quarta-feira, 13 de julho de 2016

“O xadrez é um jogo para a vida”


Jogador e professor, Daniel Brandão mostra que o xadrez oferece muito mais que pontos e troféus

Por Liziane Nathália Vicenzi


Tabuleiro da Vida – Nem mesmo a “Arte da Guerra”, de Sun Tzu seria capaz de explicar todos os passos para vencer uma partida de xadrez. Porém, pode ilustrar o quanto as artes marciais se aproximam do xadrez, e o quanto algumas determinações se encaixam na vida de algumas pessoas. Entre os preceitos, a disciplina e a interpretação de que as coisas são mais do que parecem ser, que transcendem o físico, o estático, para um universo artístico e infinito. Pessoas que veem o xadrez não somente como um jogo, mas como uma possibilidade de evolução pessoal.

Para iniciar esta guerra, não no sentido de luta, mas de aprendizado e descobertas, apresentamos Daniel Brandão Mariani, de 25 anos. Personagem de uma história em que o xadrez é o protagonista. Daniel começou a jogar xadrez na escola, observando a irmã dele jogar com as amigas. Nesta época tinha oito anos, e começou a jogar mesmo com apenas 15. A primeira experiência de Daniel foi em Matinhos – PR. Depois de jogar algumas partidas e perder “fácil”, decidiu que iria treinar, de forma engajada. Depois de três meses descobriu que existiam livros, torneios e softwares e que podia se dedicar muito mais ao esporte. “A verdade é que inicialmente eu só queria vencer. Depois passou a ter um caráter mais artístico. Comecei a querer entender o xadrez mais profundamente, independente de resultados”, explica.


Como na vida, encontros e desencontros são inevitáveis, Daniel estava prestes a conhecer outras coisas que o xadrez pode proporcionar –  como pessoas marcantes para toda a vida. Em um torneio de Joguinhos Abertos (competição estadual de até 19 anos), Daniel conheceu Amanda Paul Dull, (20).  Logo começaram a namorar, e depois decidiram morar juntos. Para Daniel, o xadrez foi o protagonista que os uniu. “Temos várias outras coisas em comum e outras atividades também, mas posso dizer que o xadrez esteve desde o começo no plano de fundo da nossa relação que acabou produzindo mais um possível enxadrista.” O possível enxadrista da declaração de Daniel é Kim Paul Mariani. O filho do
casal, de apenas três meses.

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.Daniel e o filho Kim Paul Mariani, nos Jogos Abertos de Santa Catarina – Jasc, (Novembro, 2014). Foto: Arquivo Pessoal

Conforme Daniel, a sua rotina hoje é totalmente focada nos tabuleiros: além de fazer parte da equipe de xadrez de Florianópolis (coordenada por Marcelo Pomar), ajuda o Clube de Florianópolis, e escreve para o blog Xadrez do Brasil – uma cobertura e crítica do xadrez brasileiro. Em parceria com o jogador e professor César Umetsubo e Marcelo Pomar desenvolve conteúdo e conduz as operações do Programa de Ensino Enxadrístico (Pense), uma cooperativa de professores que articula ensino-aprendizagem com material e método próprios.

Daniel considera ensinar mais difícil do que jogar.  Para ele, é necessária bastante sabedoria para lidar com as peculiaridades de cada aluno, pedagogia para que a troca com o aluno seja prazerosa e um conhecimento profundo do xadrez, que transcende a simples habilidade para vencer partidas.

Dificuldades batem à porta

Em relação a pensar em desistir do xadrez, Daniel destacou que já pensou nisso várias vezes. Para ele, ao longo de quase nove anos, alguns fracassos já o fizeram considerar parar tudo. Porém, a solução, segundo ele, é ter como foco ir além do ganhar ou perder. “Procuro buscar algum tipo de satisfação artística, como a criação e a superação. São os momentos de profunda concentração, a satisfação por resolver problemas e encontrar respostas, o prazer ao perceber uma maneira nova de ensinar uma velha técnica, que me motivam a continuar independente dos resultados sobre o tabuleiro”, destaca.

No sentindo financeiro, Daniel frisou que é possível viver de xadrez, porém com uma entrega intensa à atividade e desde que ensinando também, não apenas jogando. “Hoje não posso prescindir da bolsa municipal nem deixar de dar aulas particulares ou arbitrar, por exemplo, para apenas jogar. Creio que nem os Grandes Mestres podem ter esse luxo, o que ilustra um pouco da condição do enxadrista no Brasil”, reforça Daniel.

O xadrez vai além de um quadriculado preto e branco
Sobre as pessoas e os aprendizados mais marcantes nestes anos,  Daniel encara como uma “pergunta difícil”. Ele reforça a amizade com a Amanda, Pomar e Umetsubo. “Creio que essas foram às pessoas mais presentes e influentes na minha vida enxadrística, mas o xadrez também me presenteou com outras pessoas muito queridas. Os aprendizados não caberiam aqui, mas posso mencionar um dos principais, do qual vertem todos os outros ‘não há vitória sem luta’”, destaca.

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Daniel, e a namorada, também enxadrista, Amanda Paul Dull. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ainda cabe tempo para explicar que o xadrez transcende o jogo e é encarado como uma verdadeira arte para Daniel. “Parece-me que o xadrez é, em essência, uma luta onde duas vontades opostas se confrontam e apenas uma pode vencer. Consciente disso ou não, o enxadrista tem que desenvolver habilidades e virtudes necessárias para se tornar mais apto a vencer. A própria evolução constitui uma luta também e resulta no grande benefício do xadrez, que é se tornar uma pessoa mais forte para enfrentar desafios e mais apta a tomar decisões”.
E o futuro?
Daniel estuda Economia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e no momento não pôde continuar o curso, em função do nascimento de Kim. Ele destaca que pretende continuar a graduação, mas que atualmente a atividade principal é o xadrez e os planos implicam num envolvimento cada vez mais vigoroso com a atividade.
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Daniel disputa simultânea de xadrez (jogar ao mesmo tempo com vários adversários) em momento de descontração no Campeonato Mundial de Xadrez Escolar, em Juiz de Fora- MG


No quesito sonho como jogador, para Daniel o objetivos é ficar mais forte, contribuir para enriquecer o ambiente do xadrez, transmitir a magia do jogo, e ajudar outros competidores na busca por seus objetivos. “Acima de tudo, formar cidadãos capazes de pensar criticamente”, salienta. Em relação ao filho seguir este caminho, Daniel ressalta que “pode ser que ele queira tocar piano, estudar física ou dançar balé”. O professor e jogador explica que a expectativa é que o filho de dedique profundamente e se sinta pleno, independente da atividade que escolher, mesmo que não seja o xadrez.
Em relação aos jogadores que tomaram contato recentemente com o jogo, Daniel define que a vitória vem depois de um longo processo de erros e acertos. “O xadrez é um jogo para a vida. Não existem fórmulas mágicas, atalhos e raramente os resultados surgem em poucos meses. Há um mundo de conhecimento para adquirir, muitas habilidades para se treinar dia após dia e virtudes que só surgem depois de anos de experiências, muitas vezes dolorosas. O que posso dizer, com toda a honestidade, é que o xadrez oferece muito mais que pontos e troféus”, reforça Daniel.
Para finalizar, perguntei ao Brandão, se o xadrez sempre vale a pena. Nesta hora, lembrei que o jornalismo pede imparcialidade. Exige que o repórter não manifeste sua opinião, porém, jornalistas também têm sentimentos e opiniões. Então, se eu puder te dar um conselho, siga esta frase, e jogue ao menos uma partida na vida. “Sem dúvida. Triste é pensar quantas vidas serão vividas sem jamais desfrutar do prazer de uma boa partida”, responde Daniel Brandão.

"Começa o Começo"





Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: "Pai, começa o começo!”

O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim.

Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Não sou mais criança. E muitas vezes fico tão perdido sem saber pra quem pedir pra pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.

Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário para fazer tudo certo, para não decepcionar as pessoas que me amam, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis… Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta.

Quando a vida parecer muito grossa  “Pai, começa o começo!”


(Desconheço a autoria)

10 Conselhos que recebemos antes de vir para esse planeta




1. Você receberá um corpo. Poderá amá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu todo o tempo.

2. Você aprenderá lições. Você está matriculado numa escola informal de tempo integral chamada Vida. A cada dia, terá oportunidade de aprender lições. Você poderá amá-las ou considerá-las idiotas e irrelevantes.

3. Não há erros, apenas lições. O crescimento é um processo de ensaio e erro, de experimentação. Os experimentos ‘mal sucedidos’ são parte do processo, assim como experimentos que, em última análise, funcionam.

4. Cada lição é repetida até ser aprendida. Ela será apresentada a você sob várias formas. Quando você a tiver aprendido, passará para a próxima.

5. Aprender lições é uma tarefa sem fim. Não há nenhuma parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições a serem aprendidas e ensinadas.

6. ‘Lá’ só será melhor que ‘aqui’ quando o seu ‘lá’ se tornar um ‘aqui’. Você simplesmente terá um outro ‘lá’ que novamente parecerá melhor que ‘aqui’.

7. Os outros são apenas espelhos de você. Você não pode amar ou odiar alguma coisa em outra pessoa, a menos que ela reflita algo que você ame ou deteste em você mesmo.

8. O que você faz da sua vida é problema seu. Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que você faz com eles não é da conta de ninguém. A escolha é sua.

9. As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Você só precisa olhar, ouvir e confiar.

10. Você se esquecerá de tudo isso.. e ainda assim, você se lembrará.

4 atitudes que enfraquecem o vínculo emocional com seus filhos


enfraquecer o vínculo emocionalSer pai, mãe, avô, avó e, além disso, um educador eficaz, não é fácil. Cada criança vem a este mundo com necessidades próprias que devemos saber atender, com virtudes a serem potencializadas e emoções que devem ser incentivadas, orientadas e desenvolvidas.
Educar não é apenas ensinar as crianças a ler ou mostrar como podem realizar seu trabalho de pesquisa para o colégio com o computador. Ser pai ou mãe não é presentear os filhos com um telefone celular em seu aniversário, nem assegurar-nos de que colocamos o cinto de segurança neles cada vez que entram no carro. É muito mais que tudo isso.
Educar também é saber dizer “Não” e, ao mesmo tempo, dizer “Sim” com o olhar, porque educar não é apenas proibir, mas abrir o coração para os nossos filhos e reforçar cada dia o vínculo emocional que temos com eles, dando a entender que estamos juntos em cada instante para proporcionar-lhes maturidade como pessoas felizes e capazes.
Contudo, em algumas situações, mesmo que conheçamos a teoria não a aplicamos na prática. Além de pais e mães, também somos casal, empregados, empresários ou pessoas que querem trocar de emprego e que, possivelmente, ainda querem atingir novos objetivos profissionais. Tudo isso ocorre concomitantemente em nosso cotidiano e, sem saber como, começamos a cometer erros na educaçãode nossos filhos.
Se você for pai, se lembrará de quando foi filho e saberá, sem dúvida, o que você mais valorizou – e ainda valoriza! – ou do que mais sentiu falta nos seus dias de infância. Se a sua infância não foi especialmente feliz, entenderá quais aspectos romperam este vínculo emocional com os seus pais,esses erros que não devem ser repetidos sob nenhuma hipótese com seus filhos.
Falemos sobre isso.

1. Não os escutar

As crianças falam e também perguntam muito. Pegam você de surpresa com mil questionamentos, inúmeras dúvidas e centenas de comentários nos momentos mais inoportunos. Desejam saber, experimentarquerem compartilhar e desejam compreender tudo que acontece diante delas.
Tenha bastante claro que, se você mandar que fiquem quietas, se você as obrigar a ficar em silêncio, ou se não atender suas palavras, respondendo com severidade ou de forma rude, isso fará com que, no curto prazo, a criança deixe de se dirigir a você. E o fará privilegiando seus próprios espaços de solidão, atrás de uma porta fechada que não desejará que você cruze.

2. Castigá-los, transmitindo-lhes falta de confiança

São muitos os pais que relacionam a palavra educação com punição, com proibição, com um autoritarismo firme e rígido em que tudo se impõe e qualquer erro é castigado. Este tipo de conduta educativa resulta em uma falta de autoestima muito clara na criança, uma insegurança e, ao mesmo tempo, uma ruptura do vínculo emocional com eles.
Se castigamos não ensinamos. Se me limito a dizer para a criança tudo o que ela faz de errado, jamais saberá como fazer algo bem. Não dou a ela medidas ou estratégias, limito-me a humilhá-la. E tudo isso gerará nela raiva, rancor e insegurança. Evite sempre esta atitude. 

3. Compará-los e rotulá-los

Poucas coisas podem ser mais destrutivas do que comparar um irmão ao outro ou uma criança a outrapara ridicularizá-la, para dar a entender suas escassas aptidões, suas falhas, sua pouca iniciativa. En algumas ocasiões, um erro que muitos pais cometem é falar em voz alta diante das crianças como se elas não os escutassem.
É que o meu filho não é tão inteligente como o seu, é mais lento, o que se pode fazer”. Expressões como estas são dolorosas e geram neles um sentimento negativo que causará não apenas ódio em relação aos pais, mas um sentimento interior de inferioridade.

4. Gritar com eles e apoiar-se mais nas ordens do que nos argumentos

Não trataremos aqui de maus tratos físicos, pois acreditamos que não há pior forma de romper o vínculo emocional com uma criança do que cometer este ato imperdoável.
Mas temos de ser conscientes de que existem outros tipos de maus tratos implícitos, quase igualmente destrutivos. É o caso do abuso psicológico, esse no qual se arruína a personalidade da criança por completo, sua autoimagem e a confiança em si mesma.
Há pais e mães que não sabem dirigir-se de outra forma a seus filhos, sendo sempre através de gritos.Levantar a voz sem razão justificável provoca um estado de euforia e estresse contínuo nos filhos; eles não sabem em que se apoiar, não sabem se fizeram algo bom ou mau. Os gritos contínuos enfurecem e fazem mal, já que não há diálogos, apenas ordens e críticas.
Deve-se ter muito cuidado com estes aspectos básicos. O não escutar, o não falar e o não demonstrar abertura, compreensão ou sobrepor a sanção ao diálogo são modos de ir afastando aos poucos as crianças do nosso lado. Elas nos enxergarão como inimigos dos quais devem se defender e romperemos o vínculo emocional com eles.
Educar é uma aventura que dura a vida toda em que ninguém é um verdadeiro especialista. Contudo, basta apoiar-se nos pilares da compreensão, do carinho e em um apego saudável que proporcione a maturidade e a segurança nesta pessoa que é também parte de você.
enfraquecer o vínculo emocionalImagem cortesia: Gabriela Silva, Nicolás Gouny, Whimsical

Por que O GOOGLE nao se importa com diplomas



O Vice-Presidente de Relações Humanas, Laszlo Bock, apresentou algumas ideias ao New York Times sobre como ele classifica uma multidão de brilhantes candidatos. O resultado é que o Google valoriza as habilidades e experiências que os candidatos adquirem na faculdade, mas um diploma não quer dizer que são talentosos ou perseverantes. Você não precisa de um diploma para ser talentoso “Quando você olha para as pessoas que não foram para a escola e conseguiram seu lugar no mundo, sabe que esses são seres humanos excepcionais. E devemos fazer de tudo para encontrá-los”, disse Bock. 

Muitas empresas “exigem” um diploma universitário; no Google, a palavra “universidade” não faz nem parte do guia oficial de contratação. Com o aumento de cursos universitários individuais e aprendizagem profissional, muitas pessoas dedicadas podem aprender, por conta própria, as habilidades necessárias para trabalhar na empresa. Demonstre uma habilidade, não uma especialização “Se você pegar alguém que tem alta habilidade cognitiva, é naturalmente curioso, deseja aprender e tem habilidades emergentes de liderança, e você o contratar para ser do RH ou do financeiro, e ele não conhecer o conteúdo, e você compará-lo com alguém que faz apenas uma única coisa e é um especialista mundial, o especialista vai dizer: “Eu já fiz isso mais de 100 vezes; é assim que se faz”, disse Bock. 

Diplomas universitários são, quase por definição, certificados de especialidade. A licenciatura em Jornalismo é um crachá gigante cuja função é dizer ao mundo que você sabe, pelo menos um pouco, sobre a profissão de contar histórias e entrevistar pessoas. Mas um diploma não diz o que o formando pode fazer. Ele pode apresentar uma ideia em frente ao público? Ele pode construir um site? Ele pode pensar, com interesse, sobre problemas ou só passou nas provas? A lógica é aprendida e as estatísticas são de extrema importância “Seres humanos são, por natureza, criativos, mas não são seres de pensamento lógico e estruturado. Essas habilidades você tem que aprender”, aponta Bock. “Eu estudei estatística na faculdade de administração e isso foi transformador para minha carreira. 

Treinamento analítico te dá um conjunto de habilidades que te diferenciam da maioria das pessoas no mercado de trabalho”. O pensamento lógico vai além da programação. Por exemplo, em 2010, o Facebook fez um post afirmando que os candidatos políticos com mais fãs tinham maiores chances de vencer a disputa, implicando que conseguir mais fãs no Facebook iria melhorar suas chances. Em termos claros, este foi um argumento incrivelmente ruim. 

Talvez, os candidatos mais populares só passaram a ter mais fãs. E os candidatos com menos fãs que venceram suas disputas? Nesses casos, por que o número de fãs não fez diferença? Os funcionários do Facebook que fizeram as estatísticas entendiam o básico de lógica, mas não demonstraram um pensamento analítico. Peneirar dados requer formação nas mais recentes técnicas de compreensão da casualidade e criatividade para explorar padrões. (E o Facebook se tornou muito melhor em suas afirmações políticas desde 2010). Prove sua perseverança “Parece que o que separa os estudantes capazes, dos realmente bem sucedidos, não é seu conhecimento, mas sua persistência em algo”, explica o presidente do Google, Eric Schmidt. 

Para algumas pessoas, a faculdade é fácil. Eles conseguem jogar 10 partidas de beer pong até as 04h e, mesmo assim, gabaritam a prova de química orgânica no dia seguinte, enquanto seu colega de quarto está com os olhos vermelhos de tanto estudar e marcando pontos importantes do livro com várias cores diferentes. Um diploma universitário não pode dizer ao Google se o candidato é naturalmente inteligente ou se é um trabalhador esforçado. Aparentemente, o Google prefere preparar alguém que seja perseverante em vez de alguém preguiçoso com notas altas. Se for para a faculdade, concentre-se nas habilidades “Minha opinião não é que não se deve ir para a faculdade.

A maioria não pensa direito sobre o motivo de ir e o que esperam disso”, acredita Block. Bock e Schmidt insistem que a maioria das pessoas deveria ir para a faculdade, mas que as competências e as experiências são mais importantes do que um carimbo de especialização. Bock diz que o Google olha quais tipos de projetos o candidato completou ou o que ele alcançou em um estágio. Honestamente, não lembro quando foi a última vez que alguém me perguntou qual foi a especialização da minha faculdade. 

Se você quer um emprego no Google (ou alguma outra empresa de prestígio), não se concentre tanto em sua especialização e certifique de se formar com as competências e experiências que você precisa para realizar coisas incríveis no mundo. Texto originalmente publicado no site VentureBeat por Gregory Ferenstein. 

by tutano.trampos

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Toffoli: o réu que virou juiz


Em 14 de julho de 2012:

MARIO GUERREIRO *


Encontrei na Internet esta breve biografia fornecida por uma fonte confiável. Nome: José Antonio Dias Toffoli. Profissão (atual): Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Idade: 41 anos (em 2012). Formado pela USP como bacharel em Direito.
Livros de reconhecido valor jurídico: se os escreveu, nunca os publicou. Escreveu e publicou apenas dois artigos. Pós-Graduação latu sensu: nunca fez. Mestrado: nunca fez. Doutorado: também não fez.
Mas teve o inegável mérito de não dizer que os fez em seu curriculum na Internet, diferentemente de Dilma e Mercadante, que colocaram em seus curriculi que eram Doutores em Economia, tendo sido desmentidos prontamente pelo CNPq e pela UNICAMP.
 
Reprovado em concursos para juiz estadual em São Paulo, Toffoli abriu um escritório de advocacia e começou a atuar em movimentos populares. E foi justamente aí que começou seu caminho para a glória, como tantos outros neste País…
 
Em sua militância, aproximou-se do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) e deu o grande salto na carreira ao unir-se ao PT. Aproximou-se de Lula e José Dirceu, que o escolheram para ser o advogado das campanhas 1998, 2002 e 2006.
 
Com a vitória de Lula, foi nomeado Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, então comandada por José Dirceu.
 
Com a queda do chefe, pediu demissão e voltou à banca privada. Longe do governo, trabalhou na campanha para a reeleição de Lula, serviço que lhe rendeu 1 milhão de reais em honorários. No segundo mandato, voltou ao governo como chefe da Advocacia-Geral da União.
Toffoli é duas vezes réu! Ele foi condenado pela Justiça em dois processos que correm em primeira instância no estado do Amapá. Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de R$700.000,00 (setecentos mil reais) – dinheiro recebido “indevidamente e imoralmente” por contratos “absolutamente ilegais”, celebrados entre seu escritório e o governo do Amapá.
Um dos empecilhos mais incontornáveis para ele é sua visceral ligação com o PT, especialmente com o ex-ministro José Dirceu acusado de chefe da quadrilha do mensalão.
 
De todos os oito ministros indicados por Lula para o Supremo, Toffoli é o que tem mais proximidade política e ideológica com o presidente e o partido. Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista. E esta simbiose foi, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao Supremo.
No dia 23/10/2009 ocorreu a posse de Dias Toffoli como ministro do STF (indicado pelo Presidente Lula). Algumas atividades como Ministro do STF: Ao longo de oito meses no STF ele participou de julgamentos polêmicos e adotou posturas isoladas.
 
Em março, foi o único entre dez ministros que votou favoravelmente ao pedido de habeas corpus para libertar José Roberto Arruda (Dem-DF), ex-governador do Distrito Federal. Em maio, votou pela absolvição do deputado federal Zé Gerardo (PMDB-CE), primeiro parlamentar condenado pelo Supremo desde a Constituição de 1988 (o julgamento acabou em 7 a 3).
Duas semanas depois, indeferiu um pedido de liminar em habeas corpus em favor do jornalista Diogo Mainardi, em processo no qual foi condenado por calúnia e difamação.
[Mainardi é crítico da gestão petista e de Lula. Está morando atualmente em Veneza, devido a ameaças de morte que recebeu. Mas participa do programa Manhattan Connection, transmitido de Nova Iorque, juntamente com outros jornalistas, num canal da TV a cabo.
 
Talvez o mesmo motivo que levou Olavo de Carvalho, autor de O Imbecil Coletivo (Rio de Janeiro, Faculdade da Cidade Editora), a passar a morar nos EEUU. Esperamos ardentemente que os próximos não sejam dois outros impiedosos críticos do status quo:
 
O jornalista e escritor Leandro Narloch, autor de Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil (São Paulo, Editora Leya) e Luiz Felipe Pondé, professor de Filosofia da USP e autor de Guia Politicamente Incorreto da Filosofia (São Paulo, Editora Leya). Ambos os livros em primeiro lugar no ranking dos best-sellers no Brasil.]
 
Toffoli, que também é ministro-substituto do Tribunal Superior Eleitoral, pediu vista de um dos processos por propaganda eleitoral antecipada contra Lula e a presidente pelo PT, Dilma Rousseff. O julgamento avaliava um recurso contra uma decisão que multou os dois, nos valores de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, e que foi determinada pelo ministro Henrique Neves no dia 21 de maio.
Esse foi o breve curriculum recebido por mim. Não quero fazer comentários, mas acho que é a primeira vez em todo o mundo que um réu condenado na primeira instância da Justiça é escolhido, pelo Presidente do país, como juiz da última instância.
 
Como é certo que o advogado de Toffoli recorrerá até seus dois processos chegarem ao STF, esperamos sinceramente que ele alegue impedimento de atuar num julgamento em que, caso atuasse, estaria desempenhando, ao mesmo tempo, os distintos e incompatíveis papéis de juiz e de réu.

* Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

BEautiful! Esperamos que a determinação do povo britânico, que decidiu assumir riscos em nome de sua Liberdade, inspire outros povos ao redor do globo, a começar pelo povo brasileiro.


Referindo-se à esta revolução pela soberania da Grã-Bretanha, Nigel Farage, líder do UKIP (Partido pela Independência do Reino Unido), disse que sua vitória foi conquistada “sem disparar um tiro sequer”. Na madrugada da apuração do referendo que decidiu o futuro do Reino Unido na Europa, Farage também declarou: 

“Senhoras e senhores, ousem sonhar: o sol nascerá sobre um Reino Unido Independente. Esperamos que a nossa vitória venha a derrubar este projeto falido [a União Europeia] ... e nos leve a uma Europa em que Estados-Nação soberanos possam fazer comércio juntos, sejam amigos, façam negócios juntos ... Que o dia 23 de junho entre para a História como o nosso Dia da Independência.” [1]

A vitória do “Brexit” seria confirmada horas depois, momento em que a desinformação foi sincronizadamente deflagrada pela imprensa militante em todo o mundo. Termos como “xenofobia”, “extrema-direita” e “isolacionismo” inundaram as manchetes e profecias apocaliticas foram dadas ao Reino Unido: sem a Europa, a Grã (Grande) Bretanha se tornará uma “Little England” (Pequena Inglaterra).

A raiz de toda a histeria midiática em torno deste êxodo britânico está no utópico ideário de comunidade global difundido pela intelligentsia socialista. Para Marx, a classe operária não têm nacionalidade e o proletariado é, em si mesmo, a Grande Pátria [2]. Valores como patriotismo e soberania nacional são vistos como empecilhos à implantação do Paraíso Globalista e a supremacia do proletariado depende, portanto, da destruição das “construções geopolíticas burguesas” — os Estados-Nação.

O “Brexit” é a reivindicação da independência da Grã-Bretanha — a terra da Magna Carta — que por mais de quatro décadas esteve sob o jugo voluntário de um corpo burocrático estrangeiro, composto por representantes de rostos desconhecidos, não eleitos pelo povo. Ao contrário do que tem sido noticiado pela imprensa militante, os partidários do “Leave” (Sair) não defendem o isolacionismo, mas sim uma Europa em que “Estados-Nação soberanos possam fazer comércio juntos, sejam amigos [e] façam negócios juntos” sem que para isso tenham que abrir mão de sua soberania nacional.

Toda nação soberana tem o direito de autogovernar-se, de proteger sua identidade nacional, de regulamentar sua própria carga tributária, de controlar suas fronteiras e escolher quem adentra seu território, de gerenciar sua própria indústria, entre outras coisas, sem a intromissão de burocratas estrangeiros. O anti-nacionalismo transvestido de “humanitarismo” é o pseudo-evangelho daqueles que pregam um mundo sem fronteiras e falam em defesa das “minorias oprimidas” (neste caso, os imigrantes). Globalistas são arautos da tirania e assassinos silenciosos da democracia, como bem dito em 2010 por Farage a Herman van Rompuy, então presidente da União Europeia (2009 - 2014).

Esperamos que a determinação do povo britânico, que decidiu assumir riscos em nome de sua Liberdade, inspire outros povos ao redor do globo, a começar pelo povo brasileiro.

REFERÊNCIAS

[1] The Telegraph: “Dawn is breaking over independent UK”. Disponível em http://goo.gl/SfawiH.
[2] Manifesto do Partido Comunista. Capítulo 2: Proletários e Comunistas. Versão digital, disponível emhttps://goo.gl/DrDdix.

Tradução: Hugo Silver
Revisão: Flávio Ghetti

Visite: http://tradutoresdedireita.org

Vídeo original: https://youtu.be/bypLwI5AQvY

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Vinte anos após morte de PC Farias, seu irmão é acusado de corrupção em AL


Carlos Madeiro
Colaboração para o UOL, em Barra de Santo Antônio (AL)

  • O prefeito de Barra de Santo Antonio, Rogério Farias, irmão de PC Farias, é acusado de desviar verbas da educação e da previdência
    O prefeito de Barra de Santo Antonio, Rogério Farias, irmão de PC Farias, é acusado de desviar verbas da educação e da previdência
A morte de Paulo César Farias completa duas décadas nesta quinta-feira (23). O crime -- que nunca teve autoria apontada pela Justiça -- marcou o fim de uma trajetória marcada por escândalos do ex-tesoureiro da campanha à Presidência de Fernando Collor de Mello, em 1989.
Vinte anos depois, a família Farias segue como sobrenome forte na política alagoana e, agora, um dos seus irmãos é alvo de denúncias de desvio de verbas.
Rogério Farias (PSD), prefeito da pequena Barra de Santo Antônio (a 45 km de Maceió), é acusado pelo MP (Ministério Público) de Alagoas de deixar de pagar professores para construir uma pousada de luxo recém-inaugurada na famosa praia de Carro Quebrado, no mesmo município. O bem foi repassado aos filhos -- o que, segundo os investigadores, seria uma forma de ocultar patrimônio. O prefeito nega as acusações (veja a íntegra das respostas no fim do texto).
Rogério chegou a ser afastado do cargo por mais de 70 dias por conta da acusação, mas retornou esta semana à prefeitura. O retorno dele causou protestos de moradores, na terça-feira (21) na porta do Tribunal de Justiça de Alagoas, em Maceió.
Ormuzd Alves - 2.dez.1993/Folhapress
Paulo César Farias, tesoureiro da campanha eleitoral Fernando Collor de Mello, morto há 20 anos
A família Farias sempre teve representação política forte no Estado, mesmo depois da morte de seu nome mais conhecido. Atualmente, além de Rogério Farias, a filha dele, Camila Farias (PTB), é prefeita de outro município também na região norte do Estado: Porto de Pedras. Outros dois filhos, Simony Farias e Rogério Fárias Filho, eram secretários na cidade governada pelo pai. Rogério Filho chegou a ser vice-prefeito de Paripueira, cidade onde Simony é pré-candidata à prefeitura em 2016.
Além do clã de Rogério, outro irmão de PC Farias que enveredou na política foi Augusto Farias, que foi deputado federal entre 1991 e 2003 e 2007 a 2011. Hoje, deixou de disputar cargos eletivos e se dedica a negócios particulares.

Carreira política

Beto Macário/UOL
O atual prefeito de Barra de Santo Antônio, Rogério Farias, tem seu nome em uma ponte da cidade. O Ministério Público questiona
Desde 2000, Rogério Farias ocupa cargos eletivos. Além de Barra de Santo Antônio, ele foi eleito prefeito de Porto de Pedras, em 2008, mas acabou tendo o registro cassado após ação do MPE (Ministério Público Eleitoral), porque ele estava indo para uma terceira eleição – já que ele foi prefeito da Barra de Santo Antônio entre 2000 e 2008, por dois mandatos.
Rogério Farias é alvo de pelo menos duas ações civis públicas que pedem seu afastamento. No início de abril, a Justiça chegou a afastá-lo por conta do processo de desvio de recursos da educação. Porém, no domingo (19), durante um plantão judiciário, o presidente do Tribunal de Justiça, Washington Luiz Freitas, determinou o retorno dele ao cargo -- o que ocorreu na terça-feira (21). 
Rogério é acusado de comandar um desvio recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), deixando de pagar o salário de professores. O dinheiro teria sido usado na construção de uma pousada de luxo. A ação cita, além de Rogério, a esposa dele e três filhos. Entre as citadas está Simony Farias --pré-candidata à prefeita de Paripueira-- e a prefeita Camila Freitas.
O promotor Vinícius Ferreira Calheiros Alves, que aponta "indícios severos de ilícito enriquecimento",  alega que a pousada Jirituba foi registrado na Junta Comercial de Alagoas com capital social de R$100 mil. Todavia para o MP, a pousada custou, entre terreno e construções, pelo menos R$ 5 milhões.
Rogério e a família são acusados de ocultar o bem para, segundo o promotor, "dissimular seu ilícito enriquecimento", pensando nas próximas eleições. O irmão de PC Farias, no entanto, diz que não quer mais se candidatar.
Em sua decisão em que afastou temporariamente o prefeito do cargo, o juiz John Silas da Silva alega que "os repasses do governo federal estavam regulares e não havia justificativa para o não-pagamento dos vencimentos". Em setembro de 2015, os servidores da educação fizeram uma greve para cobrar o pagamento de salários.
Segundo a ex-diretora do Sindicato dos Servidores da Educação de Alagoas, Catarina Ferro, que foi secretária interina de Educação durante o afastamento de Farias, havia, inclusive, falta de merenda nas escolas municipais.

Previdência sem recursos

Além de ser acusado de desvirar recursos do Fundeb, Farias é alvo de outra ação que resultou em pedido de afastamento. Ele teria deixado de repassar dinheiro recolhido da Previdência Social dos servidores, gerando um prejuízo de R$ 6.297,488,30. No processo, também é citada sua filha, Simony Farias, que foi secretária de Saúde do município.
Por causa desse processo, o mesmo juiz Silas voltou a afastar o prefeito na segunda-feira (20), mas no dia seguinte o magistrado saiu da comarca e tornou sem efeito a medida. O novo juiz, Wilamo de Omena Lope, deve agora analisar o pedido cautelar do MP para decidir se afasta ou não.
Mesmo com as denúncias, a família Farias é sempre lembrada em obras do município, como na creche-escola Rume Farias, no ginásio Augusto Farias e até na maior obra já realizada no município, a ponte Rogério Farias –que liga a cidade à Ilha da Crôa. O MP também recomendou que nomes de pessoas vivas fossem retirados de logradouros públicos, mas não foi acatado.

Pousada de luxo

Beto Macário/UOL
Pousada de luxo em Barra de Santo Antônio (AL) de propriedade da família de PC Farias
UOL visitou a pousada nesta quarta-feira (22). O local fica à beira-mar de uma área nobre da praia de Carro Quebrado. Próximo à pousada, há uma placa indicando que o governo federal vai investir mais de R$ 200 mil na drenagem e asfaltamento da rua que dá acesso ao novo prédio da família.
O luxo é uma das marcas principais do local, que logo na entrada tem um heliponto. A pousada conta com uma grande piscina e uma academia com vista para a praia. Uma diária no local, para este fim de semana (baixa temporada), não sai por menos de R$ 400 o casal. Em sites de reserva de vagas, para julho, essa diária sobe para no mínimo R$ 760.
Beto Macário/UOL
Uma das várias ruas sem asfalto e saneamento básico de Barra de Santo Antônio (AL)
Já a cidade de Barra de Santo Antônio, apesar das praias paradisíacas e da presença constante de turistas, é marcada pela pobreza dos seus 15 mil habitantes. O esgoto é a céu aberto e várias ruas não têm calçamento. A mortalidade infantil na cidade, em 2010, por exemplo, era o dobro da média brasileira –33,1 contra 17,6 por cada mil pessoas, segundo dados do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Uma servidora da saúde, que pediu para não ter a identidade revelada, lembra que, nos últimos meses de gestão antes do afastamento de Farias, havia falta de remédios e insumos e o carro que leva pacientes para hemodiálise em Maceió ficou parado por três meses.

Outro lado

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Irmão de PC Farias, Rogério Farias
Em entrevista ao UOL, Rogério negou as acusações e refutou a acusação de desvio de recursos.
Sobre a construção da pousada, ele afirma que foi construída com dinheiro próprio. "Construí porque me desfiz de fazenda, contrai dois empréstimos em dois bancos, vendi apartamento para poder investir. E o Fundeb que dizem que desviei, eu mandei a folha toda de pagamento para o MP. Não quiseram analisar para dar um afastamento sem necessidade", disse.
Sobre os salários dos servidores, o prefeito disse que não pagou o dezembro de 2015 -- que até hoje está em aberto, mas pagou o 13º.
O prefeito explica que fez um acordo para pagar o mês de dezembro apenas em abril. "Fizemos um acerto para pagar quando o remanescente de 2015 chegasse, porque [em dezembro] não existia recursos suficientes, e o sindicato optou que pagasse o 13º [em vez da folha de dezembro]. Ficou pactuado que seria pago pelo governo federal em abril, quando chegasse o remanescente do recurso, que este ano chegou em abril".
"Durante o ano, há atrasos nos pagamentos pelo governo federal, às vezes pagam menos no ano anterior, e no seguinte repassa", complementou.
Sobre os recursos não repassados à Previdência, Farias diz que deixou de pagar uma parte por falta de recursos. "Eu repassei todos os meses os valores referentes à folha de pagamento. A última que paguei era R$ 180 mil. Mas a dificuldade que as prefeituras atravessam levam a cometer esse pecado. O que eu descontava do servidor eu repassava todo, e a parte do empregador repassava, mas com um resíduo. Mas não dá desse montante, não existem esses seis milhões citados. Nem a arrecadação do ano dá isso. Em um ano todo não chega nem a metade", garantiu.
Sobre a ponte que leva seu nome, o prefeito disse que não teve participação na escolha. "Os vereadores quiseram me agraciar, não fui eu quem pediu. Fui eu precursor, fui eu quem busquei o dinheiro, fiz o projeto e briguei muito para construir essa ponte", explicou.
Com a crise e denúncias que enfrenta, o prefeito diz que não vai disputar a reeleição. "Não sou candidato a nada! Não estou tenho mais vontade, prefiro cuidar dos meus negócios. Assim não passo mais por essa aporrinhação, essas inimizades gratuitas, tantas mentiras. Estou fora disso", finalizou. 








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