sábado, 26 de maio de 2018

Governo prepara uso da força para encerrar greve dos caminhoneiros


Governo prepara uso da força para encerrar greve dos caminhoneiros

No 5º dia da paralisação, voos são cancelados, falta de combustível se agrava e desabastecimento atinge supermercados, hospitais e outros estabelecimentos

Mesmo após um acordo entre líderes da greve dos caminhoneiros e de representantes do governo Michel Temer (MDB), na quinta-feira, 24, a paralisação chegou ao quinto dia nesta sexta-feira, obrigando o governo a elevar o tom contra os organizadores do movimento e a anunciar que irá lançar mão do uso da força para desobstruir as rodovias – a medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O acordo proposto pelo governo – e aceito por algumas entidades que representam a categoria – prevê a prorrogação do desconto de 10% no preço do diesel para um mês, se os caminhoneiros se comprometessem em suspender os protestos por quinze dias.


Lideranças dos caminhoneiros pediram aos grevistas que desfizessem os bloqueios, mas orientou a categoria a continuar com os protestos pelo país.

Confira como foi o quinto dia de protestos dos caminhoneiros:

21:36 – Greve dos caminhoneiros: 5 perguntas para entender a crise


As bases e terminais das distribuidoras de combustíveis estão prontas para retomar o abastecimento ao mercado tão logo as vias sejam liberadas pelos caminhoneiros em greve e a segurança das operações esteja garantida, afirmou em nota nesta sexta-feira a Plural, associação que representa as distribuidoras. “O abastecimento pleno do mercado, no entanto, é um processo que ainda levará alguns dias para ser normalizado. Bases de Caxias, Suape, Betim, Canoas e São Caetano estão saindo com as carretas escoltadas”, afirmou.

A greve de caminhoneiros iniciada na segunda-feira já afeta o abastecimento dos supermercados. A normalização do abastecimento do setor ainda poderia levar de 5 a 10 dias mesmo no caso de haver o desbloqueio de estradas, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Prateleira com poucos produtos em supermercado de Porto Alegre (RS). Consumidores reclamam da falta de alguns itens nos comércios, causada pela greve dos caminhoneiros - 24/05/2018 Prateleira com poucos produtos em supermercado de Porto Alegre (RS). Consumidores reclamam da falta de alguns itens nos comércios, causada pela greve dos caminhoneiros – 24/05/2018
Prateleira com poucos produtos em supermercado de Porto Alegre (RS). Consumidores reclamam da falta de alguns itens nos comércios, causada pela greve dos caminhoneiros – 24/05/2018 (Davi Magalhães/Futura Press/Folhapress)

21:00 – Paralisação de caminhoneiros provoca cancelamento de 5,7% dos voos
Até as 20h desta sexta-feira, a paralisação dos caminhoneiros havia provocado o cancelamento de 70 voos no país. O número representa 5,7% das viagens programadas para o dia. As informações são da Infraero, que monitora o movimento nos aeroportos brasileiros. No mapeamento da situação de voos do dia disponibilizado pela empresa, estavam previstos 1.219 voos para esta sexta. Deste total, 966 (79,2%) estavam no horário, 161 (13,2%) estavam atrasados e 22 (1,8%) estavam atrasados no momento em que a aferição foi realizada.
O maior número de voos cancelados foi da Azul, com 32 (45%) viagens não realizadas. Em seguida vêm a linha aérea TAM, com 29 (41%), Gol, com 5 (7%), e Avianca, com 3 (4%). Os cancelamentos afetaram somente voos domésticos. A Infraero não registrou problema deste tipo com viagens internacionais.
Em relação aos atrasos, a companhia aérea com maior número de voos nesta situação é a TAM, com 54 (33%), seguida pela Gol, com 38 (23%), Azul, com 36 (22%), e Avianca, com 29 (18%). Entre as viagens internacionais, apenas uma estava fora do horário, da Azul.
A Infraero reforçou a necessidade de passageiros entrarem em contato com as respectivas linhas aéreas para consultá-las sobre a situação de seus voos. A recomendação também foi dada pela Agência Nacional de Aviação Civil em nota divulgada hoje.
(Agência Brasil)

A Petrobras perdeu o equivalente a uma Telefônica em valor de mercado nos últimos 16 dias. Desde 10 de maio, o patrimônio da estatal sofreu uma perda de mais de 76 bilhões de dólares, montante que supera o valor de mercado da Telefônica Brasil, avaliada em 74 bilhões de reais.

20:47 – No Rio, BRT não vai circular de madrugada por falta de combustível
O quinto dia de paralisação dos caminhoneiros está prejudicando os serviços essenciais de atendimento à população no Rio, como o transporte público por ônibus, trens e barcas. O sistema de transporte de passageiros pelo BRT, que funciona 24 horas por dia, não vai operar durante a madrugada, a partir de 0h deste sábado, por causa da falta de combustível.
De acordo com o Centro de Operações da prefeitura, o normal no retorno para casa, no horário do rush, é que a cidade tenha em média 130 quilômetros de congestionamento. Mas, devido à paralisação dos caminhoneiros, o congestionamento na cidade está em 10 quilômetros, devido à redução dos veículos em circulação.
O transporte de passageiros por ônibus no município do Rio de Janeiro opera nesta sexta com menos da metade da frota. As empresas estão empenhadas para que a população não seja prejudicada no retorno para casa, chegando a abastecer os coletivos em postos de gasolina comuns, mesmo com o preço do óleo diesel superior ao habitual.
Na Ponte Rio-Niterói, em geral, em uma noite de sexta-feira, o tráfego fica congestionado em direção às praias da Região dos Lagos e ao Norte Fluminense. Esta noite, no entanto, o movimento está normal ao longo dos seus 13 quilômetros de extensão. Os motoristas fazem o percurso em 13 minutos, dentro do horário normal. Isso também ocorre no sentido contrário, para quem vem de Niterói em direção ao Rio de Janeiro.
Os trens da SuperVia, em função da paralisação de caminhoneiros, tiveram de alterar os horários dos ramais de Guapimirim e Vila Inhomirim, operados por locomotivas movidas a óleo diesel. Hoje, algumas viagens foram canceladas e, neste sábado e domingo, não haverá circulação.
A concessionária que explora o serviço de barcas e catamarãs na Baía de Guanabara adotou medidas de contingência para minimizar o impacto no transporte aquaviário até a próxima segunda-feira (28). Na linha Arariboia, que liga à Praça XV à estação de Niterói, o serviço será interrompido neste final de semana e, nas linhas Charitas, Paquetá e Cocotá, haverá o cancelamento de algumas viagens.
(Agência Brasil)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a decisão do presidente Michel Temer de usar as Forças Armadas para desobstruir as estradas bloqueadas pelos caminhoneiros, que protestam contra o alto preço dos combustíveis. Maia disse que a continuidade da manifestação da categoria mesmo após acordo com o governo é resultado da falta de credibilidade das palavras de Temer.
O presidente do Brasil, Michel Temer

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu determinar o desbloqueio das rodovias do país que foram paralisadas pelo movimento nacional de caminhoneiros. O ministro atendeu a um pedido liminar feito no início da tarde pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Com a decisão, também fica autorizado o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Força Nacional e das polícias militares dos estados para efetivar a medida, inclusive, com a desobstrução dos acostamentos. Em caso de descumprimento, deverá ser aplicada multa de 100.000 reais por hora às associações da categoria.

Ministro Alexandre de Moraes autoriza adoção de medidas necessárias para resguardar a ordem durante a desobstrução das rodovias nacionais em decorrência da paralização dos caminhoneiros. Liminar será submetida a referendo pelo Plenário: https://goo.gl/WPg7TL 


O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decretou estado de emergência nesta sexta-feira, situação que permite fazer compras sem licitação, requisitar ou apreender combustível estocado em postos. Em nota, a prefeitura informa que conseguiu comprar combustível para dar continuidade aos serviços públicos – foram 240.000 litros de óleo diesel de uma distribuidora da zona sul, que transportados com apoio da Polícia Militar. Apesar disso, serão tomadas algumas medidas de contingência para fazer frente ao desabastecimento provocado pela greve de caminhoneiros.
Entre as medidas está a redução da frota de ônibus em circulação. A São Paulo Transporte (SPTrans) informa que deve operar neste fim de semana com 40% da frota.

A decisão do presidente Michel Temer de acionar as forças federais para desobstruir as rodovias fez a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) recomendar que a categoria suspenda as interdições. Segundo o presidente da entidade, José da Fonseca Lopes, a os caminhoneiros já mostraram sua força para o governo.
“A Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias”, diz nota assinada por Fonseca. “Já mostramos a nossa força ao governo, que nos intitularam como minoria. Conseguimos parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições.”

Até o momento, a Advocacia-Geral da União (AGU) obteve 28 decisões judiciais favoráveis à desobstrução de rodovias federais em catorze Estados e no Distrito Federal. Os Estados são: Acre, Ceará, Sergipe, São Paulo, Paraná, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba, Rondônia e Rio Grande do Sul.

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), determinou nesta sexta-feira que a Polícia Rodoviária Estadual multe veículos que estacionarem em fila dupla nas estradas do Estado “ou que promovam bloqueios, impedindo a livre circulação”.

18:58 – General Villas Bôas: ‘Agiremos com base na Constituição’
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, comentou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pelo presidente Michel Temer nesta sexta-feira, em seu perfil no Twitter:


Mais uma vez, o @exercitooficial será empregado em uma operação de garantia da lei e da ordem (GLO), a fim de atender às necessidades da população afetada pela “greve dos caminhoneiros”. Como sempre, agiremos com base na CF, em apoio às instituições e pela democracia.
É necessário que todos os setores da sociedade brasileira atuem para uma solução rápida dessa crise.


O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje que o decreto que o governo vai editar permitirá a retomada dos caminhões dos grevistas que se recusarem a desobstruir as rodovias. A medida será tomada com base no artigo 5º, inciso 25 da Constituição. Esse inciso diz que ‘no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano’.
“Caso se faça necessário, disporemos de motoristas para pilotar e guiar veículos, inclusive privados, para que o desabastecimento seja contido e se restabeleça o abastecimento em prol do governo brasileiro”, afirmou Jungmann ao detalhar as medidas de segurança que serão tomadas após o presidente Michel Temer afirmar que usará as forças federais para liberar as rodovias.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje que determinou à Polícia Federal se houve a participação dos empresários como incentivadores da greve dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira. Essa prática é conhecida como locaute, o que configura crime.
“A utilização pelos patrões, distribuidoras para manter ou ampliar margens de lucro caracteriza locaute, que, ao contrário da greve de trabalhadores que é um direito constitucional, é uma ilegalidade. Por isso pedi ao diretor da PF a abertura de inquérito para determinar se houver irregularidades”, afirmou Jungmann.
Segundo ele, já há duas dezenas de empresários sob investigação. “Temos a relação de duas dezenas de empresários que estão sendo investigados, e responderão, caso se comprove o locaute, por algumas das tipificações, como atentado contra segurança de serviço de utilidade pública, atentado contra segurança do  tranporte marítimo aéreo e fluvial, liberdade do trabalho e sofrimento da população brasileira e dos caminhoneiros.”

18:22 – Governo afirma que 419 das 938 interdições foram liberadas após acordo
Em nova coletiva de imprensa convocada pelo governo no final da tarde desta sexta-feira, o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann afirmou que, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), das 938 interdições iniciais em rodovias, 419 foram liberadas. Jungmann também disse que nenhuma das obstruções é total, “o que aponta para a adesão crescente dos caminhoneiros aos termos do acordo”.
Ministros falam sobre ação das forças federais na greve dos caminhoneiros - 25/05/2018 Ministros falam sobre ação das forças federais na greve dos caminhoneiros – 25/05/2018
Ministros falam sobre ação das forças federais na greve dos caminhoneiros – 25/05/2018 (NBR/Reprodução)

18:13 – Motos e caminhões-guincho se unem aos protestos no RS
Na Zona Norte de Porto Alegre, caminhões-guincho também decidiram protestar na entrada da cidade. Eles bloqueiam parcialmente a Avenida Assis Brasil.
Em Esteio, na região metropolitana, motociclistas protestam na BR-116 andando em zigue-zague e causando lentidão.

18:12 – Universidades suspendem aulas em Porto Alegre e vestibulares são adiados
Além das escolas, que suspenderam as aulas nesta sexta-feira (25), as principais universidades da capital gaúcha também cancelaram as aulas. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) dispensaram os alunos nesta sexta e sábado (26). A Ulbra, em Canoas, e a UniRitter optaram por cancelar o vestibular do final de semana marcado para o domingo (27) e transferi-lo para 7 e 10 de junho.

18:11 – Paralisação reduz movimento na Rodoviária de Curitiba em mais de 50%
As viagens intermunicipais e interestaduais na Rodoviária de Curitiba tiveram uma redução de 57% nesta sexta-feira, 25. Segundo dados da Urbs,  responsável pela administração da Rodoviária, nas sextas-feiras, dia de maior movimento do terminal,  saem da rodoviária uma média de 350 ônibus. Nesta sexta foram apenas 200.

Por conta da greve dos caminhoneiros que paralisa as estradas de todo o país há cinco dias, os carros-forte que transportam dinheiro para os caixas eletrônicos do país têm combustível somente até domingo, de acordo com a Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV).
A situação mais grave está na região Nordeste do país, onde problemas de abastecimento e estradas bloqueadas dificultam a circulação dos veículos, informa a associação.
Na região Sudeste do país, de acordo com a ABTV, o estoque de combustível dos carros-forte é variável. Em alguns lugares os veículos deixaram de circular já nesta sexta-feira, 25, e em outros o estoque do diesel se esgota no domingo. As transportadoras de valores situadas nas cidades do interior do Estado de São Paulo estão na pior situação, informa a ABTV.
 Saque no caixa eletrônico
Saque no caixa eletrônico (iStockphotog/Getty Images)

greve dos caminhoneiros iniciada na segunda-feira está promovendo umacorrida aos postos de gasolina de todo o Brasil. Alguns estabelecimentos já estão sem combustível – no Rio de Janeiro, 90% dos postos estão sem gasolina. Para ajudar o motorista que está de tanque vazio, o Waze habilitou um novo recurso dentro do aplicativo para que o consumidor saiba onde encontrar combustível.
A atualização está disponível desde a manhã desta sexta-feira. Ao aproximar-se de um posto de gasolina, o aplicativo solicita ao usuário que informe alguns dados – entre eles, há a opção “Atualize disponibilidade local de combustível”. Além disso, é possível incluir o preço dos produtos.

Criticado por vários setores da sociedade, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, negou que tenha a intenção de pedir
demissão. Em comunicado enviado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras informa que Parente permanece no cargo de presidente da companhia.
No início da crise, Parente disse que a estatal não mudaria sua política de preços. Pressionado, ele propôs aos caminhoneiros um desconto de 10% sobre o preço do diesel por 15 dias. A oferta foi considerada tardia e insuficiente.
O vice-presidente do Senado, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), chegou a pedir a demissão de Parente por não aceitar rever a política de preços da Petrobras. “Se o Pedro Parente não aceitar rever a política de reajuste, que ele saia da Petrobras ou o presidente da República exerça o mínimo de autoridade. Um governo minimamente sólido já o teria demitido.”
Por outro lado, o mercado não encarou bem o fato de Parente ter cedido ao aceitar reduzir o diesel por 15 dias. Para a agência de classificação de risco Fitch, isso mostra “a capacidade contínua do governo brasileiro de influenciar as políticas e decisões da empresa”.

Os representantes dos sindicatos de caminhoneiros disseram que não temem as forças de segurança. Nesta sexta-feira, 25, o presidente Michel Temer resolveu endurecer no tratamento com os caminhoneiros que não aceitaram o acordo negociado na véspera. O acordo previa uma trégua de 15 dias na greve iniciada segunda-feira.
“Não somos bandidos e não estamos fazendo nada de errado. Por isso não tememos a força nacional. Pelo contrário, eles até nos darão segurança”, ironiza o diretor do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ourinhos (SP), Ariovaldo Almeida Jr.

As principais buscas do Google mostram quais são as maiores preocupações relacionadas à greve dos caminhoneiros – eles querem saber “o que estocar em tempos de crise” e “como estocar alimentos”.
As buscas por “postos de abastecimento” cresceram 733% em comparação com o domingo, dia anterior à paralisação. Ainda de acordo com o Google, a pesquisa por “greve dos caminhoneiros acabou” subiu mais de 1.800% nas últimas 24 horas. Na noite de quinta-feira, o governo anunciou um acordo para suspender a greve por 15 dias – mas parte dos caminhoneiros manteve a paralisação.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nota oficial nesta sexta-feira, 25, em que mostra preocupação com a carga viva parada nas estradas e com a falta de alimentação para os animais.
Diante da falta de ração, produtores de aves estão precisando sacrificar pintinhos, como um procedimento sanitário para evitar a canibalização das aves.
Caminhões com carga viva não são autorizados a transitar. A situação é grave também no trânsito de ração, que está sendo impedido. “Recebemos relatos de produtores com caminhões transportando animais parados em bloqueios em todo o país. Há casos de animais com mais de 50 horas sem alimentação”, diz a entidade.  
 Pintinho em granja em fazenda
Pintinho em granja em fazenda (iStock/Getty Images)

Polícia Federal afirmou, nesta sexta-feira (25), que está investigando“a associação para prática de crimes contra a organização do trabalho, a segurança dos meios de transporte e outros serviços públicos” na greve dos caminhoneiros. O termo locaute  foi utilizado pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, na noite anterior, que já havia apontado a possibilidade de prática ilegal por parte das empresas de trasporte.
Locaute, uma palavra derivada do inglês (lock out), faz referência à “paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados”. Em outras palavras, é uma articulação entre empresários de um determinado setor para promover ou coordenar a paralisação de seus funcionários em nome de interesses empresariais próprios.

As centrais sindicais criticaram a decisão do governo de usar a Força Nacional de Segurança para desobstruir as estradas bloqueadas pelos caminhoneirosdesde segunda-feira. Na opinião das entidades, o endurecimento da negociação só ‘acirra o conflito e dificulta uma solução equilibrada’.

O presidente Michel Temer pediu nesta sexta-feira, 25, a colaboração dos governos estaduais nos esforços para reduzir o preço do diesel em meio à grevedos caminhoneiros, e cobrou uma redução do imposto estadual ICMS sobre o combustível.
Temer afirmou, ao participar de reunião do Conselho Nacional de Polícia Fazendária (Confaz) com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e secretários estaduais de Fazenda, que os estados também precisam colaborar para o fim da crise envolvendo os caminhoneiros.

No blog Rio Grande do Sul: No quinto dia de greve dos caminhoneiros, 77% das cidades gaúchas paralisaram equipamentos e serviços que dependem e combustível, exceto aqueles da área de saúde. Do total de 497 municípios do estado, 384 decidiram suspender os serviços segundo a Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul).

Entre os pontos divulgados no anúncio do acerto estavam a prorrogação do desconto de 10% no óleo diesel para trinta dias e a previsibilidade nos reajustes do combustível.
A íntegra do documento apresentada pela Casa Civil contempla outros tópicos. Entre eles, uma pauta dos empresários do setor de transportes: a não reoneração das folhas de pagamento do setor de cargas.

15:04 – Combustível em Curitiba acaba hoje, diz Sindicato
O Sindicombustíveis Paraná, entidade que representa os postos de combustível do estado, afirmou em nota, na manhã desta sexta-feira, 25, que 90% dos 340 postos de Curitiba já estão sem álcool ou gasolina. O Sindicombustíveis trabalha com a perspectiva de que acabe o estoque durante a tarde, caso o abastecimento não seja retomado.
“Não consideramos mais o movimento como uma greve, e sim um abuso completo. Ficou evidente que não há uma liderança definida. Um acordo foi firmado mas não há lideranças capazes de unir os caminhoneiros para se chegar a um consenso”, afirma o Sindicombustóveis.

As centrais sindicais criticaram a decisão do governo de usar a Força Nacional de Segurança para desobstruir as estradas bloqueadas pelos caminhoneiros desde segunda-feira. Na opinião das entidades, o endurecimento da negociação só ‘acirra o conflito e dificulta uma solução equilibrada’.
“A proposta do governo de convocar as Forças Armadas, como instrumento de repressão é querer apagar fogo com gasolina”, afirma nota assinada pelos presidentes de seis centrais sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central.

A Polícia Federal afirmou nesta sexta-feira, 25, que está investigando “a associação para prática de crimes contra a organização do trabalho, a segurança dos meios de transporte e outros serviços públicos” na greve dos caminhoneiros.
Na noite anterior, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, já havia apontado a possibilidade de locaute, delito proibido pela legislação trabalhista, na paralisação. Trata-se da articulação de empresários de um setor para promover ou coordenar uma paralisação de seus empregados, em função de interesses patronais.

greve dos caminhoneiros iniciada na segunda-feira está prejudicando o abastecimento dos aeroportos nacionais. Ao menos 11 estão sem combustívelnesta sexta-feira, segundo a Infraero – como os do Recife e de Goiânia.
Com a paralisação, os aeroportos não estão recebendo o querosene de aviação. Nesta sexta-feira, 32 voos já foram canceladas – um deles, da American Airlines, sairia de Miami, nos Estados Unidos, até Brasília. A maioria das viagens seria realizadas pela Latam e Azul.

paralisação de caminhoneiros em todo o país começa a afetar os atendimentos hospitalares, inclusive as urgências e emergências. Segundo a Confederação Nacional de Saúde (CNS), em alguns locais estão faltando produtos como gás medicinal, material anestésico, medicamentos e insumos para tratamento de água.

paralisação dos caminhoneiros contra o aumento no preço do diesel está causando impacto também nas viagens rodoviárias. Na manhã desta sexta-feira, 25, o Terminal Rodoviário Tietê registrou redução de 20% no número de partidas de ônibus. No Terminal Rodoviário Barra Funda, o porcentual caiu 40% e no Jabaquara houve redução de 48% nas partidas.

Após o fracasso do acordo do governo para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias, o presidente Michel Temer anunciou hoje que vai convocar as Forças Federais de Segurança para liberar as estradas bloqueadas desde segunda-feira. A decisão foi tomada após uma reunião do Gabinete de Segurança Institucional no Palácio do Planalto com Temer e ministros do governo

A greve dos caminhoneiros iniciada na segunda-feira prejudica o abastecimento de combustível das companhias aéreas. A Gol, Azul e Latam informaram que precisaram cancelar voos que sairiam nesta sexta-feira por falta de querosene de aviação.

12:47 – Cegonheiros permanecem estacionados nos pátios
O Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg) informou nesta sexta-feira, 25, que os profissionais decidiram permanecer estacionados nos pátios até que evolua sa negociações entre governo e caminhoneiros.
Em manifestação, por meio digital, os associados do Sinaceg decidiram aguardar até que haja solução efetiva das reivindicações para voltar ao trabalho.

Petrobras anunciou nesta sexta-feira, 25, nova redução no preço da gasolinaa partir deste sábado, 26. O custo cairá de 2,0160 reais para 2,0096 reais por litro nas refinarias. É o quarto corte seguido no preço do combustível realizado pela companhia desde o início da greve dos caminhoneiros na segunda-feira. Nesta sexta-feira, o diesel está com o preço estável, mas com queda de 12% na comparação com o que era cobrado na segunda.

Após o acordo de trégua anunciado ontem pelo governo fracassar, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) realiza na manhã desta sexta-feira, 25, uma reunião, no Palácio do Planalto, com diversos ministros para avaliar o quadro real de paralisação de caminhoneiros no país, no quinto dia de mobilização. “Nós teremos uma reunião de avaliação para entender qual é o quadro efetivamente no país e as medidas necessárias para poder assegurar o abastecimento da população, que não pode pagar por essa paralisação”, disse o ministro-chefe do GSI, general Sérgio Etchegoyen.

No blog Maquiavel: Cidade de Betim, administrada por Vittorio Medioli (Podemos), está sem aulas nas escolas, sem combustível e com transporte público reduzido.
“Quero dar a minha solidariedade aos caminhoneiros que pararam o Brasil. É a medida mais acertada dos últimos dez anos. O Governo tem que entender. Se não entende com as boas, tem que entender com uma paralisação como essa o que tem que ser feito”, diz. Ele atacou, também, a direção da Petrobras: “Substituíram os corruptos pelos incompetentes”.
 Vittorio Medioli, prefeito de Betim, município em Minas Gerais
Vittorio Medioli, prefeito de Betim, município em Minas Gerais (Foto/Divulgação)

O Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimoto) convocou uma manifestação para a tarde desta sexta-feira, 25, contra o aumento no preço da gasolina. Além de São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal também devem aderir ao movimento. De acordo com o presidente do Sindimoto e presidente da Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais (Febramoto), Guilherme Almeida Santos, na próxima terça-feira a categoria fará uma paralisação em todo o país. A Febramoto representa motoboys nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Paraná, Alagoas e Pernambuco.

11:45 – Operadora de energia de São Paulo diz estar atuando para ‘minimizar impacto’
A AES Eletropaulo, operadora de energia do estado de São Paulo, informou que está realizando apenas serviços de emergência para tentar minimizar o impacto para a população.  A decisão é reflexo da greve dos caminhoneiros que atinge o abastecimento de combustível em todo o país.

Os impactos da greve dos caminhoneiros nas rodovias brasileiras chegaram aos Estados Unidos. O Departamento de Estado americano emitiu na quinta-feira um alerta de segurança em que recomenda a quem viajar para o Brasil estocar água e itens de uso domésticos. A nota também recomenda, entre outras ações, que viajantes chequem as condições de trânsito antes de viajar, contatem empresas aéreas para confirmar voos e revisem seus planos pessoais de segurança.
Equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil, o Departamento de Estado americano, usou o Twitter para transmitir a mensagem: “[Viajantes] considerem adotar medidas para garantir estoque adequado de itens para uso doméstico e água e conservar combustível para veículos nesse período”.

O acordo anunciado pelo governo na noite desta quinta-feira, 24, para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias não foi aceito pela categoria e um racha deixa o movimento sem uma liderança centralizada. Na reunião de ontem, os trabalhadores foram representados pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que concordou com a proposta do governo. Porém, sindicatos alegam que a entidade não respeitou o pleito dos profissionais e assinou a proposta mesmo contra a orientação dos sindicatos, que teriam ficado de fora da reunião, mas teriam apresentado as reivindicações para as lideranças.
“A CNTA assinou um acordo que não concordamos. Ela não nos representa”, diz o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Sul Fluminense, Francisco Wilde Bittencourt Ferreira. “O movimento continua e não vamos arredar o pé até que as nossas reivindicações sejam atendidas”, complementa.

10:43 – Prefeitura de Itapevi (SP) decreta que diesel só pode ser vendido para ambulâncias
O prefeito de Itapevi (SP), Igor Soares (Podemos), decretou na manhã desta sexta-feira, 25, que óleo diesel só possa ser vendido para veículos que atendam a área da saúde. “Em meio ao caos instalado no país, precisamos intervir com agilidade para que vidas sejam preservadas. Já temos um sistema de saúde no Brasil com muitas deficiências e não garantir o acesso ao básico seria o caminho para um caos generalizado, com mortes que poderiam ser evitadas”, justificou o prefeito.

Mais de 90% dos postos de gasolina no Rio estão sem combustível nesta sexta-feira (25). A estimativa é do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência (Sindcomb) da cidade.
De acordo com a entidade, postos com transportadores próprios tentaram levar caminhões para abastecer na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e trazer mais combustível pela manhã, mas foram impedidos pelos manifestantes.

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou que a segunda fase de seu exame de admissão, que estava prevista para o próximo domingo, 25, em todo o Brasil, foi adiada em virtude da greve dos caminhoneiros.
Em nota, a OAB afirmou que tomou a decisão “por constatar não haver condições de logística para a entrega e aplicação das provas de forma uniforme, com segurança, sigilo e eficiência em todo o território nacional”.

Motoristas de vans escolares de São Paulo aderiram à paralisação dos caminhoneiros nesta sexta-feira, 25, promovendo protestos. Motoristas saíram em carreatas em diversos pontos da cidade de São Paulo. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a maior concentração está nas marginais do Tietê e do Pinheiros.
Na Marginal do Pinheiros, altura da Ponte do Morumbi (zona sul), no sentido da Rodovia Castelo Branco, os motoristas de vans escolares ocupavam todas as pistas por volta das 9h30 e o tráfego estava bloqueado no local.
(Com Estadão Conteúdo)

As reservas de querosene de aviação no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília, acabaram na manhã desta sexta-feira, 25, segundo a concessionária Inframerica. A paralisação dos caminhoneiros, que chega ao quinto dia em todo o país, impede que o combustível chegue até o aeroporto. Dois voos precisaram ser cancelados no início desta manhã.
Todos os aviões que pousarem hoje no terminal aéreo e que necessitem de abastecimento ficarão em solo até o fornecimento de combustível no aeroporto ser normalizado. O contingenciamento do combustível no aeroporto já vinha ocorrendo desde a terça-feira, 22
 Píer de embarque e desembarque do Aeroporto de Brasília
Píer de embarque e desembarque do Aeroporto de Brasília (Aeroporto de Brasília/Divulgação)

greve dos caminhoneiros, que segue na manhã desta sexta-feira mesmo depois de um acordo com o governo federal, provoca bloqueios em estradas de 24 estados e do Distrito Federal, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Com exceção do Amazonas e do Amapá, todas as unidades federativas brasileiras estão com vias interditadas para a passagem de veículos de transporte de carga.
Ao todo, diz a PRF, são 562 bloqueios em todo o Brasil, por volta das 9h da manhã. O estado que concentra o maior número de interrupções é o Rio Grande do Sul, com 74 ocorrências. Na sequência aparecem o Paraná (69) e Minas Gerais (51). Na noite de quinta-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB), anunciou um acordo com representantes dos caminhoneiros.

08:29 – Paralisação de caminhoneiros afeta o transporte coletivo do interior paulista
Os efeitos da greve dos caminhoneiros afetam o transporte coletivo na manhã desta sexta-feira, 25, nas principais cidades do interior de São Paulo. Em Sorocaba, os terminais de embarque e áreas de transferência fecharam às 8h e 180 mil usuários ficaram sem transporte. Os ônibus devem voltar às ruas somente às 17h. Desde a madrugada, o movimento era reduzido porque muitas escolas suspenderam as aulas e algumas empresas deram folga a funcionários.
Em Campinas, as linhas de ônibus metropolitanos circulam com 50% da frota, num plano de contingência para economia de diesel. Havia, por volta das 8h, filas nos principais terminais e os ônibus circulam lotados.
Em Jundiaí, os ônibus também já circulam com 40% de redução na frota. Houve redução em horários e linhas em Ribeirão Preto.
Em São José dos Campos e São José do Rio Preto, os ônibus rodam com a frota reduzida entre os horários de pico. O consórcio que opera o transporte coletivo na Baixada Santista opera com 60% da frota.
(Com Estadão Conteúdo)

08:07 – Pontos de paralisação na Autopista Régis Bittencourt
Na Autopista Régis Bittencourt, que liga as cidades de São Paulo e Curitiba, a paralisação dos caminhoneiros ocorre em cinco pontos. Ao todo, são 13 quilômetros de lentidão. Circulam apenas veículos leves.

sábado, 19 de maio de 2018

Dilma Roussef, tornou-se um estorvo para o PT


INDESEJÁVEL Nem os próprios petistas querem que Dilma dispute as eleições (Crédito: Mauro Pimentel) Rudolfo Lago e Ary Filgueira

Dilma tentou ser candidata ao Senado por pelo menos sete Estados, mas em nenhum deles conseguiu guarida. Agora é rejeitada em Minas Gerais, onde nasceu e cujo governador é seu amigo de guerrilha. A ex-presidente se tornou um peso para o próprio partido 

Crédito: Mauro Pimentel


Ela virou um estorvo para o PT

O dicionário Aurélio assim define a palavra estorvo: “embaraço, dificuldade, obstáculo, estorvamento”. E, estorvo, foi no que a ex-presidente Dilma Rousseff se transformou dentro do PT e da política brasileira. No início do ano, ela convenceu-se de que precisava de um mandato parlamentar. Inicialmente para obter foro privilegiado, mas também para conseguir um palanque no qual pudesse defender o que fez em seu governo, se é que isso ainda é possível. Desde então, ela fez uma verdadeira via sacra pelo País, tentando viabilizar sua candidatura. Em todos os lugares por onde excursionou, tornou-se um “embaraço”, gerou “dificuldades”, criou “obstáculos”. Enfim, ninguém a deseja no palanque. Nem mesmo em Minas Gerais, o estado onde nasceu e que é governado pelo petista e seu amigo Fernando Pimentel. Até agora, a sua reivindicação de ser a candidata ao Senado por Minas não é exatamente uma solução para o combalido PT, mas novamente um estorvamento.

A mudança de entendimento do STF acerca do foro privilegiado chegou a desanimar Dilma. Pela nova compreensão, não há foro especial para crimes cometidos antes do mandato. Assim, caso ela venha a responder a algum processo, o mandato parlamentar não irá beneficiá-la. Mas ela foi convencida por amigos e assessores próximos a obter um posto no Congresso mesmo assim. Para ter um palanque mais fácil.
Um presente do Senado


Na verdade, trata-se de um inusitado presente que o Senado lhe deu, com a conivência do então presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Ao aprovar o impeachment de Dilma, o Senado fez uma interpretação esdrúxula da Constituição que, em seu artigo 52, defende que a punição para crimes de responsabilidade é a “perda do mandato, com inabilitação, por oito anos, do exercício da função pública”. O Senado ignorou o sentido associativo da preposição “com” e resolveu que Dilma poderia ter seu mandato cassado “sem” a perda dos direitos políticos. Daí porque ela pode disputar um mandato parlamentar.

“Agora, precisamos saber o que fazer com Dilma”, diz um deputado do PT mineiro, que prefere não se identificar para não criar mais polêmica. Ao indicar sua disposição de concorrer ao Senado por Minas, Dilma está provocando fortes dores de cabeça ao governador Fernando Pimentel. Amigo da ex-presidente desde os tempos em que os dois militavam na clandestinidade, no combate à ditadura militar, Pimentel viu a entrada de Dilma desmoronar todos os planos de aliança que ele vinha costurando. Por isso, o governador tenta demovê-la para preservar seus aliados.

Pimentel alinhava a manutenção da aliança que o levou a vencer a eleição para governador em 2014, tendo o MDB como parceiro. Na composição que vinha sendo acertada, ele teria como candidato na primeira vaga do Senado seu atual vice, Toninho Andrade, do MDB. Para o lugar de Toninho, negociava-se o empresário Josué Guimarães, filho de José Alencar, ex-vice de Lula, morto em 2011. A outra vaga para o Senado ficaria com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes. A entrada de Dilma atrapalhou os planos de Adalclever. O presidente da Assembleia deu o troco.

Desde o início do seu governo, Pimentel enfrenta acusações, que geraram pedidos de impeachment na Assembléia. Como aliado, Adalclever vinha segurando os processos. Após a entrada de Dilma, ele mudou o rumo. Aceitou um dos pedidos de impeachment, feito pelo advogado Mariel Márley Marra. O pedido acusa Pimentel de crime de responsabilidade por atraso de repasse de recursos aos municípios, para o orçamento do Legislativo e nos salários do funcionalismo. Agora, Adalclever segura a apreciação de recursos, adiando o julgamento. É a forma de pressão para que Pimentel tire Dilma da jogada.

Antes de se tornar um problema para Fernando Pimentel, Dilma foi rechaçada como alternativa pelo PT em diversos estados. ISTOÉ apurou bastidores dessas andanças. Sua opção inicial era o Rio Grande do Sul. Mas ela entendeu que ali teria poucas chances. Dilma perdeu para Aécio Neves, do PSDB, no Rio Grande do Sul em 2014. Além disso, ela poderia atrapalhar as chances do senador Paulo Paim (PT-RS), que tenta a reeleição. Com pequeno sucesso, ela testou suas chances no Tocantins e no Maranhão. No primeiro estado, faria dobradinha com a ruralista Kátia Abreu, do MDB, que, embora extremamente conservadora, tornou-se sua amiga. No Maranhão, poderia entrar na chapa da reeleição do atual governador Flávio Dino, do PCdoB. Tentou também, sem êxito, Pernambuco.

Dois estados nordestinos, porém, animaram Dilma antes dela optar por Minas Gerais: Piauí e Ceará. No Piauí, o próprio governador Wellington Dias, do PT, tratou de demovê-la. Para tentar a reeleição, Wellington aliou-se ao MDB e ao PP. O vice na chapa de Wellington deverá ser o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho. Para o Senado, uma das vagas deverá ser do atual senador e presidente do PP, Ciro Nogueira, candidato à reeleição.


SAI FORA O senador Eunício Oliveira (MDB-CE) não pode nem ouvir falar no nome de Dilma para uma aliança no Ceará (Crédito:Adriano Machado)


A própria Dilma chegou a torcer mais tarde o nariz para a possibilidade. Disse não se sentir à vontade dividindo o palanque com Ciro, um dos que defenderam seu impeachment. Avaliou-se, porém, que Ciro também não aceitaria essa parceria. “Hoje, Wellington depende de Ciro Nogueira e vice-versa. Nem Ciro se elege sem Wellington e nem Wellington se elege sem Ciro”, disse a fonte. Dilma desceu no mapa e foi tentar o Ceará.

“Aqui não”

A reação do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), à possibilidade de Dilma ser candidata ao Senado pelo Ceará, foi imediata. “Aqui, não”, disse Eunício. De acordo com um parlamentar próximo a Dilma, a idéia inicial da ex-presidente era fazer uma dobradinha com Cid Gomes, irmão do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. Cid e Dilma disputariam as duas vagas ao Senado pelo Estado. O problema é que o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), costura aliança com o MDB, tendo Eunício para uma das vagas de senador. Após as primeiras conversas, o próprio Cid vem demonstrando hesitação em sair candidato ao Senado. Considera concorrer à Câmara e ter mais tempo para ajudar na campanha de Ciro. Mesmo assim, Camilo procura manter a vaga para o PDT.

Dilma tentou engatar aliança com Cid Gomes no Ceará, mas até o ex-presidente Lula foi contra, antes de ser preso. Ele temia que a candidatura dela prejudicasse o PT no Estado

Ao final, a alternativa cearense de Dilma acabou barrada pelo próprio Lula, em decisão tomada antes de virar presidiário em Curitiba. “Lula ficou com medo dessa aproximação de Dilma com Ciro e Cid Gomes”, diz o parlamentar amigo de Dilma. Aos petistas do Ceará, porém, Lula disse temer pelo desmoronamento da aliança feita por Camilo Santana para buscar sua reeleição. “Isso vai dar mais problema que solução”, disse Lula, ao desarticular o movimento. Dois anos depois de deixar o poder, Dilma virou um fardo que ninguém quer carregar.

by VEJA

domingo, 8 de abril de 2018

Lula e o Brasil que virá - Prisão do ex-presidente pode mudar a 'ideia', como ele diz, de um país sem lei


Eram cerca de 18h40 do dia 7 de abril de 2018 quando o ex-presidente Lula passou a ser o cidadão Luiz Inácio da Silva. Conduzido pela Polícia Federal para cumprir pena de mais de doze anos de prisão pelos crimes desvendados pela Operação Lava Jato, o petista vai responder pela condenação — outras ações penais estão em curso — como os milhões de brasileiros que ele afirmou  no seu teatral “showmissa”, ter colocado na universidade, tirado da miséria e que passaram a se deslocar de avião na década passada. Pelo céu, aliás, Lula foi transferido de São Paulo para Curitiba num helicóptero como nenhum dos brasileiros que ele citou jamais teria tamanho translado do chão de fábrica. Os “engravatados”, donos das maiores empreiteiras do país, com quem ele se locupletou, foram alvos das bravatas do “nós contra eles”, assim como — sempre — a “culpada” imprensa.


Sobre a prisão do mais importante mandatário da Nação na história democrática por crime comum, os livros lembrarão. E não se trata de crime político, mas sim por corrupção e lavagem de dinheiro — e vai além de uma foto. É educativa e sistólica. Se o ex-metalúrgico que criou um dos maiores partidos do Brasil, eleito e reeleito com índices de aprovação jamais vistos levou ao poder quem quis e foi capaz de governar com políticos que deveriam estar na cela ante dele está preso… Isso, talvez, seja um alento. Amanhã, o brasileiro vai pensar duas vezes antes de furar a fila do banco e da farmácia, antes de tentar driblar o Imposto de Renda e enganar o vizinho. Seria otimista demais pensar que o país acordou e cresceu. Mas a prisão do homem que diz “não ser mais um ser humano, mas uma ideia”, deixa, de fato, uma ideia: a lei e a ordem no Brasil, pela primeira vez no período democrático, prevaleceram — apesar do deboche de Lula ao atrasar em 26 horas sua prisão.

Será uma noite dura para Lula. Mas também será para Renan, Jucá, Sarney, Eunício, Aécio e quem mais sempre esteve acostumado com a “ideia”. A “ideia”, mudou, tomara e para sempre.

FIM DE UMA ERA? - Lula é preso após 26 horas da decisão de Moro (Veja.com/VEJA.com)

LULA PRESO - Ex-presidente chega à sede Polícia Federal em Curitiba para cumprir sua pena de 12 anos e um mês



Depois de mais de 48 horas da expedição do decreto de prisão pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Lula, condenado pela Operação Lava Jato, se entregou à Polícia Federal pouco antes das 19 horas de sábado, 7. Ele deixou o prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e seguiu para a superintendência da PF em Curitiba, onde cumprirá pena de 12 anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá.
Após chegada na capital paranense, Lula foi conduzido de helicóptero à superintendência da Polícia Federal, onde permanece em uma cela especial na cobertura do prédio. Manifestantes favoráveis ao petista entraram em conflito com policiais. Oito pessoas ficaram feridas, três precisaram ser hospitalizadas. 
Gleisi Hoffmann, presidente do partido, se reuniu com chefe da PF para discutir presença de simpatizantes ao petista no perímetro da sede da superintendência.
Em último discurso, Lula convocou os aliados a se tornarem "milhões de Lulas pelo País". “Não adianta eles tentarem me parar. Eu não vou parar porque não sou ser humano, sou uma ideia e estou com vocês", disse.

O ex-presidente tentou deixar o prédio às 17 horas, mas foi impedido por militantes contrários à rendição. Eles gritavam "cercar, cercar e não prender", enquanto dirigentes do PT pediam que saíssem dos portões do sindicato.
( O Estadão)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Casos de Família! - O apelido de cada um na lista "Fachin", na Planilha da Odebrecht.


Casos de Família!


A lista abaixo tomou como base os vídeos e documentos das delações premiadas de executivos da Odebrecht. Políticos citados na chamada "lista de Fachin" negam as irregularidades.
Confira os apelidos e a quem se referem:
  • Abelha - Francisco Appio, ex-deputado estadual (PP-RS)
  • Acelerado - Eduardo Siqueira Campos (DEM-TO)
  • Aço - Wellington Magalhães, vereador (PTN-MG)
  • Adoniran - Braz Antunes Mattos Neto, vereador (PSD-SP)
  • Anão - Antonio Carlos Magalhães Neto, prefeito (DEM)
  • Alba - Tiago Correia, vereador (PSD-BA)
  • Alemão - Carlos Todeschini (PT-RS)
  • Alemão - Valdir Raupp (PMDB-RO)
  • Aliado ou Gremista - Marco Maia, deputado federal (PT-RS)
  • Amante ou Coxa - Gleisi Hoffmann, senadora (PT-PR)
  • Amarelou - Durval Amaral, presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR)
  • Amigo - Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente (PT-SP)
  • Amigo C - Paulo Câmara, vereador (PSDB-BA)
  • Angorá, Bicuíra ou Fodão - Eliseu Padilha, ministro (PMDB-RS)
  • Aquático - João Fischer (Fixinha), deputado estadual (PP-RS)
  • Aracaju - Aloizio Mercadante (PT-SP)
  • Asfalto - Jaime Martins, deputado federal (PSD-MG)
  • Aspirina - Angela Amin, ex-prefeita (PP-SC)
  • Atleta - Renan Calheiros (PMDB-AL)
  • Atravessador - Alcebíades Sabino, ex-deputado estadual (PSC - RJ)
  • Avião - Manuela D'Ávila, deputada federal (Pc do B-RS)
  • Azeitona - José Fernando de Oliveira, ex-deputado (PV-MG)
  • Babão - Iris Rezende, prefeito (PMDB-GO)
  • Babel - Geddel Vieira Lima, ex-ministro (PMDB-BA)
  • Babosa - Paulo Alexandre Barbosa, prefeito (PSDB-SP)
  • Baianinho - Paulo Hartung, governador (PMDB-ES)
  • Baixada - Manoel Neca (PP)
  • Balzac - Yeda Crusius, deputada federal (PSDB-RS)
  • Barão - Carlin Moura, ex-prefeito (PC do B-MG)
  • Barbie ou Belo Horizonte - Marta Suplicy, senadora (PMDB-SP)
  • Barrigudo - Fabio Ramalho, deputado federal (PMDB-MG)
  • Batalha ou Chorão - Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB (PSDB-PE)
  • Bateria - Maria do Carmo Lara Rezende, ex-prefeita (PT-MG)
  • Belém ou M&M - Geraldo Alckmin, governador (PSDB-SP)
  • Benzedor - João Paulo Papa, deputado federal (PSDB-SP)
  • Bico - Geraldo Júnior, secretário municipal (SD-BA)
  • Bitelo - Lúcio Vieira Lima, deputado federal (PMDB-BA)
  • Biscoito - Sandro Mabel, ex-deputado federal (PR-GO)
  • BMW ou Manso - Beto Mansur, deputado federal (PRB-SP)
  • Boa Vista - Paulinho da Força, deputado (SD-SP)
  • Boca mole - Heráclito Fortes, deputado federal (PSB)
  • Bocão - Sandro Boka, ex-deputado (PMDB-RS)
  • Boiadeiro - João Paulo Rillo, deputado estadual (PT-SP)
  • Bolinha ou Pescador - Anthony Garotinho, ex-governador (PR-RJ)
  • Bonitão ou Garanhão - Fabio Faria, deputado (PSD-RN)
  • Bonitão, Pavão, Bonitinho, Velho, Casa de Doido - Julio Lopes, deputado federal (PP-RJ)
  • Bonitinho - Robinson Faria, governador (PSD-RN)
  • Boquinha - Sérgio Borges, ex-deputado (PMDB-ES)
  • Botafogo ou Déspota - César Maia, ex-prefeito do Rio (DEM-RJ)
  • Botafogo - Rodrigo Maia, presidente da Câmara (PMDB-RJ)
  • Buzu - Henrique Carballal, vereador (PV-BA)
  • Brasília - Fernando Capez, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Brigão, Piloto - Beto Richa, governador (PSDB-PR)
  • Bronca - Paulo Rubem Santiago, ex-deputado (PSOL-PE)
  • Bruto - Raul Jungmann, ministro (PPS-PE)
  • Caim - Osmar Dias, ex-senador (PDT)
  • Caju - Romero Jucá, senador (PMDB-RR)
  • Candomblé - Edvaldo de Brito, vereador (PSD-BA)
  • Campinas - Francisco Chagas, ex-vereador (PT-SP)
  • Caldo - Blairo Maggi, ministro (PP-MT)
  • Calvo - Pablito, ex-vereador (PSDB-MG)
  • Campari - Gim Argello, ex-senador (PTB-DF)
  • Canário - Esmael de Almeida, deputado estadual (PMDB-ES)
  • Carajás - Arnaldo Jardim, secretário estadual (PPS-SP)
  • Carmem - Fabiano Pereira, ex-deputado (PSB-RS)
  • Caranguejo - Eduardo Cunha, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Carrossel - Rosalba Ciarlini, prefeita (PP-RN)
  • Castor - Rodrigo de Castro, deputado federal (PSDB-MG)
  • Cavanhaque - Helder Barbalho, ministro (PMDB-PA)
  • Centroavante - Renato Casagrande, ex-governador (PSB-ES)
  • Cérebro - Mendes Ribeiro Filho, ex-deputado (PMDB-RS)
  • Cerrado - Ciro Nogueira, senador (PP-PI)
  • Chaveiro - José Chaves, ex-deputado (PTB-PE)
  • Chefe Turco, Kibe ou Projeto - Gilberto Kassab, ministro (PSD-SP)
  • Chorão - Pedro Eurico, secretário estadual (PSDB-PE)
  • Cintinho - Mauro Lopes, deputado (PMDB-MG)
  • Cobra - Wilma de Faria, vereadora (PT do B-RN)
  • Colorido - Fábio Branco, secretário estadual (PMDB-RS)
  • Coluna - Ana Amélia Lemos, senadora (PP-RS)
  • Comprido - Agnelo Queiroz, ex-governador (PT-DF)
  • Comuna - Daniel Almeida, deputado federal (PC do B-BA)
  • Conquistador - Dalírio Beber, senador (PSDB-SC), e Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau (PSDB-SC)
  • Contador - Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT (PT-RS)
  • Contas - Arselino Tatto, vereador (PT-SP)
  • Correios - Alexandre Postal, deputado estadual (PMDB-RS)
  • Crusoé - Robson de Lima Apolinário, ex-deputado suplente (PDT-SP)
  • Cruzeiro do Sul - Barros Munhoz, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Curitiba - Roberto Freire, ministro (PPS-SP)
  • Da Casa - Alberto Pinto Coelho, ex-governador (PP-MG)
  • Da hora - Carlos Melles, deputado federal (DEM-PR)
  • Decodificado - Luiz Carlos Hauly, deputado federal (PSDB/PR)
  • Decrépito - Paes Landim, deputado federal (PTB-PI)
  • Dengo - Antonio Anastasia, senador (PMDB-MG)
  • Dentada - Gustavo Correa , deputado estadual (DEM-MG)
  • Dentuço - Gustavo Fruet, ex-prefeito de Curitiba (PDT-PR)
  • Desesperado - Germano Rigotto, ex-governador (PMDB-RS)
  • Diamante - Paulo Abi Ackel, deputado federal (PSDB-MG)
  • Disco - Luiz Paulo Correa da Costa, deputado estadual (PSDB-RJ)
  • Diplomata - Hugo Napoleão, ex-governador (PSD-PI)
  • Do reino - Fernando Pimentel, governador (PT-MG)
  • Doutor - Juarez Amorim (PPS-MG)
  • Drácula - Humberto Costa, senador (PT-PE)
  • Duro - Ricardo Ferraço, senador (PSDB-ES)
  • Educador - Paulo Henrique Lustosa, deputado federal (PP-CE)
  • Ema - Lúdio Cabral, ex-vereador (PT-MT)
  • Enteado - José Otávio Germano, deputado federal (PP-RS)
  • Escuro - Marco Alba, prefeito (PMDB-RS)
  • Escritor - José Sarney (PMDB), ex-presidente
  • Esquálido - Edison Lobão, senador (PMDB-MA)
  • Eva - Adão Vilaverde, deputado estadual (PT-RS)
  • Fantasma - Ideli Salvatti, ex-ministra (PT-SC)
  • Fazendão - Elbe Brandão, deputada estadual (PSDB-MG)
  • Feia - Lídice da Mata, senadora (PSB-BA)
  • Feio ou Lindinho - Lindbergh Farias, senador (PT-RJ)
  • Ferrari ou Grisalhão - Delcídio do Amaral, ex-senador (MS)
  • Filhinho ou Filinho ou Gordo - Dimas Fabiano Jr., deputado federal (PP-MG)
  • Filho - Paulo Bornhausen, ex-deputado (PSB-SC)
  • Filho do reino - Luciano Rezende, prefeito (PPS-ES)
  • Filhote - Luiz Paulo Vellozo, ex-prefeito (PSDB-ES)
  • Filósofo - Paulo Bernardo, ex-ministro
  • Fino - Bruno Siqueira, prefeito (PMDB-MG)
  • Flamengo - Adrian Mussi, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Fodinha - Frederico Antunes, deputado estadual (PP-RS)
  • Fósforo - Tarcísio Caixeta, vereador (PC do B-MG)
  • Fragmentada - Weliton Prado, deputado federal (PMB-MG)
  • Frances - Célio Moreira, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Garoto - Otávio Leite, deputado federal (PSDB-RJ)
  • Goleiro - Paulo Magalhães Júnior (PV-BA)
  • Gordo - Pimenta da Veiga (PSDB-MG) e Antonio Anastasia, senador (PSDB-MG)
  • Grego - Jorge Piciani, deputado estadual (PMDB-RJ)
  • Grenal - Valdir Andres, ex-prefeito (PP-RS)
  • Gripe - Cesar Colnago, vice-governador (PSDB-ES)
  • Gripado ou Pino - José Agripino, senador (DEM-RN)
  • Grisalho - Arlindo Chinaglia, deputado (PT-SP)
  • Grosseiro - Plauto Miró, deputado estadual (DEM-PR)
  • Guarulhos - Carlos Zarattini, deputado federal (PT-SP)
  • Guerrilheiro - José Dirceu, ex-ministro (PT), ou João Vaccari, ex-tesoureiro do PT
  • Igreja - Bernardo Santana, deputado (PR-MG)
  • Inca - Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados (DEM-RJ)
  • Índio - Eunício de Oliveira, presidente do Senado (PMDB-CE)
  • Inferno - Ronaldo Santini, deputado estadual (PTB-RS)
  • Itabuna - Campos Machado, deputado estadual (PTB-SP)
  • Itacaré - Celso Russomanno, deputado federal (PRB-SP)
  • Italiano - Audifax Barcelos, prefeito (Rede-ES)
  • Italiano - Antonio Palocci, ex-ministro (PT-SP)
  • Itambé - Edinho Silva, prefeito (PT-SP)
  • Itatiaia - José Maria Eymael (PSDC-SP)
  • Itumbiara - Edson Aparecido dos Santos (PSDB-SP)
  • Jacaré - Jader Barbalho, senador (PMDB-PA)
  • Jangada - Luiz Carlos Busato, deputado federal (PTB-RS)
  • João Pessoa - Vicentinho, deputado federal (PT-SP)
  • Jogador - Márcio Reinaldo, prefeito (PP-MG)
  • Jornalista - Elismar Prado, deputado estadual (PDT-MG)
  • Jovem - Adolfo Viana, deputado estadual (PSDB-BA)
  • Jujuba - Bruno Araújo, ministro (PSDB-PE)
  • Justiça - Renan Calheiros, senador (PMDB-AL)
  • Kimono - Artur Virgílio, prefeito (PSDB-AM)
  • Lagarto ou Largato - Gil Pereira, deputado estadual (PP-MG)
  • Lamborghini - Luiz Fernando T. Ferreira, deputado estadual (PT-SP)
  • Lento - Garibaldi Alves, senador (PMDB-RN)
  • Lima - Luiz Fernando Faria, deputado federal (PP-MG)
  • Louro - João Alves Filho, ex-prefeito (DEM-SE)
  • Macapá - Ricardo Montoro, ex-deputado estadual (PSDB-SP)
  • Machado - Kátia Abreu, senadora (PMDB-TO)
  • Maçaranduba - Ivo Cassol, senador (PP-RO)
  • Magma - Guilherme Lacerda (PT-ES)
  • Manaus - Aloysio Nunes, ministro (PSDB-SP)
  • Masculina - Iriny Lopes, ex-deputada federal (PT-ES)
  • Médico - Colbert Martins Filho, vice-prefeito (PMDB-BA)
  • Menino da floresta - Tião Viana, senador (PT-AC)
  • Mercedes - Edinho Bez, ex-deputado federal (PMDB-SC)
  • Metalúrgico - Nilmário Miranda, secretário estadual (PT-MG)
  • Mineirinho - Aécio Neves, senador (PSDB-MG)
  • Misericórdia - Antônio de Brito, deputado federal (PSD-BA)
  • Missa - José Carlos Aleluia, deputado federal (DEM-BA)
  • Moleza - Jutahy Magalhães, deputado federal (PSDB-BA)
  • Montanha - Marcos Montes, deputado federal (PSD-MG)
  • Montanha - Paulo Pimenta, deputado federal (PT-RS)
  • Musa - Ana Paula Lima, deputada estadual (PT-SC)
  • Navalha - Arlete Magalhães, deputada estadual (PV-MG)
  • Navalha - Wellington Magalhães, vereador (PTN-MG)
  • Navegante - José Anibal, ex-senador (PSDB-SP)
  • Natal - José Genoíno, ex-presidente do PT (PT-SP)
  • Nervosinho - Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio (PMDB-RJ)
  • Neto - Eduardo Campos, ex-governador (PSB-PE)
  • Novilho ou Charada - Fernando Bezerra, senador (PSB-PE)
  • Novo - Max Filho, prefeito de Vila Velha (PSDB-ES)
  • Nulo ou Duro - Ricardo Ferraço, senador (PSDB-ES)
  • Oxigênio - Hudson Braga, secretário de obras do RJ
  • Padre - Josenildo Sinésio, ex-vereador de Recife (SD-PE)
  • Padrinho - Eduardo Azeredo, ex-governador de MG (PSDB-MG)
  • Palmas - Vicente Candido, deputado (PT-SP)
  • Parente - André Vargas, ex-deputado federal por SC (sem partido)
  • Paris - Márcio França, vice-governador de SP (PSB-SP)
  • Parreira - José Roberto Arruda, ex-governador (ex-DEM)
  • Passadão ou Triângulo - Jorge Bittar, ex-deputado federal (PT-RJ)
  • Patati ou Padeiro - Marconi Perillo, governador (PSDB-GO)
  • Pavão ou Velhos - Julio Lopes, secretário de transportes (PP-RJ)
  • Pavão - Ivar Pavan, ex-deputado estadual (PT-RS)
  • Pelé - Nelson Pellegrino, deputado federal (PT-BA)
  • Pequeno - Sérgio Aquino, candidato a prefeito de Santos (PMDB-SP)
  • Persa - Ayrton Xerez, ex-deputado federal (DEM-RJ)
  • Pescador - Zeca do PT, deputado federal (PT-MS)
  • Polo - Jaques Wagner, ex-governador (PT-BA)
  • Ponta Porã ou Corredor - Duarte Nogueira, prefeito (PSDB-SP)
  • Pós-italiano ou Pós-itália - Guido Mantega, ex-ministro
  • Poste - Marcio Lacerda, ex-prefeito (PSB-MG)
  • Praia - Ademar Traiano, deputado estadual (PSDB-PR)
  • Primo - Moreira Franco, ministro da secretaria geral da presidência (PMDB-RJ)
  • Princesa - Cida Borghetti, vice-governadora do PR (PP-PR)
  • Prosador - Cássio Cunha Lima, senador (PSDB-PB)
  • Protegida - Lorena de Fátima Arrué Dias, candidata (PSDB-RS)
  • Proximus - Sérgio Cabral, ex-governador do RJ (PMDB-RJ)
  • Proximus - Luiz Fernando Pezão, governador do RJ (PMDB-RJ)
  • Rasputinzinho - Bernardo Ariston, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Ribeirão Preto - Roberto Massafera, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Rio - Marcelo Nilo, deputado estadual (PSL-BA)
  • Roberval Taylor - Mário Kertesz, ex-prefeito (PMDB)
  • Roxinho - Fernando Collor, senador (PTC-AL)
  • Sábado - Domingos Sávio, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Santo André - João Paulo Cunha, ex-deputado (PT-SP)
  • Sapato - Alexandre Passos, ex-presidente da Câmara de Vitória (PT-ES)
  • Segundo - Juarez Amorim (PPS-MG)
  • Silo - Alexandre Silveira, secretário estadual de saúde (PSD-MG)
  • Solução - Maria do Rosário, deputada federal (PT-RS)
  • Soneca - Waldir Pires, (PT-BA)
  • Suíça - Rodrigo Garcia (DEM-SP)
  • Teco - Tico Lacerda (PDT-SC)
  • Timão - Andrés Sanchez, deputado federal (PT-SP)
  • Tio - Gustavo Valadares, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Todo Feio e Cunhado - Inaldo Leitão (sem partido)
  • Trincaferro - Beto Albuquerque, deputado federal (PSB-RS)
  • Tuca - Arthur Maia, deputado federal (PPS-BA)
  • Vaqueiro - Ronaldo Caiado, senador (DEM-GO)
  • Verdinho - André Correa, deputado estadual (PSD/RJ)
  • Viagra - Jarbas Vasconcelos, deputado federal (PMDB-PE)
  • Vizinho - José Serra, senador (PSDB-SP)
  • Wanda - Antonio Andrade, vice-governador (PMDB-MG)
  • Zagueiro - Júlio Delgado, deputado federal (PSB-MG)
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