sábado, 26 de novembro de 2016

Cubanos em Miami comemoram morte de Fidel Castro


Exilados fazem festa em Little Havana

Por Da Redação

(Reprodução ABC News)

Dezenas de cubanos se reuniram na madrugada deste sábado com bandeiras de seu país e dos Estados Unidos nos arredores do restaurante Versailles, no bairro de Little Havana, em Miami, após tomarem conhecimento da morte de Fidel Castro, líder da revolução que levou milhares de pessoas a fugir de Cuba desde 1959.

O famoso restaurante foi palco de celebrações semelhantes cada vez que se intensificavam rumores da morte de Fidel, e de protestos e reuniões dos exilados em Miami.

+ 33 fotos que contam a trajetória de Fidel Castro

Muitos sorriam para as câmeras, outros choravam da emoção e alguns bebiam champanhe diretamente da garrafa sem se importar com a presença de curiosos.

A notícia da morte de Fidel Castro foi dada por seu irmão Raúl Castro, atual presidente de Cuba, pouco antes da meia-noite, por isso muitos miamenses de origem cubana ainda não souberam.

A famosa rua 8 de Miami, a avenida principal da região chamada Little Havana, teve o tráfego interrompido porque muita gente foi para o asfalto.

+ 10 fatos sobre Fidel Castro, morto aos 90 anos

Ramón Saúl Sánchez, líder da organização do exílio cubano Movimento Democracia, lamentou hoje que a morte de um “tirano” – como definiu Fidel Castro – não signifique “a liberdade do povo de Cuba”.

“É a maior tristeza que tenho em meu coração”, afirmou à Agência Efe o ativista.

Fidel Castro morreu aos 90 anos às 22h29 de sexta-feira (hora local; 1h29 de sábado em Brasília), informou seu irmão, o presidente Raúl Castro, em pronunciamento na rede de televisão estatal.

O corpo do líder histórico da Revolução Cubana será cremado, “atendendo sua vontade expressa”, explicou Raúl, bastante emocionado.

(Efe)

Morre aos 90 anos Fidel Castro, ex-presidente de Cuba

Líder cubano morreu na noite de sexta-feira (25), em Havana. 


Raúl Castro fez anúncio oficial na TV estatal cubana.

Do G1, em São Paulo



Fidel Castro foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas (Foto: Adalberto Roque/AFP)


O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, morreu na noite de sexta-feira (25), aos 90 anos, na capital Havana, segundo a TV estatal cubana. A morte do líder cubano também foi informada pela rede de televisão norte-americana CNN.

Segundo a agência EFE, a morte do líder cubano foi confirmada por Raúl Castro, irmão de Fidel e presidente da ilha cubana.

Castro morreu às 22h29 e o corpo do ex-presidente de Cuba será cremado, "atendendo a seus pedidos", informou Raúl, na TV estatal.

Informações sobre o funeral serão divulgadas em breve.

A última vez que Fidel foi visto publicamente foi em 15 de novembro, quando recebeu o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang.

Em agosto, a festa de aniversário de 90 anos de Fidel Castro reuniu mais de 100 mil pessoas na capital cubana. Aposentado há 10 anos, Fidel Castro era praticamente inacessível. Só recebia visitas esporádicas de personalidades em sua casa em Havana.

Ainda mais escassas são suas aparições públicas ou fotos tiradas recentemente. Uma presença discreta que contrastava com as cinco décadas em que esteve à frente da ilha, exercendo um comando onipresente antes de ficar doente e ceder o poder a seu irmão Raúl.

Gerações de cubanos cresceram com a imagem e presença próxima de Fidel, o mesmo que pregou sua rejeição ao "culto à personalidade".

O revolucionário tinha 32 anos quando entrou triunfante em Havana. Era 1959, usava barba e uniforme e vinha da derrota de um exército de 80 mil homens contra uma guerrilha que em seu pior momento contou com 12 homens e sete fuzis.

Sem passado militar, Castro expulsou do poder o general e ditador Fulgêncio Batista, na luta que começou com o fracasso da tomada do quartel Moncada, em 1953.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

House Party: o pesadelo dos pais


Se você é pai de adolescente, consideramos obrigatória a leitura desse texto sobre as festinhas "inocentes" que acontecem de tarde.

by 
Adriana Furlan




Eles chamam apenas de HP.


Vou em uma HP na casa do Flávio, vou em uma HP no prédio da Maria, não importa o nome, é sempre alguém conhecido do colégio, ou amigo de amigo. Geralmente, o horário é das 16 às 23 hs, um horário até que confortável. Você leva, você busca. Parece inofensivo, mas não é. Eles sempre dizem que vai ter um pai ou adulto junto. Mentira. E, todo o mundo vai, desde a amiga santinha até as mais “saidinhas”. 

Tenho uma filha adolescente, de 14, e é um ritual, todas vem se arrumar em casa, felizes e amáveis. Usam roupas até que normais e vão. Vão até o banheiro do lugar, levam micro-shorts na mochila e aí começa. A idade varia, desde 12 (pasmem) até 18 ou mais, no caso dos meninos.

Sei disso porque um dia fui levar um grupo em uma HP, numa casa no Morumbi e (instinto de mãe), resolvi entrar. Tinha segurança na porta, que depois de muita conversa me liberou, ameacei chamar a polícia. Quis falar com os pais, os donos da casa, e me disseram que eles já chegariam.

Quando entrei, me deparei com o pior pesadelo de uma mãe. Cheiro de maconha, copos de plástico com vodka, todas as meninas dançando, agachando até o chão e os meninos mal conseguiam andar. A dança parecia cena de sexo explícito, mas com roupa. Ouvi um grito, olhei. Uma garota de uns 12 anos, não passava disso, poderia ser até menos, bem magrinha, caiu no chão com tudo de fora e os garotos jogavam bebida nela como se fosse urina e ela ria e ria….Ninguém ajudou a levantar, ela ficou um tempo ali, achando o máximo. Nunca mais deixei minha filha ir a nenhuma HP.

Não era um baile funk da favela, eram filhos como os nossos. Foi no Morumbi. Essas eventos perigosos acontecem também em muitos condomínios de Alphaville, onde eu moro. E tem toda semana. Se você têm filhos adolescentes, fique de olho!

Já fomos adolescentes e com certeza aprontamos muito. Mas, o que está acontecendo agora é diferente, como se não existisse o certo e errado, o medo, o amor próprio.

Pais, não liberem a casa ou salão de prédio para seus filhos sem supervisão. Não dá. Acho que a maioria de nós conversamos, aconselhamos etc… Mas os hormônios falam mais alto.

Não dá para prender….Eles podem dizer que vão a casa de um amigo e ir para uma HP. Como saberemos? Por isso a responsabilidade é dos pais e de mais ninguém.


Adriana Furlan é jornalista, mãe de dois adolescentes.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Moro pede galeria inteira de presídio para novos presos da Lava Jato; são pelo menos 80 vagas. Por Kiko Nogueira


por : Kiko Nogueira



A entrada do Complexo Médico Penal do Paraná, onde estão os presos da Lava Jato

Sérgio Moro pediu toda uma galeria do Complexo Médico Penal de Pinhais, o CMP, na região metropolitana de Curitiba, para presos da Lava Jato.

A ordem é que ela seja preparada entre os dias 21 e 25 de novembro. Um mutirão está sendo organizado para atender o juiz. Detentos serão remanejados. A maioria é formada por idosos e cadeirantes.


Até o final de outubro, havia onze encarcerados ali na operação comandada por Moro. São 94 pessoas no total. Portanto, ele quer pelo menos 80 vagas.

Os “clientes especiais”, apelido dado por um carcereiro, incluem José Dirceu, o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, o ex-deputado do PP Pedro Corrêa e José Carlos Bumlai. Dirceu já elogiou a polenta servida no marmitex.

Marcelo Odebrecht mudou-se para a carceragem da Polícia Federal, onde está Eduardo Cunha.

Passaram também pelo local executivos da OAS, Mendes Júnior, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia, libertados por decisão do Supremo Tribunal Federal no final de abril e atualmente em regime domiciliar.

Cada cela tem espaço para três prisioneiros. A cama é de cimento, o banho é coletivo, de água fria, e as necessidades são feitas num buraco no chão conhecido como “boi”. Ao lado dele, fica um tanque.


Cela da Lava Jato

O CMP inteiro tem cerca de 740 detidos espalhados em seis galerias, além de uma ala feminina — onde esteve Mônica Moura, mulher de João Santana. Mônica recebeu uma Bíblia, que lia em voz alta.

A demanda de Moro indica que a Lava Jato terá uma aceleração nos próximos dias. Internamente, há uma apreensão sobre a presença de Lula entre os próximos alvos.

Na semana passada, o diretor do presídio, Roberto da Cunha Saraiva, foi afastado. Ele vinha se queixando de que não havia condições de abrigar Lula.

Saraiva costumava ponderar sobre a segurança deficiente do lugar. Os muros, de acordo com ele, não teriam como segurar uma invasão do MST, por exemplo. Seu substituto é Jeferson Domingues Walkiu, que, conforme apurou o DCM, “faz o que mandam fazer”.

As instalações são antigas e não estão nas melhores condições. O antigo Manicômio Judiciário foi inaugurado em janeiro de 1969, mudando o nome para Complexo Médico-Penal do Paraná em dezembro de 1993.

O formato, visto de cima, é o de uma metralhadora, como apontou o jornalista Fernando Rodrigues. Pode se transformar numa bomba.



O presídio, em imagem do Google

Sérgio Moro quebrou o retrovisor da justiça brasileira

MORO CONSTRANGE STF A CADA PRISÃO DA LAVA JATO – Artigo assinado pelo jornalista Jorge Oliveira e publicado originalmente no site Diário do Poder


Maceió – Sérgio Moro está fazendo escola. Antes um cavaleiro solitário visto com desconfiança pelos mais céticos que não acreditavam na evolução da Lava Jato, Moro virou celebridade, um exemplo para a magistratura brasileira, mas um transtorno para os ministros do Supremo Tribunal Federal. Enquanto em menos de dois anos, o juiz paranaense condenou políticos e empresários as mais severas penas, os ministros do STF continuam batendo boca em público. Brigam entre eles para impor suas ideias e levam para às ruas a roupa suja que deveriam lavar em casa.

Dormem em berço esplêndido na principal Corte do país dezenas de processos envolvendo políticos que sequer foram analisados. Um caso exemplar de leniência é o do Paulo Maluf. Procurado em mais de 100 países do mundo, com fotos estampadas nas telas dos computadores dos aeroportos internacionais, o deputado federal, que representa São Paulo, continua impune. Insisti em dizer que é inocente, mas o dinheiro resgatado nas contas lá fora é dele e da família. Se tivesse caído nas mãos do Moro, jamais teria saído da cadeia quando foi preso pela primeira vez.

Ninguém se entende no principal tribunal do país. Quando dois ministros deixam de discordar nos autos para colocarem suas divergências em público é porque existe uma desordem jurídica lá dentro. Gilmar Mendes não se conforma com a decisão casuística de Lewandowski em não cassar os direitos políticos da Dilma depois da votação do impeachment que a afastou da presidência. Discutem na Praça dos Três Poderes como vizinhos malcriados de ponta de rua. Na verdade, a Corte, que deveria ser a guardiã da nossa Constituição, está contaminada. Seus ministros parecem influenciados pelos políticos que os apadrinharam, restringindo suas ações lá dentro.

É por causa disso que eles não agem com autonomia e isenção quando têm que decidir sobre um processo que envolve um dos seus padrinhos. Não é o caso de Moro, um juiz concursado, qualificado, com cursos no exterior. Os ministros do STF não se reciclam. Burocratizam-se quando vestem a toga e dali só saem para um pijama. É assim e assim será enquanto não se mudar esse modelo de decisão monocrática de escolha dos membros do STF que aceita nos seus quadros até advogado reprovado em concurso de juiz.

Sérgio Moro quebrou o retrovisor da justiça brasileira. Está indicando outro caminho para o país. E aqueles que não querem enxergar essa nova realidade tendem a se constranger com as decisões corajosas de um juiz que até pouco tempo fazia assistência a ministros dentro do próprio STF. Cada sentença proferida por ele é um soco no estômago do tribunal que continua mantendo na gaveta os processos da Lava Jato.

Os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro não deixam dúvidas da procriação de Moros pelo Brasil. Por decisão de outros juízes, está no presídio de Bangu o ex-governador Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, outro ex, algemado numa cama de hospital. Quem, até a prisão dos dois, acreditava que tal fato fosse acontecer? Aconteceu e mais uma vez o STF assiste o noticiário constrangido, pois Cabral – pelo menos ele – é um dos mais citados na lama da corrupção da Petrobrás, acusado também do desvio de mais de 220 milhões de reais em obras federais.

Sempre que é questionado sobre a lentidão dos processos, o STF responde com a mesma ladainha: poucos juízes para muitos processos. Balela, desculpa esfarrapada. Se continuar a olhar pelo retrovisor, o tribunal corre o sério risco, ele próprio, de virar arquivo.

by Cristal Vox

domingo, 20 de novembro de 2016

2016 – Um ano de términos. Fim de um ciclo de 36 anos







Segundo a tradição astrológica, cuja origem se perde no tempo, um determinado planeta governa por um período de 36 anos. Isto significa que de 36 em 36 anos vivemos sob a dinâmica de um planeta e suas características irão imprimir seu tom por todo aquele período.

Desde 1981 estamos sob o domínio do Sol, o que significa que o espírito de brilho pessoal, egocentrismo, necessidade de marcar a individualidade no mundo têm permeado nossas consciências. Esse período tem seu término em 2016.

2016 é um ano importantíssimo, pois além de encerrar todo um ciclo planetário, pela numerologia, é um ano nove, número que também indica final de ciclo.

Todos os finais de ciclo veem acompanhados de perdas e renúncias. Nos últimos 36 anos, pudemos ver o individualismo (Sol) crescer a proporções exponenciais. Creio que nunca antes ouvimos tanto a palavra EU. Meus direitos, minhasescolhas, meus desejos, minhas necessidades...eu, eu, eu, meu, meu, meu. Tudo parece que girou em volta do indivíduo, com ou sem razão para tal. As selfies publicadas em redes sociais é o exemplo mais pronto e acabado desse símbolo do egocentrismo que nos tem permeado. 

O Sol tem a ver com a criança e, por conseguinte, com a “criança interior” de cada um, que não por acaso tem sido explorada e trabalhada em uma gama de teorias do autoconhecimento. Também, nunca a criança foi tão valorizada quanto nos últimos tempos, tudo é feito por e para as crianças até o limite do mimo exagerado e a incapacidade dos pais de colocarem limites aos filhos. Dormem a hora que querem, e podem quase tudo, interferindo de maneira questionável no mundo dos pais e dos adultos ao redor.

Para que possam entender o que tem acontecido ao zeitgheist dos últimos trinta e seis anos é interessante conhecermos os atributos do Sol, na astrologia.

Qualidades solares: vontade, decisão, propósito, intenção, criação. O modo de exprimir a energia criativa, a identidade própria, necessidade de ser reconhecido, de canalizar a sua vontade e a afirmação do Eu. O impulso de criar, de ser, de poder, de comandar, de ser consciente. É o senso de individualidade, de irradiação, é a nossa intenção.

Expressões negativas das qualidades solares: orgulho, ostentação, dominação, abuso de poder, egotismo, elogio exagerado a si mesmo, exaltação pessoal, esnobismo, presunção, ambição exagerada, prepotência, autoritarismo, orgulho.

As expressões negativas acontecem sempre que as qualidades intrínsecas do planeta extrapolam os limites. No caso do Sol, podemos dizer que o resumo da expressão negativa solar é o que os gregos chamavam de hübris, que significa; a arrogância perante os deuses.

O Sol é o centro do nosso sistema planetário. Ele dá a vida, mas também queima e cega. Todo excesso é destrutivo. Por estarmos há trinta e seis anos “treinando” nosso Sol pessoal, estamos no auge da necessidade de sermos o centro das atenções. Viramos mesmo, criancinhas muito mimadas e tudo nos ofende e nos convida a lutar por nossos “direitos individuais”. Em 2017 chega Saturno e começa a colocar os limites e veremos um movimento radicalmente oposto às características solares; a dissolução do ego. Entraremos em um período de menos ego e mais responsabilidade. Rigor, severidade, responsabilidade, justeza, dentre outros atributos são de domínio do planeta Saturno, a obrigação de ser feliz, de ser o cara, de se destacar por qualquer coisa estará em baixa para dar lugar a mais seriedade, mais competência, e menos egolatria. Para ganhar fama e destaque muito terá que se trabalhar.
Esse tempo em que vale qualquer coisa desde que se “apareça na fita” dará lugar a mais responsabilidade e rigor nos feitos, mais seriedade e amadurecimento nos atos. 

O Deus de amor e bondade, que está sempre pronto para atender o desejo dos seus filhos, dará lugar a um Deus mais exigente, que pedirá de seus filhos não mais orações arrebatadas, mas filhos mais maduros e responsáveis por seu amadurecimento espiritual. Mais trabalho e menos oba oba. O Deus que dá será substituído pelo Deus que cobra. As religiões evangélicas (as que mais vendem esse Deus que serve aos que nele creem) cairão em declínio ou, mudarão o discurso.

2016, como foi dito é um ano chave, no sentido literal da palavra: fecha e abre portas. Tanto por sua característica astrológica quanto numerológica. Será um ano em que as características solares, elencadas acima serão vividas à exaustão – é, além do mais, um ano governado pelo Sol - e, portanto, as características negativas do símbolo estarão mais exacerbadas para então sermos “castigados pelos deuses por nossa hübrys” e então nos recolhermos à nossa insignificância e pararmos com essa banalidade vaidosa e vulgar do culto à persona.
Em 2016 seremos desafiados a nos desapegarmos de tudo aquilo que na verdade não tem consistência para então vivermos o próximo período, sob Saturno. Será um ano muito duro, de muito teste aos governantes vaidosos e centralizadores. Lhes será exigido mais respeito, seriedade, responsabilidade e talvez uma volta ao conservadorismo possa acontecer. Saturno é o velho, a tradição, o passado.
A farra do vale tudo, desde que se tenha 15 minutos de fama, a partir de 2016 vai aos poucos se acabando. A tal arte contemporânea que teve sua máxima representação no círculo de “humanos” metendo o dedo no fiofó do parceiro da frente dará lugar a uma arte mais fina, mais rigorosa, mais séria e competente.

Até para mim, que escrevo esses prognósticos, me custa acreditar que esse comportamento está nos seus estertores. Me custa crer que essa egoidolatria possa se modificar, mas aguardemos... somos muito pequenos para racionalizar os desígnios dos tempos.

Claro que o ciclo solar não teve apenas as características negativas do planeta. Nos desenvolvemos como indivíduos, conquistamos muitas coisas no aspecto pessoal, aprendemos a nos valorizar mais como pessoas, independentemente da cor da pele, da raça, do sexo e do lugar pessoal na escala social. Aprendemos a cuidar mais e melhor de nós mesmos e a nos respeitar mais como indivíduos, a não engolir sapo por lebre, a nos posicionarmos mais pelo que somos e somos capazes de ser e de criar.
Porém estamos prestes a entrar na fase de menos ego e mais rigor.
Para entendermos o ciclo que iniciaremos a partir de 2017, é preciso conhecer as características de Saturno:



Qualidades saturninas: perseverança, paciência, firmeza, constância, resignação, segurança, solidão. O valor mais alto, a função social, o dever. Responsabilidade, reserva, experiência, seriedade, limitação, restrição, parcimônia, abnegação, o esforço contínuo, a construção, o envelhecimento, o esforço disciplinado, a aceitação dos deveres e das responsabilidades, a cristalização, a sabedoria e o respeito.

Expressões Negativas das qualidades saturninas: limitação, severidade, frieza, depressão, dogmatismo. Sombrio, temeroso, avaro, pessimista, cético, melancólico, exigente, indiferente, impotente, reservado, covarde, lento, pesado, restritivo.

O novo ciclo que se inicia a partir de 2017 sem dúvida nenhuma trará mais contenção, mais limitações, menos abundância, menos superficialidade e mais profundidade. Menos exuberância e mais limitações. Porém, para quem viveu à exaustão o ciclo do faço o que quero doa a quem doer, creio que teremos anos de não posso tudo o que quero, pois, minha liberdade termina onde começa a do outro. Isso é Saturno: o limite.

Que ele venha e que seja bem-vindo.

by astrologia e arte

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

“Não agrade os ingratos, nem sirva aos folgados”




Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, de servir gente folgada, de nutrir amizades duvidosas, para que possamos percorrer somente os encontros verdadeiros.
Passamos muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as consequências das péssimas escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não tem a menor chance de vir a acontecer. Perdemos muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando sorrisos de quem nem nos olha direito. É preciso focar no que é real, pois, mesmo que não haja muito de verdadeiro nesses terrenos, esse pouco bastará.
Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, às pessoas descontentes e incapazes de receber algo de fora. Existem indivíduos que se encontram por demais fechados ao acolhimento do que não se encontra dentro deles, do que não faz parte daquele mundinho em que eles se fecham, presos a crenças e sentimentos que não mudam, não são repensados, não saem do lugar. Tentar alcançá-los é inútil.
É necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe que alguém sempre fará por ele. Temos que ter clareza quanto ao que realmente devemos e poderemos tomar para nós, ou acumularemos cargas de bagagens que não são, nem de longe, relacionadas às nossas vidas. Muita gente precisa de ajuda, sim, mas muitos precisam é de vergonha na cara.
Não podemos nutrir amizades duvidosas, com pessoas que não expressam a menor necessidade de nós, como se tanto nossa presença quanto nossa ausência fossem a mesma coisa, algo sem importância, invisível, dispensável. Nem todos de quem gostamos irão gostar de nós, o retorno da estima e da afeição nunca é uma certeza, portanto, há necessidade de que adentremos exclusivamente os encontros verdadeiros.
Não é fácil nem tranquilo conseguirmos acertar quanto ao que poderemos regar com a certeza de retorno e reciprocidade, uma vez que as pessoas, os acontecimentos, a vida, tudo é imprevisível. Embora muito do que acontecerá em nossas vidas não possa ser controlado, mantermos sob controle nossas verdades e a certeza de que merecemos ser felizes nos tornará mais fortes diante dos tombos, sem que desistamos de nossos sonhos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ex-governador do Rio, Garotinho é preso pela PF


Prisão é resultado da operação Chequinho que apura compra de votos durante as eleições deste ano

By Veja




Anthony Garotinho: candidato a líder da bancada do PR (Leonardo Prado/Agência Câmara/VEJA)


O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, atual secretário de Governo de Campos dos Goytacases (RJ), foi preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A prisão é um desdobramento da Operação Chequinho, que apura a suspeita de compra de votos durante as eleições deste anoRosinha, esposa do ex-governador, é prefeita da cidade.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Como se preparar para a maior Superlua em quase 70 anos


Especialistas dão dicas do que observar e qual o melhor local para acompanhar o fenômeno em 14 de novembro.

Da BBC

Frequência de impactos na lua era maior do que o esperado (Foto: Juan MABROMATA / AFP)Superlua ocorrerá em 14 de novembro (Foto: Juan MABROMATA / AFP)
Daqui a alguns dias, a Lua estará mais perto de nós do que o comum. Na verdade, ela não se mostra tão atrevida há algumas décadas. Na próxima segunda-feira (14), será possível observar a maior Superlua em quase 70 anos.
Mas do que se trata o fenômeno? De acordo com a astrônoma britânica Heather Couper, as superluas são resultado de uma "casualidade".
"A Lua gira ao redor de uma órbita elíptica, e se a Lua Cheia coincide com o ponto do trajeto onde está mais próximo da Terra, ela pode parecer absolutamente enorme", afirma.
Essa coincidência ocorrerá novamente no dia 14 de novembro e o fenômeno deve ser extraordinário por causa da proximidade: nesta data a Lua se encontrará a 48,2 mil quilômetros mais próxima da Terra do que quando esteve recentemente no seu apogeu - que é o ponto mais distante da órbita. O satélite não chegava tão perto assim desde 1948 e não voltará a fazê-lo até 2034.
Com exceção do eclipse da Superlua de 2015, não houve nem haverá por muito tempo uma Lua Cheia tão especial - mesmo que curiosamente tenhamos tido três Superluas consecutivas em três meses - a anterior ocorreu em 16 de outubro e a última será no dia 14 de dezembro.
É possível se preparar para aproveitar melhor o fenômeno e ainda identificar algumas "surpresas".
Quando a Lua está mais afastada da Terra, se diz que ela está no apogeu. No ponto oposto, o perigeu, ela pode chegar até 50 mil km mais próxima da Terra que no apogeu (Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)Quando a Lua está mais afastada da Terra, se diz que ela está no apogeu. No ponto oposto, o perigeu, ela pode chegar até 50 mil km mais próxima da Terra que no apogeu (Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)
Qual é a melhor forma de ver uma Superlua?
A melhor maneira, claro, é para ir para um local aberto e tranquilo, longe das grandes cidades e da iluminação artificial muito forte e potente.
Como em qualquer outra Lua Cheia, o corpo celeste parece maior e mais brilhante quando aparece no horizonte. E o mesmo ocorre com as Superluas. Ainda que elas apareçam 14% maiores e 30% mais luminosas que as luas cheias comuns, são mais surpreendentes quando estão na linha do horizonte e não altas, no céu.
O especialista Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos (USNO, na sigla em inglês), explica que isso não é resultado de uma ilusão de ótica, mas de um efeito ótico que não é compreendido completamente nem astrônomos, nem por psicólogos.
Mesmo assim, ele acrescenta que Superluas parecem ainda maior quando vistas através das árvores ou de casas.
Alguns especialistas sugerem outra dica no mínimo curiosa para dissipar a ilusão: uma pessoa pode ficar de costas para a Lua, curvar-se e olhar para o céu entre as pernas.
Surpresas para descobrir 
Na região da Lua que ficará visível no próximo dia 14 de novembro, há uma abundância de crateras causadas por impactos de meteoritos e atividade vulcânica de bilhões de anos atrás.
Os contrastes entre as áreas que refletem a luz do Sol (as montanhas) e as planícies que permanecem na sombra (os mares) pode ser convertido, com um pouco de imaginação, nas mais surpreendentes figuras.
Fenômeno ocorre quando lua está mais próxima da terra (Foto: Onofre Martins/G1 AM)Fenômeno ocorre quando lua está mais próxima da terra (Foto: Onofre Martins/G1 AM)
No momento em que a Lua aparecer maior e mais brilhante, teremos uma excelente oportunidade para descobrir figuras ocultas e "desenhos" na superfície da geografia lunar.
Uma das silhuetas mais reconhecidas é a de um coelho com grandes orelhas. A imagem é tão fascinante que a civilização maia criou até uma lenda para explicar o que era um mistério até então. A lenda envolve o deus Quetzalcóatl, que, depois de um ato de generosidade de um coelho que lhe ofereceu comida em um momento de extrema necessidade, ele decidiu levá-lo para a Lua em sinal de agradecimento. Dessa forma, a imagem do coelho seria visto por todos e por toda eternidade.
Os observadores mais atentos - Cleópatra e Abraham Lincoln entre eles - disseram ter visto um rosto humano na superfície da Lua. Certamente foi o mesmo que inspirou a famosa sequência do filme Viagem à Lua, do pioneiro cineasta George Meliés.
E tem até quem chegue a ver Elvis Presley, um par de mãos, uma árvore, mulheres, sapos, Jesus Cristo e um homem carregando lenha.
Mas não é preciso ir tão longe: para muita gente, brincar de identificar o coelho já é diversão suficiente.
Contra os mitos e as falsas crençasAo contrário do que muito se comenta, uma SuperLua não trará com ela o fim do mundo, nem causará um aumento na incidência de crimes.
Entre os muitos mitos que são repetidos, um dos mais comuns alega que esses fenômenos teriam algum efeito sobre os criminosos, que ficariam mais vorazes nas noites de Lua Cheia.
-HN- Um casal é visto com a lua cheia ao fundo em Kansas, nos EUA (Foto: Charlie Riedel/AP)Um casal é visto com a lua cheia ao fundo em Kansas, nos EUA (Foto: Charlie Riedel/AP)
Mas os cientistas já descartaram a possibilidade de que o perigeu possa causar comportamentos estranhos, como a licantropia - a alucinação de que um ser humano poderia se transformar em um animal, como na lenda do lobisomem, ou ainda provocar desastres naturais de qualquer tipo.
Segundo o psicólogo Scott O. Lilienfeld, da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, "não importa quão perto ou longe ela passe, a Lua não incita crimes, como sugere a crença popular".
Autor do livro "50 Grandes Mitos da Psicologia Popular", ele alerta que estudos sobre esse tipo de conexão encontraram "uma grande quantidade de nada".
O especialista afirma que essa relação ocorre pela forma como as pessoas conectam as ideias.
"Quando há Lua Cheia e se comentem crimes, fazem esse tipo de relação. Quando não ocorre nada e ainda assim a Lua está cheia, não o fazem"

Os Veganos e os Vegetarianos acreditam que não matam animais mas isso não é Verdade

À menos de uma semana atrás, Claudio Bertonatti, um dos mais reputados naturalistas da Argentina, escreveu um artigo que desencadeou um terremoto. O tsunami já chegou até nós aqui e é provável que se chegue ainda mais longe.
No seu artigo, The Vegan Confusion, ele avisa que comer vegetais não impede a morte de animais. Bertonatti enfureceu milhares de veganos e vegetarianos, bem como outros conservacionistas da natureza. No entanto, muitos dos que leram seu artigo aprenderam algo sobre os direitos dos animais que talvez nunca lhes tivesse ocorrido.
Conversamos com Claudio sobre esta sua ideia e a ruptura que causou, e discutimos os pontos mais importantes da controvérsia.
Cláudio, você era vegetariano. O que fez você decidir tornar-se num?
Quando adolescente, eu cresci com interesse pela natureza. Eu pensei que ao tornar-me vegetariano eu evitaria matar tantos animais. Mas depois mudei de ideias.
O que aconteceu?
Comecei a estudar a natureza e a sair para o campo para observar a vida selvagem. Notei que nos campos de culturas agrícolas não havia pássaros, e os poucos que estavam lá acabavam sendo perseguidos. Então comecei a estudar anfíbios, mamíferos, répteis e peixes e percebi que estava confuso.
Como?
Como vegetariano, eu estava a ajudar a evitar a morte e o sofrimento de animais domésticos, mas não de espécies selvagens. E muitas dessas espécies – ao contrário das vacas, porcos e cabras – estavam a desaparecer. Então, eu voltei a tornar-me omnívoro.



O que o levou a escrever este artigo?
Na Argentina, encontro muitas pessoas que se dizem defensoras da natureza porque não comem carne nem usam couro. Eles pensam que por serem veganos ou vegetarianos estão a impedir que os animais morram. Mas não é verdade.
Porquê?
A partir do momento em que os seres humanos começaram a criar gado e a adoptar a agricultura geramos um impacto. Não há espécies animais cuja sobrevivência não resulte na morte de outros animais, directa ou indiretamente. Eu entendo que isso pode ser uma conclusão dolorosa. Eu também gostaria de viver num mundo ideal, mas essa não é a realidade. Muitos veganos e pessoas que só usam algodão parecem acreditar que não causam mortes, mas causam.
Quando digo isso, muitas pessoas sentem que estou as estou a encurralar.
Mortes indirectas?
Trigo, arroz, milho. A maioria dos veganos come essas coisas. O primeiro impacto do cultivo em massa é o desmatamento: forçamos a natureza a abrir espaço para as lavouras. Na Argentina, incendiaram a selva, queimaram ninhos com lança-chamas. Então eles devem defender a terra semeada dos pássaros que vêm alimentar. Muitos fazendeiros fazem isso espalhando grãos envenenados. Depois disso, os herbívoros selvagens vêm procurar os primeiros rebentos, então os latifundiários colocam cercas eléctricas ou caçam os animais com armas.
Se você comer carne, você mata animais, mas você também os pode matar ao comer plantas
O que acontece durante a colheita?
A terra é fumigada para combater os fungos, insectos e outras plantas. Os animais que foram expulsos mudam-se para outras áreas que já suportam animais: o hotel está totalmente reservado. Assim, os animais vão aos campos de cultivo vizinhos e uma outra onda dos impactos é gerada.
Em contraste, afirma ele, nos campos dedicados à pecuária há mais espécies de outros animais.
Há muitos prados selvagens na Argentina. Você pode fazer uma caminhada por lá e encontrar de tudo: anfíbios, répteis, pássaros. Claro, eu estaria a mentir se eu dissesse que há a mesma variedade de animais que você teria se as vacas não estivessem lá. O agricultor também persegue animais selvagens e mata todos os animais que considera prejudiciais à produção. Mesmo assim, o impacto é menor. Quando digo isso, muitas pessoas sentem que as estou a encurralar.

Em que sentido?
No sentido de que não há fuga: se você comer carne, você mata animais, mas você também os mata ao comer plantas. Muitas pessoas que preocupam-se com questões ambientais e procuram os bons e os maus, mas não é assim: é muito mais complicado.
Dê-nos um exemplo.
Há muitas pessoas por aqui a manifestarem-se e a afirmarem “Não à exploração de minérios. O slogan deveria ser “Não à mineração que explora imprudentemente osrecursos e as pessoas”. Os activistas usam computadores que não existiriam sem os metais trazidos das minas. Estou surpreendido por eles não verem o quadro maior.
A maioria dos matadouros na Argentina são modelos de crueldade. Eu nunca poderia fingir que era de outra forma!





O que é que você acha da forma como a carne é produzida em massa – a indústria da carne?
É uma tragédia. As instalações para alimentar os animais e a maioria dos matadouros na Argentina são modelos de crueldade desenfreada. Eu nunca poderia fingir que seria doutra forma!
Há evidências de que os recursos necessários para a carne são muito maiores do que os necessários para os produtos hortícolas. E, que as culturas constituem uma grande parte desses recursos: uma alta porcentagem deles são usados para alimentar o gado.
Isso é verdade. Eu sei que a maioria das culturas de soja são usadas para este fim. Não estou a afirmar que os veganos são estúpidos ou que todos devem tornar-se carnívoros, só estou a afirmar que é importante ser sensato, adoptar uma posição inteligente e mostrar alguma solidariedade.
Para um fundamentalista, é pecado mencionar a morte. E que mais eu lhe poderia chamar? Eutanásia?
Qual será a posição mais inteligente?
Mostrar solidariedade com a Natureza: o mal menor. É importante incentivar o consumo e o abate, com mais humanidade, dos animais. Mas para um fundamentalista, é um pecado até mesmo mencionar a morte. E que mais eu lhe poderia chamar?? Eutanásia?
Se eu entendo correctamente, a sua intenção é avisar os veganos e os vegetarianos que o impacto zero é impossível.
A maioria de nós vive em cidades e sabe muito pouco sobre o mundo animal. Pergunte aos seus amigos se eles podem nomear 10 animais e 10 plantas silvestres nativas da área em que vivem.





Nós provavelmente não seríamos capazes.
Se não sabemos nada sobre natureza e a diversidade, então não seremos capazes de a valorizar. O nosso universo é limitado ao que vemos: cães, gatos, galinhas, porcos, patos, vacas. A nossa sensibilidade estende-se somente até eles. É como olhar através do buraco da fechadura. O mundo é maior do que isso e muito mais complexo, quer você o aceite ou não.
Você fala como se conhecesse muitos fanáticos.
Existem carnívoros e veganos fundamentalistas. Como cientista, quando os ouço falar com esse tom confiante – tão completamente sem nenhuma auto-dúvida – isso assusta-me. Os fundamentalistas só prestam atenção às pessoas que pensam como eles, e vêem todos os outros como um inimigo. É uma contradição.
O nosso universo é limitado ao que vemos: cães, gatos, galinhas, porcos, patos, vacas. A nossa sensibilidade estende-se somente até eles.
O quê?
Para um carnívoro ser violento é lógico, mas para um vegan ser violento é filosoficamente inconsistente.
Você conheceu veganos violentos?
Eu era o director administrativo do Zoológico de Buenos Aires. Eu renunciei ao cargo porque eu tentei transformá-lo num centro de conservação de espécies ameaçadas de extinção, mas não consegui. Existiam esses veganos que se manifestavam à frente do zoológico a gritarem para as famílias que vinham, chamando-as de assassinos. Isso prejudica o veganismo. As pessoas pensam: se isso é o veganismo, então eu não quero fazer parte dele. Nem todos os veganos são assim, é claro. Mas há muitas pessoas que desenvolvem uma grande empatia apenas por animais domésticos. Muitos deles acabam por odiar as pessoas e isso é uma patologia: não é saudável.
Para um carnívoro ser violento é lógico, mas para um vegan ser violento é filosoficamente inconsistente
No seu artigo você afirma que, se toda a espécie humana de repente se tornar vegana, isso seria uma tragédia. Mas alguns dizem que se fossemos todos veganos, então precisaríamos de menos cultivo agrícola do que sendo omnívoros.
Eu escrevi o artigo como uma forma de desencadear o debate no meu país, onde a pressão do movimento vegan na análise ambiental é geralmente bastante instável. Se toda a espécie humana se tornasse vegan por causa desse tipo de pensamento (sem contar com outras justificações filosóficas, religiosas ou de saúde nas quais eu não vou entrar), seria uma tragédia porque nós não estaríamos a entender verdadeiramente os problemas ambientais do mundo.

Você não está convencido pelas estatísticas.
Se um bem-compreendido veganismo contribui para melhorar o mundo natural, então eu vou de bom grado tornar-me vegan. A minha principal preocupação é a conservação da biodiversidade: que a riqueza da vida na Terra não fique mais pobre.
Mas, novamente, se todos na Argentina fossem veganos, isso não exigiria menos colheitas?
Eu não sei. Eu não acho que você precise de ser vegan para conservar a natureza e a biodiversidade. Eu não sou um especialista em desenvolvimento de produção agrícola, mas pelo que sei sobre o meio ambiente, é sempre melhor diversificar a produção. Deve haver culturas, vacas, apicultores… diversidade.
Você não precisa de ser vegan para conservar a Natureza e a Biodiversidade
Que deficiências você identifica no movimento vegan?
Nunca os vejo a lutar pela criação de novas áreas protegidas ou a combater o tráfico ilícito de animais selvagens. Vejo-os a protestar contra as touradas, que já não acontecem na Argentina, e contra os matadouros. É como se eles só se preocupassem com os animais domésticos que, novamente, não estão em perigo de extinção. Eu não estou a dizer que é errado – simplesmente que existe muito mais para além disso.
Em geral, você acha que não existe uma ligação suficiente entre o veganismo e a Consciência ambiental?
O que eu acho perigoso é gastar toda a sua energia a tentar salvar o gato preto quando não sabe nada sobre o meio ambiente, e porque talvez você esteja a desperdiçar a sua energia. Talvez a sua energia tivesse um maior impacto noutras situações. É importante ter uma visão ampla: poderia ajudá-lo a analisar melhor a sua situação. Se, depois, você ainda quiser dedicar a sua vida a salvar gatos pretos, isso é óptimo, e eu fico grato por isso. A defesa dos direitos dos animais não é incompatível com a conservação da natureza.
Claramente, há um conflito entre ambientalistas e activistas dos direitos dos animais e isso definitivamente vai ter um grande impacto no futuro da Humanidade.
Isso lembra-me um pouco os partidos políticos de esquerda: eles agem como se fossem inimigos, e ainda assim eles são muito semelhantes e deveriam ser aliados. Você sabe quem é o maior inimigo da conservação da natureza?
Quem?
As pessoas indiferentes. Muitas pessoas indiferentes acreditam que todos aqueles que se preocupam com o meio ambiente são a mesma coisa: nós não comemos carne, que nós somos amantes da natureza que só practicamos o bem, comemos vegetais e que nunca fazemos sexo. Não é verdade. Somos pessoas normais!
Os ambientalistas tendem a pensar que os veganos e vegetarianos são apenas sentimentais. Por outro lado, a indiferença de alguns veganos para com os animais selvagens e a biodiversidade preocupa-me
A morte faz parte da Natureza. Misturar sentimentos com a ciência não parece muito científico. Por outro lado, a Consciência humana é importante, assim como a nossa responsabilidade por uma indústria terrível e pesadamente poluente. Quem é que está errado?
Os erros são feitos por ambos os lados. Os ambientalistas tendem a pensar que os veganos e vegetarianos são apenas sentimentais. Por outro lado, a indiferença de alguns veganos para com os animais selvagens e a biodiversidade preocupa-me: não é consistente. Reconheço o facto de que a Humanidade é uma máquina que devora o mundo. Um antropólogo afirmou que nós somos cosmófagos: devoramos o que nos rodeia.
Você está feliz com a agitação que o seu texto causou?
Muitas pessoas insultam-me e atacam-me afirmando que matei um urso polar, o que não é verdade. Outros proporcionam-me novas perspectivas pelas quais agradeço! Eu sou apenas um trabalhador da conservação da natureza, um jardineiro, e eu também errei muitas vezes. Eu faço o meu melhor, mas não me ofende descobrir que estou errado. Eu penso como um cientista, não como um fundamentalista.
Você não precisa ser vegano para conservar a Natureza e a Biodiversidade

domingo, 13 de novembro de 2016

A guerra “suja” de Renan Calheiros e juízes contra o Brasil


Renan Calheiros de um lado e magistrados e suas associações de outro, se engalfinham numa disputa em torno de interesses que, fossem outros os tempos, seriam publicamente inconfessáveis. No editorial, “Antagonismo impatriótico” o jornal o Estado de São Paulo se posiciona sobre a “guerra surda” por poder e salários “travada sem nenhuma cerimônia”, entre políticos corruptos e juízes gananciosos…
Na casa em que falta vergonha, todo mundo reclama e ninguém tem razão. Essa pequena adaptação do conhecido adágio compromete a rima, mas aplica-se perfeitamente ao cenário nacional em que, para resumir, figuras notórias como Renan Calheiros de um lado e magistrados e suas associações de outro se engalfinham numa disputa em torno de interesses que, fossem outros os tempos, seriam publicamente inconfessáveis. De um lado, o presidente do Senado Federal, comprometido até a medula com as suspeitas de corrupção contidas em uma dezena de processos que tramitam a passo descansado na Suprema Corte, proclama ser “um acinte que o Brasil continue a conviver” com os proventos nababescos, muito acima do teto constitucional, de que se beneficiam ministros, desembargadores e juízes em geral. De outro lado, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), por intermédio de seu presidente, João Ricardo dos Santos, reage levando o confronto para o campo que lhe interessa, ao denunciar a intenção, por parte de parlamentares, de “interromper a Lava Jato”.
É preciso que se esclareça que, quando partem para o ataque, ambos os lados aludem a fatos verdadeiros, o que apenas confere maior gravidade à questão. Mais uma vez recorrendo à sabedoria popular, a verdade maior é que sentam sobre o próprio rabo enquanto tentam cortar o do oponente. Em sua maliciosa obstinação pelo confronto, todos se comportam exatamente da mesma maneira, de onde se conclui que, do ponto de vista de quem paga a conta – os brasileiros escorchados pela exorbitante carga tributária que alimenta a corrupção e os salários acima do teto –, ninguém tem razão.
Para a imensa maioria dos brasileiros que aplaudem o empenho com que a Lava Jato tem levado corruptos à barra dos tribunais, chega a ser insultante o cinismo com que políticos ficha-suja, com o rabo fortemente atado a investigações criminais, se permitem posar de paladinos da moralidade pública. Iniciativas parlamentares como as relativas à ampliação dos acordos de leniência com empresas envolvidas em corrupção ou de propor a imposição de controles e limites rigorosos à atuação de autoridades judiciais e policiais podem, efetivamente, contribuir para o aperfeiçoamento dos já existentes dispositivos constitucionais, da lei ordinária e dos vários regulamentos que tratam do assunto. Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: por que os parlamentares passaram a se preocupar com isso exatamente agora, quando delações como as de ex-diretores da Odebrecht ameaçam promover uma devastadora razia no Congresso Nacional?
Por outro lado, membros do Judiciário, merecidamente surfando nas ondas do sucesso popular desde o julgamento do mensalão, parecem em muitos casos sentir-se ungidos pela condição especialíssima de salvadores da Pátria que os autorizaria a eventualmente extrapolar os limites da lei. E o fazem, o que não é novo, sem nenhum embaraço ou constrangimento, julgando-se merecedores de embolsar proventos e vantagens variados que elevam seus salários muito acima do teto legalmente estabelecido.
Melhor fariam os juízes de todos os níveis se tivessem o desprendimento e o patriotismo de, enquanto cumprem o papel circunstancialmente relevante que lhes cabe no combate à corrupção na vida pública, despender a mesma energia e vigor na tentativa de corrigir, naquilo que está a seu alcance, as deficiências do sistema judiciário, de modo a oferecer aos brasileiros uma Justiça mais pronta e eficiente. Bastaria dar à questão o mesmo empenho e talento que atribuem quando solucionam demandas a respeito de seus vencimentos e do valor de compra de seus proventos. Esta parece ser, felizmente, uma preocupação da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que entre as atitudes meritórias até agora exibidas no cargo cuidou de não incluir nenhum aceno ao espírito corporativo que era marca registrada de seu antecessor.
O Brasil não ganha nada, ao contrário, só perde no que diz respeito à consolidação de suas principais instituições, quando políticos de um lado e magistrados e suas associações de outro exibem um antagonismo incompatível com a defesa de um único interesse: o do Brasil. Nesse contexto, é dever de todos lutar para restabelecer o decoro e, consequentemente, a razão.
by CristalVox

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