domingo, 2 de novembro de 2014

Mais de 1.500 cidades do Nordeste estão em situação de emergência por causa da seca


Maioria nos Estados da PB, RN e PE; esta é a pior estiagem dos últimos 50 anos 
    Do R7, com Jornal da Record
            Sol forte já acabou com plantações e rebanhos inteiros morreramReprodução/Rede Record
O Ministério da Integração Nacional reconheceu situação de emergência em 1.567 cidades do Nordeste. A maioria nos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Esta é a pior estiagem dos últimos 50 anos.
O sol forte já acabou com as plantações e rebanhos inteiros morreram. O gado que sobreviveu se alimenta com palma porque o pasto secou. Em Gravatá, a 100 km de Recife, a prefeitura decretou duas vezes situação de emergência em menos de um ano, como explica o secretário de defesa social de Gravatá, Alesandro Andrade.
— Muitos deles até dividem com o gado a sua própria comida porque o dinheiro de fazer sua feira, diminui um pouquinho e compra ração para o gado. 

Petrolão: PPS pede convocação de sócios de agência que teria intermediado propina


O líder do PPS na Câmara, deputado federal 

Rubens Bueno (PR), protocolou nesta
 terça-feira requerimento para ouvir na CPI 
Mista da Petrobras os empresários Ricardo
 Marcelo Vilani e Luciana Mantelmacher, 
sócios da agência de publicidade
 Muranno Marketing/Brasil. A empresa, 
segundo depoimento do doleiro Alberto
 Youssef, teria recebido, a mando do
 ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
 R$ 1 milhão para não revelar o
 esquema do “petrolão”. 
Além da convocação, o parlamentar pediu 
também a quebra de sigilos bancário, fiscal
 e telefônico da empresa.

O caso foi revelado na última sexta-feira pela revista Veja e esmiuçado com mais detalhes no sábado pelo
 jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a reportagem, a Polícia Federal identificou dois repasses, num total
 de R$ 1,7 milhão, à agência Muranno via MO Consultoria, empresa do doleiro de Youssef. “O repasse é
 datado de 22 de dezembro de 2010. Houve ainda outros três depósitos à agência, num total de R$ 509
 mil, nos dias 12 e 13 de janeiro de 2011, feitos pela empresa Sanko Sider, também investigada pela
 (operação  da Polícia Federal) Lava Jato”, relata o jornal.

Para o líder do PPS, as informações batem com os dados já colhidos pela CPMI da Petrobras. “Realmente
 existem repasses para a agência e conseguimos rastrear parte das informações que a Polícia Federal já tem
 em mãos. É necessária a imediata convocação dos donos dessa agência e a quebra de sigilos da empresa.
E, numa segunda fase, teremos que ouvir o ex-presidente Lula, já que, segundo o doleiro Alberto Youssef,
 foi dele que partiu a ordem para o pagamento da propina”, afirmou Rubens Bueno.

No depoimento que prestou a Justiça, o operador do esquema revelou:

- O Lula ligou para o Gabrielli e falou que tinha que resolver essa merda.

Além de Lula, outro personagem do esquema que precisa se explicar, segundo o deputado, é o ex-presidente
 da Petrobras José Sergio Gabrielli.

“Ele precisa explicar se orquestrou mesmo o pagamento do ‘cala boca’. Assim como no mensalão, quando
 o publicitário Marcos Valério era o elo para o pagamento de propinas para partidos e políticos, a operação
 Lava Jato está apontando que outra agência era usada para pagar as mesadas do petrolão. Precisamos
aprofundar a investigação e identificar toda essa teia criminosa”, defendeu Rubens Bueno, lembrando que a
presidente Dilma Roussef e o PT também têm responsabilidade por todo esse esquema já que, segundo o
doleiro Youssef, tinham o conhecimento de tudo.

by Rubens  Bueno

Doleiro diz que Lula ordenou pagamento a agência suspeita


Por Ricardo Brandt e Fausto Macedo

O doleiro Alberto Youssef afirmou nos termos de sua delação premiada que o então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva teria dado uma ordem em 2010 ao então presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, para que ele resolvesse uma pendência com uma agência de publicidade suspeita de integrar o esquema de corrupção na Petrobrás.

Foto: Tasso Marcelo/Estadão
“O Lula ligou para o Gabrielli e falou que tinha que resolver essa merda”, revelou o doleiro em um dos seus vários depoimentos que vem prestando à Justiça a fim de tentar reduzir sua pena ao colaborar com as investigações da Operação Lava Jato.
Youssef, que está preso sob acusação de integrar um megaesquema de lavagem de dinheiro que envolvia contratos milionários da Petrobrás, não deu detalhes sobre como ficou sabendo desse suposto telefonema.

No depoimento, Youssef afirmou que, depois da suposta ordem, Gabrielli teria acionado o então diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, outro personagem central do caso, e pedido para que ele usasse “o dinheiro das empreiteiras e passasse para a agência”.
Empreiteiras são suspeitas de pagar pedágio ao esquema com o objetivo de obter contratos da Petrobrás. Esse pedágio seria usado para abastecer partidos da base do governo Lula e do governo da presidente Dilma Rousseff, segundo disseram o doleiro e o ex-diretor da Petrobrás em suas delações premiadas. A dupla implicou o PT, o PMDB e o PP. Costa ainda afirmou que o PSDB, da oposição, recebeu dinheiro para ajudar abafar uma CPI sobre a Petrobrás em 2009.
Foto: Fabio Motta/Estadão
Repasses. A agência de publicidade que teria recebido o repasse de empreiteiras, ainda segundo disse Youssef, é a Muranno Marketing/Brasil. Trata-se de uma empresa suspeita de integrar o esquema de propinas.
Segundo o doleiro, a agência tinha valores a receber e, em razão disso, ameaçava tornar pública a corrupção na Petrobrás.
Youssef não cita datas nem como foi feito o pagamento à agência. A Polícia Federal, porém, identificou dois repasses, num total de R$ 1,7 milhão, à agência via MO Consultoria, empresa do doleiro. O repasse é datado de 22 de dezembro de 2010. Houve ainda outros três depósitos à agência, num total de R$ 509 mil, nos dias 12 e 13 de janeiro de 2011, feitos pela empresa Sanko Sider, também investigada pela Lava Jato.
Ouviu dizer. Além do suposto telefonema entre Lula e Gabrielli, o doleiro fez outras referências a Lula e à suposta ciência do Palácio do Planalto em relação ao esquema: “Todas as pessoas com quem eu trabalhava diziam o seguinte: ‘todo mundo sabia lá em cima, que tinha aval para operar. Não tinha como operar um tamanho esquema desse se não houvesse o aval do Executivo. Não era possível que funcionasse se alguém de cima não soubesse, as peças não se moviam”.
O doleiro também disse no depoimento da delação: “Era impossível o Lula governar se não tivesse esse esquema. O Lula era refém desse esquema”, afirmou. Como exemplo, citou o episódio da disputa pela Presidência da Câmara dos Deputados em 2005. Na ocasião o PT queria no cargo o então deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), mas teve que se curvar à exigência de José Janene (PP-PR), que morreu em 2010 e é apontado como a ponte entre o esquema e o Congresso. Na época, Janene teria imposto o nome de Severino Cavalcanti (PP-PE) para o comando da Câmara. Cavalcanti acabou eleito.
Youssef é apontado como sócio de Janene e suposto criador do esquema de propina na Petrobrás comandado pelo PP.  O doleiro, que ainda não teve a delação homologada pela Justiça, diz que ainda apresentará provas sobre suas declarações. O esquema teria atuado entre 2004 e 2012, período em que Costa esteve na diretoria de Abastecimento da Petrobrás.
COM A PALAVRA, A DEFESA:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “não comenta vazamentos parciais de delação premiada, nem depoimentos aos quais sequer teve acesso”.
O ex-presidente da Petrobrás (2005-2012), hoje secretário de Estado de Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, rechaçou com veemência as informações do doleiro Alberto Youssef em sua delação.
Por meio de sua assessoria, Gabrielli assegura que jamais tratou de eventuais problemas de pagamentos a agências de publicidade com o doleiro, alvo da Operação Lava Jato, “ou com qualquer outra pessoa”.
Gabrielli esclareceu, ainda, taxativamente, que “não conhece o senhor Alberto Youssef e nunca teve qualquer tipo de contato presencial ou telefônico com ele ou com pessoas ligadas às suas empresas”. Para o ex-presidente da Petrobrás, “as falsas informações atribuídas à delação premiada do doleiro são uma tentativa desesperada de interferir no 2.º turno das eleições”.
“Os advogados do ex-presidente já analisam medidas judiciais cabíveis para reparar as acusações infundadas divulgadas”, destacou a assessoria.
A Muranno Marketing foi procurada nos contatos disponíveis e ninguém foi localizado.
O criminalista Antonio Figueiredo Basto, que comanda o núcleo de defesa de Youssef, argumentou que não pode comentar o depoimento de seu cliente no âmbito da delação premiada porque ela é protegida pelo sigilo. Ele afirmou que Youssef nunca citou a ele os nomes da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. “O Beto (Youssef) me disse apenas que tudo ‘vinha lá de cima’, Lamento que esse clima de eleição está gerando loucura no Brasil, muita especulação.”
Basto diz suspeitar que o vazamento da delação “é obra de algum grupo econômico que quer ‘melar’ a delação”. “Eu não posso desmentir nem confirmar (os dados da delação) porque a defesa não ficou de posse dos depoimentos.”
by Estãdao

Algumas charges do Escândalo "Petrolão"








Como as leis contra a corrupção nos EUA obrigaram a direção da Petrobras a se mexer; já não basta Graça Foster fechar a cara em depoimentos previamente ensaiados; agora, a coisa ficou feia!




A Petrobras está numa encalacrada, e a questão, agora, deixou de ser local. Não dá mais para fingir que se investigam isso e aquilo. Já não basta mais à presidente da empresa, Graça Foster, ir ao Congresso e responder a perguntas a que teve acesso previamente, transformando o que deveria ser esclarecimento em pantomima. A seriedade da coisa subiu de patamar. O busílis é o seguinte: a PricewaterhouseCoopers, auditoria responsável por avaliar os balanços da estatal, resolveu pressionar a direção da empresa a aprofundar as investigações das roubalheiras na estatal, segundo critérios das leis anticorrupção dos EUA. Ou a gigante brasileira fazia isso, ou a Price deixaria de analisar seus balanços.
E que consequências isso teria? A auditoria informaria ao conselho da Petrobras a sua decisão; se, ainda assim, nada fosse feito, a Price informaria à SEC (órgão que regula o mercado de capitais nos EUA) o rompimento do contrato. Seria um golpe gigantesco na credibilidade da estatal no mercado internacional, isso num momento delicado, em que a empresa depende vitalmente de financiamento externo. Sem a análise do balanço, a Petrobras estaria fora do mercado.
Parece piada, mas é assim: foi preciso que as leis americanas fossem evocadas para que a Petrobras se coçasse e decidisse investigar a sem-vergonhice. Dois escritórios especializados em leis americanas anticorrupção foram contratados: nos EUA, o escolhido foi o Gibson, Dunn & Crutcher. No Brasil, o Trench, Rossi e Watanabe, de São Paulo. Eles vão colaborar com a comissão interna criada pela Petrobras para investigar o caso.
Na mira da comissão interna da Petrobras, estão diretores nomeados por Lula. A comissão pediu ainda autorização à Justiça para ouvir Paulo Roberto Costa sobre a construção da refinaria de Abreu e Lima, informa a Folha:“A empresa pediu que Costa esclarecesse, entre outras coisas, o teor de reuniões com o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e o ex-diretor de Serviços Renato Duque realizadas entre o fim de 2005 e o começo de 2006 sobre Abreu e Lima. A Petrobras quer saber por que, às vésperas da implantação de Abreu e Lima, Costa foi com Gabrielli e Renato Duque a reunião em Brasília. A estatal pede explicações sobre as revisões do valor da obra, que subiu de US$ 4 bilhões para US$ 13,4 bilhões entre 2006 e 2009”.
Essa informação é pública há muito tempo. Só agora o comando da Petrobras resolveu cobrar explicações. E só o fez porque a Price exigiu.
Que coisa, né? Quem sabe o fato de o mercado ser globalizado — e de as leis americanas serem bastante severas com corruptos — possa fazer bem ao Brasil. A Price obriga agora a Petrobras a fazer o que já deveria ter sido feito há muitos anos, não é, governanta? Que ironia! Quem sabe as leis contra a corrupção dos EUA ainda acabem fazendo bem aos brasileiros.
Por Reinaldo Azevedo

Petrobras: uma década de história em sete gráficos


Lucro cai, investimentos aumentam e endividamento não para de crescer; veja um raio-x da estatal nos últimos dez anos

Marília Carrera
Presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Estatal envolveu-se em escândalos nos últimos anos
Presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Estatal envolveu-se em escândalos nos últimos anos (Marcello Casal/Agência Brasil/VEJA)
A Petrobras tem sido alvo de repetidas notícias ruins: ora denúncias de corrupção, ora resultados financeiros ruins. Contudo, não é de hoje que a estatal dá sinais de que as coisas não andam bem. Nos últimos dez anos, pode-se notar a ascensão e decadência da empresa retratada em muitos de seus indicadores. O site de VEJA separou sete gráficos que mostram quando, exatamente, as coisas começaram a funcionar mal. Confira.

VEJAPetrobras em sete gráficos



sábado, 1 de novembro de 2014

Após fechar Av. Paulista, ato contra Dilma segue para região do Ibirapuera

01/11/2014 

Manifestação chegou a interditar a Avenida Paulista nos dois sentidos.
Cerca de 1,5 mil participavam do ato, segundo PM.

Do G1 São Paulo










Protesto contra a presidente Dilma na avenida Paulista neste sábado (1º) (Foto: Dario Oliveira/Estadão Conteúdo)


Manifestantes realizavam um protesto que pedia o impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), neste sábado (1º), em São Paulo. De acordo com a Polícia Militar (PM), cerca de 1,5 mil participavam do ato, que foi convocado pelo Facebook. Na rede social, mais de 100 mil usuários confirmaram presença no evento.
A manifestação começou no Masp, às 14h, e chegou a interditar completamente a Avenida Paulista. Após se concentrarem no vão livre do museu, o grupo partiu em direção à Assembleia Legislativa, na região do Parque Ibirapuera. No caminhão, bloquearam outras importantes vias da capital paulista, como as avenidas Brigadeiro Luís Antônio e Pedro Álvares Cabral.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta das 18h, os manifestantes chegaram à Assembleia Legislativa e o protesto foi encerrado.

Pai obriga filha de 10 anos a vestir roupa indicando sua idade após ver menina paquerando na internet


Nos dias atuais, a internet tem facilitado a vida de muitas pessoas. Ainda assim, ela possui um grave problema: a facilidade das crianças em explorar sua sexualidade. Kevin Jones, um pai de Louisville, Kentucky, nos EUA, descobriu que a filha de 10 anos estava conversando com meninos anônimos na internet. Para dar uma lição na menina, ele usou uma forma incomum.

A criança foi obrigada a usar uma camisa com os dizeres “Eu tenho 10 anos de idade”.



Segundo informações, a criança havia criado diversas contas em sites de mídias sociais (Facebook, por exemplo), onde indicava ter entre 14 e 18 anos. “Ela afirma estar apaixonada e sair com um namorado, o que é completamente contra as minhas regras”, disse o pai.

Kevin resolveu, então, não usar a força para castigar a filha. A menina, agora, vai  à escola com a camisa personalizada.

Fonte: Daily Dot

EXECUTIVO SE DEMITE APÓS RECEBER CARTA DE SUA FILHA DE 10 ANOS

CRIANÇA LISTOU 22 ACONTECIMENTOS IMPORTANTES DE SUA VIDA 

QUE O PAI PERDEU DEVIDO A COMPROMISSOS DO TRABALHO


Mohamed El-Erian (Foto: Reprodução/Twitter)
O executivo Mohamed El-Erian, internacionalmente reconhecido por seu trabalho na companhia de gestão de investimento Pimco, revelou ter deixado o cargo de CEO na empresa no início deste ano graças, em boa parte, a uma carta de sua filha. A menina de dez anos escreveu uma lista apontando 22 acontecimentos marcantes em sua vida que o pai havia perdido em razão do trabalho.
Entre esses momentos, estavam o primeiro dia de escola dela, um desfile de Halloween, o primeiro jogo de futebol e muitos recitais. O pedido de demissão do guru de investimento em janeiro de 2014 chocou o mundo financeiro. Só agora, em um artigo no site Worth, El-Erian esclareceu a sua saída - ou pelo menos parte das razões que o levaram a abandonar a gestora de investimentos que administra cerca de US$ 2 trilhões.
"Há cerca de um ano, eu pedi à minha filha várias vezes para fazer algo — escovar os dentes, eu acho — e não tive sucesso", escreveu. "Ela então me pediu para esperar um minuto, foi ao quarto e voltou com um pedaço de papel. Era uma lista em que ela tinha compilado os eventos e atividades importantes que eu havia faltado devido a compromissos de trabalho."
Segundo ele, havia uma boa desculpa para cada ocasião: viagens, reuniões importantes, um telefonema urgente e tarefas a cumprir. "Mas me dei conta de que não estava considerando algo infinitamente mais importante. (...) Eu não estava passando tempo suficiente com ela."
O investidor, que estudou em Oxford e Cambridge, afirmou que agora tem tempo até de pegar sua filha na escola. Desde então, ele e a esposa se revezam para acordar a menina, preparar o café da manhã e levá-la à escola.A situação incomodou bastante o executivo. "Foi um sinal de alerta. E é um dos principais motivos pelos quais eu decidi fazer uma enorme mudança profissional". Após renunciar ao cargo de CEO da Pimco, El-Erian diz que optou por fazer somente trabalhos de meio período, que exigem menos viagens e permitem mais flexibilidade.
"Infelizmente, nem todas as pessoas têm esse luxo. Mas espero que empresas deem mais atenção à importância do balanço entre vida e trabalho, e mais e mais pessoas estejam em posição de decidir e agir em função do que é importante para elas."
Mohamed El-Erian 

Esquerda x Direita: Entenda de uma vez

 | Saiba o que é


Direita EsquerdaComo muitos leitores e quase todos os militantes não sabem muito bem que diabos é isso de “direita” e “esquerda” de que todo mundo fala, convém “eternizar” aqui no blog um post para esclarecer afinal esses dois conceitos básicos tão presentes no dia a dia do debate público no Brasil e no mundo. Eis a melhor síntese a respeito já publicada em nosso país. Volto em seguida:
(…) Normalidade democrática é a concorrência efetiva, livre, aberta, legal e ordenada de duas ideologias que pretendem representar os melhores interesses da população: de um lado, a “esquerda”, que favorece o controle estatal da economia e a interferência ativa do governo em todos os setores da vida social, colocando o ideal igualitário acima de outras considerações de ordem moral, cultural, patriótica ou religiosa. De outro, a “direita”, que favorece a liberdade de mercado, defende os direitos individuais e os poderes sociais intermediários contra a intervenção do Estado e coloca o patriotismo e os valores religiosos e culturais tradicionais acima de quaisquer projetos de reforma da sociedade.
Representadas por dois ou mais partidos e amparadas nos seus respectivos mentores intelectuais e órgãos de mídia, essas forças se alternam no governo conforme as favoreça o resultado de eleições livres e periódicas, de modo que os sucessos e fracassos de cada uma durante sua passagem pelo poder sejam mutuamente compensados e tudo concorra, no fim das contas, para o benefício da população.
Entre a esquerda e a direita estende-se toda uma zona indecisa de mesclagens e transigências, que podem assumir a forma de partidos menores independentes ou consolidar-se como política permanente de concessões mútuas entre as duas facções maiores. É o “centro”, que se define precisamente por não ser nada além da própria forma geral do sistema indevidamente transmutada às vezes em arremedo de facção política, como se numa partida de futebol o manual de instruções pretendesse ser um terceiro time em campo.
Nas beiradas do quadro legítimo, florescendo em zonas fronteiriças entre a política e o crime, háos “extremismos” de parte a parte: a extrema esquerda prega a submissão integral da sociedade a uma ideologia revolucionária personificada num Partido-Estado, a extinção completa dos valores morais e religiosos tradicionais, o igualitarismo forçado por meio da intervenção fiscal, judiciária e policial. A extrema direita propõe a criminalização de toda a esquerda, a imposição da uniformidade moral e religiosa sob a bandeira de valores tradicionais, a transmutação de toda a sociedade numa militância patriótica obediente e disciplinada.
Não é o apelo à violência que define, ostensivamente e em primeira instância, os dois extremismos: tanto um quanto o outro admitem alternar os meios violentos e pacíficos de luta conforme as exigências do momento, submetendo a frias considerações de mera oportunidade, com notável amoralismo e não sem uma ponta de orgulho maquiavélico, a escolha entre o morticínio e a sedução. Isso permite que forjem alianças, alternadamente ou ao mesmo tempo, com gangues de delinqüentes e com os partidos legítimos, às vezes desfrutando gostosamente de uma espécie de direito ao crime.
Não é uma coincidência que, quando sobem ao poder ou se apropriam de uma parte dele, os dois favoreçam igualmente uma economia de intervenção estatista. Isto não se deve ao slogan de que “os extremos se tocam”, mas à simples razão de que nenhuma política de transformação forçada da sociedade se pode realizar sem o controle estatal da atividade econômica, pouco importando que seja imposto em nome do igualitarismo ou do nacionalismo, do futurismo utópico ou do tradicionalismo mais obstinado. Por essa razão, ambos os extremismos são sempre inimigos da direita, mas, da esquerda, só de vez em quando.
A extrema esquerda só se distingue da esquerda por uma questão de grau (ou de pressa relativa), pois ambas visam em última instância ao mesmo objetivo. Já a extrema direita e a direita, mesmo quando seus discursos convergem no tópico dos valores morais ou do anti-esquerdismo programático, acabam sempre se revelando incompatíveis em essência: é materialmente impossível praticar ao mesmo tempo a liberdade de mercado e o controle estatal da economia, a preservação dos direitos individuais e a militarização da sociedade.
Isso é uma vantagem permanente a favor da esquerda: alianças transnacionais da esquerda com a extrema esquerda sempre existiram, como a Internacional Comunista, o Front Popular da França e, hoje, o Foro de São Paulo. Uma “internacional de direita” é uma impossibilidade pura e simples. Essa desvantagem da direita é compensada no campo econômico, em parte, pela inviabilidade intrínseca do estatismo integral, que obriga a esquerda a fazer periódicas concessões ao capitalismo.
Embora essas noções sejam óbvias e facilmente comprováveis pela observação do que se passa no mundo, você não pode adquiri-las em nenhuma universidade brasileira (…).
VOLTEI.
Isto que vai acima é um trecho do artigo “Democracia normal e patológica – 1“, de Olavo de Carvalho, publicado no dia 5 de outubro de 2011 no Diário do Comércio e incluído por mim no capítulo “Democracia” do nosso best seller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, o livro que esclarece essas e outras questões sobre a experiência individual, mental, social, cultural, política e intelectual brasileira.
Se você não quer ser uma Luciana Genro ou qualquer militante do PSOL, que usam conceitos como rótulos apenas para atacar adversários ou fazer os velhos aliados parecerem mais moderados do que são (como ao chamar o PT de “direita”), entender o que os conceitos realmente significam na realidade é fundamental para se conectar com ela. (E aos inocentes úteis, nunca é demais lembrar que o governo militar brasileiro foi estatizante, o que é um aspecto esquerdista, embora a esquerda insista em rotulá-lo como exemplo-mor de direitismo aplicado.)
A democracia no Brasil ainda está doente, como mostram mais uma vez as eleições deste ano, disputadas por três candidatos apenas de esquerda (Dilma, Marina e Aécio), mas para curá-la não há dúvida de que é preciso primeiro saber identificar a doença.
Felipe Moura Brasil

Esquerdistas como Paulo Arantes querem falar de “nova direita”, mas nunca entenderam nem a “velha”

31/10/2014
 



Leitores me pediram que desmascarasse o senhor Paulo Arantes por conta de sua entrevista grotesca à Folha de S. Paulo contida na matéria “Nova direita surgiu após junho, diz filósofo“. Mas o filósofo Olavo de Carvalho já o desmascarou em meu lugar.



Veja o comentário do autor do best seller idealizado e organizado por mim, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. Volto em seguida.
OlavoQuando digo que a intelectualidade esquerdista acabou e que seus últimos representantes não passam de papagaios caquéticos repetidores de slogans, tenho em vista exatamente personagens como Paulo Arantes. “A direita norte-americana não precisa de votos porque está sendo financiada pelas grandes corporações” é afirmação digna do Lula.
(1) As grandes corporações contribuem em massa para o Partido Democrata; o Republicano vive essencialmente de contribuições individuais, é o partido popular por excelência. Isso foi demonstrado em sucessivas pesquisas, das quais o David Horowitz resume algumas no seu novo livro The New Leviathan. Direita rica x esquerda pobre é um estereótipo imbecil, nada mais.
Nota de FMB: Como já anotei aqui no post sobre “o dono do mundo” George Soros, Horowitz mostra no livro que as doações de empresas para os movimentos de esquerda nos EUA somam 3 bilhões de dólares, enquanto que, para a direita, apenas 32 milhões. Mas que importam os fatos para filósofos esquerdistas? Nada!
(2) Mesmo supondo-se que os Republicanos fossem subsidiados pelas grandes corporações, a frase é absurda: para quê um político recebe contribuições de campanha senão para poder ganhar votos e eleger-se? Fora do Parlamento, seus serviços prestados aos financiadores não valeriam um p**do, seriam como as palavras do sr. Paulo Arantes.
RETOMO. Toda vez que um esquerdista como Arantes fala da direita, ele se refere à direita que a esquerda deseja que o público imagine existir, nunca a uma direita existente de fato. Assim se faz a caricatura de todo um pensamento político para demonizá-lo com mais facilidade e evitar que o público entre em contato com ele e perceba os engodos em que acreditava antes.
A maior prova disso veio no ano 2000 com o lançamento do livro esquerdista “Dicionário crítico do pensamento de direita”, que providencialmente excluía os principais pensadores de direita do século XX, jamais lidos por qualquer membro da esquerda brasileira: von Mises, Hayek, Rothbard, Kirk, Muggeridge, Sowell, Babbit, Scruton, Peyrefitte, Voegelin, Guénon, Nasr, Schuon, Lindblom, Rosenstock-Huessy, Rosenzweig, Kristol, além do próprio Horowitz.
O livro, como apontou Olavo na ocasião, continha “uma lista de tarados, psicopatas, esquisitões, assassinos e genocidas – de Röhm a Eichmann -, muitos deles de identidade ideológica incerta, além de autores de terceira ordem e personagens de importância episódica”. Hoje sabemos que, para a maior parte da esquerda, os representantes máximos do pensamento direitista conservador já não são nem mesmo os excêntricos Bolsonaros, Malafaias e Felicianos da vida, mas qualquer internauta “zuero” que faz piada separatista no Facebook.
Arantes não citou exemplo prático algum para tudo que afirmou na entrevista à Folha, de modo que não sei que “direita não convencional” é essa que, segundo ele, surgiu após as manifestações de junho. Quem a representa? (Só falta dizer que são os esquerdistas do PSDB.) Que o povo brasileiro é conservador, todas as pesquisas mostram há anos. Direita política, a única que apareceu recentemente foi a do Partido NOVO, ainda ausente das disputas eleitorais. E direita intelectual, bom, essa aí autores como o próprio Olavo lutaram durante décadas contra a hegemonia da esquerda para que surgisse – e isto aconteceu antes e independentemente de junho de 2013, embora as manifestações tenham despertado a curiosidade política de muitos que vieram a se tornar nossos leitores, o que nem de longe é o que Arantes diz.
Lamentavelmente, suas palavras ocas se passam por “análise” na Folha de S. Paulo. Para falar mal da direita nos grandes jornais, qualquer coisa serve.

Felipe Moura Brasil 

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