugado sua propriedade para armazenar esses caixões.

A confirmação por parte do CDC nunca ocorreu.

No entanto, desde então, alguns pesquisadores tem mantido seus olhos e ouvidos bem abertos diante de qualquer menção deste tipo de caixões, sabendo que chegaria um dia em que, de repente, o governo falaria deles como se sempre estivessem estado em uso.

E esse dia parece ter chegado...

Em um artigo publicado pelo Yahoo News, o CDC disse que em um caso hipotético de um grave surto de Ebola nos EUA, seria necessário que os corpos dos mortos fossem enterrados em "caixões hermeticamente fechados", que impedissem a fuga de micróbios e patógenos durante os funerais.

Mas segundo um administrador do Instituto de Serviços Funerários de Dallas entrevistado no artigo, esse tipo de caixões nunca foram usados na indústria funerária, é dizer, que os caixões hermeticamente fechados não são comuns em absoluto.

Os caixões do CDC armazenados em Madison, Georgia, no entanto, são herméticos e estão desenhados especificamente para evitar a propagação de infecções procedentes de corpos infectados.

De fato, uma patente de caixões similares aos mostrados nas fotos ou vídeo, confirmaria que estão destinados para o enterro ou cremação dos corpos expostos a doenças infecciosas.

Você pode ler a patente neste link e ver os detalhes a respeito:

Isto sugere a possibilidade de que o CDC tem armazenado estes caixões em lugares como Madison, na Georgia, especificamente tendo em vista um possível surto viral futuro.

Isto é, o CDC levaria 6 anos esperando um cenário de mortalidade em massa, com centenas de milhares de vítimas americanas de algum tipo de doença infeciosa que requer o uso desses caixões especiais,

Em tal caso, estaríamos diante de um longo período de preparação e previsão dos acontecimentos.

E tal nível de previsão requer certeza, não hipóteses, sobretudo quando o governo federal está envolvido nela.

Pelo que parece, o governo dos EUA estava tão seguro de que ocorreria uma catástrofe relativa a algum processo infeccioso que investiu dinheiro ao adquirir campos cheio de caixões empilhados e herméticos para estar preparado diante tal 'eventualidade', não para evitá-lo, e sim para dispor dos meios necessários para limpar tudo após o acontecimento.

NOTA: Evidentemente, não há nenhuma prova disso e tudo não são mais do que suspeitas em fundamento.

Na verdade, nosso site oferece uma explicação normal para o que é interpretado como um mal entendido conspirativo.

Segundo um trecho da página do site: "Na realidade não são caixões, mas sim jazigos (também conhecidos como 'revestimento de sepultura', pela maneira que selam a água). Os caixões vão dentro destas caixas. São utilizados em vários estados nos EUA, onde o aluimento do solo é um problema nos cemitérios".

Para a explicación completa clique no seguinte link:

Certamente, a explicação oferecida nesta página é muito mais racional do que a teoria conspirativa exposta anteriormente e parece desmontar definitivamente o mito.

No entanto, sempre deve-se deixar um espaço para a dúvida, mesmo que pequeno...

3 - Militares dos EUA constroem campos de concentração na África

O exército dos EUA está construindo na Libéria vários hospitais de campo, mas como indicado pela imprensa, se parecem muito mais com uma prisão do que um hospital destinado aos pacientes de Ebola.

O Daily Mail revelou que os soldados americanos se mostram muito ocupados rodeando as instalações com arames do tipo 'farpado', em fato cuja finalidade é desconhecida.

Estas instalações estão sendo construídas perto do aeroporto de Monróvia.

Uma série de fotografias desconcertantes dos trabalhos mostram a instalação de largos rolos de arames presos aos postes em torno do terreno, ainda vazio.

Ninguém parece saber exatamente qual é o propósito real destes arames. Segundo conta o Daily Mail: "Não está claro se a vedação é para ajudar a proteger o acampamento de possíveis saqueadores ou para evitar que os pacientes enfermos escapem dele".

De qualquer maneira, as imagens publicadas dos arames farpados remetem a imagens de campos de concentração durante a guerra, nos quais se mantem confinados os presos.

EUA construirá outros 17 centros de tratamento de Ebola

Além deste centro, os EUA estão planejando construir outros 17 nas próximas semanas, cada um deles projetados para acomodar cerca de 100 pacientes.

De acordo com Chuck Prichard, porta-voz do Comando dos Estados Unidos para África (AFRICOM), o primeiro centro de tratamento deve estar completamente construído e pronto para acomodar pacientes no final deste mês de outubro. Outros dois estão em processo de construção.

Além disso, o Pentágono anunciou que adicionará mais 1000 soldados nas próximas semanas aos 3000 soldados americanos já destinados a ser implantados na África Ocidental.

Neste momento, há cerca de 230 soldados americanos trabalhando na construção destes campos de contenção. com aproximadamente duas dezenas deles construindo um centro de transportes em Senegal.

Mas além da ajuda que podem oferecer, não há dúvida de que estas tropas norte americanas destinadas à África ocidental poderão realizar valiosas práticas de preparação sobre o terreno, adquirindo experiência real para cenários de estabelecimento da Lei Marcial e o Estado de Sítio sobre a população civil.

Os sites mais conspiracionistas já estão se perguntando: Essas práticas terão algo a ver com cenários deste tipo em território americano?

FEMA se preparando antes do surto do Ebola

Em nosso post de janeiro deste ano intitulado "FEMA Acelera Preparação Para uma Pandemia", vimos que a FEMA (Agência Federal de Gerenciamento de Emergências dos EUA) estava à procura de fornecedores que possam produzir depósitos de lixo de quase 40 metros, juntamente com especialistas que possam descartar resíduos bio-médicos contaminados durante uma emergência nacional. Isto quer dizer, bem antes de se iniciar

Comentário final

Como podemos ver, a maioria destas informações não são conclusivas e seu sentido final se vê submetido ao critério pessoal de cada um.

Em todas elas existe a possibilidade de que uma má interpretação ou um certo estado e paranoia distorça seu sentido real.

Cada um deve aplicar, portanto, seu próprio critério com equilíbrio.

No entanto, se nos permite vislumbrar um aspecto bem claro de todo este assunto: o Ebola como uma doença resulta ser muito menos perigosa do que o uso que possam ter dela determinados poderes ou instituições para conseguir seus fins.

Leia mais:




























Fontes:

19/09 - Ex-marido de Dilma conta como roubaram 2 milhões e seiscentos mil dólares





Capa da Revista Piauí - 04/2009

Carlos Araújo conta a ZH como ele e Dilma assaltaram o cofre de Ademar de Barros
Por Polípio Braga

Além das cinco páginas com a história de Dilma Roussef, contada a partir da visão do seu ex-marido, Carlos Araújo, o jornal Zero Hora deste domingo conta também a história de José Serra, contada por sua mulher, Mônica Allende, que o conheceu no exílio, no Chile. ZH presta um relevante serviço aos eleitores, já que permite cotejar os dois perfis. A opção pelo melhor será inevitável.

Texto completo

A ex-ministra Dilma Roussef participou, sim, do assalto ao cofre do ex-governador Ademar de Barros, uma ação armada comandada em 1969 pelo seu futuro marido, o ex-deputado Carlos Araújo, em 1969, numa imponente mansão do bairro Santa Tereza, no RioAdemar de Barros, ex-governador de São Paulo, foi o fundador da atual Rede Bandeirantes de Rádio e TV. O primeiro dos Saad foi seu genro. Dilma Roussef não gosta de falar sobre o episódio. Sua biografia no site de campanha e nos programas de rádio e TV, omite totalmente o passado terrorista da candidata do PT.

. Quem contou os detalhes do assalto foi o próprio ex-deputado Carlos Araúhjo, que na época liderava com Dilma Roussef a organização terrorista VAR Palmares, já na época aliada estratégica da VPR, grupo liderado pelo ex-capitão Carlos Lamarca. Está tudo no jornal Zero Hora deste domingo. São 5 páginas recheadas de detalhes colhidos pelos repórteres Luiz Antonio Araújo e Mariana Bertolucci, ao longo de oito horas de gravações. O ex-deputado do PDT, 72 anos, vive na mesma casa de sempre, na Assunção, Porto Alegre, mas sua atual mulher, a terceira, Nize Pacheco, mora na sua própria casa. Dilma foi a segunda mulher de Araújo. Ele tem um filho com cada mulher.

. Na reportagem, Carlos Araújo conta que roubaram o cofre com tudo dentro, usando um sistema de roldanas. Depois ele foi aberto com a ajuda de maçaricos. Dentro dele estavam US$ 2,16 milhões. Onde foi parar o dinheiro ? Conta Carlos Araújo:

- Demos US$ 1 milhão ao embaixador da Argélia, para ajudar exilados brasileiros em Argel. O restante foi usado na luta armada.

. O assalto acabou provocando um racha entre Araújo-Dilma com o grupo de Carlos Lamarca.

Nota do editor - Logo abaixo, outras notas sobre a campanha de Dilma Roussef, com ênfase para os assaltos ao dinheiro público praticados nas suas barbas, na Casa Civil de Lula.
http://polibiobraga.blogspot.com/2010/09/carlos-araujo-conta-zh-como-ele-e-dilma.html

Observação do site : www.averdadesufocada.com

Segundo reportagem da revista Piauí de abril de 2009: "Nem Dilma nem Araujo participaram da ação, mas ambos estiveram envolvidos na sua preparação." Eles , não estavam no local no momento do roubo, e Franklin Paixão de Araújo afirma que foi ele que levou, de Porto Alegre , o metalúrgico Delci Fensterseifer para abrir o cofre com maçarico..

Ainda segundo a revista Piauí, "Carlos Franklin Paixão de Araújo, deu um depoimento no DOPs de SP onde declarou que ficou em seu poder com 1.2 milhão de dólares, dividido "em três malas de 400mil dólares cada uma" e que o dinheiro ficou cerca de uma semana, "em um apartamento à rua Saldanha Marinho, onde também morava Dilma Vana Rousseff Linhares ".

Araújo não quis comentar o depóimento ao Dops. E nem outros, como um de Espinosa, que fala em 720 mil dólares terem ficado com a organização, ou um outro militante, que chega à soma de 972 mil dólares. " Portanto, participaram no planejamento , finalização da ação e destino do dinheiro.

Sobre o que foi feito da fortuna jamais se chegou a nenhuma conclusão e Araújo declara na mesma reportagem da Revista Piauí : " É impossivel chegar a uma conclusão sobre isso que não tem mais importância nenhuma".

Continuando a reportagem a revista trancreve o seguinte:" Num dos inquéritos é dito que Dilma Roussef "manipula grandes quantias da VAR-Palmares. É antiga militante de esquemas subversivo-terroristas. Outrossim, através do seu interrogatório verifica-se ser uma das molas mestras e um dos cérebros dos esquemas revolucionários postos em prática pelas esquerdas radicais. (..)"

O que é crível, pois, Dilma, segundo depoimentos, era encarregada da parte financeira da nova organização, juntamente com seu marido Franklin Paixão de Araújp - "Max" - , ambos pertencentes ao comando nacional

O destino desse dinheiro é um mistério. Nenhum dos envolvidos na ação, direta ou indiretamente, comenta, muito

terça-feira, 14 de outubro de 2014

TSE nega pedido de Dilma e mantém 'carne por ovo' na TV

Eleições 2014

Campanha do PSDB tem explorado declaração do secretário de Política Econômica da Fazenda, Márcio Holland, segundo quem a população deve substituir carne por ovo e frango diante da alta de preços

Laryssa Borges, de Brasília
'Troca de carne por ovos' vira trunfo de Aécio contra PT
'Troca de carne por ovos' vira trunfo de Aécio contra PT (Reprodução/YouTube/VEJA)
O ministro Tarcisio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou nesta terça-feira pedido da campanha da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) e permitiu que a equipe do adversário Aécio Neves (PSDB) continue a explorar na propaganda eleitoral a “sugestão” feita pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Rolland, para que a população troque carne por ovos e assim se proteja da inflação. Ontem, tentando conter o desgaste, Dilma classificou a declaração como “extremamente infeliz”, e o vice-presidente, Michel Temer, disse que na gestão petista a população pobre passou a consumir iogurte e chocolate.
Leia também:
Para o TSE, o PSDB pode discutir o tema na propaganda partidária de Aécio Neves, e o PT não tem direito de resposta. “O exercício do direito de resposta viabiliza-se apenas quando for possível extrair, da afirmação apontada como sabidamente inverídica,  ofensa de caráter pessoal a candidato, partido ou coligação”, diz o ministro, para quem a discussão sobre o episódio do ovo é apenas “exposição de fatos e contundente crítica política, inerentes ao debate democrático, ainda que ácido e belicoso”.
Nos embates judiciais protagonizados por PT e PSDB no segundo turno, o tribunal também rejeitou, em decisão individual do ministro Admar Gonzaga, pedido de direito de resposta do PSDB por supostas ofensas à honra de Aécio e de seu partido. No dia 12 de outubro, o PT alegou, na propaganda da presidente-candidata Dilma Rousseff, que “o PSDB tem problema de corrupção lá no metrô de São Paulo”. “Até hoje não foi resolvido, né? Tá engavetado ainda”, diz trecho da peça publicitária.
Em outra representação, o ministro Admar Gonzaga, provocado por processo movido pelos petistas, rechaçou irregularidade na propaganda de Aécio, que exibiu imagens gravadas no interior do museu Memorial JK, em Brasília, local, segundo os petistas, vedado porque as despesas do Memorial seriam custeadas pelo Poder Público.
by Veja

Cruz Vermelha do Brasil pode ser suspensa. Desvio milionário revelado por VEJA em 2012 levou a entidade a dar um ultimato a brasileiros. Sede, em Genebra, já fala em suspensão dos membros



VÍTIMAS LESADAS - A tragédia retratada nos deslizamentos na região serrana do Rio (à esq.), na fome na Somália (acima) e no terremoto seguido de tsunami no Japão: cumprindo seu papel de prestar apoio e serviços em situações de emergência, a Cruz Vermelha do Brasil pediu e recolheu doações, mas nem mesmo os conselheiros da organização conseguiram ter acesso às contas (VEJA)

A Cruz Vermelha brasileira corre o risco de ser suspensa da Federação Internacional da Cruz Vermelha se não der uma resposta à crise de corrupção descoberta na entidade. A informação é de Matthias Schmale, subsecretário-geral da federação. Ele afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que, na semana passada, uma missão da entidade foi enviada ao Brasil para reuniões.

Auditoria encomendada pela Cruz Vermelha para apurar os desvios de 25 milhões de reais de recursos da instituição no Brasil reforçou, em maio, oficialmente o que revelou reportagem de VEJA em 2012: os recursos doados à entidade no país não foram aplicados como pensam os incautos beneméritos. Como VEJA informou há dois anos, nas três campanhas nacionais de arrecadação organizadas em 2011 pela Cruz Vermelha Brasileira — uma para as vítimas dos deslizamentos na região serrana fluminense, que deixaram 35.000 desabrigados; outra para a Somália, país africano faminto e devastado por guerras civis; e mais uma para a tragédia do terremoto seguido de tsunami no norte do Japão — os recursos arrecadados não foram aplicados em nenhum dos locais.

Segundo ele, uma "chance" está sendo dada aos representantes brasileiros da instituição para que provem que estão dispostos a lutar contra a corrupção da administração que os precedeu. Mas, se nos próximos meses nada for feito para remediar a situação, a instituição com sede em Genebra já fala em suspensão, algo que só esteve perto de acontecer com a África do Sul durante o regime do apartheid.

Schmale afirmou que a atual gestão da Cruz Vermelha no Brasil se comprometeu a agir e corrigir as falhas. Genebra assinou um compromisso formal com a entidade brasileira, estipulando que o dinheiro desviado seja recuperado. "A liderança da Cruz Vermelha no Brasil se comprometeu a devolver o dinheiro a quem fez as doações ou a destinar o volume às populações que precisavam ser ajudadas", explicou o número dois da entidade em Genebra.

A organização ainda quer que os responsáveis sejam levados à Justiça no Brasil. "Estamos dando uma chance e torcendo para que tudo seja feito. Mas, se nada acontecer, não vamos ter alternativa", indicou. "Uma das opções seria a suspensão, o que indica que os brasileiros não poderiam participar de nossas assembleias mundiais e seriam cortados do financiamento internacional", destacou. Questionado sobre quanto tempo a nova direção teria para agir, Schmale não deu um prazo. Mas alertou: "O tempo está se esgotando".

Outro lado - Para a Cruz Vermelha Brasileira, a suspensão da Federação Internacional seria "improcedente", já que representantes da entidade internacional estiveram no país recentemente e "saíram com uma mensagem de confiança". "O Comitê de Mediação e Cumprimento (órgão encarregado de verificar denúncias) visitou nossas filiais, acompanhou nosso trabalho e saiu daqui sem notícia de que isso (suspensão) pudesse acontecer. Nos últimos dois anos, estamos unidos em uma tentativa de soerguer a Cruz Vermelha brasileira", afirmou o secretário-geral do órgão nacional, coronel Paulo Roberto Costa e Silva.

Segundo ele, desde a auditoria, a unidade brasileira faz um "saneamento financeiro" na sede e nas filiais. Costa e Silva afirmou que, em maio deste ano, entregou cópias da conclusão da auditoria para a Delegacia Fazendária, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Rio, que investigam denúncias de desvio de verbas.

(Com Estadão Conteúdo)

A destruição do país

Rubens-RicuperoA degradação da Petrobras, da Eletrobras e do BNDES nada tem em comum com a “destruição criativa” de Schumpeter. É pura terra arrasada, demolição sem criação. Custa a crer que um governo com pretensão de herdeiro de Getúlio se encarregue de dilapidar os três mais importantes legados institucionais do segundo governo Vargas.
A sanha exterminadora está longe de se deter nos três. Sofrem do mesmo efeito desagregador instituições como o Ipea, o Tesouro, até o IBGE, fundado no primeiro governo Vargas, afetado por escassez de recursos e divisões internas. Problemas similares comprometem a Embrapa e a vigilância sanitária do Ministério da Agricultura, setores vitais para manter a vantagem comparativa brasileira na exportação.
A lista poderia ser ampliada com os Correios, entre outros, mas esses exemplos bastam para mostrar que o fenômeno é generalizado. As causas é que não são as mesmas. Onde existe muito dinheiro, na Petrobras ou no Ministério dos Transportes, a fartura de queijo é que atrai os ratos.
Às vezes, o problema se origina no aparelhamento partidário, na incompetência de indicados políticos e na intromissão excessiva como nas agências reguladoras, que nem chegaram a se consolidar.
O Itamaraty é caso à parte. Sem projetos e obras tentadoras, sem verba para pagar luz e água de embaixadas prematuramente criadas, o velho ministério definha na austera, apagada e vil tristeza da desmoralização programada pelo governo.
Três flagelos o devastaram ao mesmo tempo. O primeiro foi a expansão megalomaníaca de embaixadas sem meios de utilizá-las de modo produtivo. Criamos anos seguidos cem vagas de diplomata como se as vacas gordas fossem durar para sempre. Não surpreende agora que mais de trezentos jovens diplomatas se revoltem frustrados ao descobrir a falta de perspectivas que os aguarda.
O segundo golpe desmoralizador provém de presidente sem apreço pela diplomacia e pelos diplomatas, aos quais não perde ocasião de demonstrar seu desdém. Nem na fase caótica da proclamação da República tivemos chefe de Estado que deixasse mais de 20 embaixadores estrangeiros esperando para apresentar credenciais como se fossem rebanho de gado.
Cerca de 230 acordos internacionais dormem na Casa Civil aguardando a providência burocrática de decreto de promulgação ou mensagem de envio ao Congresso. Foi preciso a grita dos empresários para promulgar os acordos comerciais com o Chile e a Bolívia.
O erro original coube aos diplomatas da cúpula que decidiram pôr de lado o conselho de Rio Branco e promoveram a subordinação ao partido no poder de política externa que deveria estar a serviço da sociedade brasileira como um todo.
O Barão se recusou envolver nas paixões partidárias por saber que “seria discutido, atacado, diminuído [...] e não teria a força [...] que hoje tenho como ministro para dirigir as relações exteriores”.
Ao desprezar a lição, os dirigentes do Itamaraty perderam “o concurso das animações de todos meus concidadãos”. Perderam mais: a proteção e o respeito da sociedade, que os abandonou à sanha do partido que pretenderam servir.
Rubens Ricupero*
*Diretor da Faculdade de Economia da Faap e do Instituto Fernand Braudel de São Paulo, foi secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e ministro da Fazenda no governo Itamar Franco.

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