quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Em vídeo, Pizzolato promete comprovar inocência 'até último segundo'


A militantes do PT, ex-diretor do Banco do Brasil nega ter havido desvio de dinheiro para o partido
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão, participou de intensa campanha contra a sua condenação por envolvimento no esquema. Pelo menos algumas das manifestações de que participou foram gravadas em vídeo por amigos. Em um deles, publicado na internet nessa quarta-feira, 20, Pizzolato nega que tenha desviado recursos para financiamento de campanha ou para o PT e diz ter sido usado para comprovar o uso de dinheiro público. "Eu sou o inocente útil", declarou.
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Pizzolato fala a militantes petistas, entre eles o ex-presidente do PT José Genoino, durante um ato da sigla que pedia a "anulação da AP 470" - referência à ação penal do processo do mensalão. Não é possível saber com exatidão em que momento o episódio ocorreu. No vídeo de 9 minutos, o ex-diretor relata laudos e documentos que rebateriam a tese da acusação de que houve desvio de dinheiro público para o partido. 

 Segundo as denúncias elaboradas pela Procuradoria-Geral da República, Pizzolato autorizou adiantamento de R$ 73 milhões à Visanet (fundo privado do qual o Banco do Brasil faz parte) para uma agência de publicidade do empresário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão. "Dos R$ 73 milhões da Visanet, que não era dinheiro do Banco do Brasil, não teve um centavo que foi para financiar campanha do PT. Todo esse dinheiro está auditado", afirmou o ex-diretor.
Pizzolato diz que os documentos que comprovariam a prestação de contas entre o Banco do Brasil e a Visanet foram ignorados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento do mensalão. "É claro que é uma perseguição política. O que se tentou desde o início, e por isso fui o primeiro a ser julgado, é caracterizar a questão do dinheiro público" , disse. "Eu sou o inocente útil. Fui a ponte para eles atenderem isso", completou.
O ex-diretor teve a prisão decretada no último dia 15, mas ele está foragido na Itália. Sua saída do Brasil teria começado a ser planejada pouco depois de o STF rejeitar seus primeiros recursos. Na parte final do vídeo, Pizzolato faz um apelo aos militantes: "Eu queria pedir a vocês uma coisa. Não assumam que o PT desviou dinheiro. Da parte onde eu trabalhei, não existe um centavo. Eu vou até meu último segundo de vida vou jurar, vou comprovar [que sou inocente]."

Folha São Paulo/Colaborou Lilian Venturini

Jefferson rebate Dirceu e diz que julgamento foi 'democrático'


Para o delator do esquema, que aguarda em casa a expedição do mandado de prisão, não se pode definir caso como 'político' ou 'de exceção'
21 de novembro de 2013

Adriano Barcelos - enviado especial a Comendador Levy Gasparian (RJ)
RIO - Condenado a sete anos e 14 dias por envolvimento no mensalão, o delator do esquema, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), rebateu na manhã desta quinta-feira, 21, as declarações do ex-ministro José Dirceu, para quem o julgamento foi "de exceção". Jefferson aguarda em sua casa em Comendador Levy Gasparian a expedição do mandado de sua prisão.

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Jefferson fala aos jornalistas em sua casa, em Comendador Levy Gasparian (RJ)  - Fábio Motta/Estadão
Fábio Motta/Estadão
Jefferson fala aos jornalistas em sua casa, em Comendador Levy Gasparian (RJ)
Para o ex-deputado, o julgamento no STF foi democrático, o que não significa que tenha sido justo ou que concorde com o resultado de condenação. "Foram juízes que ele [Dirceu] indicou. Pode não concordar com a decisão, mas dizer que é político, de exceção, não dá. Falar de elites, que elites?", afirmou, pregando respeito às instituições e assinalando que o Brasil não é "Cuba ou a Venezuela".

Jefferson disse acreditar que a partir das condenações dos réus no processo a política do País passará a viver um novo momento. "A política mudou, já há alterações no comportamento, muito em função de vocês (imprensa). Vocês mudaram o Brasil", afirmou.

Perguntado sobre a expectativa de julgamento pelo Supremo do caso do mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, ele preferiu se abster. "Não sou promotor. Tenho apreço a Eduardo Azeredo (PSDB-MG) como pessoa. Foi um bom governador", pontuou.

Bem humorado, o ex-deputado chamou jornalistas para tomar café da manhã com ele. Na refeição, adotou um tom descontraído e abriu as portas de sua casa, mostrou os cômodos, apresentou os animais de estimação - seis cachorras e cinco pássaros - e não se furtou em falar de política. "Sou político", justificou, dizendo não ter saudades de Brasília, uma "cidade árida e de passagem", segundo sua visão, mas disse sentir falta da convivência diária do Congresso.

Ao lado da mulher, Ana, ele ordenou aos empregados da casa que oferecessem acesso aos banheiros e água em uma das residências contíguas do condomínio familiar.

by Folha de São Paulo

Brasil tem 16,2 milhões em situação de pobreza extrema, aponta IBGE

Número equivale a aproximadamente 8,5% da população brasileira e considera as pessoas com renda de até R$ 70

Cerca de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da população. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir da linha de extrema pobreza definida pelo governo federal.
 Anunciada nesta terça-feira, 3, a linha estipula como extremamente pobre as famílias cuja renda per capita seja de até R$ 70. Esse parâmetro será usado para a elaboração das políticas sociais, como o Plano Brasil sem Miséria, que deve ser lançado em breve pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
          by Folha de Sao Paulo

PT intervém e Câmara adia discussão sobre cassação de mandato de Genoino


Deputado petista pede vista do processo, que deve ser retomado na próxima semana pela Mesa Diretora da Casa
21 de novembro de 2013 | 10h 58Brasília - Após intervenção de membros do PT, integrantes da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a discussão sobre a cassação do deputado licenciado José Genoino (PT-SP), preso desde a semana passada por envolvimento no mensalão.
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No encontro realizado na manhã desta quarta-feira, 21, pela Mesa Diretora da Casa, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que propôs a abertura de processo de cassação e o envio para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que seja dado um parecer sobre o caso. O vice-presidente, André Vargas (PT-PR), e o quarto-secretário, Biffi (PT-MS), pediram prazo de duas sessões para que o tema volte a ser discutido pela Mesa, o que foi concedido pelo peemedebista e deve ocorrer na próxima semana. 
"Nós entendemos por necessário pedir vista do processo. A carta [mensagem enviada pelo Supremo Tribunal Federal sobre a condenação de Genoino] é insuficiente para dar conta de um caso de uma pessoa que não tem condições de se defender, que tem um problema grave de saúde", afirmou André Vargas.
"Não é uma questão de má vontade, de querer ou não querer, é uma questão de regimento. A Mesa não é ditadora dessa Casa. Ela tem que zelar de cumprir o regimento. Votamos a matéria na próxima semana", disse Henrique Eduardo Alves após o encontro.
 O STF decidiu no ano passado que a Câmara deveria apenas decretar a perda de mandato dos condenados no processo do mensalão, mas, como o comunicado oficial da Corte não trouxe essa ordem e o tema ainda será debatido novamente pelo tribunal, Alves decidiu que dará andamento ao processo deixando a decisão com os colegas, para votação em plenário.
Submetido a uma cirurgia cardíaca em julho, Genoino está de licença médica. Ele requereu à Casa aposentadoria por invalidez em setembro e em janeiro do próximo ano passará por nova avaliação de junta médica da Câmara para decidir se o benefício lhe será concedido. Como o trâmite da cassação exige prazos a serem cumpridos na CCJ e no plenário, a aposentadoria poderá ser concedida antes, e o processo encerrado. Alves já decidiu que não vai suspender o salário dele mesmo com a prisão.
          by Folha de São Paulo

Relator de novo julgamento sinaliza que vai tentar encerrar caso o quanto antes Luiz Fux divulga nota na qual promete colocar em pauta análise de embargos infringentes assim que prazos regimentais do Supremo forem concluídos, algo que só deverá ocorrer em fevereiro de 2014. Folha de São Paulo



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