sábado, 17 de setembro de 2016

Resposta de um concursado ao Lula



Já que falou de mim, concursado, sinto-me no
direito de responder: Senhor Ex-presidente, por
mais ladrão que seja, sou concursado, com muito 
orgulho! Para chegar lá, estudei, me dediquei, fiz uma 
prova tensa no concurso com o maior índice de
candidatos/vaga daquele ano.

Após isso, passei 3 anos por um estágio probatório, 
para então, definitivamente, me efetivar no cargo.
 Na minha prova não adiantava eu mentir, nem 
tentar desqualificar meu concorrente. Tentar 
iludir  o aplicador da prova com promessas de 
políticas sociais de nada adiantariam. Apontar 
para o colega  do meu lado fazendo prova e
alegar que ele mentia nas respostas e que
ele iria acabar com o bolsa família, caso fosse
aprovado, de nada serviria.

Não usei verba desviada de nenhuma empresa 
estatal  para financiar a taxa de inscrição do 
concurso que fiz.  O salário que recebo não me
permite comprar sítios ou triplex. Não disponho
de imunidade parlamentar, não disponho de
auxílio moradia, nem paletó. Não sou financiado
por empresas privadas e bancos.

Ser político é muito fácil. Dispensa estudo
 (vide o senhor). 
Dispensa atestado de bons antecedentes
 (vide o senhor). 
Dispensa conduta ilibada no exercício da função 
(vide o senhor). 
Para eleger-se, bastam mentiras bem contadas, 
projetos que iludam o povo, uma  barba bem feita
e um marqueteiro  de primeira (vide o senhor).

Acusações, falsas ou não, contra o candidato 
opositor também são válidas. Aí, de 4 em 4 anos, 
vai pra rua pedir  voto, equipado de obras
superfaturadas, desvios de verbas e patrocínio
de empresários e banqueiros, que doam  dinheiro 
sem nenhum interesse.

Pão e circo funcionam desde a Grécia antiga,
não é agora que vai falhar!
E finalizo lançando um desafio para o senhor.
Nada complexo, nada difícil, eu consegui, o senhor
mesmo julga ser fácil: PASSE NUM CONCURSO!



Fonte: Autor desconhecido/web.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Encontrado o corpo do ator Domingos Montagner, 54




Protagonista da novela ‘Velho Chico’ estava desaparecido desde a tarde de quinta-feira

Por Da redação
Santo (Domingos Montagner) em cena da novela 'Velho Chico' (Caiuá Franco/TV Globo)


Foi encontrado no fim da tarde desta quinta-feira o corpo do ator Domingos Montagner. Atual protagonista da novela das 9 da Globo, Velho Chico, Montagner desapareceu após mergulhar nas águas do rio São Francisco, na cidade de Canindé de São Francisco, em Sergipe. O ator, que estava acompanhado da colega Camila Pitanga, entrou no rio por volta das 13 horas e não retornou à margem. A notícia de que o corpo foi encontrado foi dada ao vivo na Globo pela jornalista Renata Vasconcellos, do Jornal Nacional, pouco depois das 18h. Montagner tinha 54 anos, era casado há quinze anos com Luciana Lima e tinha três filhos.
Trajetória – Nascido em São Paulo, em fevereiro de 1962, Domingos Montagner teve uma interessante e meteórica trajetória pelo campo artístico. Antes de conquistar o posto de galã global, o ator foi professor de educação física no ensino fundamental, tarefa que ele afirmava ser grato por ter experienciado. “Eu tinha uma verdadeira paixão em dar aula”, contou certa vez no Domingão do Faustão.
Na mesma época ele demonstrou interesse pelo teatro e circo. Seu primeiro contato profissional com as artes cênicas foi no curso de interpretação no Circo Escola Picadeiro, no começo dos anos 1990. O pontapé na área o conduziu à criação do grupo circense La Mínima, em 1997, ao lado de Fernando Sampaio. Em 2003, os sócios deram início ao projeto paralelo Circo Zanni. Com direção artística de Montagner, a iniciativa, que continua na estrada, tem o intuito de colocar em foco circos pequenos e de médio porte em cidades brasileiras.
A fantasia de palhaço passou então a fazer parte do cotidiano do ator. Foi vestido assim, aliás, que ele participou do comentado espetáculo A Noite Dos Palhaços Mudos, que conquistou o prêmio Shell de Teatro em 2009, e deu origem ao curta-metragem de mesmo nome.
O sucesso da peça no teatro fez o ator ser convidado para um teste na TV. A estreia aconteceu em 2008, quando ele tinha 46 anos, na série Mothern, da GNT.Montagner permaneceu por duas temporadas no programa antes de participar dos seriados da Globo Força TarefaA Cura e Divã, respectivamente, entre 2010 e 2011.
A primeira novela veio em 2011: Cordel Encantado. O carisma e beleza exótica do ator o fizeram conquistar o público e também prêmios. Entre eles as honrarias de melhores do ano da revista CONTIGO e do Domingão do Faustão na categoria ator revelação.
A carreira meteórica levou Montagner a emendar um trabalho no outro. O destaque veio com o papel de protagonista na minissérie Brado Retumbante, seguido pelo arrebatador Zyah, em Salve Jorge, em 2012. Entre o bruto e o amável, o personagem turco roubou o título de galã de Rodrigo Lombardi, que, no folhetim, interpretava o militar Theo. No mesmo ano, Montagner estreou no cinema com o filme Gonzaga – de Pai Pra Filho, de Breno Silveira
O próximo protagonista viria em 2015, na novela Sete Vidas, na qual viveu Miguel, um doador de sêmen que é procurado por sete filhos em busca do pai biológico. No mesmo ano, o ator rodou três longas-metragens, que só entraram em cartaz em 2016: De Onde te VejoVidas Partidas e Um Namorado para Minha Mulher. Montagner ainda vai aparecer nos cinemas este ano com o filme Através da Sombra, sem data de estreia prevista.
Durante o acidente, Montagner estava em um intervalo das gravações da novelaVelho Chico, de Benedito Ruy Barbosa, com direção de Luiz Fernando Carvalho. Ainda não se sabe como o personagem será substituído na produção. O ator já tinha na agenda o próximo trabalho, a próxima minissérie da Globo, inspirada no livro Carcereiros, de Drauzio Varella.
Casado com Luciana Lima há 14 anos, o ator deixa três filhos: Leo, de 12 anos, Antônio, de 7, e Dante, de 5.





















by Veja

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Reforma trabalhista: o que existe de positivo?


Por André Arnaldo Pereira


As redes sociais estão cheias de postagens sobre a reforma trabalhista que o governo está enviando ao Congresso, em sua maior parte sem qualquer embasamento. Cogita-se o horário de 12 horas por dia de trabalho, fala-se na perda de direitos trabalhistas e muitos outros pontos.

O que há de verdade na reforma trabalhista e quais os pontos positivos que ela poderá trazer ao trabalhador?

Em primeiro lugar, a reforma trabalhista não vai mexer nos direitos do trabalhador e sim reformar uma legislação totalmente ultrapassada. Por exemplo, ela irá incluir a possibilidade de contratação por horas de trabalho ou por produtividade, permitindo que um trabalhador possa ter vínculo com mais de uma empresa.

Com relação à jornada de trabalho de 12 horas, pode ocorrer desde que o limite semanal seja de 48 horas, com 44 horas normais e 4 extras, um modelo de jornada que é utilizado tanto na área médica, de vigilância e de enfermagem, entre outras, mas que estão funcionando sem respaldo jurídico.

Como será o novo regime de trabalho

Os direitos dos trabalhadores, como férias, 13° salário e FGTS, continuarão valendo como estão, sem qualquer alteração. O que muda, primordialmente, é com relação à jornada de trabalho e à possibilidade de contratação de um profissional para execução de trabalhos específicos.

Por exemplo, no caso de uma empresa de construção civil que precise de um projetista para um novo lançamento, essa empresa poderá contratar o projetista que esteja trabalhando em outra empresa. Esse profissional poderá fazer o trabalho em suas horas disponíveis, sendo pago por hora trabalhada ou pelo projeto pronto.

No caso de um médico ou de um enfermeiro, a contratação poderá ser feita por procedimento e não por hora.

Em todos os casos, porém, é necessário que a soma das horas trabalhadas, levando em conta todos os contratos, não seja maior do que 48 horas semanais, considerando as 44 normais e as 4 horas extras.

O contrato por serviço específico ou por hora trabalhada poderá ser formalizado e o trabalhador poderá prestar serviços a mais de uma empresa, podendo ter diversos contratos, tanto por hora trabalhada quanto por serviços. Com os contratos legalizados, o trabalhador terá o pagamento de FTGS proporcional, de férias proporcionais e de 13° proporcional.

Em contratos por jornada de trabalho, como feitos atualmente, a reforma trabalhista deixará por conta das convenções coletivas a definição sobre a distribuição das 44 horas semanais com 4 horas extras.

O limite máximo deverá ser de 12 horas de trabalho por dia, mas será necessário respeitar o limite semanal. Hoje, a jornada semanal é de 44 horas, distribuídas normalmente em 8 horas de segunda a sexta-feira, com 4 horas no sábado, ou com a compensação dessas 4 horas durante os dias da semana.

A legislação atual prevê a possibilidade de 2 horas extras diárias, o que irá reduzir as horas extras de 10 ou 12 para apenas 4.

Com a reforma trabalhista, a convenção coletiva terá força de lei para tratar a jornada semanal, legalizando profissões que hoje fazem 12 horas e não possuem o respaldo da legislação, como é o caso de vigilantes e enfermeiros.



André Arnaldo Pereira
Advogado - Santa Rosa, RS

nação Dunning Kruger e o menosprezo de especialização

Vivemos em nação Dunning Kruger.
O que quero dizer?
Uma variedade de muito alto "idiotas confiante" - Anti-vaxxers, defensores homebirth, negadores da mudança climática - na verdade acho que eles sabem mais do que os especialistas nos respectivos campos.
De onde tiraram essa idéia?
"O incompetentes muitas vezes são abençoados com uma confiança inapropriada, impulsionado por algo que se sente com eles como conhecimento."
Vou deixar Dr. David Dunning explicar isso:
Em 1999, no Journal of Personality and Social Psychology, meu então Graduate Student Justin Kruger e eu publicamos um artigo que documentou como, em muitas áreas da vida, as pessoas incompetentes não reconhecem - nada disso, não é possível reconhecer - o quão incompetentes eles são , um fenómeno que tem vindo a ser conhecido como o efeito Dunning-Kruger. a própria lógica quase exige essa falta de auto-insight: Para os artistas pobres para reconhecer sua inépcia exigiria que eles possuem a própria experiência lhes falta ...
Em outras palavras, aqueles que conhecem a menos sobre um determinado tópico - vacinas, o parto, as alterações climáticas - na verdade acreditam que a maioria sabe.Eles simplesmente não sabem o que eles não sabem.
De fato:
O que é curioso é que, em muitos casos, a incompetência não deixa as pessoas desorientadas, perplexo, ou cautelosos. Em vez disso, os incompetentes são frequentemente abençoado com uma confiança inapropriada, impulsionado por algo que se sente com eles como conhecimento.
A experiência de imunologistas, obstetras e cientistas do clima é menosprezado por idiotas confiantes que acreditam que sua capacidade de usar o Google é o equivalente de qualquer PhD.
Se você já se enroscou com um anti-vaxxer, você sabe que é muito difícil discutir com ele ou ela. Você não pode raciocinar idiotas confiantes fora de uma posição que não raciocinar-se em em primeiro lugar. Eles muitas vezes não entendem os termos da disciplina científica específica, os princípios da investigação científica ou até mesmo os rudimentos da lógica.
E ainda assim eles pensam que são especialistas, desprezando a experiência de verdadeiros especialistas.
Por que tantos anti-vaxxers, defensores homebirth e mudanças de negadores do clima "idiotas confiante"?
Alguns dos nossos misbeliefs mais difíceis surgem ... dos próprios valores e filosofias que definem quem somos como indivíduos. Cada um de nós possui certas crenças fundamentais - narrativas sobre o self, idéias sobre a ordem, isto sociais, essencialmente, não pode ser violado: Para contradizê-los poria em causa a nossa própria auto-estima. Como tal, estes pontos de vista exigir lealdade de outras opiniões. E qualquer informação que recolher a partir do mundo é alterado, distorcido, diminuída, ou esquecido, a fim de certificar-se de que essas crenças sacrossantos permanecer inteiro e ileso.
Em alguns casos, essas crenças mais caras são que "corporações são maus", "natural é sempre melhor", ou "o governo é o inimigo." Em muitos casos, a crença acarinhados é que o idiota confiante é tanto mais inteligente e menos ingênuos do que o resto nos pobres "sheeple".
Como pode o resto de nós nos proteger de idiotas confiantes que pára em sites, páginas do Facebook e quadros de mensagens, a fim de "educar" o resto de nós?
1. O primeiro passo é reconhecer que aqueles que conhecem a menos muitas vezes pensam que a maioria sabe. É por isso que as qualificações profissionais são tão importantes. Isso não significa que os especialistas sabem tudo, ou que eles têm sempre razão, mas isso não significa que eles têm uma base sólida para avaliar as afirmações sobre vacinas, o parto ou a mudança climática.
2. Tenha cuidado com quem afirma que a educação formal é desnecessário , ou que os especialistas ignorar a evidência de cereja escolhidos trabalhos científicos que não representam o consenso de conhecimento sobre o assunto.
3. Desconfie de qualquer um que não têm educação formal no assunto , mas, no entanto, faz afirmações sobre vacinas, o parto ou o clima.
4. Não "confiança" qualquer processo natural simplesmente porque é natural .
5. Na web, ignore qualquer um que não pode tolerar a dissidência e exclui comentários que chamam suas reivindicações em questão.
6. Resista à tentação de sucumbir à lisonja. Não deixe que o desejo de se sentir superior a outras pessoas fazem suscetíveis à propaganda Internet.
Vivemos em nação Dunning Kruger. A depreciação de especialização pode aumentar a auto-estima de seus promotores, mas muitas vezes prejudica todos os outros. Que idiotas confiantes sabe raramente representa a soma de todo o conhecimento sobre o assunto; é por isso que experiência real é digna de respeito.
Aqueles que desejam ser reconhecidos como "educado" não pode tomar um atalho de uma conexão com a internet. Eles têm que fazer o trabalho duro de aprender ciência, estatísticas e o assunto real em discussão, se é imunologia, obstetrícia ou a ciência do clima; sem que a educação formal, eles são idiotas meramente confiantes.

AUTOR:Amy TUTEUR, MD

Lava Jato denuncia Lula por corrupção e lavagem de dinheiro

É a primeira acusação feita pela força-tarefa contra o petista. Além dele, foram denunciados Marisa Letícia, Léo Pinheiro, Paulo Okamotto e outros quatro


Por Da redação



O ex-presidente Lula durante posse como ministro-chefe da Casa Civil - 17/03/2016 (Igo Estrela/Getty Images)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado nesta quarta-feira pela primeira vez no âmbito da Operação Lava Jato. O Ministério Público Federal no Paraná acusa o petista dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relativos à reforma e propriedade do tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral paulista. Se o juiz federal Sergio Moro aceitar a denúncia, Lula se tornará réu na Lava Jato. O petista já responde na Justiça pela acusação de tentar obstruir as investigações da operação, mas em uma ação que corre no Distrito Federal. Além do inquérito sobre o tríplex, a força-tarefa investiga a compra do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), e as razões pelas quais as empreiteiras Odebrecht e OAS executaram obras milionárias nas propriedades. Também são investigadas as palestras do ex-presidente, contratadas a peso de ouro por empreiteiras envolvidas no petrolão por meio da LILS Palestras.
Além de Lula, foram denunciados pela força-tarefa da Lava Jato a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, o ex-executivo da empreiteira Agenor Franklin Martins, o engenheiro Paulo Gordilho, Fábio Fori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.
A história do tríplex enreda Lula nas tramoias das empreiteiras do petrolão. Como VEJA revelou, foi o ex-presidente quem convenceu a OAS a assumir as obras deixadas para trás pela Bancoop, cooperativa que foi à bancarrota após desviar o dinheiro de milhares de associados para os cofres do PT. Pedido de Lula, sabe-se agora, era ordem, e a OAS topou. Um dos projetos assumidos pela empreiteira foi justamente o do Edifício Solaris, no Guarujá, onde o ex-presidente teria uma unidade. A OAS não só evitou o prejuízo a Lula, tirando o projeto do prédio do papel, como aproveitou a oportunidade para afagar o petista. Reservou para ele um tríplex, na cobertura do edifício – e cuidou para que, a exemplo do sítio, o apartamento ficasse ao gosto da família. A empreiteira investiu quase 800.000 reais apenas numa reforma, que deixou o imóvel com um elevador privativo e equipamentos de lazer de primeiríssima qualidade. Sem constrangimento, Lula e a ex-primeira-dama Marisa visitaram as obras na companhia de Léo Pinheiro, o ex-­presidente da OAS. Tudo estava ajustado para que a família logo começasse a desfrutar o apartamento. Mas veio a Lava Jato e os planos mudaram. Lula, então, passou a dizer que tinha apenas uma opção de compra do apartamento – e que desistira do negócio. O argumento não convenceu a polícia.
Já o sítio, para o qual Lula enviou parte de sua mudança logo após deixar o Planalto, está até hoje em nome de dois sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, o filho mais velho do ex-presidente. Os policiais e procuradores, porém, não têm dúvidas de que saiu dos cofres das empreiteiras do petrolão o dinheiro usado para comprar a propriedade em 2010, meses antes de Lula deixar o Planalto. Um presente que, suspeitam os investigadores, Lula teria recebido quando ainda era presidente. As empreiteiras também cuidaram dos detalhes para que a propriedade ficasse ao gosto de Lula e de sua família. Bancaram as obras no sítio, como a construção de uma nova sede com quatro confortáveis suítes e de um tanque para pescaria. Pagaram até a mobília. Os móveis da cozinha foram encomendados pela OAS em uma loja de luxo.
Paralelamente, a Lava Jato também mapeou as transações financeiras do ex-presidente. No ano passado, VEJA revelou que a LILS, empresa de palestras aberta por Lula logo após deixar o Planalto, recebera 10 milhões de reais só das empreiteiras do petrolão. Agora, as transações foram anexadas à investigação como indício de que os pagamentos, na verdade, serviram para maquiar vantagens indevidas que o presidente recebeu por “serviços” prestados às empreiteiras.
Executivos da OAS ouvidos pela Lava Jato, por exemplo, disseram à polícia que não se recordavam de palestras do ex-presidente na empreiteira – no papel, a OAS pagou 1,2 milhão de reais à LILS. A empresa de palestras não era a única fonte dos repasses milionários a Lula, que teve seus sigilos fiscal e bancário quebrados pelo juiz Sergio Moro. O Instituto Lula, entidade sem fins lucrativos criada pelo petista com o propósito altruísta de acabar com a fome na África e desenvolver a América Latina, também era destinatário de repasses milionários das companhias que fraudaram a Petrobras. Dos 34,9 milhões de reais recebidos pelo instituto entre 2011 e 2014 a título de doações, 20,7 milhões foram repassados pela Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS e Andrade Gutierrez, todas investigadas.
triplex-lula

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Teses conspiratórias ainda rondam atentados às Torres Gêmeas em NY

CAROLINA FREDERICO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NOVA YORK 


Na manhã de 11 de Setembro de 2001, Nona Ellis, vice-presidente na Lehman Brothers, estava sentada em sua mesa no edifício Three World Financial Center, quando foi informada de que uma explosão havia ocorrido na Torre Norte do Word Trade Center, praticamente do outro lado da rua, e que era preciso deixar o prédio.

"O nosso edifício não foi atingido, mas aquela foi a última vez que eu estive naquele escritório no 12º andar", relembrou Nona Ellis em conversa com a Folha em Nova York, cidade em que vive desde agosto de 1980.

Os acontecimentos daquele dia podem ser considerados tão bizarros e sem precedentes que apenas os formuladores das chamadas teorias conspiratórias se atrevem a perguntar abertamente: "Será que tudo aquilo é possível?".

Richard Drew - 11.set.2001/Associated Press
Homem se joga em meio ao incêndio provocado pela colisão dos aviões no World Trade Center, em NY
Homem se joga em meio ao incêndio provocado pela colisão dos aviões no World Trade Center, em NY

Em vídeos caseiros postados no YouTube, em sites com apresentação tosca e argumentos pouco fundamentados ou em documentários respeitados como "Loose Change", de Dylan Avery, há dezenas de perguntas que, de tão pertinentes, simplesmente não querem calar.

Há dúvidas sobre a veracidade das ligações telefônicas reveladas pelas investigações do governo, que teriam sido gravadas durante os voos, em pleno ar —acontece que, em 2001, a tecnologia disponível permitia que as tais ligações de celulares fossem feitas em terra, apenas, não da altitude em que os aviões estavam voando. Da mesma forma, ligações de 27 minutos como a da aeromoça Betty Ong seriam improváveis.

As teorias e conspirações são muitas. No entanto, se pelo menos uma delas é possível ou plausível, por que toda a trama ainda não foi revelada após 15 anos?

De acordo com uma pesquisa realizada pelo New York Times e pela CBS News em outubro de 2006, apenas 16% dos americanos achavam que o governo estivesse falando a verdade sobre os ataques de 11 de Setembro.

"Uma significativa parte da população americana e de outros países rejeita a explicação oficial sobre o 11 de Setembro. O que falta é o reconhecimento público nos principais jornais e redes de TV", diz à Folha, por e-mail, David Ray Griffin.

Griffin escreveu mais de dez livros sobre o tema 11 de Setembro, incluindo "The New Pearl Harbor", em que afirma ter encontrado evidências de que os ataques de 11 de Setembro foram orquestrados pleo governo de George W. Bush como um pretexto para levar adiante seus objetivos imperialistas.

"A maior parte dos americanos está no estado de ignorância em que eu estive nos primeiros dois anos. Eles não entendem, por exemplo, por que as Torres Gêmeas e o WTC 7 não poderiam colapsar por causa do fogo, mesmo que estes prédios fossem atingidos por aviões", afirma Griffin.

INVESTIGAÇÃO


Perguntas tais quais "como dois aviões podem derrubar três prédios?" —contando o vizinho WTC 7, onde ficavam escritórios do Pentágono e da CIA, e que não foi diretamente atingido pelas aeronaves— e "onde foram parar os demais quatro prédios que formavam o complexo?" tornaram-se foco de investigação científica para a cientista Judy Wood desde 11 de setembro de 2001.

Com graduações em engenharia civil, de mecânica e ciência de engenharia de materiais, Wood responde a essas e outras perguntas em seu livro "Where Did The Towers Go" (Para onde foram as torres), de 2010.

Conclusões chocantes, mas supostamente baseadas em evidências, estão presentes no livro em afirmações como "as Torres Gêmeas não queimaram"; "os detritos das torres não se chocaram contra o chão"; "as Torres Gêmeas se transformaram em pó, no meio do ar, enquanto caíam" —algo muito semelhante ao relatado por Nona Ellis ao descrever os "pequenos pedacinhos de prédio que choviam sobre Manhattan".

Steh McAllister -11.set.2001/AFP


Momento em que o segundo avião atirado contra o WTC atinge a torre sul durante o 11 de Setembro

De acordo com organização Architects and Engineers for 9/11 Truth (Arquitetos e Engenheiros pela Verdade do 11 de Setembro), todas as evidências mostram que a queda do WTC 7 foi uma demolição controlada clássica, quase tão metódica quanto as quedas livres e simétricas das Torres Gêmeas.

O livro Beyond Misinformation, (Além da Desinformação), lançado há um ano para marcar o 14º aniversário dos atentados, faz uma análise de todos os edifícios que sofreram colapsos causado por fogo (incluindo o edifício Joelma, em São Paulo, em 1974), e nenhum deles sofreu colapso total, apenas parcial.

Em 2005, o edifício de 29 andares Windsor Tower, em Madri, queimou por quase 24 horas antes de sofrer um colapso parcial —as Torres Gêmeas, em contrapartida, queimaram por apenas pouco mais de uma hora antes de colapsarem (ou serem destruídas, como afirma o livro).

"Além disso, se o motivo foi o fogo, "como a torre que foi atingida por último foi a primeira a cair?", questiona Ted Walter, membro da AE911Truth e autor principal do livro.

'FICÇÃO'

Morgan Reynolds, professor emérito de economia na Texas A&M University, não teve receio de afirmar abertamente à Folha que o 11 de Setembro foi "um evento encenado para a TV, feito para as duas horas de limiar de atenção do americano".

Em setembro de 2006, Reynolds, que foi economista-chefe do Departamento de Trabalho americano em 2001 e 2002, chamou a atenção do país em entrevista na Fox News, por ser o primeiro proeminente funcionário do governo Bush a declarar publicamente que os ataques de 11 de Setembro foram uma operação interna.

"É ficção. A comissão do 11 de setembro nunca tentou provar nada, porque é impossível provar uma mentira, este é o problema. Aconselho a todos que assistam ao vídeo com a penetração da Torre Sul, quadro por quadro, e o que você vai ver é uma apresentação de desenho animado, falso, porque um avião não pode atravessar direto um prédio como de aço e concreto como a Torre Sul como se ela fosse ar fino. Como um avião, feito em sua maior parte de alumínio, pode ser completamente absorvido por um prédio de concreto e aço? Onde está o impacto? Para onde foram os detritos?", questionou.



Steh McAllister -11.set.2001/AFP

Avião da United Airlines é atirado contra segunda torre do WTC, enquanto a primeira já se incendiava


Ex-capitão de diferentes companhias aéreas que pilotou mais de 160 tipos de avião em mais de 50 países, John Lear, filho do desenvolvedor do jato LearJet e retém diversos recordes mundiais de velocidade.

Assim como Morgan Reynolds, ele é um dos defensores da "No Planes Theory", hipótese segundo a qual nenhum avião Boeing-767 atingiu as torres. Lear trata das supostas velocidades dos aviões ao atingirem as torres —aproximadamente 795 km/h e 943km/h—, algo que seria impossível para tais aeronaves.

"E, mesmo que tal velocidade fosse possível, o piloto perderia o controle da aeronave, que provavelmente rodaria em círculos."

Nona Ellis relata que viu o contorno do avião na fachada da Torre Norte. "Você olha para a imagem como se fosse uma daquelas coisas hipnotizantes, porque você nunca viu algo assim antes", descreve.

No entanto, de acordo com a explicação de Lear, quando o nariz de um avião entra em contato com um prédio com colunas de aço, é impossível que os mastros das asas cortem as colunas do prédio. "Elas se espatifariam no chão, por causa da colisão", afirma.

Já o formato de avião impresso nas fachadas das torres chocou o mundo, mas é chamado por esses especialistas de "Efeito Papaléguas" (ou Roadrunner Effect), novamente numa referência ao personagem dos desenhos que atravessa portas ou paredes deixando a exata marca de sua silhueta. "Isso simplesmente não acontece" diz Reynolds.

RELATÓRIO

O relatório oficial do governo, "The 9/11 Commission Report", formalmente chamado de "Relatório Final da Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas contra os Estados Unidos", que teve as investigações conduzidas pelo NIST (National Institute of Standards and Technology), foi publicado em julho de 2004, a partir de um pedido de Bush e do Congresso americano para que os ataques fossem investigados.

Em março de 2007, Judy Wood, Morgan Reynolds e John Lear, representados pelo advogado Jerry Leaphart, entraram na Justiça com um Pedido de Correção (Request for Correction) do documento. Mesmo com a admissão do NIST no relatório de que não foram feitas buscas por explosivos, as alegações do trio foram rejeitadas.

Em 2010, o apelo feito por Leaphart à Suprema Corte também foi rejeitado, e o caso, encerrado. "Nós sabíamos que a possibilidade de perder o caso existia, o que também aconteceu com todos os demais processos, mas o que nós queríamos mesmo era fazer com que essas informações passassem a ser parte de arquivos públicos", afirma Leaphart.

Para o advogado, quando se é associado a teorias conspiratórias, a tendência é que não se seja levado a sério. "Por isso decidimos focar nas evidências que demonstram o aconteceu, em vez de tentar provar o porquê e como."

Apesar de todos os esforços legais já tomados, não há ainda uma explicação científica publicamente aceita que desvende o mistério dos dois aviões que "desaparecerem" dentro das Torres Gêmeas, além de tantos outros acontecimentos ocorridos há 15 anos. Em caso de dúvidas, que são muitas, os especialistas, não os conspiradores, advertem: "É só olhar as evidências".

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