sábado, 11 de julho de 2015

Uma tradução de “Se”, de Kipling, para o governo Dilma


Nesta semana tensa e difícil, VEJA dedica à presidente Dilma Rousseff esta tradução livre do famoso poema inspiracional 'Se', do inglês Rudyard Kipling






























(André Dusek/Estadão Conteúdo)


Se a senhora for capaz de mudar de ideia quando


todo mundo ao seu redor é cabeça-dura e a culpa.


Se mantiver a autoconfiança mesmo errando,


mas der a devida atenção também a quem discorda.


Se responder com fatos a quem, para a senhora, mente


e, sentindo-se odiada, evitar a reação exagerada,


e, mesmo assim, não se mostrar acima do bem e do mal.



Se não se deixar escravizar pelos sonhos da juventude


ou não rejeitar, apenas porque não são suas, as boas ideias.


Se tratar a popularidade e o abismo da impopularidade


como impostores igualmente dedicados a iludir a plateia.


Se conseguir entender que caiu nas próprias armadilhas


e que esse seu tormento é fruto do ego, seu inimigo,


ou se, vendo as suas convicções do passado superadas,


reconstruir novas sem resquícios do credo antigo.



Se for capaz de ver seu conjunto de vitórias e reuni-lo


em um vaso que, mesmo quebrado, preserve as flores,


e, assim, possa começar de novo apenas com valores,


e fazê-lo resignada e sem medo de perder o estilo.


Se for capaz de forçar seu coração, nervos e tendões


a servir sua vontade de salvar seu governo, mesmo


quando tentam o contrário Mercadante, Rossetto e falcões.



Se for capaz de conversar com Stediles e não esmorecer


e com sacerdotes de seitas econômicas sem emburrecer.


Se nem Lula nem Cunha puderem feri-la profundamente.


Se todos os brasileiros pobres dependerem da senhora,


mas poucos em troca de votos e nenhum totalmente.



Se entender que a salvação não virá dos que vivem


de repasses e contracheques do Leviatã obeso,


mas dos brasileiros que trabalham e investem


e, assim, carregam do Estado e da burocracia o peso.



Se usar a passagem implacável do tempo de modo


que consiga fazer o Brasil voltar à normalidade e progredir,


da senhora de novo será o poder que recebeu da urna,


mas que, por ideologia e maus conselheiros, teve de dividir,


e - ainda melhor - na história não deixará lacuna.

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