domingo, 20 de julho de 2014

Luto na web: redes sociais mudam relação das famílias com a morte

Editor's Choice :  | 7/20/2014
Facebook Perfis póstumos continuam sendo alimentados após a partida dos entes queridos

Em janeiro passado, Amanda Tinoco, de 36 anos, sofreu a maior dor que pode se abater sobre uma mãe: em coma por quatro dias depois de ser atropelado, seu filho, Gabriel, morreu aos 16 anos. Em choque pela perda e em meio à saudade, a analista de telecomunicações encontrou no Facebook um canal para processar seus sentimentos, a partir das mensagens de solidariedade que recebeu na rede, das visitas ao perfil virtual de Gabriel e da oportunidade de interagir com os únicos capazes de entender o que ela sente, outros pais que perderam seus filhos.

O caso de Amanda não é exceção. Onipresentes na vida de milhões, as redes sociais transformaram a forma como nos relacionamos com o mundo, extinguindo, para muitos, as fronteiras entre o real e o virtual. Um grande impacto na vida e também na morte. Num fenômeno já notado por terapeutas e pesquisadores, esses sites vêm adicionando novos elementos à forma como lidamos com a perda de pessoas amadas, seja pela presença dos perfis dos mortos ou de grupos que os reúnem.

MENSAGENS DE AMIGOS E ESTRANHOS

Esta semana, o luto digital mostrou sua força global. Somente algumas horas depois de anunciada a trágica queda do avião da Malaysia Airlines sobre o Leste da Ucrânia, matando 298 pessoas, parentes e amigos de muitos deles iniciaram uma corrente de posts de despedida que se espalharam pela internet. Um texto postado por um dos passageiros que desistiram do voo — um holandês que publicou em sua página no Twitter uma foto do avião em que embarcaria — acompanhado de uma mensagem que fazia referência ao avião da Malaysia sumido em março, no qual ele também quase embarcou, foi compartilhado por centenas de milhares de internautas mundo afora. Sempre com palavras de luto e pesar. As redes se tornam, assim, a um só tempo, canais de informação e homenagem.

— Quando o acidente (com o filho, Gabriel) aconteceu, o Facebook acabou servindo como ferramenta de informação para nosso círculo de amigos, que passou a acompanhar a nossa luta durante o coma. O que vimos pela rede foi uma grande mobilização por meio de preces, mensagens de apoio e canalização de energia — lembra Amanda.

Nas primeiras semanas após a perda de Gabriel, marcadas por “entorpecimento e reclusão total”, Amanda diz que navegar na web era uma das poucas atividades que conseguia fazer devido à falta de disposição para conversar com outras pessoas. Nessemomento, o site a ajudou a descrever o seu desespero, mas também a encontrar conforto em homenagens de amigos do filho registradas no perfil do jovem — ainda mantido on-line por ela.

Em maio, com a aproximação do Dia das Mães, Amanda criou uma página na rede dedicada a mães que, assim como ela, perderam seus filhos.

— Isso foi importante, ajudou a formar uma rede de solidariedade. Só uma mãe nessa situação entende a dor que a morte de um filho provoca. Por isso, a cumplicidade encontrada nos ajuda — afirma, em referência à página “Mães para sempre”. — No meu caso, isso só foi possível por causa das redes.

Médica e terapeuta especializada em luto há 14 anos, Adriana Thomaz afirma que, há pelo menos cinco, nota os impactos que sites como o Facebook têm nas pessoas que perderam entes queridos.

— Se, antes, as redes eram usadas para homenagear os mortos, agora elas estão se tornando espaços de busca por solidariedade. Além disso, há também uma tendência na formação de grupos envolvendo pessoas com experiências semelhantes, que se associam para buscar compreensão — explica Adriana. — Há ainda uma necessidade de não deixar a memória do ente desaparecer, a partir da manutenção do seu perfil virtual.

Adriana diz observar que, em diversos casos, como o de Amanda, as redes digitais vêm ajudando os enlutados a lidar com a ausência da pessoa querida. No entanto, isso não é regra:

— Há aspectos negativos também. No luto, a negação também é uma fase, e, ainda que saudável e natural, quando prolongada pode tornar a vida da pessoa complicada. Nesses casos, a dificuldade de lidar de maneira saudável com as dinâmicas das redes pode fazer com que o enlutado as use como forma de evitar a realidade.

Maria de Lourdes Casagrande, de 53 anos, diz ter consciência sobre a dualidade dos efeitos que o virtual pode ter sobre aqueles que perderam alguém. Depois da morte do filho Denis, de 21 anos, em setembro de 2013, ela conta que decidiu preservar o perfil do jovem no Facebook como forma de “mantê-lo vivo”.

— Nesse momento, você só pensa em preservar a memória da pessoa. E como, para os jovens, o site é muito usado, faz sentido manter a página no ar para que as pessoas que o conheceram possam se lembrar dele — afirma a gerente comercial, que, apesar da decisão, diz ainda não se sentir preparada para visitar a página. — Ainda é muito doloroso.

No entanto, a rede também tem sido fonte de alento. Após a morte do jovem, assassinado em uma festa na Universidade de Campinas (SP), onde estudava, os amigos dele criaram a página “Somos todos Denis” no Facebook, para homenageá-lo. Ainda que a visite apenas às vezes, Maria de Lourdes diz que as mensagens deixadas nela lhe fazem bem:

— Não tiram a minha dor, mas aliviam. Agora, queiramos ou não, essa presença na rede também remete à dor da perda. Então, tento não acessá-la nos momentos em que estou me sentindo frágil.

Após a morte de um usuário, as redes sociais permitem que o seu perfil possa ser retirado da web ou assumido por parentes, mediante solicitação e envio de documentos. Mas essas informações costumam ficar meio escondidas. Para aqueles que optarem por assumir os perfis dos que se foram, é importante explicitar que o gerenciamento está sendo feito por outra pessoa.

— Isso evita que, em momentos de fragilidade, pessoas enviem mensagens achando que ninguém vai lê-las, mas que podem causar constrangimentos afirma a terapeuta Adriana.

Para além da administração das páginas dos que se foram por parentes, grupos de usuários se dedicam a listar os perfis dos mortos, estabelecendo uma espécie de cemitério virtual. Criada no Facebook em 2009, o “Profiles de gente morta” reúne mais de 10 mil membros que, diariamente, incluem perfis de recém-falecidos, adicionando a causa da morte e, quando possível, notícias que a comprovam.

Ainda que reconheça que a página pode ser vista como mórbida, seu criador, Victor Santos, de 33 anos, nega que explorar a dor alheia seja sua intenção:

— O objetivo principal é que ela funcione como uma espécie de memorial aos falecidos com perfis na rede, uma homenagem e um registro virtual. Entendo os julgamentos. Não é algo comum, gera interpretações incorretas. Mas a página trata de algo natural, que faz parte da vida.

FENÔMENO É TEMA DE ESTUDOS

Moderadora do grupo, Ana Bittencourt, de 39 anos, vê a popularidade dele como resultado da curiosidade que muitas pessoas sentem sobre a morte.

Para muita gente, a morte ainda é um tabu, e o grupo acaba sendo um espaço onde elas têm liberdade para discuti-lo afirma.  Há regras. Proibimos imagens de violência. Também inibimos críticas aos falecidos porque não admitimos desrespeito. Já recebemos pedidos para remover perfis da lista. Nesses casos, atendemos prontamente. Não é nossa intenção magoar ninguém.

A relação do mundo virtual com a morte atrai inúmeros pesquisadores. Organizado pelos professores Cristiano Maciel e Vinicius Pereira, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o e-book “Digital Legacy and Interaction: Post-Mortem Issues” (Legado digital e interação: Questões pós-morte), de 2013, reúne artigos do mundo todo que abordam aspectos técnicos, legais e culturais do tema.

Para Cristiano, o assunto tende a se intensificar:

Antigamente, o cemitério ficava longe, mas agora a presença da pessoa falecida está logo ali. E muitos jovens da geração Z estão tendo o primeiro contato com o tema nesse ambiente — afirma.

Faxineira larga filhos para morar com ex-preso em ponto de ônibus no DF

19/07/2014 07h36 - Atualizado em 19/07/2014 12h26

Paraibano afirma que passou 26 anos na cadeia por ter matado 15 pessoas.

Assistentes sociais tentaram retirá-los do local, mas não obtiveram sucesso.

Raquel Morais
Do G1 DF
Ex-presidiário e faxineira se abraçam em ponto de ônibus da DF-140, que virou abrigo após união (Foto: Raquel Morais/G1)Ex-presidiário e faxineira se abraçam em ponto de ônibus da DF-140, que virou abrigo após união (Foto: Raquel Morais/G1)
Os mesmos versos que introduzem à história de amor de "Eduardo e Mônica", questionando haver razão "nas coisas feitas pelo coração", poderiam anunciar o entrelace improvável de um casal que atualmente mora em uma parada de ônibus na DF-140. Mas a reação inicial à união causa algum espanto: Maria [nome fictício], de 45 anos, largou os seis filhos para viver com o ex-presidiário João [também fictício], de 50, que diz ter passado 26 anos na cadeia por ter matado 15 pessoas.
Sempre me chamavam para resolver as coisas. Eu dizia que daríamos um jeito, que não podiam prejudicar pai de família. Apesar de o meu pai ser policial, eu não confiava nesse povo"
João, ex-presidiário
Os dois decidiram se mudar para o local, próximo ao Complexo Penitenciário da Papuda, há pouco mais de um mês. O homem foi posto em liberdade no final do ano passado e escolheu morar na rua para "não incomodar" familiares e amigos. Eles improvisaram uma barraca e sobrevivem com a ajuda de doações de quem passa pela região – inclusive de agentes da cadeia. A Secretaria de Segurança Pública informou ao G1 que João cumpriu pena por oito roubos qualificados.
Maria, que conheceu o companheiro há cinco anos, em uma confraternização ocorrida durante saidão, diz ter certeza da decisão tomada. Na época, a mulher já estava separada e trabalhava como faxineira em um bar. Os filhos, que hoje têm entre 16 e 22 anos, moravam com ela.
"Esse homem foi melhor do que ganhar na Mega Sena. Ele me dá tudo o que eu preciso, é só o ouro. Tem muita paixão, muito amor entre a gente. Eu o conheci e me apaixonei assim", disse. "Eu não gosto que critiquem minha decisão. Meus filhos já não eram mais pequenos e hoje moram com a irmã mais velha. É um problema só meu."
Natural de uma cidade do interior da Paraíba, João conta se dar bem com os enteados. Ele diz ser filho de um policial civil aposentado e afirma que praticou o primeiro crime quando ainda era menor de idade, depois de ouvir que a filha do vizinho havia sido estuprada. O ex-presidiário garante que matou 15 homens – e em todas as ocasiões usando um facão – com a intenção de fazer justiça e que nunca se aproveitou do crime para levar vantagem pessoal.
Entre as situações que o impulsionaram a isso estariam roubos a conhecidos e a morte do primogênito, entre 17 filhos, por engano. "Ele tinha 16 anos. Foi em 1989. Era a minha vida. Aquilo mexeu comigo", declarou. "Meus colegas sempre me chamavam para resolver as coisas. Eu dizia que daríamos um jeito, que não podiam prejudicar pai de família. Apesar de o meu pai ser policial, eu não confiava nesse povo."
João diz que aproveitou o tempo preso para terminar o ensino fundamental e participar de oficinas, como de pintura, serralheria, jardinagem e panificação. Além disso, adotou a religião evangélica e lembra que chegou a fazer pregações para os colegas de cela.
"Quando a pessoa não conhece as coisas de Deus, fica cega. Eu achava que estava fazendo justiça, mas estava fazendo mal a mim mesmo. Eu nunca usei drogas. Vez ou outra tomo cachaça, mas é só. Eu acho que as pessoas só não mudam quando não querem. Eu aprendi e quero recomeçar", afirma.
O ex-presidiário diz que levou currículo a empresas de ônibus e que tem feito bicos para se manter – catando material reciclado ou vendendo "besteiras" dentro do ônibus. Ele garante que aprendeu com tudo o que passou e que não pretende voltar à prisão.
Quando a pessoa não conhece as coisas de Deus, fica cega. Eu achava que estava fazendo justiça, mas estava fazendo mal a mim mesmo. Eu nunca usei drogas. Vez ou outra tomo cachaça, mas é só. Eu acho que as pessoas só não mudam quando não querem. Eu aprendi e quero recomeçar"
João, ex-presidiário
"Quero fazer o máximo para evitar cometer crime de novo, mas Deus o livre uma pessoa fizer mal a ela [Maria]. Não tenho mais intenção de matar, vou me controlar, é claro. Melhor é ficar solto, em liberdade. A cadeia é muito ruim. Você vê gente morrendo, comida péssima, é desrespeitado, te ignoram quando você está doente. Eu me sentia mal quando meus filhos iam me visitar. A pessoa esta lá para se recuperar, mas como fazer isso sendo maltratada? Você se revolta mais", declarou.
João conta que não aceitou a ajuda dos pais e dos familiares também como parte desta aprendizagem. Segundo o ex-detento, a família pensa que ele está viajando e nem imagina que ele dorme na rua. Até com os filhos o contato ficou restrito. "Se nada der certo, vou com minha mulher para a Paraíba, até a pé. Mas dos outros não dependo", concluiu.
Moradores de rua
Dados da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda apontam que o DF tem mais de 2,5 mil moradores de rua. A pasta conta com 28 equipes que visitam essas pessoas e oferecem vagas em casas de abrigo. Segundo o governo, no entanto, nem todas aceitam.
João e Maria, por exemplo, receberam assistentes sociais em três ocasiões, mas não quiseram deixar a parada de ônibus da DF-140. Nos abrigos, eles teriam acesso a acompanhamento psicológico e social e poderiam retirar documentos pessoais de graça, além de ganhar orientações para voltar ao mercado de trabalho. O tempo de permanência nestas casas é de, no máximo, 90 dias.

Ucrânia diz ter provas de participação russa no ataque ao voo MH17

Kiev

Segundo autoridades ucranianas, sistemas de mísseis foram transportados da Ucrânia para a Rússia horas após o abate da aeronave da Malaysia Airlines

Na imagem, forças do governo ucraniano manobram um lançador  de mísseis modelo SA-11, para a região noroeste de Slovyansk, leste do país
Na imagem, forças do governo ucraniano manobram um lançador  de mísseis modelo SA-11, para a região noroeste de Slovyansk, leste do país (Dmitry Lovetsky/AP)
A Ucrânia tem "provas irrefutáveis" de que a Rússia teve papel decisivo na derrubada do avião da Malásia, após o país ter fornecido um sistema de mísseis e equipe aos rebeldes. A informação foi divulgada pelo chefe dos serviços de contraespionagem da Ucrânia, Vitaly Naida. Kiev tem evidências de que três sistemas de mísseis guiados por radar BUK-1 ou SA-11 entraram na Ucrânia vindos da Rússia, junto com uma equipe de três homens. "Temos provas irrefutáveis de que esse ato terrorista foi cometido com a ajuda da Federação Russa. Sabemos claramente que a equipe desse sistema era composta por cidadãos russos", disse ele em entrevista a jornalistas.
Pedindo para que a Rússia forneça os nomes e sobrenomes dos integrantes da equipe para que Kiev possa interrogá-los, ele disse que os três sistemas já tinham sido recuados de volta para a Rússia, mostrando aos jornalistas fotos dos sistemas de mísseis em vários locais. "Temos informações sobre essas três pessoas que vieram junto com esses sistemas do território russo", disse.
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Um grupo de mineiros ucranianos ajuda equipes de resgate na busca dos corpos das vítimas em um campo de trigo no local da queda de um avião transportando 298 pessoas que seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur, em Grabovka, na Ucrânia
Um grupo de mineiros ucranianos ajuda equipes de resgate na busca dos corpos das vítimas em um campo de trigo no local da queda de um avião transportando 298 pessoas que seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur, em Grabovka, na Ucrânia - Dominique Faget/AFP
Segundo Naida, dois dos sistemas de mísseis cruzaram a fronteira da Ucrânia para a Rússia às 2 horas da manhã de sexta, menos de dez horas depois que voo MH17, da Malaysia Airlines, foi abatido na fronteira leste da Ucrânia. O terceiro sistema foi levado à Rússia às 4 da manhã.
As autoridades ucranianas afirmam que o míssil foi disparado da cidade de Snizhne, localizada na área controlada pelos rebeldes, ratificando o que já havia sido informado pela inteligência americana. Os dois países acreditam que os rebeldes separatistas precisariam de ajuda da Rússia para executar os disparos contra a aeronave.
O Kremlin continua negando ter participado do ataque que matou 298 pessoas, e afirma que as armas ucranianas podem ter sido responsáveis pela catástrofe. Já as autoridades ucranianas pedem uma investigação internacional para apurar a participação russa. 
Alexander Borodai, líder dos separatistas na cidade de Donetsk afirmou à CNN acreditar que a causa da queda do avião tenha sido um míssil. Porém, negou que as forças rebeldes disponham de aparado militar para atingir um avião tão alto. Borodai também negou que os milicianos estivessem removendo os corpos das vítimas ou cometendo saques. 


(Com Reuters)

Empresário Norberto Odebrecht morre aos 93 anos em Salvador


Da Redação

Norberto foi fundador da organização que levava o nome da família (Arquivo Pessoal)

O fundador da Organização Odebrecht, Norberto Odebrecht, morreu na noite deste sábado, 19, aos 93 anos, no Hospital Cárdio Pulmonar, em Salvador. O empresário tinha problemas cardíacos. O sepultamento será neste domingo, 20, às 11 horas, no Cemitério Campo Santo.

Dr. Norberto, como era conhecido, criou um dos maiores grupos empresariais do Brasil, com atuação global. A primeira empresa, fundada há 70 anos, foi a construtora que leva o seu nome.

A Odebrecht foi fundada em Salvador e está presente em 23 países, com negócios diversificados e estrutura descentralizada. Atua nos setores de engenharia e construção, indústria e no desenvolvimento e operação de projetos de infraestrutura e energia, criando soluções integradas.


Atua também nas áreas de defesa e tecnologia, indústria naval, agroindústria, realizações imobiliárias, corretagem de seguros, exportação, previdência privada e comercialização de energia. Administra também os fundos de investimento Africa Fund, Fundo Odebrecht Brasil e Latin Finance.



Arquivo PessoalFilho de Emílio Odebrecht, Norberto assumiu a empresa do pai quando ainda era estudante da Escola Politécnica da Bahia











A Odebrecht Infraestrutura foi a responsável pela construção da Arena Corinthians, estádio utilizado pela Fifa, na Copa do Mundo.

Em outubro de 2008, Norberto deu entrevista à Revista Muito, do Grupo A TARDE, e revelou que todas as decisões que tomou foram com base na intuição.

Origem

O DNA da Organização remonta ao ano de 1856, data da chegada de Emil Odebrecht ao Brasil. Seguindo o fluxo da imigração alemã no país, o engenheiro se fixou no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

Casado com Bertha Bichels, teve 15 filhos. Um de seus netos, Emílio Odebrecht - pai de Norberto - se enveredaria pelo setor de Construção Civil e comprovaria a veia empreendedora da família Odebrecht.

A construtora Isaac Gondim e Odebrecht Ltda. foi a primeira empresa de Emílio Odebrecht. Em 1923, ele criaria a Emílio Odebrecht & Cia., responsável por várias edificações no período entre guerras, no Nordeste brasileiro.

Com o início da 2ª Guerra Mundial, os materiais de construção vindos da Europa tornaram-se caros e escassos, deflagrando uma crise no setor. Emílio retirou-se dos negócios e coube a seu filho, Norberto, substituí-lo, em 1941.

Lamento

O candidato ao governo Paulo Souto lamentou o falecimento do Dr. Norberto. "O Brasil perde um dos seus mais capazes empresários. Pernambucano de nascimento, mas baiano de coração e por escolha, Norberto Odebrecht, escreveu seu nome na história empresarial brasileira. Ficam a saudade e meus sentimentos à família", disse.

Resumo cronológico da atuação do grupo


1944 - Em Salvador, é criada a empresa que dá origem à Organização Odebrecht
1945 - Entre os primeiros projetos, o Círculo Operário e o Estaleiro Fluvial da Ilha do Fogo
1953 - Primeira obra para a Petrobras: o oleoduto Catu-Candeias, na Bahia
1957 - Construção do Teatro Castro Alves, em Salvador. Após incêndio, TCA foi reinaugurado em 1967, também pela Odebrecht
1962 - Expansão no NE, com a abertura de filial em Recife
1965 - É criada a Fundação Odebrecht
1969 - Construção do edifício-sede da Petrobras (RJ), campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Aeroporto do Galeão e Usina Angra I
1979 - Primeiro investimento no setor petroquímico e assinados os primeiros contratos fora do país
1980 - Entrada no segmento de hidrelétricas e incremento da engenharia e e construção no Brasil
1984 - 1992 - Período em que iniciou atuação tambem em Angola, Argentina, Equador, Portugal, EUA, Colômbia, México e Venezuela
1995 - É criada a OPP Química
1996 - É formada a Trikem
1998 - Emílio Odebrecht assume a presidência do Conselho de Administração da Odebrecht S.A.
2002-2014 - Criadas a Braskem, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Agroindustrial, UEH, Odebrecht Ambiental, Odebrecht Transport, Odebrecht Defesa e Tecnologia, Odrebrecht Properties e ingresso em investimentos e concessões
2014 - A Organização Odebrecht faz 70 anosFonte: cronologia www.odebrecht.com

Ciclista escapa de dois desastres da Malaysia Airlines

Holandês trocou bilhete dos voos MH370 e
MH17 por motivos distintos, e comemora a sorte


O holandês Maarten de Jonge, que escapou das duas tragédias da Malaysia Airlines - marteendejonge.com

AMSTERDÃ - Ele parece ter feito um pacto com a vida. Diante da tragédia do voo MH17, que matou 298 pessoas, dentre eles 193 holandeses, um cidadão da Holanda comemora a sorte. Maarten de Jonge, de 29 anos, trocou seu bilhete dias antes de o avião decolar do Aeroporto Internacional de Schipol, em Amsterdã, rumo a Kuala Lampur, na Malásia. Mas não é a primeira vez que Jonge escapa da morte em um voo da Malaysia Airlines. Quando o MH370 desapareceu com 229 pessoas a bordo em 8 de março deste ano, o ciclista profissional também estaria no voo.

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Jonge não foi o único que escapou da morte no MH17. Alguns chegaram atrasados, outros não conseguiram lugares para seus familiares, mas o ciclista, que compete pela equipe Terengganu Cucling Team, da Malásia, teve um motivo puramente econômico para não embarcar.

“Tinha pensando em ir na quinta, porque minha mãe e meus amigos tinham tempo para me levar ao aeroporto. No último momento escolhi um voo 300 euros mais barato. Restava apenas um lugar e reservei de imediato”, contou o holandês à imprensa holandesa. “A passagem era bastante cara, custava mais de mil euros. Portanto, a vontade de economizar foi o que me salvou. Ia competir o Tour de Taiaw. Escolhi um voo diferente. Todos me ligaram para ver se eu estava vivo”.

Em março, ele estava na Malásia com sua equipe e ia a Pequim no voo MH370. Decidiu mudar a reserva pois encontrou um voo sem escalas ao mesmo destino.

“É realmente incrível que, pela segunda vez, eu não tenha pego um voo rumo ao desastre”, disse o holandês.

Brasileiro perde marido que trabalhava na OMS
Claudio-Manoel Villaça Vanetta, viúvo de Glenn Thomas, morto na queda do voo MH17 -

“Queria estar no voo”, diz Claudio Manoel Villaça, que perdeu o companheiro de 11 anos, o inglês Glenn Thomas, jornalista da OMS que estava no avião indo para a Austrália, para trabalhar na Conferência sobre a Aids. Villaça, que mora em Genebra, foi informado da queda do Boeing 777 pelo chefe de Glenn. “Ainda não parece realidade. Parece um sonho, uma brincadeira. Não consigo aceitar. Ele era uma pessoa extremamente alegre, cheia de humor”, disse ao site G1. Filho de uma paraense com um suíço, Villaça morou no Brasil até os 10 anos de idade, quando se mudou para o país do pai. Hoje, aos 52, trabalha no departamento financeiro de um banco em Genebra.

O único americano do voo ia passar férias com a família
Quinn Lucas - Reprodução

Com dupla nacionalidade, Quinn Lucas Schansman era o único cidadão americano entre as 298 vítimas. Embora tenha nascido em Nova York, Quinn passou grande parte da vida na Holanda e, desde abril, vivia na capital holandesa, onde estudava na Escola de Negócios Internacional Hogeschool van Amsterdam. Ele foi à Malásia para encontrar parentes que estavam de férias. Torcedor do Ajax, o jovem jogou pelo Olympia ‘25, na Holanda — o time fez uma homenagem a Quinn em seu site oficial.

Premier da Malásia perde parente

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, e o ministro da Defesa, Hishammuddin Hussein, confirmaram neste sábado que a tragédia na Ucrânia também atingiu sua família — o premier e o ministro são primos. A mulher do avô deles estava no voo MH17. Siti Amirah de 83 anos, era uma dos 44 malaios que morreram na tragédia — 29 passageiros e todos os 15 tripulantes. “Eu divido a dor do luto das famílias”, disse o primeiro-ministro Razak, no Twitter. Siti, que era muçulmana, ia para a Indonésia, festejar o Eid al-Adha, mais conhecida como a Festa do Sacrifício. Essa é um das maiores festas do calendário islâmico.

Famoso chef de cozinha muda rotina de férias
Fan. Mudança trágica - Reprodução

Todo ano, nas férias de verão, o conhecido chef Fan Shun-po, de Hong Kong, e sua mulher Jenny Fan, da Malásia, viajavam de Amsterdã, onde moravam, para Hong Kong, e, na volta para casa, paravam em Kuala Lumpur. Mas este ano, mudaram o roteiro e incluíram Kuala Lumpur como primeira parada, para levar a mãe de Jenny, que visitara o casal em Amsterdã. E morreram na tragédia. Proprietários de um restaurante chinês em Rotterdam, na Holanda, o casal deixa um filho de 20 anos.

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