domingo, 19 de fevereiro de 2017

EX-COMUNISTA, FREIRE DEU AULA DE COMO TRATAR HIPOCRISIA ESQUERDISTA


* Opinião. Eduardo Bisotto. Diretor do Sul Connection.




Tem repercutido nos últimos dias nas redes sociais a polêmica premiação do escritor Raduan Nassar no âmbito do Prêmio Camões, uma parceria dos governos do Brasil e Portugal para o incentivo da literatura. Dono de apenas três obras e aposentado há mais de 30 anos, Nassar é o retrato daquilo em que se transformou a cultura brasileira de um modo geral: uma patotinha ideológica esquerdista em que os amiguinhos se elogiam e distribuem prêmios entre si, ignorando qualquer critério técnico mais rigoroso.

Nassar, vale destacar, é amigo de Lula há décadas. E isso certamente ajuda a explicar sua atitude completamente sem noção durante a premiação: Raduan levou um discurso em que chamou o governo que lhe entregava o prêmio de golpista, atacava o impeachment e apontava como ilegítimos os atuais mandatários do país. Tudo isso diante do embaixador de Portugal, o outro país que lhe concedeu a premiação. Destaque-se: não era um prêmio simbólico. Estamos falando de 100 mil euros. Com a moeda cotada a pouco mais de R$ 3,29, é algo como R$ 329 mil. Hipócrita como todo esquerdista, Raduan Nassar apontou os tempos sombrios e o governo ilegítimo, mas não ficou com a menor vergonha de embolsar a grana.

Freire, fugindo do figurino de políticos bundões, que aceitam ser xingados, achincalhados e ver seus governos expostos sem dar um pio sequer quando se trata de vacas sagradas da esquerda, foi na jugular de Nassar. Em sua fala, Roberto Freire, último Secretário Geral do extinto Partido Comunista Brasileiro, apontou a hipocrisia de aceitar o prêmio de um governo golpista, deixou claro que vivemos uma democracia plena e que, de tão plena, permitiu a Nassar protagonizar seu papelão.

Desde então, a grande mídia esquerdista tem tentado inverter os papéis, transformando a Vaca Sagrada Nassar em uma pobre vítima da truculência de Freire. Para se chegar a esta conclusão risível, só mesmo invertendo a linha temporal. Nassar atacou. Freire apenas se defendeu e defendeu o governo do qual faz parte.

Além do desmascaramento da hipocrisia do homenageado, Freire deu outra grande lição: a coragem. A plateia ficou em peso ao lado de Nassar. Como dito no primeiro parágrafo desta análise, aquilo que se convenciou chamar de cenário cultural brasileiro não passa de uma panelinha ideológica esquerdista. Mas mesmo vaias, xingamentos e baixarias variadas da malta descontrolada conseguiram calar Freire. Ele foi até o fim, firme, consistente e desmontando a patacoada.

Que Freire aproveite a oportunidade e reforme radicalmente o prêmio, evitando que a patota continue se auto-congratulando apenas com base em critérios ideológicos. Certamente, fazendo isso, prestará mais um enorme serviço ao país.

Porque o primeiro grande serviço à Nação Freire já prestou: mostrou que esquerdistas, quando encarados sem medo, só conseguem se manter em pé na base da gritaria, da baixaria e do espírito corpo.

Roberto Freire merece os aplausos deste Sul Connection.

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